sábado, 29 de novembro de 2008

Com a crise, lutas sociais tendem a se intensificar


A única alternativa para o capitalismo senil, que ameaça conduzir a humanidade ao abismo, é o socialismo. Essa é a convicção do jornalista e escritor português Miguel Urbano Rodrigues. Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, Urbano fala sobre a grave crise desencadeada a partir do Império estadunidense, que já provoca efeitos perversos em todo o mundo. Ele vislumbra um futuro próximo de grandes sofrimentos para a humanidade, sofrimentos que, segundo Urbano, serão diferentes de continente para continente, de país para país, como diferentes serão as características da luta dos povos contra o sistema que continuará a impor-lhes a sua dominação.
É categórico ao afirmar:
Os trabalhadores vão pagar a maior fatura dessa crise. Mas é otimista. Para ele, grandes movimentos de massa devem surgir, principalmente nos países da União Europeia e nos Estados Unidos.
O mundo inteiro vive um drama com a crise financeira desencadeada a partir do centro do império. Tem se dito que essa crise ainda está apenas começando e que ela tende a se agravar. Na sua avaliação, qual é a dimensão dessa crise? É apenas mais uma das tantas que o capitalismo já produziu? O neoliberalismo foi derrotado?

Miguel Urbano Rodrigues – Esta crise é estrutural, e não cíclica como as anteriores. Do sistema financeiro, alastrou para a economia real, e dos Estados Unidos, passou à Europa e à Ásia Oriental. Ela tende a agravar-se muito. E o seu desfecho é por ora imprevisível. Uma certeza: o neoliberalismo, glorificado como a ideologia definitiva que assinalaria "o fim da História", fracassou. Hayek [Friedrich August von Hayek] é enterrado e Keynes [John Maynard Keynes] ressuscita.
BF: O senhor disse que se trata de uma crise estrutural. As medidas anunciadas até agora alteram a atual estrutura desse processo?
MUR: Por ser uma crise estrutural, e não apenas cíclica como as anteriores – confirmando previsões de autores marxistas como István Mészaros e Georges Labica –, as medidas tomadas pelos governos do G-8, transformados em bombeiros do capital, são apenas paliativos. A recuperação das bolsas e do dólar geram a ilusão de que tudo vai voltar rapidamente à normalidade, entendida esta como um reflorescimento do capitalismo sob um novo figurino. Tal convicção é enganadora. A economia real nos EUA, no Japão e na União Europeia vai continuar a afundar-se em proporções no momento imprevisíveis. Os despedimentos maciços em dezenas de gigantescas transnacionais, os apelos angustiados dos grandes da indústria automóvel e aeronáutica à ajuda estatal e o encerramento de milhares de empresas ligadas à construção e ao comércio funcionam como espelho da gravidade e complexidade de uma crise de muito longa duração.
BF: O senhor acredita que os Estados Unidos, como potência imperialista, saem derrotados dessa crise ou se fortalecem ainda mais?
MUR: Os Estados Unidos, pólo hegemônico do sistema do capital, saem enfraquecidos. Mas enquanto o atual sistema monetário subsistir, com o dólar como moeda de referência mundial, os custos da crise serão distribuídos. Os Estados Unidos são o país mais endividado do mundo (a dívida já iguala o PIB do país). Mas o privilégio de emitir a moeda em que é facturado o petróleo – o produto-chave no comércio internacional – tem adiado um desfecho de bancarrota. Um sistema midiático perverso e desinformador, dominado no fundamental por grandes transnacionais estadunidenses, ocultou, por exemplo, que grande parte do chamado "resgate" de 700 bilhões de dólares será pago por países da Ásia, nomeadamente a China e o Japão, principais compradores dos Títulos emitidos pelo Tesouro dos Estados Unidos. Somente a China possui cerca de 1.300 biliões de dólares em reservas e bónus do Tesouro. Se os trocassem por outras moedas, os EUA iriam à falência. Mas a China também, porque a sua economia depende muito das exportações para os Estados Unidos.
