sábado, 31 de dezembro de 2011

Lisboa perde 28% no pior ano de sempre do BCP em bolsa

A bolsa nacional encerra o ano com a pior prestação desde 2008, quando a Lehman faliu. O BCP afundou 75%, o pior ano de sempre.

Num ano marcado pela crise das dívidas soberanas na Europa e pelo fantasma de uma nova recessão tanto na zona euro como nos Estados Unidos, as bolsas afundaram e os indicadores de risco da dívida dos países dispararam, sinais dos receios (e, por vezes, do pânico) dos investidores.

Por Lisboa, o PSI 20, principal índice accionista português, não escapou à maré vermelha que cobriu os mercados e desceu 27,6%, a acumular perdas pelo segundo ano seguido, naquele que foi o pior desempenho anual desde 2008, quando caiu mais de 51%.

A bolsa nacional acompanhou as quedas dos mercados europeus. O Stoxx Europe 600, por exemplo, deslizou 12% no ano que está a chegar ao fim, a pior 'performance' dos últimos quatro anos.

BCP afunda 75%

Entre os 20 títulos do PSI 20, os bancos surgem como os mais castigados, reflexo da sua maior exposição ao agravamento da percepção de risco da parte dos investidores em relação ao Estado português nos mercados de dívida.

Os títulos do BCP encerram 2011 com um tombo de 75%, o pior desempenho anual para o banco desde que se estreou em bolsa em 1993. A instituição liderada por Carlos Santos Ferreira surge mesmo com a segunda pior prestação entre os 46 bancos que figuram no índice da Bloomberg para o sector europeu, o BEBANKS, que cai 32% este ano.

A Sonae Indústria foi a segunda cotada do PSI 20 que mais desvalorizou em 2011, com uma queda de 67%, seguida de perto pelo BPI e pelo Banif, que acumulam perdas de mais de 60% este ano. São também os piores desempenhos anuais desde 2008.

Segue-se o BES, que perdeu 53% do seu valor em bolsa este ano. E a Brisa fecha o lote de cotadas que recuaram mais de 50% nos últimos 12 meses (-51,24%).

Apenas três títulos do PSI 20 fecham o ano com ganhos. A Jerónimo Martins continua a resistir como um título de refúgio, tendo conquistado ganhos de 12% este ano, e acumulando um avanço de 222% nos últimos três anos, período em que o PSI 20 cai mais de 13%. EDP Renováveis e Cimpor subiram 9% e 5%, respectivamente, em 2011.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O nosso sistema político dos últimos anos está refém do poder da banca...

O nosso sistema político dos últimos anos está refém do poder da banca e jamais se livrará.

O século xx português produziu duas grandes anomalias: o salazarismo, que gerou 50 anos de atraso, e o cavaquismo, que só soube produzir duartes limas, tudo o resto são arredores. o problema do cavaquismo, como bem saberão os apreciadores da mitologia, está para jasão e os argonautas, como o primeiro grande cancro de portugal do séc. xx, o socratismo, está para os epígonos. jasão, lançou-se numa epopeia, no fim da qual encontrou o tosão de ouro e medeia; os epígonos, assumidamente mais frágeis, apenas encontraram BCPs, BPPs, BPNs, fundações armandos vara, e os oráculos de vítor constâncio, com muita pedofilia pelo meio, e assim poderemos igualmente resumir a primeira década do presente século. acontece que, em cem anos, muita coisa muda na tipologia de uma nação. pelo meio, tivémos uma guerra de interesses, que, entremeada com outra guerra de interesses, conduziu a uma revolução, demasiado branda para as necessidades de uma sociedade oprimida ao ponto da explosão. como entrou para o senso comum de todos os comentários de rua, o 25 de abril deveria ter sido aprofundado, ao ponto de ter erradicado todas as metástases que nos gangrenavam o tecido europeu, mas não foi. triunfaram os brandos costumes, e a coisa voltou a entrar em derrapagem, desta vez em ritmo acelerado. mário soares, com todo o lastro que lhe conhecemos, foi o derradeiro político do século que compreendeu que não nos restava mais nenhuma opção senão a de enveredar pela recuperação do tempo perdido, e voltar aos tempos de glória, em que Portugal, uma das sete mais ricas nações do mundo, de então, aceitava dissolver-se na paridade de uma condigna comunhão europeia. engano. começou, então, o cavaquismo, uma segunda via de santa comba dão, onde, mergulhados numa chuva de fundos, direcionados para o pontapé de arranque a que o plano marshall, tal como a guerra, nos tinha poupado, vimos, um após outro, serem destruídos os alicerces de qualquer economia: agricultura, pescas, produtos tradicionais, mineração, indústria transformadora, estaleiros navais, entre muitas coisas, foram transformados num país de alguns novos ricos, viciados em cocaína, e de muitos novos pobres, perdidos nas esquinas do "cavalo", da importação das sobras do mundo civilizado e da especulação das mafias do futebol, da construção civil, e dos bancos dirigidos por camorras inenarráveis. o cavaquismo está resumido numa lapidar frase de parede de casa de banho, que retive: "o cavaco deixou vir os pretos, que te roubaram as gajas, as casas e os trabalhos, e tu agora ficas no teu quarto, a bater uma punha". para os racistas, nos quais não me incluo, o resumo seria delicioso, não estivesse tão perto da verdade, para tanto, bastando tornar mais eruditas as palavras redigidas. na verdade, "os pretos" foram mão de obra clandestina e barata, que veio ocupar os postos de trabalho manual, que os portugueses, um dos povos com as mais baixas habilitações da Europa, achavam indignos da sua velha tradição senhorial, de andar a roubar os outros, pelo mundo afora. portanto, é verdade que, na forma de novos escravos, começámos por deixar vir "os pretos" do cavaquismo, que viviam em contentores, e depois de construírem expos e centros culturais de belém, eram postos fora, sem segurança social, salários em atraso, algumas irremediáveis feridas de corpo e alma, e com um discurso sobre a terra de afonso henriques capaz de nos envergonhar, para sempre, nas suas paragens de origem. conhecemos, depois, o ciclo dos eslavos, dos brasileiros, e, por fim dos indo paquistaneses, sempre utilizando a mesma receita dos descartáveis, "os pretos", que iam permitindo que o tecido social e económico se degradasse, enchendo os bolsos dos criminosos da construção civil, da banca e do futebol, misturados com as "gajas", das redes de alterna de brasileiras e eslavas, dos vice reis do norte, cujos nomes são sobejamente conhecidos, e que necessitavam de mandatos de captura idênticos ao de duarte lima. cavaco silva, uma mente retrógrada de um buraco algarvio, destruiu o aparelho produtivo, e criou a dívida, um colossal monstro que apenas esperava a sua ocasião para fazer a aparição, enquanto a sociedade sofria um colossal desvio das regras que regem qualquer estado democrático, e são simples, porque são só uma: o princípio da paridade de qualquer cidadão perante a lei. aprendemos que isso tinha desaparecido com leonor beleza, um dos rostos femininos do crime sem castigo, com cadilhes, os tais duartes lima, os cardosos e cunha, os ferreiras do amaral, a quem nunca cortaram "as gorduras", os pintos da costa, os isaltinos, os "majores" e outras tantas aberrações de que já nem me lembro. quando guterres percebeu a coisa e abandonou o país, que mais não era do que um "open space" de fundações, de freeports e de políticos vivendo abertamente na sua pedofilia, já era tarde de mais: inaugurava-se o ciclo carlos cruz, cujas ligações à rede de tráfico mundial de rapazinhos permitiu trazer para portugal o euro 2004, que as pessoas pensaram ser desporto, mas não era, era o "futebol", "futebol à portuguesa", mesclando mafias de mourinhos e figos, construção de estádios inviáveis em desertos inomináveis, e atirando para os bolsos dos de sempre, e mais uns quantos recem chegados, colossais talhadas de dinheiro, que poderiam ter trazido colossais saltos nos índices de desenvolvimento humano da nossa população, mas, mais uma vez, à velha maneira cavaquista, representaram colossais formas inalteráveis de retrocesso, corrupção e compadrio. em 2005, como cúmulo desta acumulação de monstruosidades, a ignorância de alguns portugueses chamou para o palácio de belém um indivíduo que deveria estar no estabelecimento prisional de Lisboa, o mais perigoso dos políticos, porque, ao renegar a sua condição de político, inaugurou uma novel geração de não políticos, a quem eram permitidos todos os atos ilícitos da política, a coberto de uma impunidade, que mesclava a justiça com o crime organizado, e colocava toda a escadaria das sociedades secretas a cavalgar a normal ascensão das hierarquias de mérito da cultura, da academia, da empresa e da sociedade, em geral. não preciso de enunciar os nomes, porque vocês conhecem-nos: claras ferreiras alves, isaltinos, moitas flores, searas, jardins gonçalves, deuses pinheiros, miras amarais, vítores constâncios, ulrichs, varas, bavas, carrapatosos e tantos outros, que desfilam diariamente pelas televisões, e que, ao surgirem, nos leva a todos nós pensarmos, "olha, este já devia estar preso"... acontece que não estava e e não está, e, como se de uma imensa estação de tratamento de lixo se tratasse, Portugal transformou-se subitamente numa gigantesca montanha, onde todos os resíduos se acumularam, sem qualquer remoção. o Cavaquismo só produziu escroques, ladrões e assassinos. quando Dias Loureiro, um facínora, mandou disparar, na ponte, sobre os portugueses, já vinha a caminho o fedor dos epígonos, cada um pior do que o anterior, e via-mos a era dos licenciados a preceito, com o sr. Sócrates a servir de epígrafe a uma gigantesca lista telefónica, e onde o português finalmente percebeu que vivia num estado fora da lei. nunca como com cavaco, e com Sócrates, em 10 mais 6 anos se conseguiu destruir tanto, e em tão pouco tempo. o caso duarte lima, uma derradeira forma de vómito, num momento em que Portugal está em risco de perder a independência, com o rosto a mergulhar numa penumbra de pobreza, ao nível da áfrica subsariana, revelou que tem de vir a justiça de uma superpotência, em ascensão, mostrar que para ser exercida justiça em língua portuguesa, ela já tem de ser imposta de fora das vetustas fronteiras que Afonso III tão cedo fixou. para Portugal, chega de vexame e impunidade, chega de contornar as responsabilidades e de continuar a permitir a impunidade de todos estes rostos de facínoras que nos destruíram e retiraram a dignidade pessoal, histórica e nacional. antes apreciemos a nem sempre agradável, mas inevitável, metamorfose do Magrebe. tudo o que hoje estamos a presenciar merece ser considerado como o episódio final desta miserável telenovela, e chegou o momento dos garantidores da nossa soberania, os militares, assegurarem a última fronteira que nos resta, a do direito de indignação: com 23 anões atrás, o colossal anão Aníbal Cavaco Silva vai agora a caminho do Paraguai. talvez seja um bom dia, e uma boa ocasião para os militares dizerem ao seu comandante supremo que deverá partir, para já não voltar. nós, portugueses e portuguesas, agradeceremos infinitamente.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

