quarta-feira, 28 de julho de 2010

Juíza arquivou burla qualificada mas ex-administradores vão a julgamento. Se quiser reaver o dinheiro, o banco arrisca ter de confessar-se culpado


Jorge Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, António Melo Rodrigues e Cristopher de Beck, ex-administradores do Banco Comercial Português, vão ser julgados nas Varas Criminais de Lisboa, acusados de manipulação de mercado e falsificação de documento, decidiu ontem o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa. O juiz que presidiu à instrução arquivou o crime de burla qualificada imputada pelo DIAP de Lisboa aos quatro arguidos e também a António Castro Henriques, ex-gestor da instituição, que viu arquivados todos os três crimes de que estava acusado.

Os quatro arguidos foram despronunciados do crime mais grave, burla qualificada, punível até oito anos de prisão, porque o juiz entendeu que as remunerações indevidas de que beneficiaram "eram um dano colateral". O juiz entendeu que o objectivo deste expediente era, sobretudo, dar uma imagem de falsa prosperidade do banco e não "algo que fizesse parte de uma intenção" para obter um enriquecimento ilegítimo.

No caso de Jardim Gonçalves, que terá embolsado nove milhões de euros indevidamente, durante quatro anos, o despacho de pronúncia lembra que só no ano de 2001 recebeu uma remuneração variável legítima de 12 milhões de euros e que "dedicou 20 anos da sua vida à construção do BCP, era tido como pessoa de mérito e influência e a quem não faltariam hipóteses de obter a quantia de nove milhões de euros em negócios lícitos".

O despacho assegura que a falsificação das contas do BCP nos exercícios de 1999 a 2007 se traduziu num empolamento dos resultados que geravam uma falsa representação da realidade e da performance do banco induzindo em erro a comissão de remunerações. Esta entidade fixava as remunerações variáveis dos administradores em função dos dados falsos que lhes foram apresentados no relatório e contas, implicando que os quatro arguidos e demais administradores tenham excedido o limite de dez por cento dos lucros líquidos do banco.

"Ironicamente", realça a juiz de instrução, o BCP parece estar impedido de solicitar as remunerações pagas a mais aos administradores. E porquê? "Por tal corresponder a uma admissão de culpa no processo contra-ordenacional instaurado pelo Banco de Portugal." Neste processo, recorde-se, o banco foi multado em cinco milhões de euros; Jardim Gonçalves em um milhão, Cristopher de Beck em 750 mil euros, António Rodrigues em 875 mil euros, Filipe Pinhal em 425 mil euros e António Castro Henriques em 230 mil euros. A punição, em fase de recurso, inclui ainda a inibição de exercício de cargos sociais e de administração em bancos e instituições de crédito pelo período de alguns anos.

Contas falsas para ocultação

No cerne da investigação esteve o esclarecimento das sociedades sedeadas em paraísos fiscais, 17 das quais nas Ilhas Caimão, cujas operações bolsistas terão contribuído para influenciar a cotação das acções do BCP. Um relatório da CMVM citado no despacho assegura que, entre 1999 e 2004, as off-shores adquiriram um total de 289,3 milhões de acções do banco e de 220 milhões de acções vendidas. "As off-shores realizam frequentemente percentagens compradoras superiores a 20 por cento do mercado, provocando um aumento de 25 por cento da liquidez, acabando por influenciar a formação de preços dos títulos do BCP. "A ocultação de perdas e a produção de resultados artificialmente empolados têm efeitos sob a percepção do observador sobre a saúde de uma instituição financeira e os títulos que esta emite."

A falsificação de documento é um crime imputado aos quatro ex-administradores, devido ao facto de o relatório e contas não traduzir a situação real da instituição, visando segundo o despacho instrutório vários objectivos, nomeadamente, ocultar o crime de manipulação de mercado. E assim transmitir "ao mercado, aos investidores e aos accionistas uma errada perspectiva do desempenho do BCP e do desempenho profissional dos arguidos".

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Os bancos e o bombeiro


A semana passada foi agitada na banca. Começou com rumores de que o BCP não iria abrir as portas na segunda-feira, porque estaria à beira da insolvência.

Seguiu-se o corte na notação de crédito decidido pela Moody's e que abrangeu oito instituições financeiras nacionais. Em cima de tudo isto, multiplicaram-se as opiniões e os palpites sobre o desempenho dos principais bancos nacionais nos testes de "stress" efectuados pelo Banco Central Europeu, cujos resultados serão conhecidos na próxima sexta-feira.

Para um sector que se tem mantido no centro da crise e que esteve, também, na sua origem, a sucessão de eventos penalizou as cotações e reacendeu uma desconfiança sobre a saúde das principais instituições financeiras que parecia em vias de ser superada pela valorização registada em bolsa na semana anterior. O primeiro problema que se detecta nestes acontecimentos está no facto de se basearem em análises e rumores que carecem de uma validação sólida e consistente.

Que os principais bancos portugueses enfrentam dificuldades já era sabido, pela circunstância de a sua liquidez estar a ser assegurada através do BCE, por via da entrega de activos titularizados à autoridade monetária da Zona Euro. O mercado interbancário está praticamente fechado porque quem tem dinheiro para emprestar - às instituições financeiras portugueses, por exemplo - prefere evitar este risco, optando pela realização de depósitos junto do BCE.

Partir daqui para a perspectiva de que o futuro, a curto prazo, é negro para os principais bancos nacionais, pode ser um exercício irresponsável e precipitado, caso as garantias dadas pelo Ministério das Finanças de que não existem "problemas de capital a resolver" se tenha destinado a tranquilizar clientes e investidores, com o indispensável conhecimento de causa para um compromisso desta envergadura. A questão será esclarecida com a divulgação dos resultados dos testes de "stress" mas, se de facto houver necessidade de injecções de capital, restará saber se haverá accionistas com recursos e vontade de o fazer e que alternativas restarão se os dinheiros privados não apareceram para dar a mão aos bancos.

Para os analistas da Moody's, é aqui que está o nó mais complicado de desatar. A descida das notações de crédito foi justificada pela menor capacidade do Estado português de ajudar instituições que venham a necessitar de ajuda, ele próprio apertado por uma crise orçamental que deixa os seus cofres sem qualquer margem de manobra. Nos Estados Unidos, que já realizaram testes de "stress" e aprovaram nova regulamentação para a banca, em contraste com o ritmo de caracol europeu, há a convicção de que os grandes bancos continuam a ser demasiado grandes para poderem falir. A prudência aconselha que o mesmo princípio seja aplicado em Portugal. Neste caso, a pergunta é: o bombeiro Estado tem condições para apagar eventuais fogos?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Tribunal diz que BCP escondeu "offshores" de forma deliberada


A primeira decisão de um tribunal sobre o caso BCP confirma a acusação das autoridades de supervisão de que o banco usou cerca de duas dezenas de "offshores" para financiar a compra de acções próprias com crédito da própria instituição.

Além disso, o tribunal dá como provado que o banco prestou informação falsa ao mercado de forma deliberada.

A decisão do Tribunal surgiu na sequência da impugnação judicial que o BCP fez da coima de cinco milhões de euros a que tinha sido condenado por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), devido à prestação de informação falsa ao mercado.

A juíza confirmou as seis infracções identificadas pelo supervisor e diz que elas foram cometidas "a título doloso". Ainda assim, decidiu a suspensão de metade da coima, por um período de dois anos.

CMVM investiga irregularidades nas OPV com créditos da CGD


Francisco Bandeira e Armando Vara, actual e antigo vice-presidentes, acusados de não impedirem esquema feito em alguns balcões relacionados com ofertas públicas de venda de acções (OPV).

A Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) acusa o actual vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Francisco Bandeira, e o ex-vice-presidente Armando Vara de terem conhecimento, e de nada terem feito, para impedir ilicitudes realizadas em alguns balcões do banco entre 2006 e 2007. Isto, apesar de ter sido a própria administração que denunciou às autoridades o esquema engendrado por responsáveis da instituição, em articulação com empresários clientes, e que envolvia créditos concedidos para aquisição de acções da REN, da Galp e da Martifer.

A denúncia chegou à CMVM, ao Banco de Portugal (BdP) e ao Ministério Público a 3 de Agosto de 2007 e está assinada pelo actual vice-presidente e CEO do BPN, Francisco Bandeira, que à data dos factos era administrador da CGD. Na altura, Bandeira tinha o pelouro do crédito concedido pelo banco à região norte, que contemplava a agência de Vizela, onde foi detectada parte das ilegalidades. Foram detectadas ainda ilicitudes em balcões da Grande Lisboa, Amoreiras e Almada, tutelados por Armando Vara.

Na acusação deduzida já este ano, a CMVM solicita que ambos sejam punidos por eventual dolo. O supervisor alega que se o banco, ali representado por Bandeira e Vara, que na qualidade de gestores deram luz verde à concessão dos créditos, não tivesse financiado os três clientes infractores, estes não teriam tido ocasião para cometer as ilegalidades de que são acusados.

A CGD defende que Bandeira, Vara e mais dois directores, também visados pela CMVM, actuaram no quadro das suas normais competências, pelo que desconheciam a sua finalidade. Adianta ainda que os altos responsáveis do banco agiram em conformidade com os pareceres dados pela cadeia hierárquica, pois antes do pedido de empréstimo ser apreciado pela administração é avaliado por directores e por gerentes a quem cabe sugerir a aprovação ou a recusa. A mesma fonte notou que o contencioso está a decorrer, pois houve recurso, e que a CMVM ainda não tomou a decisão final.

Sobre a actuação dos outros cinco colaboradores das agências das Amoreiras, Vizela e Almada, que terão actuado articulados com os clientes, a CGD diz que estes extravasaram as suas competências e agiram contra as normas em vigor.

Processos disciplinares

Em nota enviada ao PÚBLICO, com conhecimento da CMVM, a CGD lembra que a denúncia partiu dos próprios gestores e que, na sequência, foram adoptadas "medidas" para sanear a situação, tendo ainda o banco "promovido processos disciplinares".

Instada pelo PÚBLICO para comentar o despacho de acusação, a CMVM recusou fazê-lo, lembrando que "o processo está a decorrer e está sob segredo de justiça". Também o BdP optou por não dar explicações. Para além de Bandeira e Vara, este já arguido no caso Face Oculta, o supervisor acusa ainda dois directores (José Delgado e José Rosa), que estão a ser defendidos pela instituição bancária, que entende que estes desconheciam as irregularidades.

Já no que respeita aos cinco colaboradores das agências das Amoreiras (Pedro Melo, Vítor Gil, Jorge Isaías Costa) e de Vizela (Manuel Vieira e José Carvalho) acusados pela CMVM, a CGD aplicou sanções. A CMVM diz que todos conheciam os factos e agiram com vontade de os praticar.

As ilicitudes remontam a 2006 e 2007 e foram desencadeadas no quadro das ofertas públicas de venda de acções (OPV) da Galp e da REN, e da oferta pública de subscrição (OPS) de títulos da Martifer.

O alerta foi dado quando uma cliente do balcão das Amoreiras contactou os serviços centrais para os informar de que não tinha subscrito acções das três empresas, respondendo assim a uma carta do banco que lhe dava conta do que lhe tinha cabido no rateio.

A informação desencadeia averiguações. E é encontrada uma segunda conta, esta fictícia, aberta em nome da mesma cliente e de onde partiram as ordens de subscrição das acções, e que era alimentada por dinheiro transferido de uma outra conta aberta em nome de um cliente/empresário de Lisboa. Este tinha recebido da CGD (em duas tranches) quase um milhão de euros, que servia para abastecer cerca de oito centenas de contas-fantasma. O empréstimo fora obtido através de uma linha especial de crédito criada pela CGD para financiar a compra de acções da Galp, da REN e da Martifer.

Questionada sobre a razão pela qual o crédito, de um milhão de euros, necessitou de ser validado pelo conselho administração, que é chamado a apreciar financiamentos superiores a quatro milhões de euros, fonte da CGD explicou que as responsabilidades do cliente para com o banco eram superiores.

As 800 contas foram simuladas com recurso a nomes e dados obtidos junto de uma sociedade de aluguer de mão-de-obra, e abertas com a concordância do balcão das Amoreiras, nomeadamente do gerente e do subgerente.

Na sequência, a gestão da CGD ordena a abertura de uma auditoria geral às OPV e OPS da Galp, REN e Martifer, e acaba por detectar mais duas situações irregulares sustentadas na linha especial de crédito. Uma envolvendo o balcão de Almada e um cliente construtor civil, e outro em Vizela, associado a um empresário têxtil. Os dois entenderam-se com os trabalhadores para subscreverem acções no rateio com crédito da CGD. O empresário de Vizela combinou com os seus funcionários, todos eles com conta aberta na CGD (através da qual recebem o ordenado), que se estes recebessem acções no rateio as passariam para a sua conta, comprometendo-se a assumir as perdas e a partilhar os lucros.

Depois de concluir as auditorias internas a CGD comunicou o resultado à CMVM, ao BdP e ao Ministério Público. Na carta que enviou às autoridades, o banco revela que detectou indícios de "desvios às normas legais e regulamentares que regem [o banco], envolvendo, quer clientes, quer colaboradores" e reconhece ter existido "violação das normas internas".

O banco esclarece ainda que "estão em causa" contas fictícias, bancárias e de activos financeiros, "indiciando a realização de operações suspeitas sobre valores mobiliários e de transferências de títulos, defraudando as regras de mercado".

Para além de Bandeira, a participação é assinada por um outro administrador da CGD, José Ramalho. A CGD esclareceu o PÚBLICO que "os advogados" da instituição "já solicitaram à CMVM a autonomização" dos três casos, "uma vez que se trata de diferentes matérias e com diferentes enquadramentos".

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Financiamento dos bancos portugueses junto do BCE supera os 40 mil milhões


O recurso dos bancos portugueses aos fundos do Banco Central Europeu aumentou 12% em Junho face ao mês anterior, atingindo um novo recorde.
O financiamento dos bancos portugueses junto do Banco Central Europeu atingiu 40,2 mil milhões de euros no mês de Junho, um valor que representa um aumento de 12% face ao mês anterior. Os bancos portugueses continuam a assim a recorrer ao banco central para suprimir as necessidades de financiamento, uma vez que o mercado interbancário continua praticamente fechado, sobretudo para os países periféricos do euro.Apesar do aumento de 12% para um novo máximo de sempre, a subida verificada em Junho é bem inferior à registada em Maio. Nesse mês o montante de financiamento mais que duplicou face a Abril, ao passar de 17,7 para 35,7 mil milhões de euros.Face ao mesmo mês do ano passado o montante de financiamento dos bancos portugueses junto do BCE cresceu quase quatro vezes. Em Junho de 2009 este valor situava-se em 10,5 mil milhões de euros.O presidente do Millennium BCP, Carlos Santos Ferreira, garantiu ontem que "todo o sistema financeiro português tem o seu problema de financiamento resolvido até final de 2011".