BF: Que avaliação o senhor faz das conseqüências desse cenário para a América Latina?
MUR: No momento, a maioria das previsões sobre as conseqüências da crise para a América Latina são no fundamental do domínio da especulação. Mas essas conseqüências serão certamente graves. Os Estados Unidos são o principal mercado para as exportações da América Latina, em alguns casos com mais de 50%. No plano político, a estratégia de Washington terá de ser revista. É previsível uma redução da agressividade contra a Venezuela bolivariana e contra o governo de Evo Morales (Bolívia). As manobras conspirativas persistirão, mas a nova administração utilizará outra linguagem.
BF: Em todo o mundo, temos a impressão de que a classe trabalhadora está apenas assistindo a crise. O senhor compartilha da idéia de que vivemos um perído de descenso do movimento de massa e essa crise veio num momento muito ruim para os trabalhadores?
MUR: É minha convicção de que, pelo contrário, as lutas sociais tendem a intensificar-se, sobretudo nos países da União Europeia e nos Estados Unidos, porque os trabalhadores vão pagar a factura maior da crise. O movimento de massas ganha amplitude na Europa. Por exemplo, no dia 8 de novembro, 120 mil professores (80% da categoria profissional) desfilaram em Lisboa, Portugal, protestando contra a política educacional do governo reacionário de Sócrates.
BF: Como em toda crise, há sempre saídas. As elites já estão tratando de encontrar suas saídas. Quais os rumos que a esquerda deve buscar?
MUR: A situação é dilemática porque todas as saídas são, na aparência, más. A única alternativa para o capitalismo senil, que ameaça conduzir a humanidade ao abismo, é o socialismo. Mas o capitalismo não vai acabar em data próxima, e o socialismo é, por ora, aspiração distante. As tentativas orientadas para a humanização do capitalismo (como é o caso de governos como o Lula, no Brasil; os Kirchner, na Argentina; Tabaré, no Uruguai) são perversas, por enganarem o povo com a cumplicidade de forças e partidos progressistas. Vão fracassar. Grandes sofrimentos – essa é outra certeza – esperam a humanidade no futuro próximo. Sofrimentos que serão diferentes de continente para continente, de país para país, como diferentes serão as características da luta dos povos contra o sistema que continuará a impor-lhes a sua dominação.
BF: Nesses períodos de crise, quem paga a conta são sempre os trabalhadores. Teremos novamente de pagar a conta? O senhor acredita ser possível unir os proletários do mundo e encontrar saídas ou as soluções tendem a ser isoladas?
MUR: A crise coloca os povos por ela atingidos, nomeadamente na Europa Ocidental, perante uma situação dilemática. A relação de forças, da Suécia à Itália, de Portugal à Grécia, não abre a possibilidade de que a crise atual desemboque em rupturas revolucionárias. Mas, simultaneamente, a transformação profunda das sociedades da União Européia, moldadas e oprimidas pelo capitalismo, não é possível pela via institucional, dita pacífica. A burguesia nunca entrega o poder sem uma confrontação final com as forças do progresso. Sejamos realistas. No caso português, fora do contexto de uma crise de proporções continentais, os partidos que representam o capital continuarão a vencer todas as eleições. A alternância no governo do PS e do PSD ilustra bem o controle que a classe dominante exerce sobre os mecanismos eleitorais da impropriamente chamada democracia representativa, que na prática funciona como ditadura da burguesia com máscara democrática. A crise do sistema financeiro mundial adquiriu as proporções de uma crise de civilização que atinge toda a humanidade. O seu desfecho é por ora imprevisível. A única certeza é a de que milhares de milhões de pessoas vão pagar a factura da falência do capitalismo neoliberal e da ideologia a ele subjacente, enquanto os responsáveis pela crise pouco ou em nada serão afetados, no imediato, pelo naufrágio da monstruosa engrenagem por eles montada.
