quinta-feira, 30 de abril de 2009

Há mais de 20 milhões de desempregados na Europa


A taxa de desemprego na zona euro atingiu os 8,9% em Março, o valor mais elevado desde 2005, anunciou hoje o Eurostat. Na UE a 27 há agora mais de 20 milhões de desempregados.

Segundo as estimativas do Gabinete Europeu de Estatística (Eurostat), em Março um total de 20,15 milhões de pessoas estavam desempregadas na União Europeia, enquanto que só na zona euro existiam 14,15 milhões de homens e mulheres sem emprego.
A mesma fonte precisa que, em relação ao mês anterior, o número de desempregados disparou em 626 mil na União Europeia, dos quais 419 mil na zona euro.
Deste modo, a taxa de desemprego na União Europeia a 27 subiu para os 8,3% em Março, enquanto aumentou para 8,9% na zona euro, acima do esperado pelos analistas.
No espaço de um ano, o número de desempregados aumentou em quatro milhões na União Europeia e em 2,8 milhões na zona euro, precisa o Eurostat.
A maior taxas de desemprego continua a pertencer à Espanha (17,4%), seguida pela Letónia (16,1%) e Lituânia (15,5%). A taxa mais baixa pertenceu à Holanda, com apenas 2,8%. Portugal apresentou no terceiro mês do ano uma taxa de desemprego de 8,5%, ligeiramente superior à média da União Europeia, mas inferior à média da zona euro.
O Gabinete Europeu de Estatística (Eurostat) revelou ainda que a inflação na zona euro se manteve nos 0,6% em Abril, o valor mais baixo desde que os dados são elaborados.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

D. Januário diz que justiça dá "espectáculo degradante"


O bispo das Forças Armadas aproveitou a missa pascal do sector, que se realizou ontem em Viseu, para apelar ao entendimento entre os protagonistas da justiça. D. Januário Torgal atacou ainda os "ladrões" que originaram a crise económica.

O bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, está "envergonhado" com o comportamento da justiça, que acusa de "dar um triste espectáculo" e pede aos seus protagonistas que se entendam. D. Januário aproveitou a homilia pascal das Forças Armadas e de segurança, a que ontem presidiu em Viseu, para criticar duramente a justiça da qual "se tem medo de falar".Perante uma sé catedral cheia de altos responsáveis militares e policiais, o bispo enveredou por um dos mais duros ataques à justiça portuguesa de que há memória. D. Januário Torgal questionou se "vamos permitir este espectáculo degradante a que estamos a assistir em Portugal, na forma como a justiça está a ser vivenciada com discussões publicas, antagonismos, oposições na alta hierarquia do mundo da justiça".De seguida mostrou-se indignado ao afirmar que "quem souber um mínimo do direito, do seu exercício e aplicação, sente-se envergonhado com a permanente discussão na praça pública daquilo que é segredo de justiça". E elencou "conspirações, calúnias, erros, investigação mal conduzida, as maldades" para de seguida pedir um acordo entre os diversos protagonistas da justiça. "E nós não chegaremos a um entendimento, nestas coisas do mundo em que tantas mãos se sujam, para vermos aquilo que os italianos chamam mãos limpas?" Num discurso carregado de metáforas, Januário Torgal aludiu ao lavar das mãos. "É simbólico mas eu não queria apenas as mãos limpas, eu queria a consciência humana com critérios de gente honrada e limpa de virtude."Antes, o bispo lembrou que "estamos a viver com violência, entre nós, uma crise que é fundamentalmente uma crise de ética". O bispo pediu "honestidade e gente de cara lavada conforme o disse a maior autoridade do País no Parlamento". O prelado evocou então Cavaco Silva, e o seu discurso no 25 de Abril, para pedir "liberdade na honra, na justiça e no direito, uma virtude da qual se tem muito medo de falar porque conforme afirmou o Presidente da República a crise mundial que estamos a viver é fundamentalmente uma crise de comportamento imoral". E considerou que a crise financeira foi originada por "alguns que supuseram que no tratamento do dinheiro valia tudo e as poupanças dos ricos, e sobretudo dos pobres, foram perfeitamente desviadas por quem supôs que os seus bolsos eram mais largos que os bolsos da gente simples e humilde".
D. Januário alertou para "aquilo a que assistimos, cujas consequências se estenderão por muito tempo. Do ponto de vista jurídico chama-se um desvio de bens, porque o tratamento do dinheiro foi feito não por gente honesta mas por aves de rapina, que no vocabulário português - e a palavra é dura - têm o nome de ladrão".

Na homilia, o bispo alertou ainda para as dificuldades por que passam as famílias e pediu para que haja "ainda gente em Portugal a defender a família".

OBS:
Escusado será dizer que esses "ladrões" a quem se refere D. Januário, são os gananciosos criminosos bancários e outros que se aproveitam da crise...

Procurador convoca cúpula do Ministério Público em ambiente de contestação interna


O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, convocou os responsáveis máximos do Ministério Público (MP) para uma reunião alargada, na procuradoria, que terá lugar hoje. O objectivo é apresentar propostas que contribuam para mudar o funcionamento do MP e ouvir pessoalmente as críticas que lhe têm sido dirigidas publicamente nas últimas semanas.

Pinto Monteiro pretende, sobretudo, debater diversas questões internas relativas à actividade da magistratura do Ministério Público e transportar para a sede própria a discussão e as críticas que têm sido feitas, no exterior, sobre alguns aspectos mais concretos da sua acção. Entre estas críticas destacam-se as que respeitam à gestão de processos judiciais especialmente sensíveis, como o Freeport ou a Operação Furacão.
Nesta reunião, que se deverá prolongar por todo o dia, participam 29 dirigentes do Ministério Público. Os procuradores-gerais distritais do Porto, Coimbra, Évora e Lisboa juntam-se aos directores dos Departamentos Centrais de Investigação e Acção Penal, responsáveis pelo combate à criminalidade complexa e violenta, e aos directores dos Departamentos de Investigação e Acção Penal de todo o país. Pinto Monteiro deverá apresentar várias propostas para discussão.
Os alertas lançados pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público para o risco da perda de autonomia em resultado das alterações feitas ao seu estatuto são um dos motivos que maior agitação interna tem gerado no MP. Recentemente, mais de mil magistrados subscreveram um abaixo-assinado solicitando a apreciação dos estatutos por constitucionalistas, para que se pronunciem sobre a existência ou não de inconstitucionalidades no novo diploma.

Francisco Louçã afirma que a crise financeira está a gerar uma “catástrofe social”


O líder do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, defendeu ontem que a crise económica instalada está a ser "sub-avaliada", apresentando uma "dimensão histórica assustadora" que gera uma “catástrofe social”.

"Esta crise tem muitas semelhanças com a crise de 1929, que demorou 25 anos a reparar, e estas são crises que demoram um tempo histórico sendo caracterizadas por desemprego, fome e miséria", afirmou Francisco Louçã. Segundo disse, "esta crise começou em 2008, agravou-se em 2009, pode ser pior em 2010 e no ano 2011 a crise pode estar ainda no seu buraco, porque as suas características apontam para uma dimensão histórica assustadora".
O líder do BE, que participou num debate público no Entroncamento sobre "A esquerda e a crise", afirmou que esta "é a crise mais grave dos nossos tempos, com um sistema financeiro português vulnerável por todo um jogo especulativo e com o sistema bancário mundial falido, segundo as contas do próprio Fundo Monetário Internacional (FMI)".
"O rei vai nu", disse Louçã. "O desnorte é total e basta ver como Ferreira Leite ora diz uma coisa agora para se desdizer logo a seguir sobre eventuais pactos de Blocos Centrais". "É preciso saber toda a verdade sobre as contas que estão escondidas e são essas que o Bloco quer esclarecer a bem da verdade e para rebentar com todo este debate politico actual que é irrelevante", afirmou.
Segundo disse, o custo total do desemprego em Portugal significa 20 mil milhões de euros por ano, ou seja o desemprego custa-nos três TGV por ano". "Esta é uma catástrofe social e uma forma de sustentação do capitalismo, que revela um desprezo social absoluto pelo que o Bloco assume-se como uma força que quer atingir os culpados pela grande criminalidade financeira em Portugal", afirmou Louçã.
O líder bloquista anunciou também ontem a apresentação no Parlamento, "ainda nesta sessão legislativa", de quatro propostas anti-corrupção e enriquecimento ilícito que serão "um segundo passo após o levantamento do sigilo bancário" em discussão na Assembleia da República.

OBS:
Tudo começou com os crimes financeiros perpetuados pelo MILLENNIUM BCP, à cerca 10 de há anos...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Bancos cobram aos consumidores comissões indevidas

A Comissão Europeia considera injustificadas algumas das comissões bancárias cobradas aos consumidores, disse esta segunda-feira a comissária europeia dos assuntos dos consumidores, Meglena Kuneva, afirmando que Bruxelas divulgará em Julho um estudo aprofundado sobre as comissões que os bancos cobram.
«O estudo ainda não está pronto, mas tudo aponta para a existência de um grande número de comissões inaceitáveis», afirmou a comissária europeia aos jornalistas, à margem do seminário comemorativo do 35 aniversário da DECO - associação portuguesa de defesa de consumidores, avança a Lusa.
Oito campanhas de bancos foram suspensas e 101 alteradas
Saiba que bancos recebem mais reclamações
«Os consumidores têm o direito de não serem assaltados pelos seus bancos», disse Kuneva na sua intervenção no seminário.
Segundo a mesma responsável, a investigação efectuada mostra também que «em mais de dois terços do casos» foi impossível «destrinçar a estrutura das comissões bancárias para determinar o verdadeiro custo do serviço».
Um anterior estudo da Comissão Europeia sobre o sector financeiro já tinha apontado para a «opacidade da estrutura das comissões e para a existência de práticas comercias questionáveis», referiu a comissária europeia.
Meglena Kuneva realçou que as grandes prioridades da comissão em matéria de defesa do consumidor, face à actual crise financeira, são garantir o direito a informações claras e transparentes sobre os produtos financeiros que estão a comprar, garantir o direito a não serem enganados e o direito a poderem voltar atrás da decisão de compra.