BCP numa só sessão transacciou 220,2 milhões de acções



Nunca tinham trocado de mãos tantas acções do Banco Comercial Português numa só sessão como no dia de hoje. Foram transaccionadas 220,2 milhões de acções, quatro vezes mais do que a média dos últimos seis meses.

As acções do banco liderado por Carlos Santos Ferreira encerraram a ganhar 3% para os 0,103 euros. No entanto, desceram durante a sessão aos 0,097 euros, um novo mínimo histórico. Pouco depois, também dispararam 9%.

Numa sessão com tanta volatilidade, foram negociadas 220,2 milhões de acções do BCP, uma quantidade nunca antes vista, desde que a cotada está em bolsa, em 1993. Já ontem, tinham sido transaccionados 180 milhões de títulos. A média diária dos últimos seis meses é de 48,7 milhões, o que mostra que a troca de acções tem sido intensa nos últimos dias.

Estes 200 milhões de acções transaccionadas representam, ainda assim, apenas 3% do total de acções do banco dispersas em bolsa: um total de 7,2 mil milhões de títulos.

A liquidez do banco tem sido elevada, numa altura em que o BCP está a negociar nos custos por acção mais baixos desde que se estreou em bolsa, devido à intensificação da crise da dívida na Europa e com os receios de uma exposição demasiada às dívidas dos países periféricos.

O banco avançou hoje, dez sessões depois da última subida. Não fechava no verde desde 27 de Outubro. E nesse período, em apenas uma sessão a liquidez foi inferior à média dos últimos seis meses.

O BCP acumula uma desvalorização de 80,01% desde o início do ano.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Banca em mínimos arrasta PSI-20 de novo para terreno negativo

Numa altura em que Itália está a negociar a aprovação das medidas de austeridade, em que é anunciado o novo primeiro-ministro grego – o que abre portas ao descongelamento da sexta tranche do primeiro programa de ajuda financeira externa, no valor de 8 mil milhões de euros – e em que a Alemanha garante que não está a debater com França a criação de uma Zona Euro unicamente composta pelos Estados mais fortes… estariam reunidos os ingredientes para as bolsas estarem a negociar em alta. Mas não é o caso.

A elevada volatilidade, a instabilidade no mercado da dívida e os receios de que a Europa não seja capaz de resolver a sua crise sem antes se afundarem mais alguns países são factores que estão a deixar os investidores exasperados.

Neste contexto, o sector financeiro continua a ser dos mais penalizados no Velho Continente, com a banca a perder 1%. E por cá não é excepção. Os quatro bancos cotados no PSI-20 atingiram mínimos históricos.

Em destaque pela negativa está o BCP, que marcou o valor mais baixo desde a sua entrada em bolsa quando se cotou nos 0,10 euros, a perder 9,09%. Neste momento, segue a cair 8,18%, a valer 0,101 euros.(...)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

BCP encerrou em queda de 7,56% para o mínimo histórico

O índice PSI-20 recuou 1,25% para 5.673,27 pontos, com quatro cotadas a subir e 16 a descer. Isto num dia em que as principais praças europeias perderam entre 1,76% (Footsie) e 3,15% (AEX da holanda) e em que é o sector da banca a pressionar mais.

Na sessão de hoje, sete dos 20 títulos que integram o principal índice da bolsa nacional fixaram novos mínimos históricos.

A Portugal Telecom esteve entre as cotadas que mais pressionaram ao depreciar 1,63% para 4,90 euros, enquanto a Sonaecom desceu 0,77% para 1,289 euros. Já a Zon Multimédia declinou 0,70% para 1,992 euros, mas estreou um novo mínimo histórico nos 1,969 euros por acção.

A retalhista Jerónimo Martins declinou 1,96% para 12,74 euros e foi a cotada que mais pressionou na sessão de hoje.

O BCP encerrou em queda de 7,56% para o mínimo histórico de 0,11 euros por acção(...)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Três bancos em mínimos históricos em dia de trambolhão na bolsa


A praça lisboeta segue a cair
mais de 3%, com o BCP, BPI e Banif nos mais baixos níveis de sempre. Portugal
Telecom está em mínimos de três anos.
A Grécia anunciou ontem que vai levar a referendo o novo programa de ajuda
financeira, o que desencadeou fortes receios de que o país entre em
incumprimento, uma vez que o forte descontentamento popular leva a crer que o
segundo resgate poderá ser “chumbado”.Este anúncio deixou os mercados
todos no vermelho, com as bolsas – asiáticas, europeias e futuros dos EUA -,
petróleo e euro a marcarem perdas substanciais.Por cá, não é excepção e
o PSI-20 mergulha 3,38% para 5.671,48 pontos, com apenas uma
cotada em alta.O sector financeiro é o que regista as maiores quedas,
com destaque para os novos mínimos históricos do BCP, BPI e Banif.
O banco liderado por Carlos Santos Ferreira afunda 12,26% para 0,136 euros,
um nível nunca antes visto (...).

