As contas externas costumam ser assunto recorrente aqui. Por más razões. Ontem ficámos a saber que em 2008 o nosso défice externo atingiu uns astronómicos 10,6% (!!!!) do PIB (o Governo previa 9%...
E daí?, perguntar-se-á. Afinal não estamos nos anos 80, quando valores destes faziam disparar o risco da República (com a inevitável queda do valor da moeda) e punham o FMI ao telefone com o Banco de Portugal. Mais: apesar da sua dimensão, não temos problemas em financiá-lo. Em 2008, diz o INE, fomos buscar ao exterior 17,6 mil milhões de euros para o pagar.
É verdade que a moeda única tirou a pressão do financiamento da balança corrente (como costuma lembrar Vítor Constâncio). Mas isso só significa que nos livrámos de uma parte do problema. A outra continua: o défice externo significa que não somos competitivos face ao exterior. Ele provoca destruição de postos de trabalho (via encerramento de empresas). Ou seja, empobrecimento do País.
Há outra razão para termos mais cuidado com ele: pela primeira vez em décadas volta a falar-se de bancarrota. Não da América Latina, mas das economias mais débeis da Europa. Zona Euro inclusive (leia-se Portugal, Espanha e Grécia...). É por isso que os investimentos públicos de legislatura (TGV, pontes, auto-estradas, aeroporto...) são um perigo. Eles estimulam a economia pela via do consumo: como não temos capacidade produtiva interna, recorremos às importações. Exactamente aquilo que o défice externo desaconselha.
E daí?, perguntar-se-á. Afinal não estamos nos anos 80, quando valores destes faziam disparar o risco da República (com a inevitável queda do valor da moeda) e punham o FMI ao telefone com o Banco de Portugal. Mais: apesar da sua dimensão, não temos problemas em financiá-lo. Em 2008, diz o INE, fomos buscar ao exterior 17,6 mil milhões de euros para o pagar.
É verdade que a moeda única tirou a pressão do financiamento da balança corrente (como costuma lembrar Vítor Constâncio). Mas isso só significa que nos livrámos de uma parte do problema. A outra continua: o défice externo significa que não somos competitivos face ao exterior. Ele provoca destruição de postos de trabalho (via encerramento de empresas). Ou seja, empobrecimento do País.
Há outra razão para termos mais cuidado com ele: pela primeira vez em décadas volta a falar-se de bancarrota. Não da América Latina, mas das economias mais débeis da Europa. Zona Euro inclusive (leia-se Portugal, Espanha e Grécia...). É por isso que os investimentos públicos de legislatura (TGV, pontes, auto-estradas, aeroporto...) são um perigo. Eles estimulam a economia pela via do consumo: como não temos capacidade produtiva interna, recorremos às importações. Exactamente aquilo que o défice externo desaconselha.
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