Possível corte nos juros motiva descida das Euribor


As taxas Euribor voltaram hoje a recuar em todos os prazos, perante a possibilidade do Banco Central Europeu (BCE) mexer no preço do dinheiro.

Assim, a Euribor a seis meses, usada como referência para os créditos à habitação, caiu para os 1,588%, enquanto o prazo a doze meses desceu para os 1,754%.
Já o prazo a três meses, usado como referência sobretudo para os créditos às empresas, recuou para 1,392%.
Altos responsáveis do BCE mostraram-se disponíveis a voltar a cortar os juros na próxima semana e adoptar novos meios para combater a recessão.
O membro do Conselho do BCE, Guy Quaden, afirmou durante o fim-de-semana que o BCE vai provavelmente reduzir a sua taxa de referência num valor "moderado" na próxima reunião do dia 7 de Maio, ao mesmo tempo que tomará mais "medidas não convencionais" para travar a recessão.
Já o Governador do banco da Holanda, Nout Wellink, afirmou que o BCE está a analisar "várias opções", entre as quais não voltar a mexer no preço do dinheiro depois do corte da próxima semana.

COMENTÁRIOS:
Cavalo, | 27/04/09 10:39
Estão à espera de quê? O desemprego não é suficiente? A queda das exportações na Europa não chega? As casas devolvidas à banca são poucas? E dizem-se intelectuais estes senhores manchados pela ganância dos juros!!!

Joca, BCL | 27/04/09 11:11
O BCE é extremamente lento a tomar decisões e a agir...
Os tempos que correm não se coadunam com a reacção e com a navegação "à vista" do sistema financeiro, é urgente pró-agir com coragem e determinação sem hesitações...

ricardo carvalho, matosinhos | 27/04/09 12:42
Eu acho piada, que td se queixa apesar dos cortes gigantescos nas prestações talvez quem se queixa tanto , não quissesse ser aquilo que eu apelido de "novos ricos" estariam em melhor posição, e eu passo dificuldades como qq português da classe média baixa, apenas vou estando bem pq nunca vivi acima das minhas posses.

nar, aroeira | 27/04/09 13:26
lamento a falta de visão (ou então os intereces) deste sre tricht ainda em setembro dizia que não podia baixar as taxas de juros e ate possivelmente iam aumentar agora baixa e não tem uma noção (ou não quer) o mal que continua a fazer (por mim é um dos responsaveis pela vigarice que se fez na banca sr trichet DIGA QUANTO TEMPO É QUE AS TAXAS VÃO FICAR A UM NIVEL PARA OS EMPRESÁRIOS SABEREM GERIR E FAZER OS INVESTIMENTOS , SEGUR AS TAXAS 5 ANOS NOS 2% E A EUROPA SAI DA CRISE .

ALBERTO, Aveiro | 27/04/09 17:11
Este senhor gosta de brincar ás descidas das taxas de juro , mas o que devia era controlar os "spreads " dos bancos e fixar um prazo em que não mexia nas taxas de juro.

Alves, Viana | 27/04/09 17:18
..e depois, invertem-se os termos, uma possivél descida da Euribor...motiva cortes nos juros, e não saimos mais disto! Cada vez cortam mais em tudo e o "Zé" continua a pagar cada vez mais!!

Caso BPP - CMVM envia novos indícios ao Ministério Público


Carlos Tavares (na foto) reiterou hoje que há semelhanças entre o caso BPP e a fraude Madoff e revelou que a CMVM enviou novos dados para a investigação do Ministério Público.

"Há alguns elementos na área da gestão de activos [do BPP] em que podemos encontrar algumas situações do mesmo tipo do caso Madoff", afirmou Carlos Tavares à margem do seminário que assinala os 35 anos da DECO, citado pela "Lusa".
O presidente da CMVM frisou ainda as irregularidades "num caso e noutro não foram detectadas atempadamente pelas supervisões próprias".
Não é a primeira vez que Carlos Tavares associa a gestão de João Rendeiro ao esquema Ponzi de Bernard Madoff.
Na semana passada, no Parlamento, o presidente da CMVM disse haver "semelhanças" entre o Privado "com o caso Madoff". Estas declarações motivaram uma queixa de João Rendeiro por atentado ao bom nome.
Em declarações ao Diário Económico, João Rendeiro disse mesmo que "comparar-me a Madoff vai ter consequências graves".

OBS:
Este Sr. fala muito mas decide pouco ou nada, pois a justiça não funciona...
Veja-se estes exemplos e em que os casos BPN, BPP e outros vêm a reboque do caso hediondo "" MILLENNIUM BCP "" que contagiou a crise económica a outras instituições financeiras...
(...)
[A CMVM divulga conclusão de caso de pequenos accionistas até Abril. Responsável alerta para imputação de responsabilidades no banco, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) diz que irá divulgar a conclusão da investigação a um primeiro caso de pequenos accionistas do BCP entre Março e Abril deste ano. «Em Março ou Abril teremos a divulgação de um primeiro caso de pequenos accionistas», afirmou aos jornalistas o presidente da instituição, Carlos Tavares. Quanto ao processo «grande», esse ainda está a ser «desenvolvido». «Há uma situação importante que é a imputação de responsabilidades, desde os que conceberam, executaram ou tiveram conhecimento», adiantou o responsável, sublinhando que «os crimes são de pessoas e não da instituição». O presidente da CMVM salientou que o processo está, em algumas partes, próximo do fim, mas que estão dependentes do trabalho do Ministério Público para também concluírem o seu. «O nosso interesse não é demorar, até porque temos outros casos para tratar», terminou. Recorde-se que também ontem, o novo presidente do BCP, Carlos Santos Ferreira, garantiu que irá encontrar uma solução para os pequenos accionistas até à próxima Assembleia-geral (AG) do banco. Estas queixas estão relacionadas com os problemas ocorridos, em 2001, devido ao aumento do capital do banco e que resultaram que elevadas perdas para os pequenos accionistas. (10/03/2008)]
(...)
O Banco Comercial Português (BCP), o maior banco privado que responde por cerca de 25% do mercado financeiro do país, atravessa prolongada crise de gestão e alguns dos seus principais administradores em Portugal são suspeitos de diversas irregularidades e crimes financeiros, sob investigação do Banco de Portugal.
Para o ministro luso das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, as denúncias de “operações ilegais” e “ ilícitos criminais” no BCP devem ser investigadas e os culpados devem ser punidos. “É importante que as autoridades prossigam a sua actividade até ao fim e é importante que punam seja quem for e doa a quem doer”, disse Teixeira à rádio TSF, de Lisboa.
Segundo ele, foram “enunciadas publicamente um conjunto de operações ilegais, operações que indiciam ilícitos de natureza criminal que estão sob investigação do Banco Portugal, da CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) e do próprio DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal”.
De acordo com o Jornal de Negócios, o BCP teria concedido financiamentos de pelo menos 700 milhões de euros a sociedades "off-shores" que com esses fundos adquiriram acções do banco nos aumentos de capital feitos desde 2000. Uma prática que, a ser confirmada pelas investigações da CMVM e do Banco de Portugal, configura uma violação ao Código das Sociedades Comerciais e à lei bancária.
Na sexta-feira, 18 de Janeiro, o governador do Banco de Portugal (BdP) falou por quase seis horas durante audiência na Assembleia da República, após muita polémica sobre o adiamento da data. Ele afirmou que a criação de 17 sociedades off-shore pelo Millenniumbcp para compra de acções próprias nunca foi comunicada pelos auditores externos. Os partidos da oposição, de esquerda e direita, consideram insatisfatórios os esclarecimentos de Vítor Constâncio, e o assunto está em todos os jornais lusos. (28/03/2008)
Enfim...
http://bankbcp.blogspot.com/2009/02/bcp-considerado-o-cancro-da-economia-em.html

Recuperação da economia depende da eliminação de activos tóxicos nos bancos


Os líderes do G7 declararam que só uma “limpeza” dos activos tóxicos dos bancos vai dar mais força à recuperação económica, que ainda assim estima que deverá começar ainda este ano.

Os ministros das finanças e presidentes dos bancos centrais das maiores economias do mundo afirmaram que os activos tóxicos dos bancos são a maior ameaça a uma recuperação firme da economia.
O G7 afirma ainda que vai ser difícil posicionar fundos para comprar activos tóxicos, ainda que se note que o ritmo da crise está a abrandar.
Os representantes dos Estados Unidas da América (EUA) declararam que vão executar financiamentos no valor de 1 bilião de dólares (750 mil milhões de euros) e a Alemanha deverá remover 853 mil milhões de euros de activos tóxicos dos balanços dos bancos.
“Um sistema financeiro sólido é uma condição para uma recuperação sólida da economia”, afirma Torten Slok, economista no Deutsche Bank.
Os representantes do G7 afirmaram, em comunicado, depois das reuniões deste fim de semana, que esperam um fraco restabelecimento da economia nos próximos meses e prometeram continuar os esforços para a sua recuperação.

sábado, 25 de abril de 2009

Já faliram 27 bancos este ano só nos Estados Unidos


Os reguladores do sector bancário norte-americano encerraram mais dois bancos esta sexta-feira, elevando para 27 o número de bancos encerrados nos Estados Unidos em 2009, um número superior ao total de 2008.
Os últimos bancos a encerrarem após falência foram o American Southern Bank no Estado da Geórgia, e o Michigan Heritage Bank, diz a agência Lusa.
O Seguro Federal de Depósitos dos EUA irá assegurar os depósitos dos clientes destes dois bancos até um valor máximo de 250 mil dólares por conta.
Os 27 bancos encerrados até sexta-feira já superam o número total de 2008, contabilizado em 25 encerramentos pelas autoridades.