BF: Em momentos como estes, o que fazer?
MUR: Lutar, lutar com energia redobrada. Não são apenas a falência do sistema financeiro mundial, a recessão que alastra nos países do G-7, o encerramento de milhares de empresas em dezenas de países, que iluminam a gravidade e a fragilidade da crise estrutural do capitalismo. O sistema do capital dispõe de uma força enorme. Mas não pode mais funcionar de acordo com a sua lógica. Os EUA, pólo e motor do sistema, estão envolvidos em duas guerras perdidas no Oriente Médio e na Ásia Central. Na América Latina, desenvolvem-se processos de ruptura com a dominação imperial. Na Europa, anunciam-se num horizonte próximo grandes lutas inseparáveis das conseqüências da crise, que vai lançar milhões de trabalhadores no desemprego. No movimento da História, a maré da contestação ao sistema tende a subir. Da luta dos povos, da fusão do particular e do geral, do nacional e do universal, depende que essas lutas adquiram um carácter torrencial, assumindo com o tempo dimensão planetária numa atmosfera de internacionalismo dinamizado pelas organizações e partidos revolucionários.
BF: Como jornalista, como o senhor tem acompanhado a cobertura da "mídia" sobre a crise?
MUR: O sistema midiático apresenta uma frente única na difusão da mentira, nas explicações falsas da crise e nos remédios propostos para resolvê-la, todos orientados para a preservação do capitalismo. No discurso de sociólogos, economistas, historiadores, ministros e parlamentares chamados à televisão para esclarecer a "massa ignorante" da população, o povo não aparece como personagem. Está ausente. Os porta-vozes e epígonos caseiros do grande capital, cúmplices do caos financeiro e social que alastra pelo mundo, desprezam os trabalhadores. O panorama social da crise não é iluminado pela "mídia", porque isso seria perigoso para os senhores da finança.
BF: Nos Estados Unidos, Obama acaba de ganhar as eleições presidenciais. Como o senhor analisa essa vitória e o que pode mudar com o novo presidente?
MUR: É positivo que o povo estadunidense tenha optado por Obama, um presidente negro, com um discurso muito diferente do de seu adversário republicano. Mas não participo da euforia gerada em nível mundial pela vitória de Barack Obama. É um grande orador e um político hábil e inteligente. Mas aparece-me também como o produto de uma gigantesca e milionária campanha de marketing eleitoral. Não esqueçamos que Obama foi o candidato da Finança, dos grandes grupos transnacionais. As suas primeiras iniciativas não justificam o entusiasmo que por aí vai. Para chefe de gabinete na Casa Branca, designou já um falcão, sionista, ex-voluntário na guerra do Golfo, um belicista inflamado. Obama afirma pretender "ganhar" a guerra do Afeganistão, defende uma política agressiva contra o Irã, afirma que manterá o bloqueio a Cuba. O vice Joe Binden antecipou uma evidência ao afirmar que as primeiras medidas do futuro presidente serão "muito impopulares". Alguns dos assessores são republicanos de direita e clintonianos conservadores. A designação de Madeleine Albright como sua representante na Conferência dos 20 (G-20) é inquietante. Temo que Obama seja uma grande decepção para a humanidade progressista.
"O Mundo está escravo e refém do império financeiro dos EUA..." De futuro, iremos ter um "chip electrónico identificativo" implantado no corpo, para sermos controlados à distância, pelos imperadores do MUNDO!!!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A FOME ESTÁ A CRESCER TODOS DIAS EM PORTUGAL