Incumprimento bancário e crise penhoram casas a centenas de famílias em Sintra

Ao longo dos anos, João P. viu nos sucessivos créditos a solução para adiar os efeitos da crise. Hoje, protagoniza um dos mais de 800 casos de famílias do concelho de Sintra que viram os seus imóveis penhorados em 2011.
O empresário tinha um salário que rondava os quatro mil euros. Depois do encerramento da empresa que demorou anos a consolidar no mercado, a expropriação da residência onde vivia com a família fechou o capítulo iniciado com o acesso fácil ao crédito. "Era a única solução que tinha. Os clientes não pagavam e eu, para pagar a fornecedores e aos empregados, tive que recorrer ao crédito. Agora perdi tudo. Casa, carros e a qualidade de vida que tinha", disse o empresário à agência Lusa.

De acordo com dados fornecidos à Lusa pela juíza presidente do Tribunal de Comarca da Grande Lisboa Noroeste, Ana de Azeredo Coelho, de Janeiro até Junho deste ano foram feitas 883 diligências públicas de execução e em 2010 o número atingiu as 988 diligências. A responsável estima que 90% destes números corresponda à venda de imóveis.

Segundo um relatório dos juízes do Juízo de Execução da Grande Lisboa Noroeste de Março de 2011, relativamente ao valor dos créditos bancários em cobrança, sem incluir juros, o valor global dos processos a correr neste tribunal ascendia aos dois mil milhões de euros. Este valor engloba um período de 2003 até ao presente ano, estando pendentes 62.747 processos de execução.

Presidentes de juntas de freguesia do concelho de Sintra mostram-se preocupados com o aumento das penhoras de imóveis, adiantando já não terem condições para ajudar todas as pessoas que vão bater às portas das autarquias.

Segundo a autarca de Monte Abraão, Fátima Campos, as dificuldades económicas são cada vez mais sentidas na sua freguesia e, se até há meses atrás a junta se envolvia no processo de ajudar as pessoas a encontrar uma solução, agora, dado o aumento de pedidos de ajuda, já não é possível fazer esse trabalho. "Antigamente vinham cá de seis em seis meses pessoas que já não conseguiam pagar as suas casas, entretanto penhoradas pelos bancos. Agora temos pelo menos dois casos por mês", disse.

Segundo o presidente da Junta do Cacém, José Faustino, a penhora de casas nesta freguesia está a atingir números bastante elevados, comparativamente a outros anos. "Tenho sentido muito esse aumento porque os funcionários de execução vêm cá publicar os editais. Este ano tem sido fora do normal", disse, adiantando que os efeitos da crise se fazem sentir ao nível dos atendimentos, uma vez que há um aumento do pedido de respostas ao nível de alimentação e medicamentos.

Filipe Santos, autarca de Rio de Mouro, adiantou que todos os dias recebe editais do tribunal relativos a despejos e penhoras de habitações e de lojas. O autarca lamentou que neste período de crise a Seg. Social apenas disponha de uma técnica para trabalhar nesta freguesia, onde moram cerca de 50 mil pessoas, 30% das quais com baixos rendimentos.

Em Massamá, este ano houve um "grande aumento" de casos de penhoras de imóveis, contou o presidente Pedro Matias. Em 2011 já foram "penhoradas 91 casas", enquanto em 2010 foram 60.

"Temos ainda um dado novo que não tivemos o ano passado. Recebemos editais do tribunal relativos a 17 processos de insolvências de pessoa singular ou colectiva. Estes são os sinais da crise", adiantou.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

BCP obrigado a devolver arredondamento de juros aos clientes



O tribunal obrigou o BCP a devolver aos clientes o arredondamento de juros que o banco fazia para o quarto percentual superior. As cláusulas dos empréstimos à habitação, ou para obras, dos contratos anteriores a 2006 com arredondamentos para cima ficam assim anuladas.

De acordo com o Diário de Notícias (DN), o Millennium BCP terá de devolver aos seus clientes os arredondamentos de juros que fazia, para o quarto percentual superior, nos empréstimos à habitação ou para obras.

A decisão é do tribunal e acaba de transitar em julgado, não podendo a instituição recorrer, aplicando-se a todos os processos anteriores a Dezembro de 2006, data a partir da qual a lei passou a impor o arredondamento dos juros à milésima.

O tribunal obrigou também o banco a anunciar esta decisão em dois jornais diários durante três dias, para que os clientes lesados tomem conhecimento e possam começar já a exigir a devolução dos juros pagos em excesso.

A acção foi intercalada pelo Ministério Público da Procuradoria da República da área cível de Lisboa, coordenada pelo procurador da República Pina Martins, segundo o DN.

Um exemplo da prática "abusadora" do banco era arredondar uma taxa de 4,18% para 4,25%, o quarto percentual superior. A prática era comum nos bancos portugueses.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vítor Bento: "Já chegámos ao fim da linha porque não temos financiamento"

Vítor Bento discorda das palavras de Cavaco Silva de que "há limites para os sacrifícios". "Enquanto sociedade, não há", responde o Conselheiro de Estado do Presidente. Porquê? "Porque chegámos ao fim da linha: quem nos dá financiamento, exige condições".
Vítor Bento, economista, presidente da SIBS e Conselheiro de Estado do Presidente da República garante que a única forma de conseguir financiamento é mesmo fazendo os sacrifícios que são pedidos.

“Enquanto sociedade não há limites para o sacrifício porque se não tivermos disponibilidade de financiamento vamos ter mesmo de ajustar por baixo. É uma inevitabilidade”, declarou hoje aos jornalistas, à margem do 4º Congresso Nacional dos Economistas, em reacção às palavras desta manhã do Presidente da República.

Vítor Bento garantiu que os portugueses precisam de ser esforçados para realizar os ajustamentos o mais rápido possível e realizá-los de forma a ganhar a credibilidade internacional “para que se mantenham abertos os canais de financiamento”.

“Temos de ter presente que chegámos ao fim da linha. Não temos financiamento e o que temos é com base em condições”, afirmou o economista acrescentando que os portugueses “dependem deles [mercados internacionais] e eles é que ditam as condições”.

Quanto ao Orçamento do Estado para 2012, o economista diz que o documento “era inevitável até porque as variáveis não eram muitas”.


Cavaco fala em violação de princípio "básico"

Em declarações também à margem do 4º Congresso Nacional dos Economistas, Cavaco Silva lançou esta manhã duras críticas aos cortes de subsídios anunciados pelo Governo.

“Já o disse anteriormente e repito. É a violação de um princípio básico de equidade fiscal. Era a posição que já tinha quando o anterior governo fez um corte nos vencimentos dos funcionários públicos”, sublinhou o presidente da República.

“É sabido por todos que a redução de vencimentos e pensões a grupos específicos é um imposto porque obedece à definição de imposto”, concluiu, depois de ter assegurado que “mudou o governo mas eu não mudei de opinião”.

Cavaco Silva sinalizou que o seu entendimento é que o corte dos subsídios de Natal e de férias, em exclusivo para a Função Pública e pensionistas, traduz uma violação ao princípio da equidade consagrado na Constituição Portuguesa.

O Presidente da República mostrou também ter dúvidas sobre o princípio da protecção da confiança, igualmente consagrado na Lei Fundamental, ao revelar preocupação quanto à admissibilidade da amplitude da redução de rendimento que estas medidas provocarão, já que, para 2012, o Governo reconduz também o corte médio de 5% nos salários mensais do sector público.

sábado, 8 de outubro de 2011

BCP tornou-se numa "triste história"

O BCP, que segue este ano com uma desvalorização em bolsa de 68%, tornou-se numa "triste história", disse hoje o professor Oliveira Marques.

"Aquilo que foi uma magnífica história tornou-se numa triste história", afirmou o professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto.

"Não vejo luz ao fundo do túnel", referiu Manuel Oliveira Marques, acrescentando que, "estranhamente, ainda não foi incomodado nenhum revisor oficial de contas, nenhum auditor externo nem nenhuma agência de ‘rating'".

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Banco de Portugal alerta para "queda muito acentuada" do consumo

O Banco de Portugal sublinha a forte redução do rendimento disponível das famílias como factor explicativo da "queda muito acentuada" que prevê para o consumo privado.