Quando fomos protagonistas da História


Esta gente que nos governa nada tem a ver com o 25 de Abril, nem, sequer, com o espírito da Revolução. Repare-se que o dr. Cavaco recusa colocar, na lapela, o modesto cravo que foi o símbolo de um sonho e o sinal de...

Esta gente que nos governa nada tem a ver com o 25 de Abril, nem, sequer, com o espírito da Revolução. Repare-se que o dr. Cavaco recusa colocar, na lapela, o modesto cravo que foi o símbolo de um sonho e o sinal de uma esperança - que esteve mesmo ali, à mão de semear. Mas o dr. Cavaco entende que o cravo é um sinistro emblema ideológico, admitindo que nada tem a ver com isso. Isso - é o 25 de Abril. Pessoalmente, não me choca a decisão do dr. Cavaco: foi um desses homens que jamais associou o seu nome às batalhas pela liberdade, limitando-se a aprender inglês, na serenidade bucólica de York. Porém, o cravo, como insígnia do "dia inicial, inteiro e limpo" [Sophia de Mello Breyner] não é de Esquerda nem de Direita. Alguém tem ensinado mal o dr. Cavaco.

Olhamos a galeria de gente que ascendeu ao poder (aos poderes, para ser mais exacto) e, ao fazermos uma triagem, registamos que poucos são aqueles que nos representaram, que nos defenderam, que prestigiaram o "dia inicial." Os mais puros e desinteressados foram afastados, removidos, ignorados e, até perseguidos com feroz verdete. Pouco há do 25 de Abril, cujos trinta e cinco anos amanhã comemoramos, com negra descrença e densa infelicidade. Aprendi que as revoluções devoram os próprios filhos. Mas não me conformo, embora reconheça que pertenço a essa legião de homens e mulheres que esperou, esperou, esperou, acaso acima da realidade e da História.

Quando ouço execrar Otelo Saraive de Carvalho e incensar Jaime Neves, torna-se evidente que uma casta de interessados demonstra, apenas, as ideias de uma classe extremamente medíocre, e repassada de ódio. Recordemos que foi num Governo do dr. Cavaco que se recusou a pensão de viuvez à mulher de Salgueiro Maia. E se cometeram outras indignidades.

As estruturas do poder foram levemente amolgadas. Os pides, cedo libertados, e os seus crimes abafados, auferem ou auferiram reformas importantes. Quanto aos magistrados que destruíram, nos Tribunais Plenários, a vida de milhares de antifascistas, envelheceram e morreram na tranquilidade do lar: nem um deles foi incomodado. Há semanas, o dr. Marinho Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados, afirmou, com a coragem que se lhe reconhece, mas que alguns dos seus pares detesta, a enormidade do escândalo de uma corporação que se defende e protege com unhas e dentes - infensa à ordem moral das coisas.

O 25 de Abril foi. Os desfiles que o celebram apenas revertem para uma memória que a classe possidente abomina, e que a maioria dos jovens ignoram. Torga, o grande Torga, a quem a pequenina Clara Ferreira Alves vitupera, apercebeu-se, logo em 1975, o que aí vinha. Escreveu, no XII volume do "Diário", a 20 de Junho daquele ano: "Estranha revolução esta, que desilude e humilha quem sempre ardentemente a desejou. A mais imunda vasa humana a vir à tona, as invejas mais sórdidas vingadas, o lugar imerecido e cobiçado tomado de assalto, a retórica balofa a fazer de inteligência. Mas teimo em crer que, apesar de tudo, valeu a pena assistir ao descalabro. Pelo menos não morro iludido, como os que partiram na véspera do terramoto.

Cuidavam que combatiam pelo futuro e, na verdade, assim acontecia, mas apenas na medida em que o sonhavam como se ele tivesse de ser coerente com a dignidade do seu passado de lutadores. O trágico é que um futuro sonhado não passa de uma ficção. O tempo é um lugar do inédito. O futuro autêntico é sempre misterioso e autónomo das premissas do que partiu. Quando chega, traz os seus valores, as suas leis, a sua gente, nem boa, nem má. Traz os títeres que lhe convêm. Ou pior: os títeres a quem a hora convém."

É um retrato terrível e apropriado ao tempo que estamos a viver. Um tempo de títeres. Diariamente, aparecem em todas as televisões, em todos os jornais, em todas as revistas. A maioria daqueles que passam estão, estiveram ou vão estar nos Governos. Logo que saem, entram em empresas, companhias, sociedades relacionadas com as pastas ministeriais onde exerceram funções. Abjuram das convicções e dos ideais de juventude; ou não abjuram: nunca os tiveram e andaram a enganar-nos. No YouTube, entre outras histórias exemplares, lá aparece o Durão Barroso, cabelos longos, muito maoísta e muito defensor dos operários e dos camponeses. As declarações que presta a um repórter alimentam-se de um carácter definitivo. O retrato do homem já ali está. A troca de lealdades será sempre a marca d'água da criatura. Mas ele é, apenas, um deles. Os títeres.

Amanhã vai comemorar-se uma data que poderia ter sido e não foi. "Acusam-me de mágoa e desalento", cantou Carlos de Oliveira, outro maior. A infelicidade dele, no final da vida, preconizava a infelicidade dos que sonharam em voz alta. Já nestas páginas o disse: fui um dos que embalou a utopia da cidade nova. E éramos muitos, podem crer. O turbilhão daqueles anos foi a expressão de uma épica que iria devorar-se a si mesma. Nunca soubemos conduzir revoluções, atraídos pela festa, pela absurda ideia de que a juventude não se perde nem se escoa. Fomos envelhecendo, sem compreender muito bem a velocidade insana do tempo. E aqui chegámos trinta e cinco anos depois, desiludidos e fatigados, porém com a certeza de que tínhamos sido protagonistas e não espectadores da História...

CMVM pode avançar com processos de inibição a administradores do BPP


Em entrevista ao jornal Expresso, Carlos Tavares, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), admite avançar com processos de inibição a antigos administradores do Banco Privado Português (BPP), caso venham a ser provadas práticas ilícitas envolvendo a gestão de carteira dos clientes. E esclarece comparação das práticas na instituição com a fraude Madoff.
O responsável defende que, se se confirmar que os clientes foram enganados, estes devem poder recorrer ao fundo de garantia de depósitos. "Se ficar demonstrado que não quiseram fazer aplicações especulativas, será justo que sejam protegidos", refere.
E esclarece ainda que não quis comparar João Rendeiro, ex-presidente do BPP, ao norte-americano Bernard Madoff, embora afirme que poderá haver operações comuns entre ambos os casos.
"Dei esse exemplo para mostrar que, tal como foi possível à SEC [supervisor norte-americano] descobrir o caso Madoff, construído sobre títulos fictícios, a CMVM encontrou no BPP a construção de entidades alegadamente fictícias, que faziam transacções com os veículos dos clientes, de forma a gerar rendimentos para criar a aparência de que estavam garantidos os rendimentos para pagar aos clientes", esclarece...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Clientes do BPP suspeitam que João Rendeiro criou "esquema piramidal"


Os clientes do BPP dizem ter indícios que o banco de João Rendeiro utilizava um esquema piramidal para atrair capitais para os produtos financeiros, disse hoje à Lusa Luís Miguel Henrique, advogado de vários clientes.
"Tudo indicia que a partir de certo momento as estratégias de venda do BPP eram equivalentes a um esquema piramidal", considerou Luís Miguel Henrique, depois do presidente da Comissão do Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) ter dito no Parlamento que no BPP "há situações semelhantes ao caso Madoff". "Não há rentabilidade.
Quando em Dezembro eu associei o esquema Madoff ao BPP, com base nos dados dos clientes tudo indiciava uma estratégia comercial específica. Era preciso ir captar dinheiro aos novos clientes para pagar aos que estavam a sair, para manter a mentira", prosseguiu o advogado.
"Eu tenho informação, através de clientes, que as 'loan notes' podem não existir", reforçou, referindo-se ao instrumento financeiro que o BPP terá vendido aos clientes, notas de obrigações - semelhantes a promissórias - que permitem o pagamento de juros num determinado período de tempo e que terminam na mesma data em que está contratado o reembolso da respectiva obrigação. Luís Miguel Henrique afirmou que as suspeitas dos clientes têm vindo a aumentar porque o BPP "nem sequer" deixou ver as notas aos clientes.
"Quando perguntámos à CMVM se eles viram as notas, a resposta nunca foi positiva", sublinhou Luís Miguel Henrique. "Não percebo como é que em Dezembro em cinco dias de trabalho e sem documentos eu cheguei a esta conclusão e que o regulador só agora, cinco meses depois, descobre, quando o dinheiro já estava gasto", lançou. O advogado acusa os actuais administradores do BPP de não darem "aos clientes extractos das contas à ordem" e de recusarem-se "a dizer se têm ou não para entregar as 'loan notes' sobre os veículos de investimento"
Contactada pela Lusa, fonte oficial da CMVM reforçou que no BPP "há situações semelhantes ao caso Madoff", sem querer adiantar para já mais informações, mas recordando que foi com base na comunicação do supervisor ao Ministério Público que a Polícia Judiciária e um procurador realizaram buscas em Janeiro ao BPP.
Conforme apurou a Lusa, o supervisor e a administração que entretanto assumiu os destinos do banco, terão detectado, no âmbito do acompanhamento feito aos produtos comprados pelos clientes do BPP, irregularidades nas aplicações financeiras contratadas, que nalguns casos poderão não ter os respectivos activos subjacentes incluídos. No Parlamento, na quarta-feira, Carlos Tavares disse que "quando se criam veículos fictícios, com activos fictícios, para alimentar outros veículos" o trabalho de detecção é muito mais complicado para os supervisores.
João Rendeiro, antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) avançou com um processo judicial contra o presidente da CMVM , no seguimento das declarações de Carlos Tavares.
João Rendeiro, em declarações à Lusa, considerou "inaceitável" a comparação que o presidente da CMVM fez entre o BPP e o caso Madoff, financeiro norte-americano preso há mais de um mês após se declarar culpado das acusações de branqueamento de capitais, fraude e falsificação de documentos, num esquema piramidal superior a 50 mil milhões de euros.