Tribunal confirma condenação ao BCP no caso das 'offshores'

O BCP perdeu hoje o recurso à coima de 5 milhões de euros que lhe havia sido aplicada pela CMVM, no caso das 'offshores'.

A decisão do Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa acaba de ser conhecida, sendo que parte do montante não será paga no imediato.

Na prática, o tribunal deu como provada a generalidade dos factos e confirmou a decisão da CMVM de condenar o banco. No entanto, acabou por decretar o pagamento de 2,5 milhões de euros, ficando o pagamento do restante suspenso por um período de dois anos.


OBS:
QUANDO É QUE IRÁ HAVER JUSTIÇA FINANCEIRA!!!
PORQUÊ QUE A BANCA, ALÉM DE ESTAR TECNICAMENTE FALIDA, O GOVERNO CONTINUA A DAR AVAL A ESTES BANDOS DE CRIMINOSOS.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nove ex-gestores do BCP condenados a coimas acima de 4 milhões de euros


A CMVM aplicou uma multa de 4,235 milhões de euros a nove antigos gestores do BCP. Jardim Gonçalves foi o mais penalizado.
A CMVM aplicou coimas a nove ex-administradores do BCP, num valor total de 4,325 milhões de euros, por prestação de informação falsa ao mercado e inibiu da actividade bancária oito deles pelo máximo de cinco anos. A informação foi prestada hoje à agência Lusa por uma fonte próxima do processo que foi colocado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).Jardim Gonçalves, antigo presidente, recebeu uma multa de um milhão de euros, a mais elevada, seguido por António Rodrigues (900 mil euros), ex-administrador financeiro, e por Filipe Pinhal, que foi administrador (e presidente durante um curto período), cuja coima ascendeu a 800 mil euros. Os três antigos altos quadros do BCP ficaram com cinco anos de inibição de exercer actividade bancária.Seguiram-se-lhes os antigos administradores Christopher de Beck (650 mil euros e quatro anos de inibição), António Castro Henriques (250 mil euros e dois anos de inibição), Alípio Dias (200 mil euros e um ano de inibição) e Paulo Teixeira Pinto - antigo presidente - (200 mil euros e um ano de inibição).Já Filipe Abecassis recebeu uma coima de 250 mil euros e três anos de inibição, ao passo que Luís Gomes foi multado em 75 mil euros, mas não foi punido com a inibição para exercer a actividade bancária.
Jardim Gonçalves, antigo presidente, recebeu uma multa de um milhão de euros, a mais elevada, seguido por António Rodrigues, ex-administrador financeiro, e por Filipe Pinhal, que foi administrador cuja coima ascendeu a 800 mil euros. A CMVM (a exemplo do Banco de Portugal) acusou, além do próprio BCP, os três antigos presidentes do banco - Jardim Gonçalves, Paulo Teixeira Pinto e Filipe Pinhal - os ex-administradores António Rodrigues, Alípio Dias, António Castro Henriques e Christopher de Beck e dois altos quadros do BCP, Luís Gomes e Filipe Abecassis.

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quarta-feira, 14 de julho de 2010

BCP - A incrível história do banco


Em países onde o capitalismo, as leis da concorrência e a seriedade do negócio bancário são levados a sério, a inacreditável história do BCP já teria levado a prisões e a um escândalo público de todo o tamanho. Em Portugal, como tudo vai acabar sem responsáveis e sem responsabilidades, convém recordar os principais momentos deste "case study", para que ao menos a falta de vergonha não passe impune.
1 Até ao 25 de Abril, o negócio bancário em Portugal obedecia a regras simples: cada grande família, intimamente ligada ao regime, tinha o seu banco. Os bancos tinham um só dono ou uma só família como dono e sustentavam os demais negócios do respectivo grupo. Com o 25 de Abril e a nacionalização sumária de toda a banca, entrámos num período 'revolucionário' em que "a banca ao serviço do povo" se traduzia, aos olhos do povo, por uns camaradas mal vestidos e mal encarados que nos atendiam aos balcões como se nos estivessem a fazer um grande favor. Jardim Gonçalves veio revolucionar isso, com a criação do BCP e, mais tarde, da NovaRede, onde as pessoas passaram a ser tratadas como clientes e recebidas por profissionais do ofício. Mas, mais: ele conseguiu criar um banco através de um MBO informal que, na prática, assentava na ideia de valorizar a competência sobre o capital. O BCP reuniu uma série de accionistas fundadores, mas quem de facto mandava eram os administradores - que não tinham capital, mas tinham "know-how". Todos os fundadores aceitaram o contrato proposto pelo "engenheiro" - à excepção de Américo Amorim, que tratou de sair, com grandes lucros, assim que achou que os gestores não respeitavam o estatuto a que se achava com direito (e dinheiro).
2 Com essa imagem, aliás merecida, de profissionalismo e competência, o BCP foi crescendo, crescendo, até se tornar o maior banco privado português, apenas atrás do único banco público, a Caixa Geral de Depósitos. E, de cada vez que crescia, era necessário um aumento de capital. E, em cada aumento de capital, era necessário evitar que algum accionista individual ganhasse tanta dimensão que pudesse passar a interferir na gestão do banco. Para tal, o BCP começou a fazer coisas pouco recomendáveis: aos pequenos depositantes, que lhe tinham confiado as suas poupanças para gestão, o BCP tratava de lhes comprar, sem os consultar, acções do próprio banco nos aumentos de capital, deixando-os depois desamparados perante as perdas em bolsa; aos grandes depositantes e amigos dos gestores, abria-lhes créditos de milhões em "off-shores" para comprarem acções do banco, cobrindo-lhes, em caso de necessidade, os prejuízos do investimento. Desta forma exemplar, o banco financiou o seu crescimento com o pêlo do próprio cão - aliás, com o dinheiro dos depositantes - e subtraiu ao Estado uma fortuna em lucros não declarados para impostos. Ano após ano, também o próprio BCP declarava lucros astronómicos, pelos quais pagava menos de impostos do que os porteiros do banco pagavam de IRS em percentagem. E, enquanto isso, aqueles que lhe tinham confiado as suas pequenas ou médias poupanças viam-nas sistematicamente estagnadas ou até diminuídas e, de seis em seis meses, recebiam uma carta circular do engenheiro a explicar que os mercados estavam muito mal.
3 Depois, e seguindo a velha profecia marxista, o BCP quis crescer ainda mais e engolir o BPI. Não conseguiu, mas, no processo, o engenheiro trucidou o sucessor que ele próprio havia escolhido, mostrando que a tímida "renovação" anunciada não passava de uma farsa. E descobriu-se ainda uma outra coisa extraordinária e que se diria impossível: que o BCP e o BPI tinham participações cruzadas, ao ponto de hoje o BPI deter 8% do capital do BCP e, como maior accionista individual, ter-se tornado determinante no processo de escolha da nova administração... do concorrente! Como se fosse a coisa mais natural do mundo, o presidente do BPI dá uma conferência de imprensa a explicar quem deve integrar a nova administração do banco que o quis opar e com o qual é suposto concorrer no mercado, todos os dias...
4 Instalada entretanto a guerra interna, entra em cena o notável comendador Berardo - o homem que mais riqueza acumula e menos produz no país - protegido de Sócrates, que lhe deu um museu do Estado para ele armazenar a sua colecção de arte privada. Mas, verdade se diga, as brasas espalhadas por Berardo tiveram o mérito de revelar segredos ocultos e inconfessáveis daquela casa. E assim ficámos a saber que o filho do engenheiro fora financiado em milhões para um negócio de vão de escada, e perdoado em milhões quando o negócio inevitavelmente foi por água abaixo. E que havia também amigos do engenheiro e da administração, gente que se prestara ao esquema das "off-shores", que igualmente viam os seus créditos malparados serem perdoados e esquecidos por acto de favor pessoal.
5 E foi quando, lá do fundo do sono dos justos onde dormia tranquilo, acorda inesperadamente o governador do Banco de Portugal e resolve dizer que já bastava: aquela gente não podia continuar a dirigir o banco, sob pena de acontecer alguma coisa de mais grave - como, por exemplo, a própria falência, a prazo.
6 Reúnem-se, então, as seguintes personalidades de eleição: o comendador Berardo, o presidente de uma empresa pública com participação no BCP e ele próprio ex-ministro de um governo PSD e da confiança pessoal de Sócrates, mais, ao que consta, alguém em representação do doutor "honoris causa" Stanley Ho - a quem tantos socialistas tanto devem e vice-versa. E, entre todos, congeminam um "take over" sobre a administração do BCP, com o "agréement" do dr. Fernando Ulrich, do BPI. E olhando para o panorama perturbante a que se tinha chegado, a juntar ao súbito despertar do dr. Vítor Constâncio, acharam todos avisado entregar o BCP ao PS. Para que não restassem dúvidas das suas boas intenções, até concordaram em que a vice-presidência fosse entregue ao sr. Armando Vara (que também usa 'dr.') - esse expoente político e bancário que o país inteiro conhece e respeita.
7 E eis como um banco, que era tão independente que fazia tremer os governos, desagua nos braços cândidos de um partido político - e logo o do Governo. E eis como um banco, que era tão cristão, tão "opus dei", tão boas famílias, acaba na esfera dessa curiosa seita do avental, a que chamam maçonaria.
8 E, revelada a trama em todo o seu esplendor, que faz o líder da oposição? Pede em troca, para o seu partido, a Caixa Geral de Depósitos, o banco público. Pede e vai receber, porque há 'matérias de regime' que mesmo um governo com maioria absoluta no parlamento não se atreve a pôr em causa. Um governo inteligente, em Portugal, sabe que nunca pode abocanhar o bolo todo. Sob pena de os escândalos começarem a rolar na praça pública, não pode haver durante muito tempo um pequeno exército de desempregados da Grande Família do Bloco Central.
Se alguém me tivesse contado esta história, eu não teria acreditado. Mas vemos, ouvimos e lemos. E foi tal e qual.