A grande recessão de consumo em Portugal já começou. Irá agravar-se no final deste ano com o imposto extraordinário e continuará, pelo menos, em 2012. O Banco de Portugal sublinha a forte redução do rendimento disponível das famílias como factor explicativo da "queda muito acentuada" que prevê para o consumo privado.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Goldman Sachs corta avaliação do BCP, BPI e BES

O relatório dos analistas diz ainda que os principais riscos para esta avaliação consiste nos riscos existentes no que diz respeito aos desenvolvimentos macroeconómicos em Portugal, bem como a eventual pressão para que os bancos reforcem os seus capitais de forma mais rápida.

Cenário de "stress" deixaria 22 bancos sobreavaliados

O banco de investimento norte-americano cortou o preço-alvo dos três maiores bancos portugueses para incorporar alterações ao modelo de avaliação.

(...) Na nota de análise divulgada hoje, os analistas do banco estudaram o impacto de um incumprimento da Grécia e da redução do valor de mercado das dívidas de Portugal, Espanha, Irlanda e Itália no capital dos bancos.

Os analistas referem que se forem aplicados os principios que a Autoridade Bancária Europeia aplicou nos testes de "stress" à dívida das economias períféricas, apenas 24 dos 46 bancos que o Goldman Sachs acompanha na Europa continuariam a negociar a um múltiplo inferior a 15 vezes os seus resultados anuais estimados.

A lista de bancos favoritos do Goldman Sachs é integrada pelo Erste Bank, BBVA, HSBC e Lloyds Banking Group e todos beneficiam de recomendações de "comprar".

Hoje o sector da banca está a desvalorizar em Portugal e na Europa. O BES desvaloriza 4,88% para 1,871 euros e o BCP perde 3,80% para 0,177 euros. Já o BPI recua 3,73% para 0,62 euros e o Banif cai 7,54% para 0,368 euros.

DISPARAM QUEIXAS CONTRA OS BANCOS

A banca está de rastos...


sábado, 1 de outubro de 2011

PSI-20 cai 20% no terceiro trimestre com BCP a perder metade do valor


O valor das acções do BCP recuou mais de metade em apenas três meses, liderando os recuos entre as cotadas do da bolsa portuguesa. Todas as empresas perderam terreno entre Julho e Setembro. A menor queda é a da Cimpor, com um deslize de 4,73%.


BCP perde 52% em três meses

Na Europa, a sétima empresa que mais afundou foi o BCP, que liderou também as perdas do PSI-20 no terceiro trimestre.

A entidade administrada por Carlos dos Santos Ferreira (na foto) afundou 52,44%. No final de Junho, as acções estavam acima dos 0,40 euros, tendo fechado hoje nos 0,195 euros.

Foi no final do mês de Julho que o BCP anunciou uma nova estratégia de grupo, quando admitiu que se podia vir a desfazer das unidades gregas e polacas.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Crise: Banco Mundial avisa que mundo entrou na zona perigosa

Seis países do G20 pedem à zona euro para agir contra a dívida; BCE admite que moeda única está em perigo

"Em 2008, muitos disseram que não havia qualquer possibilidade de antecipar a turbulência entretanto verificada. Hoje, os líderes políticos não tem desculpas desse tipo, disse Robert Zoellick, na abertura das assembleias anuais do Banco Mundial e do FMI, em Washington.

Zoellick acrescentou que os países ocidentais "não teriam desculpa" se os seus países caíssem em recessão e isso pesasse sobre a economia mundial.

O presidente do Banco Mundial (BM) receia que a crise económica nos Estados Unidos, Europa e Japão possam contaminar a economia global.

O líder do BM disse que algumas economias estão claramente abaixo do nível de crescimento anterior à crise devido aos drásticos ajustamentos financeiros no actual contexto de crise. Os países periféricos que continuam submersos pelas crises da dívida, citou a Grécia, Irlanda e Portugal, vivem recessões ou fraco crescimento económico. Zoellick recomendou que estas economias prossigam rapidamente os ajustamentos orçamentais em curso, que reduzirão, durante algum tempo, a sua capacidade produtiva.

"Continuo a pensar que uma nova recessão nas grandes economias do planeta é improvável. Mas a minha confiança nesta perspectiva é desgastada todos os dias pelo constante fluxo de más notícias económicas", sublinhou.

"Uma crise fabricada no mundo desenvolvido poderia tornar-se uma crise para os países em desenvolvimento. A Europa, o Japão e os Estados Unidos devem agir para atacar os seus graves problemas económicos antes que eles não se tornem mais graves para o resto do mundo", preveniu.

Ao ser interrogado sobre o que aconselhava a que fosse feito, Zoelick apelou para que se evitasse o proteccionismo. "Sejam países desenvolvidos ou não, a minha conclusão é : Não façam asneiras. Portanto, não deixem o mundo entrar numa espiral de proteccionismo", explicou.

Pediu ainda que, no que respeita à agricultura, quando os preços começam a subir, se evitem os embargos às exportações".

A preocupação com a crise financeira na zona euro foi também manifestada por seis países do G20 - Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México e Reino Unido - que apelaram à zona euro para reforçar os seus bancos, num comunicado conjunto divulgado pelo Reino Unido.

"Os governos e as instituições da zona euro devem agir rapidamente para enfrentar a crise do euro e todas as economias europeias devem resolver o problema da dívida para impedir um contágio à economia mundial", acrescentaram esses países.

"Os EUA, enquanto primeira economia mundial, também tem um papel fundamental a desempenhar para restaurar a confiança", sublinharam.

Finalmente, um estudo do Banco Central Europeu (BCE) confirmou ontem que a moeda única europeia está em perigo devido às despesas descontroladas dos Estados da zona euro e da crise da dívida que surgiu associada.

A instituição recomenda que, para melhorar a boa governação e evitar a repetição de uma crise, "todo o défice de mais de 3% do PIB deve ser unanimemente aprovado pelos governos da zona euro", uma espécie de "regra de ouro" comum a todos.

MILLENNIUMBCP em mínimos históricos

(...)
Banca continua a ser penalizada e cai novamente para mínimos

Na banca, o sentimento continua a ser negativo. O BCP cai para 0,174 euros, um novo mínimo histórico, recuando 4,4%. O BPI cede 3,95% para 0,583 euros, depois de ter caído para 0,582, novo custo por acção nunca antes visto. O Banif está a ganhar 0,79% para 0,385 euros. Caiu já para 0,38, novo mínimo histórico.(...)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Quem tem medo de Joe Berardo? Serviço da dívida custa 25 milhões de euros/ano

O serviço da dívida de mil milhões de euros que Joe Berardo contraiu junto da banca para financiar, maioritariamente, a compra de acções do Millenniunm Bcp deverá custar ao empresário perto de 25 milhões de euros por ano.

Actualmente, a fatia de leão desta dívida encontra-se junto do próprio BCP, mais de 550 milhões de euros. O restante está distribuído pela Caixa Geral de Depósitos (cerca de 170 milhões de euros), pelo BES (perto de 200 milhões de euros) e uma pequena percentagem pelo Banco Santander Totta (cerca de 40 milhões de euros, tendo o BCP uma garantia de first demand sobre esta).

Mas nem sempre foi assim. Em 2007, a dívida estava repartida entre CGD, BCP e BES na proporção de 400, 300 e 200 milhões de euros, respectivamente. Ou seja, inicialmente a maior fatia da dívida foi assumida pela CGD, liderada por Carlos Santos Ferreira, agora presidente do BCP.

Acontece que a posição de 4,23% que Berardo detém no Millennium Bcp, directa e indirectamente, através de empresas como a Metalgest, a SGPS, a Contrancer, a Bacalhôa, a Kendon Properties e a Fundação Berardo, vale, de acordo com a cotação de ontem no Euronext, pouco mais de 64 milhões de euros, o que está a deixar os bancos nervosos.