Todos os dias aparecem novos pobres a pedir comida ao Banco Alimentar, neste País que se diz "Democrático e Socialista Moderno"...
Esquerda moderna, ou direita antiga?
O Banco Alimentar Contra a Fome é uma coisa que existe, mas não deveria existir. Porque a existência de gente com fome, em pleno século XXI, num país europeu que arrota novos aeroportos e TêGêVês, não falande de auto-estradas; e que se permite conceder a um cidadão com várias e copiosas fontes de rendimento, perfeitamente válido e apto para o trabalho, uma reforma de 3.600 contos, por apenas 18 meses como gestor numa empresa do Estado, ou ordenados e futuras reformas de luxo ao governador do seu Banco Central, é algo que a moral recusa, a inteligência não entende e a decência condena.
E não deveria existir, principalmente, porque o Senhor Primeiro-Ministro, se diz socialista e de esquerda.
Mas a verdade é que vivemos num país onde 500 famílias detém a maior fatia da riqueza nacional e os bancos acumulam lucros a um ritmo nunca visto; e nos prejuízos destes, o Estado dá garantias de milhares de milhões, para continuar a engordar as suas fortunas incalculáveis...
Os pobres descem aos patamares da miséria e os remediados passam a novos pobres. A grande maioria da população, nos últimos 12 anos – mas com maior intensidade nos últimos 2 anos correspondentes ao Consulado de Sócrates. Todos os dias empobrece e percebe que o futuro vai ser cada vez pior. Na realidade, nada disto me parece compatível com democracia, socialismo e esquerda, leve ela as etiquetas que o «engenheiro» lhe quiser pôr. Já que falei no Banco Alimentar Contra a Fome (cuja simples existência é, por si só, a prova da falência das políticas e da ganãncia dos banqueiros, em curso nas chamadas democracias dominadas pelo capital financeiro), soube, há dias, que a crise é de tal ordem que «há médicos e professores a pedirem ajuda para dar de comer aos filhos».
«O novos pobres»
A notícia saiu no insuspeito Expresso, num excelente trabalho de Raquel Moleiro e Isabel Vicente, e transcreve declarações de Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, que denuncia a existência dos chamados «novos pobres», saídos de uma classe média sobre-endividada. Deixem-me ler parte do texto:
«Manuela, 33 anos, hesitou antes de escrever aquele “e-mail” para o Banco Alimentar Contra a Fome. E mesmo enquanto o redigia, não tinha ainda a certeza de, no fim, ter coragem de carregar no botão de enviar.
Ela, bacharel em Relações Internacionais, quadro de um ministério, casada com um professor de educação física, ex-atleta olímpico. Mãe de uma bebé com cinco meses, tinha agora de pedir ajuda para alimentar a família. O marido que ficou sem emprego, um salário de 2000€ que desapareceu no mês em que festejaram a gravidez, a renda da casa que foi falhando vezes de mais, o cartão de crédito gasto até ao limite, o apartamento trocado por um quarto, e nem assim a comida chegava à mesa. "No dia em que enviei o e-mail faltavam três semanas para receber. e só tinha 80€", explica. "Havia para a bebé, mas nós íamos passar fome".
O caso tem um mês. Ana Vara, assistente social do BACF, ligou a Manuela mal leu o pedido. E disse-lhe o que tanto tem repetido ultimamente: “Não tenha vergonha, não é a única”. “Nos últimos quatro meses, mais que duplicaram os pedidos directos ao banco alimentar. E há cada vez mais casos de classe média”, garante Isabel Jonet. A directora do BACF chama-lhes "os novos pobres": empregados, instruídos, socialmente integrados, mas, ainda assim, vítimas da pobreza e até da fome. Nos últimos três meses, chegaram ao banco alimentar de Alcântara 250 casos, 30% dos quais se enquadram nesta nova categoria. E em todos há pontos transversais: mais mulheres, muitas mães, desemprego inesperado, rupturas familiares, e sempre sobre-endividamento.(...) As famílias tradicionalmente carenciadas aparecem no banco alimentar, pedem olhos nos olhos.
Os novos pobres gritam por ajuda, envergonhadamente, através do correio electrónico.
O Presidente da República disse nos meios de comunicação estar admirado, por ter todos os dias, muitos pedidos de ajuda de pessoas da classe média para colmatar a fome!...
Como Luciana, médica, cujo desemprego súbito do marido fez ruir a estrutura económica do lar de nove filhos Sem ele saber, sem o magoar de vergonha, pediu apoio alimentar para um casa onde nunca tinha faltado nada».
Por este breve excerto da reportagem do Expresso, podemos ver o que por aí vai.
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Europa anuncia ajudas aos Estados membros, de 200 mil milhões de euros.(...)

