Todos gostaríamos de estar tranquilos como Filipe Soares Franco. A calma zen com que diz "o défice de tesouraria é crónico no Sporting (mas) está controlado", deixa-nos descansados para o futuro. É uma forma bem disposta de dizer que estamos falidos, mas a falência está controlada. Portugal não é diferente do Sporting: está insolvente há muito, mas não há razão para pânicos. Por isso talvez não haja razão para alarme quando lemos o relatório da OCDE que diz que as mudanças na segurança social vão levar a que os actuais trabalhadores portugueses recebam quando se reformarem, dentro de 20 anos, apenas metade do último salário recebido.
Isto é, qualquer pessoa que hoje tem menos de 40 anos, auferirá o suficiente para pagar o empréstimo da casa que comprou a 35 anos. O resto receberá, por certo, em senhas para a sopa dos pobres. A situação portuguesa é a mais débil dos 30 países da OCDE e, a continuarmos assim, vamos aproximarmos-nos rapidamente do México. Nada mau. Os portugueses estão dependentes da segurança social pública, até porque pouco dinheiro têm para criar esquemas de poupança paralelos. Os portugueses chegam ao fim do ano com zero euros poupados, mas podem alegrar-se porque, dentro de 20 anos, estarão falidos. É claro que o País continua a encarar factos como este como uma inevitabilidade ou mesmo, como Filipe Soares Franco, com um sorriso. Só que agora já não se pode dizer: o que vier a seguir que pague a crise. Terá de se dizer: quando a reforma chegar eu não vou ter dinheiro para sobreviver.
Isto é, qualquer pessoa que hoje tem menos de 40 anos, auferirá o suficiente para pagar o empréstimo da casa que comprou a 35 anos. O resto receberá, por certo, em senhas para a sopa dos pobres. A situação portuguesa é a mais débil dos 30 países da OCDE e, a continuarmos assim, vamos aproximarmos-nos rapidamente do México. Nada mau. Os portugueses estão dependentes da segurança social pública, até porque pouco dinheiro têm para criar esquemas de poupança paralelos. Os portugueses chegam ao fim do ano com zero euros poupados, mas podem alegrar-se porque, dentro de 20 anos, estarão falidos. É claro que o País continua a encarar factos como este como uma inevitabilidade ou mesmo, como Filipe Soares Franco, com um sorriso. Só que agora já não se pode dizer: o que vier a seguir que pague a crise. Terá de se dizer: quando a reforma chegar eu não vou ter dinheiro para sobreviver.
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