Edição Impressa - Destaque
Entrevista a Fernando Ulrich 2008-05-29 00:05
...Concorda com a permanência de um auditor durante anos e anos? Não há o perigo de acontecer o mesmo no BPI com a Deloitte?
Admitir que se pudesse passar no BPI o que se passou no BCP para mim é ofensivo. Porque [o que se passou no BCP é abaixo de tudo]. Não é possível acontecer no BPI, independentemente de quem seja o auditor.
Porquê?
Está cá o dr. Santos Silva, temos um determinado modelo de governo e temos os accionistas que temos. E porque, modéstia à parte, a comissão executiva também é composta pelas pessoas que é.
Como vê a forma como estão as investigações ao BCP?
Demore o tempo que demorar, quando chegar ao fim, temos todos que perceber o que aconteceu. Aquilo que os reguladores têm dito são verdadeiras monstruosidades. As afirmações que foram feitas foram de tal maneira contundentes que o dever de quem as fez é não deixar réstia de dúvida. É absolutamente fundamental para a credibilidade das instituições todas, do sistema financeiro. Mais importante do que castigar ‘A’ ou ‘B’, até porque penso que há pessoas que estão irremediavelmente castigadas e descredibilizadas.
Como é que vê o facto de os reguladores avançarem suspeitas antes de terminadas as investigações? Até porque, como referiu, este processo afecta a credibilidade dos ex-responsáveis do BCP, culpados ou não?
Alguns deles nem sequer se defenderam. Deixaram-se condenar na praça pública. Não usaram sequer o direito à indignação. (...)
Entrevista a Fernando Ulrich 2008-05-29 00:05
...Concorda com a permanência de um auditor durante anos e anos? Não há o perigo de acontecer o mesmo no BPI com a Deloitte?
Admitir que se pudesse passar no BPI o que se passou no BCP para mim é ofensivo. Porque [o que se passou no BCP é abaixo de tudo]. Não é possível acontecer no BPI, independentemente de quem seja o auditor.
Porquê?
Está cá o dr. Santos Silva, temos um determinado modelo de governo e temos os accionistas que temos. E porque, modéstia à parte, a comissão executiva também é composta pelas pessoas que é.
Como vê a forma como estão as investigações ao BCP?
Demore o tempo que demorar, quando chegar ao fim, temos todos que perceber o que aconteceu. Aquilo que os reguladores têm dito são verdadeiras monstruosidades. As afirmações que foram feitas foram de tal maneira contundentes que o dever de quem as fez é não deixar réstia de dúvida. É absolutamente fundamental para a credibilidade das instituições todas, do sistema financeiro. Mais importante do que castigar ‘A’ ou ‘B’, até porque penso que há pessoas que estão irremediavelmente castigadas e descredibilizadas.
Como é que vê o facto de os reguladores avançarem suspeitas antes de terminadas as investigações? Até porque, como referiu, este processo afecta a credibilidade dos ex-responsáveis do BCP, culpados ou não?
Alguns deles nem sequer se defenderam. Deixaram-se condenar na praça pública. Não usaram sequer o direito à indignação. (...)
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