Berardo perde 700 milhões com descida da bolsa



“Só perco quando vender e só ganho quando vender.” É esta a resposta que Joe Berardo à pergunta sobre a derrocada dos seus investimento na bolsa.A crise financeira mundial não escolhe vítimas e nestes momentos quem mais investiu é quem mais perde, se vender. De acordo com os cálculos feitos pelo “Diário Económico”, desde o início do ano, Berardo já acumula uma menos-valia potencial de mais de 697,9 milhões de euros só com a queda das acções que detém do Millenniumbcp, Zon e Sonae SGPS. Estes cálculos não têm em consideração o preço médio a que estas acções foram compradas.Só no Millenniumbcp, onde o empresário controla 6,18% do capital, o potencial de perda atinge cerca de 534,6 milhões – entre 1 de Janeiro e o fecho de ontem as acções do maior banco privado português desvalorizaram 70,1%. Na Zon, a soma das posições da Fundação José Berardo e Metalgest (5,63% no total), acresce mais 96 milhões ao potencial de menos-valias da carteira de títulos do empresário, uma vez que os títulos da dona da TV Cabo caíram 59,5% em onze meses. Valores a que se somam os 67 milhões pelas perdas dos 2,49% que controla na Sonae SGPS – a desvalorização do grupo de Belmiro de Azevedo atingiu os 75,5% até ontem.
O montante de perdas potenciais não deve ficar por aqui se tivermos em conta os investimentos de Berardo em participações não qualificadas que o empresário não é obrigado a revelar ao mercado. O próprio Berardo reforça essa ideia: “eu não sou público. Não sou obrigado a dar essas informações.”

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Fortis estima corte de 75 pontos base na taxa de juro do BCE


O banco Fortis diz que o Banco Central Europeu vai cortar a taxa de juro de referência na Zona Euro em 75 pontos base na próxima reunião para impedir uma maior deterioração da economia.O banco holandês tinha avançado anteriormente com uma estimativa de descida de 50 pontos base.“Pensamos que a evidência de que a economia vai contrair acentuadamente no quarto trimestre assim como a perspectiva de que a inflação vai ser vincadamente mais baixa tornam mais provável uma actuação mais agressiva”, escreve Nick Kounis, numa nota aos investidores divulgada hoje. A economia da Zona Euro entrou em recessão no terceiro trimestre deste ano, pela primeira vez em 15 anos, depois da crise financeira global ter aumentado os custos do crédito e reduzido a procura de exportações europeias.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Alertas de perigo...