OBS:
É no minimo ridiculo o Dr. Rendeiro sentir-se ofendido por lhe chamarem burlão. Vejamos hoje a situação dos clientes do BPP que vêm o seu dinheiro congelado por este senhor e outros terem feito um conjunto de esquemas aonde procuravam ganhar muito dinheiro através de jogadas na bolsa com o dinheiro dos outros. Se por ventura me visse na situação dos actuais clientes não metia um processo contra este senhor.... acho que no minimo este senhor levava uma sova daquelas bem grandes. Ainda por cima vêm todo indignado... devia estar calado e arranjar maneira de corrigir o mal que fez a tanta gente.
Agora pegou em Portugal a moda da litigação, importada dos states, tal como alguns vigaristas, os que por cá andaram e outros que ainda... Entopem-se os tribunais com mais processos (não têm já que chegue por muitos e bons anos?). São os processos nos tribunais, as dívidas dos portugueses e talvez as responsabilidades de alguns senhores que resolveram armar-se em “banqueiros” espertos. João Rendeiro deveria esperar em silêncio pelo fim da história e então dizer de sua justiça. Atentado à honra e ao bom nome? Qual nome e qual honra?
Em qualquer parte do mundo este Sr. já estava na cadeia...

Berardo sem apoio do BCP no processo contra Jardim


A administração do BCP, liderada por Carlos Santos Ferreira, não vai confirmar as acusações de Joe Berardo no processo em tribunal contra os antigos administradores do banco.
O banco não se quer envolver nessa acção judicial e esta postura colocará mesmo em risco o eventual sucesso da acção de Joe Berardo. O Diário Económico sabe que houve mesmo alguns membros do conselho de administração do banco, bem como outros accionistas, que tentaram demover Berardo de interpor esta acção judicial, mas em vão.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

J. Raimundo Marques, Lisboa, Funchal | 24/04/09 13:28
AVISO À NAVEGAÇÃO:
1º O Sr. Comendador José Berardo é proveniente de famílias muito pobres da Ilha da Madeira. Os seus pais e irmãos vendiam e ainda vendem legumes no Mercado dos Lavradores no Funchal. Não vendo na sua Ilha um futuro muito promissor, viajou parax África. Começou do ZERO. Foi trabalhador por conta de outrem. Poupando muito começou a negociar os desperdicíos das Minas de Ouro de Angola e depois da África do Sul. Desses desperdícios conseguiu extrair ainda algum ouro. A pouco e pouco foi, sempre nunca dando "passos maiores que a perna", realizando mais-valias na comercialização desse ouro. Daí proveio a sua fortuna.
2° A actual Administração do Millennium/BCP é maçónica. Duma Administração Opus-Dei passou para uma Administração Maçónica. Dos maçons não se pode esperar transparência, pois protegem-se uns aos outros. Como sociedade secreta, a maçonaria nunca revela quem são os seus membros, apenas se conhecendo, quanto muito, os Grãos Mestres.
3° Neste contexto, a actual Administração do Millennium/BCP só irá se proteger a ela própria, nunca alguém como o Sr. Comendador José Berardo, que não sendo da Opus-Dei, também não é Maçon.
4° A Maçonaria está encaixada em quase todos os partidos políticos, mas é no PS e no PSD que eles se concentram. Descendentes das facções que incentivaram e conspiraram no regícidio de Sua Exª El-Rei D. Carlos e do Princípe Real Dom Luís Filipe, para sempre terão as mãos "tintas de sangue". No caso Millennium/BCP não será diferente. O Sr. Comendador José Berardo só poderá mesmo contar consigo próprio e com os seus advogados.

Bruxelas aperta o cerco aos bónus dos banqueiros


A Comissão Europeia está a preparar legislação destinada a limitar o valor dos bónus pagos pelos bancos em toda a União Europeia, de modo a travar os excessos cometidos no sector.
Tanto os bónus pagos aos banqueiros como as indeminizações milionárias pagas aos administradores que são demitidos das suas funções serão limitados em todos os países da União Europeia, revela um projecto que está a circular em Bruxelas e que foi obtido pelo “Financial Times”.
Segundo as recomendações do Executivo europeu, liderado por Durão Barroso, os países da União Europeia deverão criar regras remuneratórias comuns para os bancos que operam dentro das fronteiras europeias e às suas subsidiárias no estrangeiro, e que serão mais duras do que existentes actualmente.
O jornal acrescenta que as regras irão limitar as remunerações de todo o pessoal das instituições afectadas cujas actividades possam afectar o perfil de risco do banco.
Entre os limites desejados pela Comissão Europeia está o do pagamento de indemnizações por terminação de contrato dos administradores, que não poderão ser superiores a dois anos do seu ordenado fixo. Os directores dos bancos também não poderão vender as suas ‘stock options’ durante três anos, adianta o “Financial Times”.
As instituições financeiras também poderão reter no todo ou em parte os bónus dos executivos, no caso do seu desempenho não cumprir com determinados critérios, devendo “a maior parte dos bónus ser negada”, diz o documento.
O jornal nota que esta será a resposta da União Europeia aos pedidos cada vez maiores de restrição das remunerações praticadas nos bancos, no seguimento da crise financeira.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

"CASO BCP" Responsabilizar os administradores



O presidente da CMVM disse ontem que alguns antigos administradores do BCP poderão ter de comprar as acções do banco que, no início da década, foram adquiridas por ‘offshores’ controladas, alegadamente, pelo próprio banco.

Esta questão vem relançar a discussão em torno da responsabilização dos administradores de empresas quando tomam, deliberadamente, decisões que causam dano às empresas e aos seus accionistas. A questão do BCP é uma delas. Existem outras, designadamente o BPN, onde será natural que os ex-administradores, sejam obrigados a assumir responsabilidades, desde que se prove a sua culpabilidade e o nexo causal entre os actos e as consequências.
O passo seguinte, que Carlos Tavares deixa antever, é que esses administradores deverão responder com os seus bens pelas acções danosas que levaram a cabo. Esta é, aliás, uma prática pouco comum entre nós, mas que tem eco nos processos de que vamos tendo conhecimento noutros países, designadamente nos anglo-saxónicos.
Esta questão representa, se for levada por diante, uma moralização de que o país tanto necessita, mas também a aplicação do articulado contido no Código das Sociedades Comerciais. Em suma, sempre que haja decisões danosas para uma empresa ou um banco, os administradores devem ser pessoalmente responsabilizados, salvo se provarem que procederam sem culpa.

Antigos gestores do BCP em risco de pagar acções das ‘offshores'

"Antigos gestores do BCP em risco de pagar acções das ‘offshores' " e "Câmaras impedidas de subir impostos das casas" são outros dos destaques da edição impressa do Diário Económico.

A revelação foi feita por Carlos Tavares e sugere que as acções próprias compradas pelas ‘offshores’ poderão ser anuladas ou pagas pelos antigos gestores.

Alguns antigos administradores do BCP poderão ter de comprar acções do banco que, no início da década, foram adquiridas por ‘offshores' alegadamente controladas pela própria instituição. Uma vez que estas acções deviam ter sido contabilizadas como acções próprias e não o foram, em última análise os administradores responsáveis à altura poderão ter mesmo de comprar os títulos em causa...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Acções do BCP têm de ser anuladas ou compradas por administradores



Carlos Tavares disse hoje que pode acontecer uma de duas coisas às acções do BCP que foram adquiridas sem o conhecimento dos reguladores: “são anuladas ou os administradores que as subscreveram pagam-nas”.

[notícia em actualização]

CMVM tem provas que dão razão a clientes do BPP

O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários disse hoje no Parlamento que o regulador tem documentos que provam que os clientes do Banco Privado Português subscreveram produtos de retorno absoluto, quando queriam aplicar o seu dinheiro em depósitos.

“Temos consciência que muitos clientes subscreveram sem consciência completa da natureza das aplicações. E temos documentos que mostram que estes clientes quiseram subscrever depósitos” no caso dos produtos de retorno absoluto, disse Carlos Tavares.
Os clientes do BPP exigem o descongelamento das suas contas, defendendo que investiram o dinheiro em depósitos e não em produtos de retorno absoluto, o que o BPP acabou por fazer.
O presidente da CMVM referiu estas declarações, enquanto falava hoje aos deputados, na Comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da audição anual da Entidades Reguladoras do Sistema Financeiro.
Carlos Tavares defendeu ainda a decisão do Governo ter intervido no BPP, quando o banco passou por dificuldades no ano passado.
“Há PME com dificuldades de tesouraria” devido a aplicações elevadas realizadas no Banco Privado Português, disse Carlos Tavares, adiantando que “são empresas industriais, não são especulativas”.
O mesmo responsável adiantou ainda que, no caso do BPP, “não estamos perante gestão de fortunas, já que muitos são aforradores de pequena e média dimensão, atraídos por juros elevados”.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

BPP pede 150 milhões de euros ao Estado para evitar falência

O Banco Privado Português vai entregar esta semana o pedido formal para receber 150 milhões do Estado no âmbito do programa de recapitalização. No total, o banco precisa de 300 milhões para sobreviver. O restante terá de vir dos outros bancos.

O Banco Privado Português vai entregar esta semana o processo formal de candidatura ao programa de recapitalização do Estado. Desde 24 de Novembro que o Estado tem à disposição dos bancos uma verba de quatro mil milhões de euros para reforçar a solidez financeira, em duas circunstâncias: reforçar a solvabilidade em bancos que "reunam adequadas condições de solidez e solvência", o que não é o caso do BPP, ou participando no plano de recuperação e saneamento de instituições de crédito que apresentem ou mostrem risco de apresentar, um nível de fundos próprios, solvabilidade ou liquidez inferior ao mínimo legal. É este o caso do Banco Privado.