Se, de acordo com a carta do Ministério Público relativa ao processo de alegadas irregularidades de gestão no BCP, já se dava conta de que havia reservas quanto às garantias prestadas, as dúvidas são agora ainda maiores. Berardo tem activos, mas já ninguém acredita que sejam suficientes para fazer frente à dívida.

Um dos principais activos, avaliado pela Christie''s em 316 milhões de euros em 2007, é a colecção de arte contemporânea, sobretudo pintura. Mas, de acordo com especialistas, até esta terá desvalorizado, uma vez que a arte contemporânea, pelas suas características, segue as tendências dos restantes mercados. Apenas uma parte da colecção, cerca de 75%, está dada como garantia aos bancos, embora o Estado português tenha uma opção de compra sobre a colecção, que pode exercer até 2016.

Berardo é ainda dono de activos como a Metalgest, a Fundação Berardo, duas fábricas de tabaco, uma na Madeira outra nos Açores, da Bacalhôa Vinhos e da Sogrape, entre outros. E tem participações importantes no Banif, no Banco Popular, onde é um dos principais accionistas privados, na Sonae (2,5%, que estarão penhorados pelo BPI) e na EDP, entre outras.

O que muitos não compreendem, é por que não foi ainda executada a dívida de Joe Berardo ou como é que o empresário continua a ocupar o cargo de presidente da comissão de remunerações e previdências do Millennium Bcp. Há ainda quem estranhe o facto de uma boa parte da dívida, quase 700 milhões de euros, estar na Fundação Berardo, criada em 1988 para apoiar acções no âmbito da educação, das artes e da ciência.

O mais provável é que estas questões venham a ter resposta em breve. Dia 15 de Novembro, a PriceWaterHouse-Coopers e a Ernst & Young entregam o relatório preliminar de avaliação de créditos dos bancos aos 50 maiores investidores nacionais ao abrigo do Memorando.


Tags: joe berardo, dívida, bcp,

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

BCP cai 4% para novo mínimo histórico nos 0,21 euros


Bolsas europeias agravam perdas da abertura. Em Lisboa é o BCP que lidera as perdas
.

As acções do BCP tocaram hoje no valor mais baixo de sempre - 0,212 euros -, após uma queda de 4,07%. Isto numa altura em que o PSI 20 deslizava 1,04% para 6.138,92 pontos com apenas duas cotadas em terreno positivo: Banif e Mota-Engil. As principais praças europeias deslizavam mais de 1,5%, agravando assim o registo negativo visto logo na abertura da negociação. A pressão compradora intensificou-se depois de um ‘research' do Golman Sachs onde o banco norte-americano revê em baixa a sua avaliação para vários bancos europeus, incluindo três portugueses.

Em Lisboa, tal como na Europa, a banca é o sector pressionado. Além do BCP, que com a queda de hoje acumula perdas de 60% em 2011, o BES recuava 2,18% e o BPI cedia 1,23% para 0,725, negociando perto do mínimo de 0,719 euros. Em contra-ciclo estava o Banif, que subia 0,24%.

BCP, BES e BPI foram três dos alvos dos ‘downgrades' do Golman Sachs. O ‘target' para o BCP desceu de 0,4 para 0,33 euros. O preço-alvo do BES caiu de 3,1 para 3 euros. No mesmo sentido, a avaliação do BPI emagreceu de 1,15 para 1 euro (...)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

CASO BCP - Dívidas de Berardo na mira da Troika


O empresário obteve um crédito de mil milhões em 2007 da Caixa Geral de Depósitos de Santos Ferreira e Armando Vara para comprar acções do BCP, que hoje valem apenas 73 milhões, conta o jornal i na edição de hoje.

Os bancos portugueses estão aflitos com a chegada da troika aos seus balanços. Diz o jornal i que o dinheiro que lhes falta para financiar a economia está nas mãos de alguns, poucos grandes clientes que o pediram para comprar acções que agora não valem nem metade do que custaram.

Os investimentos do empresário madeirense Joe Berardo são um bom exemplo.

OBS:
As acções do BCP estão a baixo dos 24 cêntimos por acção, no princípio do século estiveram perto dos 6 euros por acção (5,94€) !


http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=FICHA_ACCAO_V2&isin=PTBCP0AM0007&plaza=51&indice=psi20&calidad=tr&nom=BCP

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Wall Street volta a cair e perde mais de 3% na semana


As bolsas norte-americanas voltaram a ter uma semana de perdas acentuadas, com os receios em relação à recuperação da economia mundial a minarem a confiança dos investidores, que preferiram refugiar-se em activos considerados mais seguros, como a dívida dos EUA e da Alemanha e o ouro.

Os dados económicos que têm sido divulgados não têm ajudado a animar os investidores. Os indicadores apontam para um abrandamento na recuperação económica mundial e já se especula em torno de uma nova recessão global.

Ainda esta semana foram divulgados os dados do PIB dos países da Zona Euro. E a Alemanha revelou quase uma estagnação no segundo trimestre e a França estagnou mesmo. Tudo indicadores que aumentarem os receios dos investidores.

E tudo isto num contexto de crise de dívida na Europa. Com países como Itália e Espanha sob os holofotes, obrigando o Banco Central Europeu a intervir de forma mais activa no mercado secundário de dívida soberana.

Este ambiente levou os investidores a tentar refugiar-se em activos considerados mais seguros, como as obrigações alemãs e norte-americanas. E como ouro, que voltou a subir para máximos históricos, superando os 1.800 dólares por onça.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Banca e PT levam PSI-20 de novo para terreno negativo


... O BCP recua 2,96% para 0,262 euros e o BPI perde 1,66% para 0,83 euros.

Os mercados acompanham também o agravamento da percepção de risco em torno dos países da Europa Central. Os “credit default swaps” que seguram os investidores contra incumprimento em dívida italiana acabam de tocar novos máximos históricos, ainda que as taxas de juro da dívida continuem a descer graças à intervenção do BCE, descrita por operadores como “agressiva”.

Já o Banif sobe 1,86% para 0,44 euros nestas primeiras horas da sessão com notícias de que vários bancos estrangeiros estão a analisar um eventual investimento no banco. A notícia é do “Diário Económico”, que não especifica as fontes que deram a informação.

A Portugal Telecom está a perder 1,75%, depois de também ter aberto em alta, e negoceia nos 5,552 euros.

A travar maiores perdas está o sector energético, que mantém os ganhos da abertura. A EDP ganha 0,91% para 2,099 euros e a Galp sobe 0,24% para 12,615 euros, depois de informar que um foco de incêndio na refinaria de Matosinhos, esta madrugada, foi “prontamente extinto”.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dívida - BCP paga 70,8 milhões pela utilização da garantia do Estado


O Governo autorizou o Banco Comercial Português a realizar uma emissão de dívida com garantia do Estado, no montante máximo de 1,75 mil milhões de euros.

A intenção do banco liderado por Carlos Santos Ferreira avançar com esta operação era já conhecida, e pode agora ser concretizada, depois da aprovação ter sido publicada hoje em Diário da República.

“Autorizo a concessão da garantia pessoal do Estado, para cumprimento das obrigações de capital e juros no âmbito do empréstimo obrigacionista a emitir pelo Banco Comercial Português”, refere o despacho assinado pela Secretária de Estado do Tesouro e das Finanças, Maria Luís de Albuquerque.

A governante fixou em 1,348% a taxa que o BCP terá que pagar anualmente pela utilização da garantia. Deste modo, o Estado irá receber 23,6 milhões de euros por ano com esta garantia, num total de 70,8 milhões no acumulado dos três anos.

O despacho adianta que a emissão tem como objectivo “repor e ampliar os níveis de liquidez do Banco e dotá-lo dos meios de financiamento para continuar a assegurar a sua função de concessão de crédito à economia”.

A emissão do BCP terá um prazo de três anos, pagando um cupão equivalente à Euribor 3 meses acrescido do “spread” que será determinado quando a emissão for concretizada.

Até hoje foram já três os bancos portugueses que avançaram com este tipo de emissões, sendo que o “spread” pago foi igual em todas elas: 4,95%.