A instabilidade financeira e a perspectiva de uma grave crise económica parece ter reacendido violentamente entre nós uma fúria de auto-destruição do país e das instituições. Presidência da República, Banco de Portugal, Autoridade da Concorrência, Educação, Universidades... Juntam-se agora aos habituais alvos que têm sido a justiça e o sistema de saúde. Não temos razões de queixa? Claro que temos. Mas entre a destruição e a crítica vai uma longa distância.
Nas últimas semanas multiplicaram-se as análises que em geral se rematam como "isto só em Portugal". Como se os regimes democráticos de economia mais ou menos liberal não partilhassem defeitos, tal como nos oferecem inúmeras qualidades. Mesmo aquele que se pode considerar como o problema mais grave e ameaçador do regime, a justiça, tem estrangulamentos que partilha com países como a Itália. O discurso "as nossas instituições são as piores", os seus protagonistas são os piores, o país é todo do pior... Atingiu nos últimos tempos um nível de irracionalidade que só se compreende num quadro de confronto político irresponsável ou recorrendo a receitas explicativas como a "cultura de fado e falta de auto-estima". A irresponsabilidade política é a causa mais provável. Já que é impossível estarmos perante casos generalizados de ignorância.Olhemos para o "caso BPN". As fraudes detectadas no banco, a sua nacionalização e as ajudas ao sistema financeiro deveriam ter desencadeado nos representantes políticos dos portugueses as mais variadas actuações em defesa do interesse público. Por exemplo, é defender o interesse dos eleitores e contribuintes acompanhar de perto os encargos que o Estado vai ter na recuperação do banco. É defender o interesse público avaliar as responsabilidades da ex-administração e dos accionistas que fundamentem ou não um apoio político e até financeiro mais alargado a quem era dono do banco. Esta deveria ser a agenda da comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN. E não, como se adivinha, uma espécie de julgamento popular no Parlamento onde se escolhem alvos em função de tácticas partidárias. É ainda interesse público acompanhar a actuação do Governo no apoio às instituições financeiras. É uma ameaça ao interesse público insistir em culpar as instituições desfocando a atenção dos efectivos responsáveis. É uma ameaça ao interesse público usar relações pessoais para insinuar comportamentos menos éticos ou mesmo irregulares. A história financeira e empresarial é rica em exemplos de fraudes não detectadas pelas autoridades. Na banca tivemos o BCCI no Reino Unido, que análises mais recentes revelam ter actuado de forma fraudulenta desde a sua fundação. No início do século XXI tivemos os casos das contas falsificadas de empresas como a Enron e WorldCom nos Estados Unidos. Ninguém correu atrás dos polícias, tentaram pelo contrário fazer pagar quem fez as fraudes. Os próximos meses vão ser extremamente difíceis para a esmagadora maioria dos portugueses. O país pode enfrentar a pior crise de que tem memória, mais grave ainda que a pior de todas, que data de finais dos anos 70 com a primeira intervenção do Fundo Monetário Internacional. É de uma enorme irresponsabilidade política orientar o combate político e partidário para o ataque e fragilização das instituições. O país precisa de instituições fortes, capazes de contribuir para o combate à crise. Crise financeira, crise económica e instituições fracas são uma mistura explosiva. Ninguém, esperemos, deseja explosões.

Oliveira e Costa, Ex-administrador do BPN que foi detido financiou campanha de Cavaco



O antigo presidente do BPN agora detido, Oliveira e Costa, ajudou a financiar a campanha eleitoral do Presidente da República, doando 15 mil euros do seu bolso enquanto estava à frente do banco que agora foi nacionalizado.
O "24 Horas" apurou um total de 97 482 euros recebidos pela campanha de Cavaco, provenientes de personalidades com ligações ao BPN – o que representa 4,5% dos 2190 milhões de euros reunidos pelos responsáveis.
Segundo a lista de donativos à campanha de Cavaco Silva entregue pelos responsáveis da candidatura ao Tribunal Constitucional, José Oliveira e Costa doou em nome individual 15 mil euros para a campanha de Cavaco Silva, eleito no ano de 2006, escreve o 24 Horas.
Na lista de donativos em nome individual (a lei proíbe donativos por parte das pessoas colectivas) entregues à campanha de Cavaco encontram-se ainda várias personalidades ligadas ao banco recentemente nacionalizado, entre ex-administradores e accionistas de referência.
Entre os restantes nomes que apoiaram Cavaco Silva financeiramente estão os empresários Joaquim Coimbra, João Pereira Coutinho, Américo Amorim, Stanley Ho e o ex-presidente do BCP, Jardim Gonçalves e Paulo Teixeira Pinto.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Haverá dinheiro para publicidades no BCP?

BCP corta 5 milhões em publicidade e contrata Bárbara Guimarães
Bárbara Guimarães é o novo rosto publicitário do banco, com o qual vai também participar em acções de comunicação com "stakeholders". A apresentadora chega ao banco numa altura em que o BCP vai reduzir o seu orçamento publicitário em 20%.