Sigilo bancário

O sigilo bancário foi ‘levantado’ para que se encete uma luta feroz e sem quartel contra o acumular (mais recente)de riquezas ilícitas, à custa de sacrifícios infinitos e muitas mortes à mistura. Assim, a Justiça que faça a sua parte, para se acabar de vez (será utopia?) com tanto antro criminoso, onde pulamos impunes patifes de toda a espécie.
Nesse sentido, o Governo autorizou o acesso imediato às contas dos contribuintes que mos desperdícios de rendimentos patrimoniais injustificados, sobre os quais será aplicada uma tributação de 60%.
Eu penso que não deveria ser uma tributação especial,mas tão-somente uma radical confiscação total desses bens indevidos, bem como a imediata prisão do delinquente.
E mais: que não se interprete por contribuintes apenas os "Zés" pagantes,
e que os verdadeiros patifes, cheios de imunidades e outras ‘regalias’, fiquem fora de tal crivo, pois estes últimos é que são os verdadeiros vendilhões da pátria e os autênticos tubarões do crime organizado...

OBS:
Há milhares de famílias que estão mais endividadas e defraudadas sem poder de compra, devido a estarem com "cadastro" por incumprimento no Banco de Portugal, mas sem culpa!... Isto aconteceu depois de certos bancos não terem assumido suas responsabilidades, empurrando criminalmente para certos clientes lesados pelos próprios bancos, em que o cliente deu conta do problema muito tarde!
Assim a banca passou a "batata quente" para a "vítima cliente", enganando o Supervisor Bancário (BdP)...
Mais de metade do valor dos créditos "Mal Parados em Portugal" estão no bolso de certos gestores bancários ( EXEMPLO: EX GESTORES DO BCP)...
O Banco de Portugal, em vez de ajudar as vítimas, está continuando a ajudar os criminosos gananciosos bancários...
Enfim!... Como iremos sair desta grave crise financeira...
O BCP DESGRAÇOU MILHARES DE INOCENTES...
Este "CASO MILLENNIUM BCP" (um dos principais culpados desta crise financeira em Portugal ) em que o banco desgraçou financeiramente milhares de famílias e ainda acabou por ser apoiado pelo Governo em milhares de milhões de euros de empréstimos!... E depois de haver promessas dos Supervisores bancários, em terem obrigatoriamente de ressarcir essas famílias lesadas (Ex: Campanhas Accionistas Millennium BCP em 2000/2001, etc.)... Mas pelo contrário foram atirados para o chamado "INCUMPRIMENTO nos créditos fraudulentos" de certas Instituições Bancárias (BCP) e neste momento as pessoas lesadas estão bloqueadas na vida, também por culpa gravosa do Banco de Portugal... Pois estas famílias continuam a sofrer cada vez mais sem ver suas graves situações resolvidas!

Gestores que usem dinheiros públicos serão responsabilizados



O Ministério das Finanças já veio garantir que se houver utilização indevida de dinheiros públicos por parte dos gestores, como revelou o Tribunal de Contas, estes terão de ser responsabilizados pelos actos através da reposição das verbas.


O Tribunal de Contas (TC) detectou gestores públicos, multados pelo tribunal, que estão a pagar as multas através dos orçamentos dos serviços e não do próprio bolso, o que é uma prática ilegal, de acordo com fonte oficial do TC, avança a Lusa.
Fonte do Ministério das Finanças referiu desconhecer as situações concretas a que o Tribunal de Contas se refere, mas garantiu que a «haver utilização indevida de dinheiros públicos, haverá lugar à sua reposição por parte dos gestores».
A mesma fonte assegurou que esta «matéria não deixará de ser acompanhada pelo Tribunal de Contas, Inspecção-Geral de Finanças e Direcção-Geral do Tesouro e Finanças».
Uma fonte oficial do TC disse à agência que o tribunal teve conhecimento de casos em que os gestores públicos pagaram multas através do orçamento das entidades a que pertencem, o que «é uma situação ilegal e muito grave».

Berardo avança para tribunal contra Jardim Gonçalves (ex administrador BCP)

Berardo avança esta semana para tribunal contra Jardim Gonçalves
Joe Berardo vai avançar com a acção em Tribunal contra os anteriores administradores do BCP, por danos causados aos accionistas e pela destruição de valor sofrida com as alegadas irregularidades cometidas, no passado, na instituição, avança hoje o "Diário Económico".

Joe Berardo vai avançar com a acção em Tribunal contra os anteriores administradores do BCP, por danos causados aos accionistas e pela destruição de valor sofrida com as alegadas irregularidades cometidas, no passado, na instituição, avança hoje o “Diário Económico”.
No dia 24 de Março, o comendador revelou ao Negócios que iria avançar com uma acção judicial já que pretende exigir à anterior administração um ressarcimento pelo facto de ter "manipulado os lucros durante vários anos para receber prémios de gestão" e obter "benefícios para o resto da vida" como é o caso das pensões de reforma. Berardo estima em cerca de 700 milhões de euros, o valor que deverá ser exigido de volta aos antigos administradores...
Em declarações ao Diário Económico, o accionista, que tem 6,22% do banco, garante que está prevista a entrada da acção esta semana. Berardo aguardava apenas pelo novo código das custas judiciais, que entra hoje em vigor...

domingo, 19 de abril de 2009

Bancos já cobram 'spreads' acima de 3%

Margens cobradas pelos bancos dispararam, com aumentos, em alguns casos, acima de 30%. Novos clientes não beneficiam de taxas de juro historicamente baixas.
Quem for pedir um novo empréstimo à compra de casa dificilmente perceberá que estamos a viver um período de taxas de juro historicamente baixas, sem precedentes.
Os bancos fizeram "disparar" o valor da margem financeira que somam à taxa de juro, o conhecido spread, com agravamentos quase mensais, em alguns casos de mais de 30% e para valores acima dos três pontos percentuais. Resultado: se o cliente não passar na avaliação de risco do banco e só conseguir contratar os spreads máximos ficará a suportar, em alguns bancos, juros acima de 5%. Isto numa altura em que a média da Euribor a seis meses (a taxa de juro mais usada) está nos 1,7%...
Num movimento generalizado entre os cinco maiores bancos, os spreads do crédito à habitação voltaram a ser revistos em Abril, depois de subidas quase mensais nos últimos tempos. E desta vez concretizou-se o que se previa, com algumas instituições a colocarem as margens máximas acima dos três pontos (ver quadro).
E não se pense que são só os spreads para os clientes de maior risco - aqueles que os bancos não querem, de todo, na sua carteira - que aumentam. Também as margens mínimas foram actualizadas, sendo hoje o valor mais baixo os 0,65 pontos percentuais praticados pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), seguida pelos 0,7 pontos do Santander Totta e os 0,8 pontos do Banco BPI. No caso do Banco Espírito Santo (BES), o seu spread mínimo duplicou, passando de 0,55 pontos para 1,1 pontos.
Mas se para muitos portugueses que procuram um novo crédito à habitação estes spreads mínimos são difíceis de alcançar, os bancos argumentam que também as margens máximas são aplicadas a uma ínfima percentagem de clientes. No entanto, estão lá, como forma de convidar o potencial cliente a desistir do empréstimo...
O valor mais alto é aplicado pelo MILLENNIUM BCP, com um spread de 3,6 pontos. Segue-se-lhe o BES, com um máximo de 3,3 e a pública CGD, com 3,15 pontos.

VIC
19 Abr 2009, às 18:25 - Belgium
Os bancos são uma espécie de moléstia incurável, com moral atrofiada e desconjuntada pela ganancia do lucro. Querem recuperar a toda a força o que perderam e por isso escravizam ou tentam escravizar os que deles precisam. Não são fiaveis, nunca foram e agora muito menos. O governo e os politicos são os seus aliados do nosso desconforto, só os cifrões contam. É um País entregue à bicharada, (cont)

Frankar
19 Abr 2009, às 16:48 - Portugal - Lisboa
As medidas tomadas pelos bancos, já foram explicadas num programa televisivo. Segundo a explicação dada, os empréstimos efectuados pela banca internacional para o financiamento dos bancos são ainda considerados de elevado risco e portanto o dinheiro fica mais caro. Se assim for, é lógico os valores dos "spreads" praticados. Quer dizer, quando o lençol é curto, tapa num lado e destapa no outro.

Anonymous
19 Abr 2009, às 16:34 - Portugal - Porto
Francamente, a compra de habitação está em extinção. Sobra o mercado de arrendamento que, quando se aperceber, irá fazer subir as novas rendas para preços incomportáveis também. Iremos voltar aos bairros de barracas? É o futuro dos cada vez mais pobres, pois os ricos estão cada vez mais ricos, por estas e por outras.

tolo
19 Abr 2009, às 16:17 - Portugal
comento como empresario do ramo imobiliario e como um particular.O governo assume se como mero espectador e nao se impoe como fez o primeiro ministro Zapatero ao fazer um ultimato á banca espanhola.Enquanto empresa subiram me por 3 vezes o juros das contas correntes em 2009.Com o dinheiro a 6%,corte nas avaliaçoes e spreads aos clientes de 3,5%como é possivel sairmos da recessao?Mais desemprego...

marco.simoes
19 Abr 2009, às 15:13 - Portugal - Lisboa
Esqueceram-se de alguns bancos a operar em Portugal. A Caixa Galicia por exemplo está a praticar spreads de 0.30% para associados da DECO e 0.35% a 0.45% para os restantes clientes. O Deutsche-Bank também pratica spreads na ordem dos 0.45%. Temos que procurar bem e pelo que parece a crise afectou mais os gigantes, ou então são estes que se estam a aproveitar mais desta.