A Caixa Geral de Depósitos foi a primeira, com a emissão de 1,8 mil milhões de euros. Seguiu-se o BES, com uma emissão de 1,25 mil milhões de euros e o Banif de 200 milhões de euros. Em comissões ao Estado, a CGD pagou uma comissão de 73 milhões de euros.

A unidade de crédito ao consumo do Banif irá colocar dívida nas mesmas condições que a sua casa-mãe, num montante de 25 milhões de euros.

Deste modo, estes três bancos já emitiram 3,25 mil milhões de euros com recurso às garantias do Estado. Quando for concretizada a emissão do BCP, o total subirá para 5 mil milhões de euros.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

BCP igual a lixo


Ações do BCP descem quase 6% para os 30 cêntimos


As ações do BCP seguiam a desvalorizar mais de 5% para os 30 cêntimos, descendo para o nível mais baixo de sempre, ainda na ressaca da divulgação dos resultados dos testes de stress.

A desvalorização de 5,97% que se registava pelas 16h12, para os 30 cêntimos, acontece no dia útil seguinte à divulgação dos resultados dos testes de stress à banca europeia e da descida pela Moody's do rating de sete bancos nacionais, entre os quais o BCP, para o nível de 'lixo'.



http://topicos.jornaldenegocios.pt/BCP

sexta-feira, 15 de julho de 2011

BCP obrigado a aumentar capital ou a vender activos


O BCP foi uma das quatro instituições nacionais que apresentou o rácio de capital ‘core tier 1’ mais baixo nos testes de ‘stress’ entre os bancos nacionais.

De acordo com os resultados dos testes de ‘stress' realizados hoje pela autoridade europeia do sector bancário (‘European Banking Association' - EBA), o BCP foi a instituição que apresentou o rácio de capital ‘core tier 1' em 2012 no cenário adverso mais baixo da banca nacional.

"Como resultado do choque assumido, o ‘core tier 1' consolidado estimado do Banco Comercial Português passará para 5,4% sob um cenário adverso em 2012, que compara com um rácio de 5,9% no final de 2010", refere a EBA.

Isto significa que, apesar de o BCP ter passado nos testes de ‘stress' (a linha de chumbo estava nos 5%), o Banco de Portugal (BdP) considera que o banco liderado por Santos Ferreira terá de "desenvolver, em acordo com o Banco de Portugal, as medidas apropriadas para reforçarem os seus balanços no período de 3 meses imediatamente após a presente publicação. Estas acções poderão tomar a forma de aumentos de capital ou alienação de activos", refere o BdP em comunicado.

Todavia, o BCP já deu indicações no sentido de ter entregado junto do BdP um conjunto de medidas neste sentido.

Na mesma condição está o ESFG que, segundo a EBA, apresentou um rácio de capital ‘core tier 1' para 2012 de 5,8%, quando são tidas em conta as condições do cenário adverso. Todavia, o ESFG já terá tomado medidas no sentido de colocar o rácio de capital ‘core tier 1' acima dos 6% até ao final do ano, como é desejo do BdP, e, por esse motivo, não deverá realizar mais qualquer tipo de operação neste sentido.

Refira-se ainda que o BdP revelou que, considerando os resultados de todos os bancos analisados - CGD, BCP, ESFG e Banco BPI -, "no cenário adverso, a

Na sessão de hoje as acções do BCP recuaram 1,55% para 0,318 euros

segunda-feira, 11 de julho de 2011

MILLENNIUM BCP perde 40% desde Janeiro e negoceia abaixo dos 32 cêntimos


A sessão de hoje foi mais um dia negro para a banca portuguesa. Só na última semana, BCP, BES, BPI e Banif perderam, em bolsa, 1,13 mil milhões de euros. O BCP é a cotada mais penalizada e já perde 39,64% desde o início do ano. Hoje renovou um novo mínimo histórico.

Os títulos do banco liderado por Carlos Santos Ferreira perderam hoje um máximo de 9,40% e chegaram a negociar nos 0,318 euros, o valor mais baixo de sempre. Os títulos fecharam a cair 7,12% para os 0,326 euros.

Foi a sétima sessão consecutiva de quedas, período em que o banco perdeu em bolsa 540 milhões de euros.

A última semana foi, particularmente, "dura" para a banca portuguesa devido ao corte de "rating" da Moody’s. Desde que a agência de notação financeira baixou a avaliação da dívida soberana portuguesa que os títulos da banca já perderam 938 milhões de euros.

O BCP é título da banca que cai há mais sessões consecutivas (sete) e o que mais perde desde o início do ano: 39,64%. O banco renovou hoje um novo mínimo histórico ao negociar nos 0,318 euros.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

BANCO COMERCIAL PORTUGUES (MILLENNIUM)




BANCO COMERCIAL PORTUGUES

Data 2011-07-07 | 16:36



0.364
Cotação

-0.82
Variação %

-0.0030
Variação ptos

89.409.212
Volume acções

32.547.962
Volume em EUR





0.376Sessão Máximo
0.353Sessão Mínimo
0.608Ano Máximo
0.362Ano Mínimo
0.651552 semanas Máximo
0.36252 semanas Mínimo

2623Capitalização (milh)
-31.8582Variação Ano
-36.7488Variação 52 semanas

Últimos 5 dias
0.36407/07
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0.40201/07
0.4130/06


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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Banca perde mais de 300 milhões em apenas uma sessão


A banca nacional não foi um caso isolado. Todo o sector europeu fechou em forte queda depois do presidente do Banco Central Europeu ter alertado que a estabilidade financeira na União Europeia poderá ser comprometida pela crise de dívida.

Numa opinião com base "pessoal eu diria que 'sim, [o sinal] está vermelho", afirmou Jean-Claude Trichet aos jornalistas, citado pela Bloomberg. As declarações foram proferidas ontem, depois de uma reunião com o Conselho Europeu de Risco Sistémico e são mais um factor de preocupação não só para a banca mas para a generalidade dos mercados bolsistas.

Ao mesmo tempo, os juros da dívida portuguesa renovaram máximos históricos nos prazos mais curtos "alimentados" pelo impasse que se vive entre a União Europeia/FMI e a Grécia, face à quinta tranche da ajuda internacional.

A banca tem sido um dos sectores mais penalizados por esta situação. No sector bancário nacional, hoje foi mais um dia de fortes quedas e de novos mínimos.

O BCP renovou o mínimo histórico nos 0,386 euros, tendo fechado a cair 3,70%. Esta queda representa menos 180 milhões de euros de capitalização bolsista.

O banco que mais perdeu foi o BES, que fechou a sessão a valer menos 131 milhões de euros face ao dia de ontem. O banco caiu um máximo de 6,97% e negociou no nível mais baixo desde Janeiro de 1996, 2,414 euros.

O BES fechou a sessão a perder 4,35% para os 2,482 euros.

O BPI encerrou o dia a perder 5% e a cotar nos 95 cêntimos por acção. Já o Banif perdeu 4,03% para os 0,619. Durante a sessão o banco tocou nos 60 cêntimos, o nível mais baixo desde Maio de 2003.

No total, a banca perdeu, só na sessão de hoje, 304,2 milhões de euros de capitalização bolsista. No último mês, ou seja desde 23 de Maio, o sector já perdeu 1,37 mil milhões de euros, uma média de 57,3 milhões de euros por dia.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

BCP em mínimos atira PSI-20 para valor mais baixo em cinco meses


O índice nacional encerrou a sessão de hoje no vermelho, a reflectir as fortes perdas do BCP e também os novos máximos que os juros da dívida pública a 10 anos tocaram hoje.

A liderar as quedas do índice esteve o BCP, que atingiu durante a sessão um mínimo histórico. O BCP encerrou a perder 3,87% para 0,447 euros. O banco caiu durante a sessão 4,52% para 0,444 euros, o que constituiu o valor mais baixo de sempre.

As congéneres europeias também estiveram a negociar em terreno negativo ao longo da sessão, num dia em que todos os sectores na Europa estão em queda, devido ao pessimismo de Ben Bernanke com a evolução da economia norte-americana.(...)

domingo, 29 de maio de 2011

(BANCA) Mercearias e bancos


Se um merceeiro nos engana é aldrabão e vigarista. Se uma instituição financeira nos ludibria, retirando vantagens da nossa ignorância, é sofisticação e inteligência.