Moody's corta 'rating' de oito bancos portugueses


A agência de notação financeira Moody's cortou hoje o 'rating' de oito bancos portugueses, cinco descem um nível e a outros três são cortados dois níveis, na sequência do corte em dois níveis do 'rating' da dívida pública portuguesa.

Em comunicado, a agência indica que o 'rating' da Caixa Geral de Depósitos, do Santander Totta, do Banco Espírito Santo (BES), do Banco BPI e do Espírito Santo Financial Group foi revisto em baixa em um nível.

O Banco Comercial Português (BCP), o Montepio Geral e o Banif sofreram, por sua vez, um corte de dois níveis.

O 'rating' atribuído ao Banco Português de Negócios, de Baa3/Prime-3 a ser analisado para um possível corte, manteve-se inalterado.

"O corte no 'rating' da dívida dos oito bancos portugueses reflecte a capacidade reduzida do Governo em apoiar os bancos", afirma a vice presidente adjunta, e responsável pela avaliação dos bancos portugueses na Moody's, Maria-Jose Mori, no comunicado.

No caso do Santander Totta, BES e BPI, o corte que foi apenas de um nível é explicado pela maior flexibilidade financeira que lhes permite compensar o impacto de um menor apoio sistémico.

A agência sublinha ainda que, no caso destes três bancos, a probabilidade de existir apoio sistémico disponível para estes bancos é maior uma vez que dispõem de um papel proeminente dentro do sistema financeiro português.

No caso do BCP, Montepio Geral e Banif, os bancos tinham um 'rating' individual mais baixo sofreram um corte de dois níveis por estarem "mais expostos a um enfraquecimento do apoio sistémico".

A Caixa Geral de Depósitos é a excepção, que vê o seu 'rating' ser cortado em apenas um nível apesar do seu 'rating' individual ser mais baixo, porque continua a beneficiar de um forte apoio sistémico devido à sua dimensão e condição de banco completamente detido pelo Estado.

O 'rating' do Espírito Santo Financial Group foi cortado em um nível porque o 'rating' do BES foi também cortado e este é o principal elemento a ter em conta na avaliação a realizar ao banco.


OBS:

Credit Suisse faz avaliação negativa do BCP

O BCP foi hoje alvo de um 'downgrade' por parte da Moody's, cujo 'rating' passou de A1 para A3, com 'outlook' negativo.

O Credit Suisse iniciou a cobertura dos títulos do BCP com uma recomendação de ‘underperform’ e um preço-alvo de 66 cêntimos.

Na primeira avaliação ao BCP, os analistas do Credit Suisse (CS) mostram-se preocupados com a evolução dos títulos do banco liderado por Carlos Santos Ferreira nos próximos 12 meses e apresentam uma recomendação de ‘underperform' com um preço-alvo de 66 cêntimos.


http://economico.sapo.pt/noticias/credit-suisse-faz-avaliacao-negativa-do-bcp_94550.html

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Bancos, Boatos, stress e histeria colectiva


Gente: o boato é falso. Vá à janela, espreite para a rua e veja a porta do BCP aberta. É segunda-feira e Nostradamus falhou outra vez a previsão do fim-do-mundo. A banca está sã e salva? Salva está, sã é que não.

O boato sobre a alegada falência do BCP teve segunda vida nas últimas semanas (a primeira foi em 2008), começou no Norte e multiplicou-se da tal forma na sexta-feira que se fez o que nunca se faz: desmentir um boato é amplificá-lo. Até o Governo falou disso sem falar e o Negócios sabe que há preocupações no Executivo quanto à propagação oportunística deste tipo de rumores, que podem metastizar-se nas próximas semanas.

Este boato, que assegurava que o BCP seria intervencionado este fim-de-semana (as intervenções são sempre ao fim-de-semana...) e hoje já não abriria as portas, foi aceite até por gente informada e influente, após um vírus galopante na Internet. Depois do "spam" e do "phishing", o "hoax": histórias falsas na rede.

Sucede que este boato foi difundido aparentemente de modo profissional, a partir de números telefónicos que não existem e de servidores "offshore". Quer uma teoria da conspiração? Escolha você mesmo: é fácil encontrar gente que teria a ganhar com a queda do BCP... Dos "short sellers" a clientes e investidores a contas com o banco, passando pelas bruxas caçadas nos últimos anos, até concorrentes portugueses que precisam de despistar atenções e estrangeiros que andam a abrir contas para portugueses... O problema é que o boato pode provocar o que preconiza. Se os clientes lhe derem credibilidade, acorrem aos levantamentos e a isso nenhum banco resiste.

Mas há outra razão para o boato se ter tornado credível: o medo. Nos últimos anos, aprendemos que os bancos são cavalos que também se abatem. "Quem tem medo não faz outra coisa a não ser sentir rumores", escreveu Acrisio. Qualquer dia batemos contra a parede, verbalizou Fernando Ulrich.

O boato é falso mas o contexto é pois verdadeiro. Como disse Paulo Pinho no "Expresso", até os bancos estão com medo da sombra. É por isso que não emprestam dinheiro uns aos outros. O que não é um problema nem do BCP nem português, mas europeu. Por isso os "testes de stress" podem ser importantes: ao exporem as contas dos bancos à simulação de situações extremas, teremos atestados de viabilidade ou de falta dela. Desde que os testes sejam exigentes. Até à sua divulgação, no dia 23, podemos esperar mais rumores. Veremos o que faz o Banco de Portugal; veremos se tem credibilidade para ser ouvido. Se falar...