Guilherme Pereira
19 Abr 2009, às 10:58 - Portugal - Lisboa
A Banca não dá ponto sem nó. Antes, arranjou à escala planetária um gigantesco molho de bróculos. Mas está visto que a crise lhes vai passar ao lado. Será o primeiro grande teste para os G20 que proclamaram em abastracto medidas internacionais contra a desregulação dos mercados financeiros.

qob
19 Abr 2009, às 10:46 - Portugal - Lisboa
Pelo que se ouve e lê aqui e acolá, dá para perceber que há uma previsão da queda dos preços em Portugal, do imobiliário novo à volta dos 20 a 25% e do imobiliário usado entre os 20 e os 40%. Os bancos estão a proteger-se dessas eventuais quedas, pura e simplesmente

qob
19 Abr 2009, às 10:44 - Portugal - Lisboa
Os Bancos já só emprestam no máximo dos máximos 80% do valor de avaliação, valor de avaliação que por sua vez já é inferior ao valor pedido pelos vendedores em alguns por cento SINAL DE QUE O MERCADO IMOBILIÁRIO ESTÁ COM PREÇOS ESPECULATIVOS QUE VÃO CAIR

sábado, 18 de abril de 2009

A história criminosa do MILLENNIUM BCP

Em países onde o capitalismo, as leis da concorrência e a seriedade do negócio bancário são levados a sério, a inacreditável história do BCP já teria levado a prisões e a um escândalo público de todo o tamanho.
Em Portugal, como tudo vai acabar sem responsáveis e sem responsabilidades, convém recordar os principais momentos deste "case study", para que ao menos a falta de vergonha não passe impune.
1. Até ao 25 de Abril, o negócio bancário em Portugal obedecia a regras simples:
Cada grande família, intimamente ligada ao regime, tinha o seu banco.
Os bancos tinham um só dono ou uma só família como dono e sustentavam os demais negócios do respectivo grupo. Com o 25 de Abril e a nacionalização sumária de toda a banca, entrámos num período 'revolucionário' em que "a banca ao serviço do povo" se traduzia,aos olhos do povo, por uns camaradas mal vestidos e mal encarados que nos atendiam aos balcões como se nos estivessem a fazer um grande favor.
Jardim Gonçalves veio revolucionar isso, com a criação do BCP e, mais tarde, da Nova Rede, onde as pessoas passaram a ser tratadas como clientes e recebidas por profissionais do ofício.. Mas, mais: ele conseguiu criar um banco através de um MBO informal que, na prática, assentava na ideia de valorizar a competência sobre o capital.
O BCP reuniu uma série de accionistas fundadores, mas quem de facto mandava eram os administradores - que não tinham capital, mas tinham "know-how".
Todos os fundadores aceitaram o contrato proposto pelo "engenheiro" - à excepção de Américo Amorim, que tratou de sair, com grandes lucros, assim que achou que os gestores não respeitavam o estatuto a que se achava com direito (e dinheiro).
2. Com essa imagem, aliás merecida, de profissionalismo e competência, o BCP foi crescendo, crescendo, até se tornar o maior banco privado português, apenas atrás do único banco público, a Caixa Geral de Depósitos.
E, de cada vez que crescia, era necessário um aumento de capital.
E, em cada aumento de capital, era necessário evitar que algum accionista individual ganhasse tanta dimensão que pudesse passar a interferir na gestão do banco.
Para tal, o BCP começou a fazer coisas pouco recomendáveis: aos pequenos depositantes, que lhe tinham confiado as suas poupanças para gestão, o BCP tratava de lhes comprar, obviamente sem os consultar, acções do próprio banco nos aumentos de capital, deixando-os depois desamparados nas perdas da bolsa;
Aos grandes depositantes e amigos dos gestores, abria-lhes créditos de milhões em "off-shores" para comprarem acções do banco, cobrindo-lhes, em caso de necessidade, os prejuízos do investimento.
Desta forma exemplar, o banco financiou o seu crescimento com o pêlo do próprio cão, aliás, com o dinheiro dos depositantes - e subtraiu ao Estado uma fortuna em lucros não declarados para impostos. Ano após ano, também o próprio BCP declarava lucros astronómicos, pelos quais pagava menos de impostos do que os porteiros do banco pagavam de IRS em percentagem. E , enquanto isso, aqueles que lhe tinham confiado as suas pequenas ou médias poupanças viam-nas sistematicamente estagnadas ou até diminuídas e, de seis em seis meses, recebiam uma carta-circular do engenheiro a explicar que os mercados estavam muito mal.
3. Depois, e seguindo a velha profecia marxista, o BCP quis crescer ainda mais e engolir o BPI. Não conseguiu, mas, no processo, o engenheiro trucidou o sucessor que ele próprio havia escolhido, mostrando que a tímida "renovação" anunciada não passava de uma farsa.
Descobriu-se ainda uma outra coisa extraordinária e que se diria impossível: que o BCP e o BPI tinham participações cruzadas, ao ponto de hoje o BPI deter 8% do capital do BCP e, como maior accionista individual, ter-se tornado determinante no processo de escolha da nova administração... do concorrente! Como se fosse a coisa mais natural do mundo, o presidente do BPI dá uma conferência de imprensa a explicar quem deve integrar a nova administração do banco que o quis opar e com o qual é suposto concorrer no mercado, todos os dias...
4. Instalada entretanto a guerra interna, entra em cena o notável comendador Berardo, ele é só o homem que mais riqueza acumula e menos produz no país (protegido pelo 1º Ministro (a Sócretina), que lhe deu um museu do Estado para armazenar a colecção de arte privada. Mas, verdade se diga, as brasas espalhadas por Berardo tiveram o mérito de revelar segredos ocultos e inconfessáveis daquela casa.
E assim ficámos a saber que o filho do engenheiro fora financiado em milhões para um negócio de vão de escada, e perdoado em milhões quando o negócio inevitavelmente foi por água abaixo.
E que havia também amigos do engenheiro e da administração, gente que se prestara ao esquema das "off-shores", que igualmente viam os seus créditos malparados serem perdoados e esquecidos por acto de favor pessoal.
5. E foi quando, lá do fundo do sono dos justos onde dormia tranquilo, acorda inesperadamente o governador do Banco de Portugal e resolve dizer que já bastava: aquela gente não podia continuar a dirigir o banco, sob pena de acontecer alguma coisa de mais grave - como, por exemplo, a própria falência, a prazo.
6. Reúnem-se, então, as seguintes personalidades de eleição: o comendador Berardo, o presidente de uma empresa pública com participação no BCP e ele próprio ex-ministro de um governo PSD e da confiança pessoal de Sócrates, mais, ao que consta, alguém em representação do doutor "honoris causa" Stanley Ho - a quem tantos socialistas tanto devem e vice-versa. E, entre todos, congeminam um
"take over" sobre a administração do BCP, com o "agréement" do dr. Fernando Ulrich, do BPI..
E olhando para o panorama perturbante a que se tinha chegado, a juntar ao súbito despertar do dr. Vítor Constâncio, acharam todos avisado entregar o BCP ao PS.
Para que não restassem dúvidas das suas boas intenções, até concordaram em que a vice-presidência fosse entregue ao sr. Armando Vara (que também usa 'dr.') - fabuloso expoente político e bancário que o país inteiro conhece e respeita.
7. E eis como um banco, que era tão independente, que fazia tremer os governos, desagua nos braços cândidos de um partido político - e logo o do Governo. E eis como um banco, que era tão cristão, tão "opus dei", tão boas famílias, acaba na esfera dessa curiosa seita do avental, a que chamam maçonaria.
8. E, revelada a trama em todo o seu esplendor, que faz o líder da oposição?
Pede em troca, para o seu partido, a Caixa Geral de Depósitos, o banco público.
Pede e vai receber, porque há 'matérias de regime' que mesmo um governo que tenha maioria absoluta no parlamento não se atreve a pôr em causa. Um governo inteligente, em Portugal, sabe que nunca pode abocanhar o bolo todo. Sob pena de os escândalos começarem a rolar na praça pública, não pode haver durante muito tempo um pequeno exército de desempregados da Grande Família do Bloco Central.

Se alguém me tivesse contado esta história, eu não teria acreditado..
Mas vemos, ouvimos e lemos. E foi tal e qual.
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Cavaco alerta para gestores sem ética


Os responsáveis pela crise financeira "continuam a ser capazes de condicionar as políticas públicas."

O alerta foi feito ontem Presidente da República, que aconselhou os governos a não cederem às pressões, para agirem e a ponderarem as decisões, de forma a não desperdiçarem os recursos públicos. Ou pior, "concentrar esses recursos nas mãos de uns poucos, precisamente aqueles que detêm já maior influência junto dos decisores".
Para Cavaco Silva, não há dúvidas: "Na génese da crise financeira e económica que o mundo enfrenta, muito pesaram a violação de normas éticas e a adopção de comportamentos de risco". "Muitos foram os gestores financeiros que, simplesmente, perderam o sentido da decência", sublinhou Cavaco Silva na sessão de abertura do 4º Congresso da Associação Cristã de Empresários e Gestores, que decorreu na Universidade Católica, onde estiveram também o Cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, e o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
O Chefe de Estado considerou por isso "urgente que os decisores reajustem as prioridades e corrijam as injustiças e os erros que a crise desmascarou". Mais: "Seria um erro muito grave, verdadeiramente intolerável, que, na ânsia de obter estatísticas económicas mais favoráveis e ocultar a realidade, se optasse por estratégias de combate à crise que ajudassem a perpetuar os desequilíbrios sociais existentes."
Para o Governo, Cavaco Silva deixou recados directos: "Não se trata de governar para os números, nem para as estatísticas. "Não é altura para intervencionismos populistas ou voluntaristas sem sentido. Os recursos do País são escassos e é muito o que há ainda por fazer. É preciso garantir o máximo de transparência na utilização dos dinheiros públicos", avisou o Presidente.
E foi mais longe: "Empresários, gestores e banqueiros submissos em relação a ministros e secretários de Estado ou outros agentes políticos pouco contribuem para o desenvolvimento sustentável do nosso País."

FRASES
"Este é um risco efectivo. Muitos dos agentes que beneficiaram do status quo e que tiveram um papel activo na crise financeira continuam a ser capazes de condicionar as políticas públicas."
"Esta não é altura para intervencionismos populistas ou voluntarismos."
"O pior que nos poderia acontecer era a crise acentuar a tendência de as empresas procurarem a protecção do Estado para a realização dos seus negócios."
"É preciso ter coragem de,em vários domínios, começar de novo."
Cavaco Silva

COMENTÁRIOS:
18 Abril 2009 - 14h43 | Ze na vota
Porque não referenda o PR o sistema eleitoral..o tal que permite as sobras na Suiça..