Esta assimetria na valoração moral e ética dos comportamentos do sistema financeiro foi notada já no início desta crise financeira por João Pinto e Castro no seu blogue. O que as instituições financeiras fizeram até à implosão da crie que teve o seu epicentro nos Estados Unidos foi basicamente ludibriar os iletrados financeiros, fossem eles as famílias sem recursos, fossem eles os multimilionários que não sabiam onde aplicar as suas poupanças.

Ganhar dinheiro por conta da ignorância ou falta de informação do parceiro é uma actividade que tem provavelmente a idade do próprio homem na terra.

Numa pequena comunidade, a troca de informação e a pressão dos pares torna este negócio de extracção de rendas pouco duradouro - descoberta a situação, disseminada a informação, acabou o "nicho de mercado".

Nas grandes comunidades impessoais em que hoje vivemos tem de ser o Estado a combater esses abusos, com a massificação de informação e com a regulamentação. É assim que faz com os bens alimentares, é assim que também devia ter feito com os produtos financeiros.

Há mais de uma década, quando se começou a usar a euribor - primeiro lisbor - como taxa de referência para o crédito á habitação, não houve uma entidade pública, do Governo ao Banco de Portugal, que se preocupasse em explicar que as taxas de juro podiam subir. Portugal não foi caso único no panorama global. O País que é a referência da sofisticação financeira, os Estados Unidos, usaram e abusaram da ignorância para alguns retirarem rendas a outros. Sim, rendas, porque não se pode considerar, numa economia de mercado, que são lucros os ganhos obtidos porque a outra parte tem menos informação.

A própria massificação do crédito à habitação que, no caso português, foi e ainda é a forma mais rápida de ter acesso a uma casa, só muito tarde mereceu a preocupação das autoridades públicas.

Na semana passada o Banco de Portugal adoptou mais um conjunto de orientações em que diz aos bancos o que considera serem as boas práticas em matéria de revisão das taxas de juro. Com a instabilidade financeira, a banca introduziu nos contratos novas cláusulas que lhe permitem rever os "spreads" aplicados às taxas de juro. O que o banco central veio clarificar foi que essa alteração dos spreads apenas é possível nos contratos em que esteja explicitada essa possibilidade e que, mesmo nesse caso, a mudança tem de ser justificada e não pode ser discricionária. Claro que a autoridade, que tem agora também responsabilidades na área da supervisão comportamental da banca, pouco mais pode fazer, face às regras de liberdade contratual, do que um código de boas práticas, esperando que os bancos o sigam e que os consumidores o conheçam, pressionando, também por essa via, as instituições financeiras.

O que se começou a fazer desde o início da crise para proteger os consumidores de produtos financeiros é apenas o início de um longo caminho. Que só estará terminado quando todos, autoridades e consumidores, conseguirem relacionar-se com o sistema financeiro com a mesma grelha de valores que usam para a mercearia ou o restaurante.



domingo, 1 de maio de 2011

BANCA DA ISLÂNDIA! Porque silenciam...



Porque silenciam a ISLÂNDIA?

(Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna - pública e privada com incidência no sector bancário - e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.

Sócrates foi dizer à Sra. Merkle - a chanceler do Euro - que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.

Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele)
Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.

Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.

Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.

A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas "macaquices" bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).

País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.

Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal "ajuda" ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para "tapar" o buraco do principal Banco islandês.

Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.

O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.

Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.

Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.

Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.

Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não "estragar" os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.
As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.

Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.
O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.
Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos .
Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos . Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.

terça-feira, 26 de abril de 2011

A BANCA DESGRAÇOU VÁRIOS PAÍSES EUROPEUS PAÍSES


As pessoas estão a ficar completamente escravas e derrotadas por estes terroristas financeiros bancários.

Clique:

http://www.facebook.com/video/video.php?v=197341960301795&subj=100000779760640

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O BCP e o poder das redes sociais


O boato surgiu, de mansinho, por ‘email’ ou por ‘sms’, a falar de ‘dificuldades financeiras’ no BCP. Ao longo das últimas semanas as mensagens foram crescendo de intensidade, entraram nos ‘blogues’ e no ‘facebook’ e chegaram a tanta gente que, na última sexta-feira, atingiram o auge.

Quase todos sabiam, por um amigo ou conhecido, que algo de grave se estava a passar no BCP. O fenómeno que parece ter começado pelo Norte, passando depois pelo Algarve até chegar em força a Lisboa, dava conta de uma intervenção iminente do Estado: uma nacionalização. Mas também havia quem dissesse que a administração do banco se ia demitir em bloco na próxima quarta-feira ou que um conhecido gestor já tinha tirado todo o dinheiro que tinha no banco e a secretária estava a telefonar aos amigos para que fizessem o mesmo.

O cenário traçado era, por isso, quase dantesco e os responsáveis da instituição viam-se impotentes para travar um fenómeno ampliado pelas chamadas redes sociais, com tudo o que dissessem a poder ser usado contra eles. Até as declarações de António Ramalho, administrador do BCP responsável pela tesouraria, de que "o mercado internacional já tomou nota de que o BCP não tem problemas de financiamento" e que o banco já não tinha de fazer mais amortizações até ao final do ano, foram apontadas como um sinal de que algo ia mal no banco. Se assim não fosse, que razões levariam um administrador do BCP a vir dizer que tudo estava bem, perguntavam os profetas da desgraça?

A força e a repercussão dos boatos levaram mesmo o presidente do banco a escrever uma carta aos colaboradores para os tranquilizar. Carlos Santos Ferreira falou num "conjunto de rumores que atentam contra a solidez do Millennium bcp, à semelhança do que ocorreu, como nos lembramos, no último trimestre de 2008". Com efeito, esta situação não é virgem e já atingiu o BCP e outros bancos no passado, sendo depois esvaziada pela realidade. Mas como também já houve problemas em alguns bancos que apanharam clientes e accionistas desprevenidos, casos do BPP e do BPN, muitos podem pensar como os espanhóis: "no creo en brujas, pero que las hay, las hay". Em todo o caso, mesmo para os mais cépticos, valerá a pena esperar pelo resultado dos ‘stress tests' que estão a ser realizados pelo Comité dos Supervisores Bancários Europeus aos bancos dos países do Sul da Europa e cujos resultados serão divulgados no próximo dia 23.

Os responsáveis do BCP têm-se remetido a um prudente silêncio, porque não vale a pena lutar contra inimigos que não se vêem. Mas alguns banqueiros respondem à questão dizendo que as relações interbancárias já são suficientemente poderosas para que nada de mau aconteça, sobretudo a um grande banco. Conhecido é o reporte da situação à CMVM e que uma queixa será apresentada hoje à Procuradoria-Geral da República para que a Polícia Judiciária investigue a origem e os autores dos rumores. Se o movimento for, como se pensa, organizado, essa identificação não será fácil. Para já fica, uma vez mais demonstrado, para o bem e para o mal, o poder das redes sociais.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Relação confirma condenação do BCP a pagar coima recorde


O Tribunal da Relação confirmou hoje a condenação do BCP ao pagamento de uma coima recorde de cinco milhões de euros, com suspensão de liquidação de metade deste valor, por prestação de informação não verdadeira ao mercado, quando Jardim Gonçalves era presidente.

O BCP vai mesmo ter de pagar a coima que lhe foi aplicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), por prestação de informação não verdadeira ao mercado relacionada com as “offshores” que o banco terá usado para adquirir acções próprias com financiamento do banco, no tempo em que Jorge Jardim Gonçalves era presidente.

Segundo confirmou fonte oficial da CMVM ao Negócios, o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a decisão do Tribunal de Pequena Instância criminal que, em Julho do ano passado, tinha confirmado a aplicação ao BCP de uma coima de cinco milhões de euros. No entanto, para efeitos de pagamento, haverá suspensão de metade da coima, pelo que o banco só terá de despender 2,5 milhões de euros.