Há falta de liquidez na banca europeia, que vai precisar mais capital. O processo de "desendividamento" da economia mal começou, mas muitas empresas já têm linhas de crédito fechadas. Não é por acaso que dois bancos disseram não à Estradas de Portugal. Não é um problema da EP, é um problema da banca. Nem é por acaso que o BES votou a favor da venda da Vivo - adivinhe em que banco seriam depositados aqueles 7,15 mil milhões de euros...

O Banco Central Europeu é o salvador. Está a emprestar dinheiro à banca, sem o qual a economia estaria congelada há meses. Os próximos meses vão ser muito difíceis para a banca e para quem precisa de crédito. O "risco sistémico" continua a ser a garantia de que um banco relevante não cairá. Mesmo quando a nova vaga desta crise financeira infernal chegasse. Ei-la. Só há uma forma de combater o medo e o boato: com informação. Lembra-se? A Gripe A não foi assim há tanto tempo...

O BCP e o poder das redes sociais


O boato surgiu, de mansinho, por ‘email’ ou por ‘sms’, a falar de ‘dificuldades financeiras’ no BCP. Ao longo das últimas semanas as mensagens foram crescendo de intensidade, entraram nos ‘blogues’ e no ‘facebook’ e chegaram a tanta gente que, na última sexta-feira, atingiram o auge.

Quase todos sabiam, por um amigo ou conhecido, que algo de grave se estava a passar no BCP. O fenómeno que parece ter começado pelo Norte, passando depois pelo Algarve até chegar em força a Lisboa, dava conta de uma intervenção iminente do Estado: uma nacionalização. Mas também havia quem dissesse que a administração do banco se ia demitir em bloco na próxima quarta-feira ou que um conhecido gestor já tinha tirado todo o dinheiro que tinha no banco e a secretária estava a telefonar aos amigos para que fizessem o mesmo.

O cenário traçado era, por isso, quase dantesco e os responsáveis da instituição viam-se impotentes para travar um fenómeno ampliado pelas chamadas redes sociais, com tudo o que dissessem a poder ser usado contra eles. Até as declarações de António Ramalho, administrador do BCP responsável pela tesouraria, de que "o mercado internacional já tomou nota de que o BCP não tem problemas de financiamento" e que o banco já não tinha de fazer mais amortizações até ao final do ano, foram apontadas como um sinal de que algo ia mal no banco. Se assim não fosse, que razões levariam um administrador do BCP a vir dizer que tudo estava bem, perguntavam os profetas da desgraça?

A força e a repercussão dos boatos levaram mesmo o presidente do banco a escrever uma carta aos colaboradores para os tranquilizar. Carlos Santos Ferreira falou num "conjunto de rumores que atentam contra a solidez do Millennium bcp, à semelhança do que ocorreu, como nos lembramos, no último trimestre de 2008". Com efeito, esta situação não é virgem e já atingiu o BCP e outros bancos no passado, sendo depois esvaziada pela realidade. Mas como também já houve problemas em alguns bancos que apanharam clientes e accionistas desprevenidos, casos do BPP e do BPN, muitos podem pensar como os espanhóis: "no creo en brujas, pero que las hay, las hay". Em todo o caso, mesmo para os mais cépticos, valerá a pena esperar pelo resultado dos ‘stress tests' que estão a ser realizados pelo Comité dos Supervisores Bancários Europeus aos bancos dos países do Sul da Europa e cujos resultados serão divulgados no próximo dia 23.

Os responsáveis do BCP têm-se remetido a um prudente silêncio, porque não vale a pena lutar contra inimigos que não se vêem. Mas alguns banqueiros respondem à questão dizendo que as relações interbancárias já são suficientemente poderosas para que nada de mau aconteça, sobretudo a um grande banco. Conhecido é o reporte da situação à CMVM e que uma queixa será apresentada hoje à Procuradoria-Geral da República para que a Polícia Judiciária investigue a origem e os autores dos rumores. Se o movimento for, como se pensa, organizado, essa identificação não será fácil. Para já fica, uma vez mais demonstrado, para o bem e para o mal, o poder das redes sociais

domingo, 11 de julho de 2010

Governo deve "nacionalizar tudo e começar tudo de novo"


Berardo perspectiva "um problema dramático nos próximos cinco anos" para a economia nacional. "Estamos a brincar com o lume. Portugal está completamente endividado"

O empresário Joe Berardo defendeu hoje, em entrevista à Agência Lusa que uma das soluções para Portugal sair da actual crise financeira passa pelo Governo "nacionalizar tudo e começar tudo de novo".

O comendador considerou que se perspectiva "um problema dramático nos próximos cinco anos" para a economia nacional.

"Estamos a brincar com o lume. Portugal está completamente endividado, ao nível do Governo, das empresas e privados", opinou, acrescentando que o país "não se pode dar ao luxo" de fazer exigências. Berardo sublinha que "as pessoas ainda não compreenderam que não há alternativa e não podemos justificar este endividamento".

O empresário madeirense defende ser necessário "negociar uma globalidade e andar com o problema para a frente porque o dinheiro virtual que não está a ser contabilisticamente apreciado vai ser uma dor de cabeça".

"Empurramos este problema com a barriga mas vai chegar o dia em que acho que vai ser tudo nacionalizado", diz.

Para Joe Berardo, a situação de Portugal neste contexto de crise "não é tão drástica como na restante economia mundial", porque pela sua dimensão "não arrisca muito, sendo arrastado para o que é bom e para o que é mau".

O empresário salienta que os problemas económicos e financeiros assolam vários países, incluindo o Japão, o que levou o primeiro ministro a "declarar bancarrota". E refere que "as pessoas não querem fazer os sacrifícios necessários", realçando que todo o processo "foi mal conduzido nos últimos tempos", classificando de "o maior roubo à humanidade, o que estão a fazer nos offshores, que são casinos sem regulamentos".

Berardo critica os governos mundiais por não terem "optimizado os regulamentos para acabar com as malandrices nos offshores, tanto por franceses, como europeus e africanos". "Foi uma meia dúzia de homens que manipularam estas situações e estão a gozar da humanidade e vamos todos sofrer com isso", conclui.

Presidente do BCP tranquiliza colaboradores


O presidente do BCP enviou um e-mail aos seus colaboradores onde os tranquiliza quando à situação do banco
.

A missiva de Carlos Santos Ferreira surge no seguimento de boatos difundidos por sms e e-mail que levantam a suspeita de o banco estar a enfrentar dificuldades, rumor que o BCP desmente.


ALGUNS COMENTÁRIOS:

peixe da costa, | 11/07/10 16:33
...bem, por um lado o sr.Ferreira vem dizer:calma,não se passa nada.
- Por outro, Joe, vem dizer: a solução é nacionalisar ?!
- Estranho... muito estranho mesmo !!!!!!!!!!!!!!!!!!

Pinto, Braga | 11/07/10 16:14
Estes boatos são muito prejudiciais para a imagem de qualquer empresa, muito mais para um grande banco como o BCP, mas não acredito em nada do que dizem.
Muita gente vai tirar proveito da situação, acredito que o inicio da sessão de segunda feira a acção vai caír e depois recuperar.
Muitas pessoas vão tirar o pé da lama a custa de tais barbaridades.
Bons negocios

REALIDADE, | 11/07/10 15:48
E E MESMO VERDADE, OS GAJOS TAO MESMO DE AFLITOS. E NAO SAO SO ESTES, SAO TODOS. AS PESSOAS QUE COMECEM E A COMPRAR OURO EM BARRAS PEQUENAS OU EM LIBRA, OU ENTAO SE DEIXAM AS POUPANÇAS NOS BANCOS BEM VAO FICAR SEM NADA.