18 Abril 2009 - 14h42 | Yanik
Só lamento que o CM aceite o que um analfabeto, tipo ZÉ da picheleira verberreie. Que nojento!

18 Abril 2009 - 14h35 | Contribuinte
O Srº PR tem razão, existem alguns que só na Tailãndia é que lhe davam o que eles merecem,mas como estão a salvo.LX

18 Abril 2009 - 14h20 | Zé
Será que o Presidente apenas faria um discurso se o país estivesse assim e o Primeiro Ministro fosse Santana Lopes?

18 Abril 2009 - 14h02 | carlos
sr.PR,se existem gestores sem ética,é porque o país näo tem pessoas à altura para gerir o país! (lei óo pa pobre?)certo?

18 Abril 2009 - 13h23 | A S-Lx
É impossível erradicar vícios cultivados desde sempre.

18 Abril 2009 - 12h42 | luis
sr.presidente V.Exa tem um no conselho de estado e nada faz.obrigado pelo apoio ao povo

18 Abril 2009 - 12h06 | observador
Diante de tantos maus exemplos dos governantes, fica dificil um governante falar isso. Ou só eles podem?

18 Abril 2009 - 11h22 | António
patrões e gestores no 24 abril nem piavam quanto mais pedir ajudas.Agora sempre aflitos coitados,ve-se vencimentos deles

18 Abril 2009 - 11h16 | vasconcelos
Muito bem sr.presidente,mas deve começar tb pelo governo.Quem levou o pais a este estado foram os politicos e banqueiros

25 bancos já faliram nos EUA este ano


Mais dois bancos fecharam portas nos EUA, elevando para 25 o número de bancos a cair só desde o início deste ano, segundo os dados do Governo.

O American Sterling Bank de Sugar Creek, no Missouri, e o Great Basin Bank of Nevada em Elko, Nevada foram encerrados sexta-feira. Os encerramentos deverão custar cerca de 84 milhões de dólares.
O primeiro destes dois bancos tinha activos no valor total de 181 milhões de dólares e os depósitos totalizavam 171,9 milhões, segundo o comunicado divulgado pela entidade responsável por supervisionar estas falências. O Metcalf Bank vai assumir todos os depósitos do banco falido e vai ainda comprar cerca de 173,6 milhões de dólares em activos, deixando apenas uma pequena parte.
No caso deste banco, o custo para a entidade (a FDIC) será de 42 milhões de dólares.
Já o Great Basin Bank of Nevada tinha activos avaliados em 270,9 milhões de dólares e depósitos de 221,4 milhões. Será o Nevada State Bank de Las Vegas a assumir todos os depósitos do banco. A falência custará outros 42 milhões.
Durante o fim-de-semana, os clientes dos dois bancos poderão aceder às suas contas através de cheques e cartões de crédito e débito. A FDIC continuará a assegurar totalmente as contas até 250 mil dólares até ao final do ano.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Euribor descem com possível corte dos juros


As taxas Euribor renovaram hoje mínimos históricos, depois do presidente do BCE ter afirmado que é preciso “fazer tudo” para restaurar a prosperidade.

Assim, a Euribor a seis meses, usada como referência para os créditos à habitação, caiu para os 1,595%, enquanto o prazo a doze meses desceu para os 1,761%. Já o prazo a três meses, usado como referência sobretudo para os créditos às empresas, recuou para 1,405%, sendo o único que está em queda há 131 sessões consecutivas.
Hoje, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, afirmou em Tóquio que os bancos centrais têm que “fazer tudo” para restaurar a confiança e a prosperidade na zona euro, o que foi interpretado pelos observadores contactados pela Bloomberg como indicativa de que a autoridade monetária europeia irá voltar a descer os juros em Maio.
Esta perspectiva é reforçada pelo facto de ontem o governador do Banco de Espanha ter afirmado que o BCE “ainda tem margem” para descer a sua taxa de juro de referência.

COMENTÁRIOS
ze pedro, amadora | 17/04/09 12:06
E nos nossos bolsos quando é que chega, só passado 6 meses hora bolas baixa os juros sobem o spred, o banco Primus tem um seprede impossivel que está a fazer é de 5% e ninguém vê isso nem a Adc, força não tenham medo, assim não á carteira que aguente.

REALISTA, | 17/04/09 12:56
É incrível como existe uma autoridade de fiscalização e nada faz aos bancos, neste momento os bancos estão a fazer créditos, tão caros que apesar dos juros descerem chegam a estar muito mais caros que a um ano a traz quando o euribor atinguiu o seu limite mais alto, spreads altos praticados e taxas que só são comunicadas após feito o crédito infelizmente é a pratica de alguns bancos. Quanto ao consumidor, só seis em seis meses é actualizada a taxa e mesmo assim alguns bancos fazem a media dos 6 meses é não a taxa do dia em que vence o empréstimo.....é assim que se tem lucros milionários todos os meses...o Banco europeu tem de apostar e na estabilização, nos queremos e ter confiança e não medo da subida dos juros repentina como foi a ultima vez...

EAM, | 17/04/09 13:21
Pois meus caros, os bancos têm de conseguir manter as suas taxas de lucro astronómicas, por isso fazem empréstimos com spreads altissimos...o problema é que ainda existem clientes a aceitar estas condições...e o ciclo vicioso mantem-se

Louçã acusa BES de receber dinheiro de Pinochet



O dirigente do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, acusou esta sexta-feira o Banco Espírito Santo (BES) de receber uma parte da fortuna de Augusto Pinochet, citando notícias de imprensa estrangeira, depois de o banco ter desmentido esta informação quinta-feira.
Louçã lembrou, em declarações aos jornalistas no Parlamento, o que afirmou quinta-feira durante o debate do pacote de projectos do BE contra a corrupção, quando acusou o BES de ter «escondida parte da fortuna de Augusto Pinochet, segundo a Justiça chilena, que não consegue reaver o dinheiro».
Declarações desmentidas pelo banco no mesmo dia, que acusou o líder bloquista de ter «uma estranha e patológica obsessão pelo BES» e de mentir «de forma propositada», garantindo não existir qualquer relação financeira com o antigo ditador chileno.
Esta sexta-feira, Francisco Louçã refutou as «aleivosas mentiras» do banco, citando artigos da agência Reuters, do Financial Times e da revista Forbes para reiterar as suas declarações.

«Ricardo Salgado já tinha admitido»
«A grande imprensa de referência internacional identifica o Banco Espírito Santo como receptador de uma parte da fortuna de Augusto Pinochet. Foi há quatro anos e a Justiça chilena ainda não tem resposta», sublinhou o dirigente bloquista.
Louçã disse ainda que «há cerca de 20 mil milhões de dólares identificados pela Justiça, que quer reaver esse dinheiro. A família de Pinochet não pode ficar com a herança desse dinheiro roubado ao país por um ditador».
«Houve já um momento em que o doutor Ricardo Salgado [presidente do BES] reconheceu que isto era verdade, até veio dizer que iria despedir o director da agência de Miami. Ou seja, tinha mesmo ocorrido. Não se vai despedir um director pelo facto de ele ter recusado o dinheiro e de ter cumprido as leis. Só se poderia despedir se ele tivesse recebido dinheiro sujo», insistiu.
«Faria melhor o doutor Ricardo Salgado dar resposta cabal à justiça chilena e faria melhor todo o banco saber que não pode proteger dinheiro criminoso», sustentou.
Sobre declarações de Salgado sobre o fim dos «off-shores», Francisco Louçã defendeu que «das duas uma: ou é uma aministia para crimes cometidos nesses «off-shores», e eu digo-lhe que não, ou trata-se de uma amnistia fiscal para o dinheiro que não foi pago por quem utilizou esses «off-shores» e eu digo que não também», atirou.

Economia portuguesa volta a deteriorar-se em Março

A economia portuguesa voltou a deteriorar-se em Março, com o indicador coincidente do Banco de Portugal a cair 1,8 por cento e o indicador do consumo privado a desacelerar para 0,9 por cento.
"Em Março de 2009, o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial da actividade económica, calculado pelo Banco de Portugal, diminuiu face ao observado no mês anterior", revelam os Indicadores de Conjuntura, divulgados hoje pelo Banco de Portugal.
"No mesmo período, o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial do consumo privado, calculado pelo Banco de Portugal, registou igualmente uma diminuição face ao mês anterior", segundo os mesmos dados.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

MILLENNIUM BCP emite mil milhões em dívida


O Millennium bcp vai emitir mil milhões de euros em obrigações com maturidade a cinco anos, com um 'spread' de 295 pontos base.

A operação de emissão de obrigações será coordenada pelos bancos BNP Paribas, HSBC, JPMorgan, UBS e o próprio BCP, noticiam as agências internacionais.
O valor da emissão foi revelado à Bloomberg por uma fonte bancária envolvida na operação.
No final de Março, o presidente executivo do BCP, Carlos Santos Ferreira, havia revelado que o BCP iria emitir dívida em valores mobiliários estruturados até 1,2 mil milhões de euros já no segundo trimestre do ano, embora o montante exacto estivesse dependente do parecer do Banco de Portugal.

Comentários:
JRM, Almada | 16/04/09 11:47
O BCP não tem dinheiro, porque os que lá tinham o dinheiro já o retiraram...
Não tirem de lá o vosso dinheiro que logo vão ver o que lhe acontece!!!
Quem vos avisa vosso amigo é...

Titó, | 16/04/09 15:21
Eles até já cobram manutenção da conta ordenado a quem recebe menos de € 500 .
Por este abuso ponto final.

Bancário, PENAFIEL | 16/04/2009 14:30
Este banco continua a lesar o zé povinho...
É o principal responsável pela crise financeira em Portugal
Tem a coragem de desviar capitais das contas dos clientes...