Apesar desta decisão, o advogado do BCP continua a defender a posição do banco. “Vou esperar para ser notificado do acórdão e analisá-lo. Bati-me por outro resultado e continuaria a bater-me se fosse hoje. Mas é o Tribunal que decide”, afirmou Rui Patrício ao Negócios.

terça-feira, 29 de março de 2011

Bcp considerado "lixo"


S&P corta "rating"


MILLENNIUMBCP está a um passo de ser classificado de "junk".(LIXO)


O BCP também sofreu um corte de dois níveis, pelo que o “rating” desceu de BBB+ para BBB-. O banco liderado por Carlos Santos Ferreira tem agora uma classificação de risco que se situa apenas um nível acima de “junk” (BB+).
No relatório onde anuncia a decisão, a S&P diz que o corte no “rating” da banca portuguesa “reflecte o impacto directo” da redução efectuada à classificação da República.

A analista Elena Iparraguirre explica que a revisão reflecte também “a deterioração que antecipamos no perfil financeiro de todos os bancos, em resultado do aumento das dificuldades económicas e financeiras que antecipamos em Portugal”.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ex-administradores do BCP começam a ser julgados a 24 de Outubro


Os antigos gestores serão julgados por manipulação de mercado e falsificação de documentos.

Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, Christopher de Beck e António Rodrigues, ex-administradores do BCP, serão julgados a 24 de Outubro, avança hoje o Correio da Manhã.

A decisão do Tribunal de Instrução Criminal era conhecida, mas só agora se ficou a saber a data da primeira sessão do julgamento.

A 27 de Julho do ano passado, o juiz de instrução criminal decidiu que Jardim Gonçalves e outros três arguidos deviam ser julgados. A primeira sessão de julgamento, agora marcada, só vai acontecer mais de 1 ano depois.

Os ex-administradores do BCP vão responder por alegada prática de crimes entre 1999 e 2008, entre eles a utilização de contas 'off shore' detidas pelo BCP, "de modo a determinar os valores de mercado e a cotação dos títulos do BCP no mercado de valores".

Os suspeitos são acusados de falsificar a contabilidade do banco, "com vista a ocultar as perdas resultantes para o Banco, no valor aproximado de 600 milhões de euros".

São ainda acusados de receber "prémios avultados, calculados em função de resultados deliberadamente empolados, com um prejuízo para o banco de cerca de 24 milhões de euros".

O caso vai ser julgado pela 8ª Vara Criminal de Lisboa, entre Outubro e Dezembro, já estão marcadas oito sessões.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

BCP, BES e BPI perdem 82% desde recordes em 2007


Os três maiores bancos privados portugueses perderam mais de um quinto do valor de mercado face aos máximos históricos a que chegaram no Verão de 2007. Mais de 30 mil milhões de euros fugiram ao capital de BES, BPI e BCP, que na sexta-feira tocaram mínimos de mais de uma década. O banco liderado por Carlos Santos Ferreira (bateu no mínimo do dia em 0,505 por ação) nunca teve uma capitalização de mercado tão baixa: pouco mais de 2,5 mil milhões de euros. O montante compara com os 18,165 mil milhões de euros que o banco chegou a valer em Junho de 2007. O BES sofreu uma sangria semelhante. Depois de valer mais de 13 mil milhões de euros, a instituição presidida por Ricardo Salgado tem actualmente um "market cap" pouco acima de três mil milhões de euros. O BPI caiu 80% face ao máximo registado em Outubro de 2007. Naquele ano, os três bancos chegaram a valer 37,4 mil milhões de euros. O conflito entre os accionistas pelo controlo da gestão do BCP levou os títulos do banco para os 3,86 euros por acção em Julho. Vale agora 54 cêntimos.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

As acções do BCP eram as que mais pressionavam hoje o PSI 20.


BCP em mínimo histórico num dia de fortes quedas na bolsa

O índice PSI 20 estava agora a perder 1,3% para 7.535,83 pontos, com todas as cotadas negativas. A bolsa portuguesa registava um dos piores desempenhos de hoje na Europa, onde os principais índices continuam a ser castigados pelos receios dos investidores em torno da crise de dívida dos países periféricos da zona euro, como Portugal e Espanha. Isto num dia em que os juros cobrados pelos mercados para absorver dívida portuguesa a 10 anos fixou um novo recorde histórico acima da barreira dos 7%.

Em Lisboa, os títulos financeiros eram os que mais pressionavam a bolsa, em particular o BCP, que cedia 2,1% para 0,56 euros. O banco esteve já a negociar nos 0,555 euros, renovando o mínimo recorde de Abril de 2010.

Já o BES perdia 2,32% para 2,73 euros e o BPI cedia 2,21% para 1,33 euros, num dia em que o índice da Bloomberg para o sector europeu recuava perto de 0,2%. (...)

domingo, 2 de janeiro de 2011

Portugal 2011


AO LONGO DA FAMIGERADA "CAMPANHA ACCIONISTA BCP" EM 2000/2001, QUE O BANCO LEVOU A CABO COM AS ACÇÕES PRÓPRIAS, FOI PROVADO HAVER INDÍCIOS DE VÁRIOS CRIMES... NO EXERCÍCIO DE 2000, O MONTANTE TOTAL DE PRÉMIOS A DISTRIBUIR PELOS FUNCIONÁRIOS FOI DE 22.603.817,40€, EM QUE OS ACCIONISTAS NÃO TIVERAM DIREITO A DIVIDENDOS!!!
AS ENTIDADES SUPERVISORAS E ÓRGÃOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGARAM AO PÚBLICO, MAS O BCP, MESMO COM A ACTUAL ADMINISTRAÇÃO, CUJO PRESIDENTE É O DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, CONTINUA A EXTORQUIR, "ROUBAR" E A SAQUEAR DINHEIROS DAS CONTAS DAS VÍTIMAS (CLIENTES) SILENCIADAS E INDEFESAS, DANDO SEGUIMENTO PARA O BANCO DE PORTUGAL COMO SENDO DÍVIDA DE INCUMPRIMENTO, SUJANDO O "BOM NOME" DO CLIENTE... ENQUANTO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS BANCÁRIOS CONTINUAM INTOCÁVEIS, SEM SER CHAMADOS À JUSTIÇA.

É A VERDADE DO QUE SE PASSOU E AINDA SE ESTÁ PASSAR NO MAIOR BANCO PRIVADO PORTUGUÊS! "MILHARES DE PESSOAS DESTRUÍDAS, EXTORQUIDAS E "ROUBADAS" DOS SEUS BENS PELO BCP (CAMPANHA ACCIONISTA MILLENNIUM BCP E OUTRAS SITUAÇÕES GRAVES)..."
- "TAMBÉM ALGUMAS NOTÍCIAS FINANCEIRAS ACTUALIZADAS"
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DURING THE INFAMOUS "CAMPAIGN SHAREHOLDERS BCP" In 2000/2001, the Bank has undertaken WITH OWN ACTIONS, HAS PROVEN Indications of HAVER SEVERAL CRIMES ... In 2000, THE TOTAL AMOUNT OF PREMIUMS FOR EMPLOYEES WAS A DISTRIBUTE OF € 22,603,817.40, in which shareholders were not entitled to dividends!!!
AND BODIES supervisors of media available to the public, but the BCP, EVEN WITH THE CURRENT ADMINISTRATION, WHICH IS THE PRESIDENT DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, continues to extort, "theft" Drawing MONEY AND VICTIMS OF THE ACCOUNTS (CLIENTS) Silent and Helpless, following FOR BANK OF PORTUGAL AS BEING DEBT OF FAILURE (CRC) of the client. While the primary banking responsibility untouchables CONTINUE WITHOUT BEING CALLED TO JUSTICE.

IS THE TRUTH of what happened and if IS MOVING IN A MORE PRIVATE BANK PORTUGUESE! "Thousands of people destroyed and EXTORQUIADAS THEIR PROPERTY BY BCP (BCP MILLENNIUM CAMPAIGN SHAREHOLDERS AND OTHER serious )..."
- "UPDATES FINANCIAL ALSO NEWS OF THE WORLD"