AG, | 11/07/10 14:12
CORRECÇÃO : Parece que esta semana alguem negociou com o BIS um swap de curto prazo com 350 toneladas de ouro. O WSJ primeiro noticiou que tinha sido um banco central europeu a realizar a operação, para mais tarde corrigir dizendo que foi um ou mais bancos COMERCIAIS. A suspeita fica no ar, porque 350 toneladas é uma quantidade muito elevada; para ter em contexto o Banco de Portugal guarda 380 toneladas de reserva, Espanha 220 e Grécia 119. http://www.gata.org/node/8803

AG, | 11/07/10 13:40
Parece que esta semana alguem negociou com o BIS um swap de curto prazo com 350 toneladas de ouro. O WSJ primeiro noticiou que tinha sido um banco central europeu a realizar a operação, para mais tarde corrigir dizendo que foi um ou mais bancos centrais. A suspeita fica no ar, porque 350 toneladas é uma quantidade muito elevada; para ter em contexto o Banco de Portugal guarda 380 toneladas de reserva, Espanha 220 e Grécia 119. http://www.gata.org/node/8803

EMVP, Setúbal | 11/07/10 12:37
Acho graça aos comentários dos que se endividaram sabendo que não tinham capacidade para pagar. Parecem meninos de sete anos (a culpa é do Banco que nos deixou endividar e agora quer cobrar!!!).
Até parece que os Bancos os obrigaram a pedir e a gozar o que não tinham e que os clientes cumpridores à custa de grandes sacrifícios deviam pagar por eles.
Grande parte da crise em que estamos é culpa desses inconscientes aproveitadores.

MMMM, BARREIRO | 11/07/10 11:41
GOVERNO VENDER TUDO, É DE LOUCOS!!!
AS PRIVATIZAÇÕES, INCLUSIVE A DA PT ESTA-SE A VER.VENDER MAIS CHEGA AGORA SÃO OS PORTUGUESES, QUE EM IMPOSTOS TERÃO DE PAGAR AS VIDAS QUE ATÉ AGORA, FORAM FACILITADAS.PAGUEMOS TODOS A CRISE, E DIMINUEM AS REFORMAS CHORUDAS, QUE NÃO TEM RAZÃO DE EXISTIREM!!!DISCRIMINAÇÕES!!

Salomão, Lisboa | 11/07/10 11:38
Questões de credibilidade e ética.
A Carta do Presidente do BCP permite inúmeros comentários de clientes que se têm sentido atraiçoados pelo comportamento dos seus responsáveis após o último trimestre de 2008, em especial a forma como facilitaram antes o endividamento dos seus clientes e depois os abandonaram, entregando-os à Justiça e vendendo os seus créditos a Empresas privadas de cobrança de dívidas.

Antonio, Allentejo | 11/07/10 10:26
As acções do BCP a preço de 1 bica são o resultado da estratégia dos novos donos do BCP e, agora Berard também queres ser nacinalizado?!
Cá se fazem cá se pagam!

Antonio, Allentejo | 11/07/10 10:16
As acções do BCP a preço de 1 bica são o resultado da estratégia dos novos donos do BCP e, agora Berard também queres ser nacinalizado?!
Cá se fazem cá se pagam!

Susana, Lisboa | 11/07/10 09:15
TRATAMENTO DE ENDIVIDADOS!
Pela forma como os responsáveis do Millennium BCP têm tratado dos seus clientes endividados, não me custa afirmar, que têm aquilo que merecem!

Don Sebastião, | 11/07/10 09:09
Triste pátria que abrigas gente tão mal formada!!!
- Os que lançam boatos!
- Os que esperam benefícios pessoais, mesmo à custa da desgraça dos outros!
- Os que são capazes de matar o irmão, ao seu lado, para melhorar um pouco mais a sua posição (riqueza!);
- Os que dizem mal da sua própria pátria, a troco de nada!
- Os que são capazes de deitar abaixo um povo, o seu povo, a pensar em tirar daí algum proveito.
Pátria que não precisa que outros povos digam mal de si, porque dessa gente temos cá muita!!!!

Pedro, Lisboa | 11/07/10 07:53
Dentro de dias vamos saber os resultados dos stress tests à banca europeia. Os bancos portugeses estão a ser testados (os 4 grandes) nessa altura se verá o que se passa. Mas para falir quase que jurava não está nenhum banco.

¨José Peixoto, portela | 11/07/10 03:10
Como é que com povo destes ,tirando um ou outro comentário que até se aproveitam se espera que este país vá longe! Comentam noticias sem as lerem e o pior ainda é que nem sequer as sabem intrepertar já para não falar da ignorancia total de alguns,que pelos vistos comentam noticias sem saber porque o fazem.ANALFABETOS E INVEJOSOS. o MILLENNIUM BCP HÁ-DE COMTINUAR A SER UM DOS MAIORES BANCOS EUROPEUS.Quem foi despedido pelo millennium por não querer fazer nenhum, não tem o direito de fazer uma coisa destas.

João Maria Mello Correa da Silva Côtto, Cascais | 10/07/10 23:46
Parabéns a quem concebeu esta genial ideia!!!!!...Assim é que é!!!!.... Vamos correr com esta escória do PS de lá e voltar a pôr o respeitável Dr.Jardim Gonçalves!!!! FORÇA!!!!!!!!!!!!!!!

José Imaginário, | 10/07/10 23:29
Já se estava à espera que este banco de maior banco privado passa-se para area da governação Socialista que onde toca tudo leva à falencia e num tempio mais ou menos proximo deixa-se de ser maior e privado e fosse nacionalizado. Quem conhece a origem deste banco sabe que existia um grande amargo de boca entre os membros do PARTIDO SOCIALISTA por este banco ter começado no tempo de Cavaco Silva e ter crescido da maneira que todos vimos. Pelo menos um já abandonou o barco que foi o Vara porquê? Ele lá saberá e como é habito dizer - Os ratos são os primeiros a abandonar o barco. Tirem as conclusões........

cantas bem mas não me alegras, | 10/07/10 23:04
eu tinha 1 milhão no BCP mas por via das coisas já o retirei, todinho...!!!
não vá o diabo ter razão !!!

vguerr, Lisboa | 10/07/10 22:55
e tenho andado por cá a pensar uma coisa por estes dias. O ataque da telefónica à pt no brasil, nesta altura, acenando com alguns milhões - para a telefónica são mesmo, alguns milhões, tal a dimensão que eles têm - aos accionistas da pt - cgd, bcp, etc, etc... será que eles já não estão fartos de saber da realidade da banca nacional, e não nos ofereceram uma alternativa que nós não aceitamos. E senão aceitamos a oferta da Telefónica, e alguns bancos falirem mesmo, qual é a responsabilidade moral de quem não aceitou, ou impediu esse negócio para com os clientes desses bancos? Deixem-me cá ver, hmmmmmmm, provavelmente nenhuma. O gajo não deve querer saber disso. sabem quem é o gajo? Adivinhem lá.

poisnaosei, | 10/07/10 22:45
Mais valia o Santos Ferreira estar calado!... Aquilo mais parece o discurso do Cruzado as tropa no interior de Jerusalem, quando se levantava o boato que Saladino estava a caminho!..
Tem o efeito contra-procedente!..