Governo aprova levantamento do sigilo bancário automático


O governo aprovou o levantamento do sigilo bancário automático para situações de enriquecimento patrimonial injustificado de valor superior a 100 mil euros sem correspondência com os rendimentos das declarações fiscais. Além disso, aprovou também um regime de tributação agravada a uma taxa de 60%.

Francisco Louçã considerou ontem "decisivo para a democracia" e condição essencial na luta contra a corrupção e evasão fiscal o levantamento do sigilo bancário.

OBS:
O governante explicitou que o fisco irá actuar quando os seus inspectores tiverem uma "suspeita fundada" de que o contribuinte se encontrará em situação de enriquecimento ilícito, cabendo ao director-geral da das Finanças pedir o acesso à conta bancária do suspeito, mesmo que este não concorde. Este acesso será, no entanto, passível de recurso judicial por parte do contribuinte.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, nota que, dos que enriqueceram de modo ilícito, nenhum "ficará impune".

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Gestores da banca e "elite política" foram e são os impulsionadores da crise








Os ex. administradores bancários, accionistas e outros gestores das maiores empresas públicas, deveriam repor os prémios dos lucros chorudos que obtiveram durante estes últimos anos!!! Assim voltaríamos a ter normalidade no sistema financeiro...
Os bancos portugueses deram cerca de 10 milhões de euros de lucros por dia, durante estes últimos anos, agora que paguem os prejuízos...
Temos o exemplo do BCP...Penso que não deveria ser o Governo a dar "avales" de milhares de milhões de euros aos bancos...
Temos que responsabilizar e punir os gananciosos e criminosos bancários, pelos prejuízos monstruosos e desgraças, que criaram a milhares de pessoas inocentes...BCP, BPN, BPP... Como afirmou Saldanha Sanches em 16 ou 17 de Dezembro de 2008...
O que mais me entristece no meio de tudo isto é haver uns gajos que não fazem outra coisa senão andar a gamar, armados em sérios gestores, banqueiros e políticos. Estamos entregues a uma cambada que ainda por cima tem a lata de afirmar que se preocupa com o seu semelhante e para salvaguardar os seus interesses é capaz de fazer guerras, de humilhar povos e aqui entra o inevitável, ora em nome da democracia ora em nome da liberdade...
O dinheiro que eles gastam e roubam dava para acabar com a fome no mundo e o que restasse devia ser aplicado na ciência, na descoberta de meios de salvar pessoas que em pleno século XXI continuam a morrer por causa duma simples gripe ou pela mordedela de um mosquito.
A diferença que existe entre um regime totalitário e um regime democrata não é nenhum.
Os primeiros mandam porque tem um partido único, os segundos porque o povo votou neles e agora como partido único no poder, comportam-se exactamente da mesma maneira.
À medida que o tempo passa, começo a perceber melhor porque é que existe terrorismo, não que o apoie obviamente, mas com tanto desequilíbrio no mundo que diferença faz…
É verdade que os tempos presentes são do salve-se quem puder e o futuro é cada vez mais uma lotaria. Mas é verdade também que esta conjuntura violenta poderia ser aproveitada para se fazerem rupturas, procurar dizer umas tantas verdades, acabar com certos tabus e pôr o dedo em muitas das feridas que têm andado escondidas nestes anos de democracia. Mas não. A vidinha neste sítio manhoso, pobre, deprimido, hipócrita e cada vez mais mal frequentado continua pior do que nunca, com as mesmas misérias e os mesmos miseráveis.
A vidinha continua a ser dominada por gente medíocre que tem medo da sombra e passa a vida a varrer das agendas os temas que podem ser verdadeiramente perigosos para os seus interesses e privilégios, a maior parte das vezes ilegítimos.
As grandes discussões destes últimos dias centraram-se na eventualidade de uma Esquerda Marxista, Leninista, Estalinista e Trotskista entrar no arco governamental e no voto vergonhoso dos senhores deputados que aprovaram o Estatuto dos Açores.
As palavras de Pinto Monteiro, procurador-geral da República, no Parlamento, foram rapidamente esquecidas, com toda a gente a fingir que o responsável máximo do Ministério Público não disse nada de relevante, merecedor de um amplo debate e, mais do que isso, de um verdadeiro levantamento nacional contra o estado a que as coisas chegaram no sítio.
No seu estilo directo, Pinto Monteiro apenas afirmou que o governador do Banco de Portugal foi alertado em 2004 para uma grande fraude internacional envolvendo o BPN e o famoso Banco Insular de Cabo Verde e nada fez para colaborar com as autoridades na descoberta dos autores desse crime económico, aliás; já tinha sido também alertado para os crimes e fraudes do BCP desde 1999 até aos dias de hoje...
Aos senhores deputados que aprovam as leis, em que são os primeiros responsáveis pela Justiça, em que o Ministério Público não tem capacidade para combater a corrupção e os crimes de colarinho branco, provando-se que não é importante e nada tem de relevante.
As palavras de Pinto Monteiro foram levadas pelo vento, Constâncio continua no lugar e os corruptos podem dormir em paz.

Portugal quebra aos pés da maior crise de 80 anos


A economia vai contrair 3,5%, o consumo privado 1%, a inflação será negativa, as exportações irão recuar 14,2% e o investimento quase 15%. Estas são as novas previsões do Banco de Portugal (BdP) para 2009 e são as mais negativas até agora publicadas.


A contracção do PIB, por exemplo, duplica os -1,6% revistos pela Comissão Europeia em Janeiro. E para 2010? Na verdade, não se sabe muito bem. Tudo depende dos EUA, que, por sua vez, puxarão pela Europa, e só depois chegará a retoma portuguesa. Por agora fica a certeza de que 2009 será o ano da maior recessão em trinta anos.
Vítor Constâncio chegou ontem à tarde à conferência de imprensa com um ar carregado, que antecipava a primeira frase da sua intervenção: "No contexto da maior crise económica mundial desde a Grande Depressão de 1930, Portugal iniciou no segundo semestre do ano passado um período recessivo que se antevê como o mais profundo e prolongado das últimas décadas".
Seguiu-se um rol de números negros sobre a economia - eis a sua comparação histórica: a queda do PIB é a maior desde, pelo menos, 1975. O recuo no investimento supera o registado em 1984, período em que Portugal sofreu uma crise na balança de pagamentos. As exportações caem mais do que em qualquer outro período, fazendo as crises anteriores parecerem pequenos percalços.
E o consumo das famílias, pressionado pelo desemprego e pelo receio sobre o futuro vai recuar, apesar do rendimento disponível das famílias, apoiado nas baixas taxas de inflação e juro, dever crescer de 2% em termos reais. Os números vieram acompanhados do já habitual aviso "todas as previsões estão rodeadas de enorme incerteza".
AO LONGO DA FAMIGERADA "CAMPANHA ACCIONISTA BCP" EM 2000/2001, QUE O BANCO LEVOU A CABO COM AS ACÇÕES PRÓPRIAS, FOI PROVADO HAVER INDÍCIOS DE VÁRIOS CRIMES... NO EXERCÍCIO DE 2000, O MONTANTE TOTAL DE PRÉMIOS A DISTRIBUIR PELOS FUNCIONÁRIOS FOI DE 22.603.817,40€, EM QUE OS ACCIONISTAS NÃO TIVERAM DIREITO A DIVIDENDOS!!!
AS ENTIDADES SUPERVISORAS E ÓRGÃOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGARAM AO PÚBLICO, MAS O BCP, MESMO COM A ACTUAL ADMINISTRAÇÃO, CUJO PRESIDENTE É O DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, CONTINUA A EXTORQUIR, "ROUBAR" E A SAQUEAR DINHEIROS DAS CONTAS DAS VÍTIMAS (CLIENTES) SILENCIADAS E INDEFESAS, DANDO SEGUIMENTO PARA O BANCO DE PORTUGAL COMO SENDO DÍVIDA DE INCUMPRIMENTO, SUJANDO O "BOM NOME" DO CLIENTE... ENQUANTO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS BANCÁRIOS CONTINUAM INTOCÁVEIS, SEM SER CHAMADOS À JUSTIÇA.

É A VERDADE DO QUE SE PASSOU E AINDA SE ESTÁ PASSAR NO MAIOR BANCO PRIVADO PORTUGUÊS! "MILHARES DE PESSOAS DESTRUÍDAS, EXTORQUIDAS E "ROUBADAS" DOS SEUS BENS PELO BCP (CAMPANHA ACCIONISTA MILLENNIUM BCP E OUTRAS SITUAÇÕES GRAVES)..."
- "TAMBÉM ALGUMAS NOTÍCIAS FINANCEIRAS ACTUALIZADAS"
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DURING THE INFAMOUS "CAMPAIGN SHAREHOLDERS BCP" In 2000/2001, the Bank has undertaken WITH OWN ACTIONS, HAS PROVEN Indications of HAVER SEVERAL CRIMES ... In 2000, THE TOTAL AMOUNT OF PREMIUMS FOR EMPLOYEES WAS A DISTRIBUTE OF € 22,603,817.40, in which shareholders were not entitled to dividends!!!
AND BODIES supervisors of media available to the public, but the BCP, EVEN WITH THE CURRENT ADMINISTRATION, WHICH IS THE PRESIDENT DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, continues to extort, "theft" Drawing MONEY AND VICTIMS OF THE ACCOUNTS (CLIENTS) Silent and Helpless, following FOR BANK OF PORTUGAL AS BEING DEBT OF FAILURE (CRC) of the client. While the primary banking responsibility untouchables CONTINUE WITHOUT BEING CALLED TO JUSTICE.

IS THE TRUTH of what happened and if IS MOVING IN A MORE PRIVATE BANK PORTUGUESE! "Thousands of people destroyed and EXTORQUIADAS THEIR PROPERTY BY BCP (BCP MILLENNIUM CAMPAIGN SHAREHOLDERS AND OTHER serious )..."
- "UPDATES FINANCIAL ALSO NEWS OF THE WORLD"