armindo , Povoa de varzim | 10/07/10 22:42
Para Rui Cavalheiros de Lisboa:
Se o bcp declara-se falência, o estado só tinha que o nacionalizar para não decorrer uma bancarrota no pais inteiro, e sabes porquê? Eu digo-te. A cgd e a edp são accionistas do bcp, logo se o bcp fosse "à vida", o estado ia perder directamente " uns milhões", com as suas procissões que tem no bcp. Para quem não sabe o bcp é o banco de referencia de varias instituições publicas para receberem o dinheiro de impostos, taxas...( para dar um exemplo, para quem é de povoa de varzim certamente já reparou que na repartição das finanças o terminal de pagamentos é do banco BCP, isto quer dizer nós estamos a dar dinheiro dos nossos impostos para serem depositados à guarda do bcp). Quer dizer se o bcp falir o estado perde uma fatia dos impostos e taxas que os portugueses pagaram, que sinceramente não sei qual o valor, mas devem ser mais uns milhões. Mais se o bcp falir, a confiança dos portugueses nos bancos vai ficar tão afectada que todos correrão a levantar as suas poupanças, que estes todos ( incluindo cgd) acabarão por cair também, e consigo o estado também cai, e o pais é posto à venda a preço de saldos para quem quiser. Os clientes do bcp não devem ficar preocupados, pois fala-se muito do bcp, mas isto é só inveja, pois um banco que apenas tem 25 anos ( apesar de ter sido mal gerido por algum tempo) ser o maior banco privado de portugal, dá muita dor de cotovelo a muita gente, nomeadamente a um que lidera um banco que existe á cerca de 140 anos que não vou dizer quem é ,lol, mas parece que precisa de dinheiro urgentemente como se viu no caso "vivo".

Correia Matos, Lisboa | 10/07/10 22:42
O problema do BCP e dos restantes bancos não é falta de liquidez (essa é providenciada pelo BCE). O problema é a falta de solvabilidade. A maior parte dos activos dos bancos portugueses estão sobrevalorizados nos seus balanços. Muitos activos ainda não foram reavaliados tendo em conta as novas realidades do mercado. Isso leva a que os balanços dos bancos pareçam mais saudáveis do que aquilo que são. O problema é que se o banco quiser descontar esses activos no BCE, será obrigado a reconhecer as perdas, o que o levará a uma situação de falência. E esse é o grande dilema dos bancos nacionais. O problema só pode ser resolvido com uma injecção de capital que coloque os rácios num nível saudável. Esta é a única solução para que o BCP continue a operar. Não vale a pena aos bancos refugiarem-se em subterfúgios contabilísticos. Vide a experiência dos zombie banks no Japão.

vguerr, Lisboa | 10/07/10 22:32
Eu, desde aquele dia em que os do BCP passaram aquele anúncio "encosta-te a mim" que fiquei logo muito desconfiado. Também não gostei muito daquele do da navalha, porque isto foi na altura em que nos estados unidos- e por cá no BPP - as contas dos clientes foram todas rapadinhas e eu quando via esse anúncio do gajo a passar a lamina pela espuma só me lembrava: e se os gajos também fazem isto às contas! Até sentia calafrios. Um horror. Já este dos passarinhos acho muito bonito. Aquele Melro do Jorge Gabriel deve de ganhar uma pipa de massa cada vez que me entra pelo computador adentro.

joao-paredes, paredes | 10/07/10 22:13
OS BANCOS NESTE MOMENTO ESTÃO A PASSAR POR DIFICULDADES SERIAS. NÃO TÊM DINHEIRO PARA EMPRESTAR ÁS EMPRESAS, TÊM CENTENAS DE MILHÕES DE EUROS POR RECEBER NO CRÉDITO Á HABITAÇÃO(CREDITO MAL PARADO), COBRAM TAXAS ELEVADAS NOS MOVIMENTOS DAS EMPRESAS, SUBIRAM OS JUROS ÁS EMPRESAS, DEVOLVEM SIMPLESMENTE UM CHEQUE QUE TENHA UMA LIGEIRISSIMA RASURA. RECEBERAM GARANTIAS BANCARIAS POR PARTE DO ESTADO (PARA GARANTIREM ESTABILIDADE FINANCEIRA DO PAÍS (AH AH AH). RESUMINDO HÁ MUITAS PESSOAS A GUARDEREM O DINHEIRO EM CASA EM COFRES. ABRAM AS PESTANAS TENHAM CUIDADO.

Anónimo, Aveiro | 10/07/10 21:50
Recentemente adquiri um apartamento e solicitei crédito ao BCP,acertei com eles um spread de 0,85%,o processo foi desenrolando-se fizeram avaliação e tudo a correr ás 1000 maravilhas.
A dias de receber as minutas para escriturar ligaram-me a dizer que não podiam cumprir o que foi acordado que a tabela de spread's tinha sido alterada(no fim do processo??) e que meu spread ia para 1,20%.
Fui a outro banco e ainda me safei a tempo,mas atrasou-me o negócio com as partes a pressionarem-me.
Acabei a ligação com eles e vou "documentar" todo o meu processo á DECO,provedor de cliente e banco de Portugal pois são pessoas de má fé e com uma falta de palavra inacreditável.
Não quero mais nada com a instituição tão cedo.Factos são factos e isto aconteceu comigo.

Fernando Costa, Linda-a-Velha | 10/07/10 21:19
Não se lembram dos accionistas a quem foram vendidas acções a 3 e 4 euros e que agora valem menos de um euro. Um banco destes não tem qualquer credibilidade.

Imediatamente, | 10/07/10 20:55
Tirem o dinheiro dos bancos e coloquem-no em casa. Mais vale prevenir futuras desilusões! Lembram-se do BPP que ninguém conseguia levantar o dinheiro?

Ana Pedro, Porto | 10/07/10 20:45
Que se ponham a pau quem lá tem o dinheiro porque cá nesta terrinha de parolos eles não se fazem rogados, a fazer decretos leis para sacar o dinheiro dos clientes, eu sei do que estou a falar! Escudam-se com as leis, pagam o risco sistémico e mandam os clientes à vida ,eu sei que custa a acreditar a mim aconteceu-me o mesmo, não acreditei quando me avisaram e o que tive até hoje, foi uma mão cheio de promessas e conversas e dinheiro nada já vai para 2 anos. Eles brincam connosco nas calmas é uma vergonha!!!

Pedro Carreira, Lisboa | 10/07/10 20:43
O problema é que não é só o BCP. Todos os bancos tugas estão na mesma situação!

Carlos Queiroz, Africa do Sul | 10/07/10 20:41
Ainda bem que este não é o meu banco. Ui.

Oliveira, Parede | 10/07/10 20:39
Segunda-feira vai ser bonito, vai. Ainda bem que eu não tenho conta nesse banco.

Ana Carlos, Viseu | 10/07/10 20:38
Eu ja tirei o meu pé de meia desse banco. Desde que foi para lá o Vara que não confio nessa gente.

iur campos, Amadora | 10/07/10 20:36
NAO A FUMO SEM FOGO POIS SE NAO VAI SER O BONITO VAI

BANCARROTA, | 10/07/10 20:34
Em caso de dúvida?

Pedro, Lx | 10/07/10 20:33
O Banco de Portugal e o Governo estão a trabalhar para garantir que o pânico não se espalhe aos restantes bancos. BCP precisa de liquidez imediata para continuar a assumir as suas obrigações.

Antonio, Lisboa | 10/07/10 20:28
Confirmam-se os boatos. O BCP está a ser alvo de uma inspecção por parte do Banco de Portugal. 2ª feira de manhã será emitido um comunicado em que se dirá que o BCP passa para a esfera do grupo CGD. O BCE irá dar as garantias à CGD para se financiar no mercado.

Luís Marques, | 10/07/10 19:56
Há alguns meses que tirei deste banco todos os meus actvos, por falta de confiança nessa gente.

gogo, gnjcituowhtiopuwhop | 10/07/10 19:49
reunem-se e gastem outra vez so na reunião 1 milhão de euros so para ver o espetaculo degradante do madeirense americano com as gambias no ar,parcia ele que tinha marcado um golo.parvalhões

Francisco, | 10/07/10 19:41
O Millennium faz-me lembrar o ministro iraquiano que dizia que as tropas dos EUA , ainda não tinham entrado no país, no entanto já estavam á entrada da cidade. O MILLENNIUM BCP tem os Boys escolhidos pelo PS para formar a "perfeita ditadura", e o banco será outro BPN que ficará sem crédito no estrangeiro e o governo português terá de ir salvá-lo á conta dos nossos impostos. Não há fumo sem fogo. TIREM DE LÁ O VOSSO DINHEIRO, JÁ !! Caso contrário é como o anúncio da imobiliária JÁ ERA.

jr, | 10/07/10 19:30
só quem não conhece a instituiçao poderá apontar-lhe a falta de credibilidade... o problema é que dos grandes toda a gente fala... é assim no futebol (com o caso do benfica), por exemplo! ja se viu que ate mm o estado portugues nao tem credibilidade nenhuma la fora (basta olhar para os numeros das agencias de rating), e qual é a instituiçao com melhor rating??? ah pois é,ninguem sabe... simplesmente o Mbcp seus burros!!! simplesmente vivemos num país de gente burra e oportunista, infelizmente...

jardim g., | 10/07/10 19:25
se o jardim g. ainda lá estivesse... já tinhamos outro BPP ou BPN. assim anda-se nas escondidas.

antivara, | 10/07/10 19:15
È o que se chama declaração Tom Saywer: " as noticias da minha morte foram grandemente exageradas". Ou algo assim.

favouco, Lua | 10/07/10 19:15
Claro que um banco cheio de oportunistas e abutres, com reformas e mordomias vitalicias não se vai aguentar

Entalado, | 10/07/10 19:11
Pois... quanto mais desmentem... o que até parece ser o caso, mais enterrados estão... isto vai ser um banho de sangue...

zeka, | 10/07/10 18:55
sem duvida, assim nao vamos lá.
será que os portugueses são tão burros que ainda acreditam nisto????
esta malta nem de si mesmo gostam, por estas e por outras é vamos continuar, pormuitos anos, a ser um pais do terceiro mundo.
vamos é levantar o pais nao puchala para baixo.
cunprimentos

terça-feira, 6 de julho de 2010

Um euro valerá um dólar já no próximo ano


Analistas antecipam perda de valor continuada da moeda única, que deverá atingir a paridade com o dólar no próximo ano.

Shaun Osborne, chefe da unidade de divisas da TD Scurities, em Toronto, estima que o euro vai cair para 1,13 dólares no terceiro trimestre, devendo continuar a resvalar até ao final do ano até aos 1,08 dólares.

A tendência de queda do euro deve continuar em 2011, ano em que poderá atingir a paridade com a divisa norte-americana, antes de voltar a recuperar, diz Osborne.

Outros nove analistas sondados pela Bloomberg alinham pelo mesmo cenário, antecipando um euro mais fraco nos próximos dois trimestres.

"Não pensamos que a desvalorização do euro face ao dólar chegou ao fim", diz Callum Henderson, analista da Standard Chartered, em Singapura.

Henderson prevê que a moeda única pode chegar aos 1,10 dólares no final deste trimestre.

Também Avery Shenfeld, economista chefe da CIBS, vê o euro a valer 1,18 dólares no terceiro trimestre.

Nos primeiros seis meses do ano, o euro resvalou 15% face ao dólar, devido aos receios de que os défices recordes de países como a Irlanda, Portugal e Grécia obrigassem os governos a cortar nos gastos e reduzir as estimativas de crescimento.

A arrastar o euro esteve também a crise de dívida soberana na Europa. Isto apesar do pacote de 750 mil milhões de euros montado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para evitar incumprimentos.

"Vai ser um ambiente muito desafiante para estas economias tentarem ganhar competitividade internamente dentro da zona euro", afirma Osborne.

Na sessão de hoje, o euro negoceia nos 1,2582 dólares.
AO LONGO DA FAMIGERADA "CAMPANHA ACCIONISTA BCP" EM 2000/2001, QUE O BANCO LEVOU A CABO COM AS ACÇÕES PRÓPRIAS, FOI PROVADO HAVER INDÍCIOS DE VÁRIOS CRIMES... NO EXERCÍCIO DE 2000, O MONTANTE TOTAL DE PRÉMIOS A DISTRIBUIR PELOS FUNCIONÁRIOS FOI DE 22.603.817,40€, EM QUE OS ACCIONISTAS NÃO TIVERAM DIREITO A DIVIDENDOS!!!
AS ENTIDADES SUPERVISORAS E ÓRGÃOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGARAM AO PÚBLICO, MAS O BCP, MESMO COM A ACTUAL ADMINISTRAÇÃO, CUJO PRESIDENTE É O DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, CONTINUA A EXTORQUIR, "ROUBAR" E A SAQUEAR DINHEIROS DAS CONTAS DAS VÍTIMAS (CLIENTES) SILENCIADAS E INDEFESAS, DANDO SEGUIMENTO PARA O BANCO DE PORTUGAL COMO SENDO DÍVIDA DE INCUMPRIMENTO, SUJANDO O "BOM NOME" DO CLIENTE... ENQUANTO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS BANCÁRIOS CONTINUAM INTOCÁVEIS, SEM SER CHAMADOS À JUSTIÇA.

É A VERDADE DO QUE SE PASSOU E AINDA SE ESTÁ PASSAR NO MAIOR BANCO PRIVADO PORTUGUÊS! "MILHARES DE PESSOAS DESTRUÍDAS, EXTORQUIDAS E "ROUBADAS" DOS SEUS BENS PELO BCP (CAMPANHA ACCIONISTA MILLENNIUM BCP E OUTRAS SITUAÇÕES GRAVES)..."
- "TAMBÉM ALGUMAS NOTÍCIAS FINANCEIRAS ACTUALIZADAS"
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DURING THE INFAMOUS "CAMPAIGN SHAREHOLDERS BCP" In 2000/2001, the Bank has undertaken WITH OWN ACTIONS, HAS PROVEN Indications of HAVER SEVERAL CRIMES ... In 2000, THE TOTAL AMOUNT OF PREMIUMS FOR EMPLOYEES WAS A DISTRIBUTE OF € 22,603,817.40, in which shareholders were not entitled to dividends!!!
AND BODIES supervisors of media available to the public, but the BCP, EVEN WITH THE CURRENT ADMINISTRATION, WHICH IS THE PRESIDENT DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, continues to extort, "theft" Drawing MONEY AND VICTIMS OF THE ACCOUNTS (CLIENTS) Silent and Helpless, following FOR BANK OF PORTUGAL AS BEING DEBT OF FAILURE (CRC) of the client. While the primary banking responsibility untouchables CONTINUE WITHOUT BEING CALLED TO JUSTICE.

IS THE TRUTH of what happened and if IS MOVING IN A MORE PRIVATE BANK PORTUGUESE! "Thousands of people destroyed and EXTORQUIADAS THEIR PROPERTY BY BCP (BCP MILLENNIUM CAMPAIGN SHAREHOLDERS AND OTHER serious )..."
- "UPDATES FINANCIAL ALSO NEWS OF THE WORLD"