Penso que o banco ainda se vai afundar mais.
O zé povinho sabe muito bem das famigeradas do BCP... E prova-se que a credibilidade está a desaparecer já há muito tempo no BCP...
As burlas e trafulhices são elevadas no banco...
Há milhares de pessoas desgraçadas pelo banco...

Comentário:
Jardim Gonçalves...
Fez as trafulhices das offshores e ainda há-de acabar a pedir uma indemnização ao Estado... E ganha-a... A CMVM multou o BCP pelas trafulhices do seu anterior Presidente, que devia ter sido ele a pagar!...
Mas não foi o Banco (ou há-de ser!... Porque recorreram!...) e logo lixam-se os accionistas... Mas se o outro fez vigarices; estes não fazem nada... Estão criando as condições para o PS comprar o Banco quando estiver a 1 cêntimo por acção... Armando Vara, como Vice-Presidente já está lá... Veio da CGD para o BCP porque aqui ganha muito mais e fica já na calha para Presidente quando o PS comprar o BCP... Perdão, não queria dizer PS, mas sim o Estado... Será que esta aquisição tem algo a ver com o facto de Vara e "Manuel Maria Sarilho" serem amigos? Depois digam que não há coincidências... Não basta sê-lo... É preciso sê-lo...

Afinal ainda á muita nota para deitar para o lixo!...Que tristeza de marketing...
Confiança no Bcp??????? Mas isto é para os apanhados ou alguma anedota???? Que confiança pode se ter num banco que trocou os resultados trimestrais do mesmo???? Ou já esqueceram dos 12 milhões???? E por aí fora de empréstimo a familiares e amigos????????? Como queijo mas também o efeito do mesmo na dá para esquecer coisas bem recentes... Neste banco nem 1 cêntimo eu lá colocava...Não me transmite confiança alguma, a mim e a milhares de portugueses... E se não acreditam no que digo, vejam o preço que vale cada acção neste momento....Este mesmo preço é a confiança que os investidores tem neste banquinho da treta...
Fernando Ulrich afirmou que tudo o que se passou no BCP "é abaixo de tudo"...

OCDE prevê regresso em força do desemprego


O desemprego em Portugal poderá atingir valores em torno de 8,8% em 2010, estima a OCDE, que chama particular atenção aos Governos europeus e norte-americano para o flagelo social que será gerado pela actual crise económica e financeira.Segundo as novas previsões, a taxa de desemprego portuguesa passará de 7,6% neste ano para 8,5% no próximo, antes de atingir 8,8% no virar da década. Estes são os números mais pessimistas até agora divulgados relativamente à evolução do mercado de trabalho português. A Comissão Europeia espera que a taxa de desemprego se situe em 7,9% no próximo ano; o FMI aponta para 7,8%; já o Governo espera uma estabilização em 7,6%. Esta tendência será comum em todas as economias, com a OCDE a calcular que esta crise gere oito milhões de novos desempregados no conjunto dos países desenvolvidos.Na Zona Euro, a taxa de desemprego deverá progressivamente agravar-se de 7,4% para 8,6% e 9% (destaque para Espanha, que em 2010 terá 14,8% da população activa no desemprego). Nos Estados Unidos, o desemprego passará de 5,7% neste ano, para 7,3% no próximo e 7,5% no ano seguinte.
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Comentário:
Culpa do sistema financeiro...
Os ex. administradores bancários, accionistas e outros, deveriam repor os lucros chorudos que obtiveram durante estes últimos anos!!! Assim voltaríamos a ter normalidade no sistema financeiro...
Os bancos portugueses deram cerca de 10 milhões de euros de lucros por dia, durante estes últimos anos, agora que paguem os prejuízos... Temos o exemplo do BCP...
Penso que não deveria ser o Governo a dar "avalos" de milhares de milhões de euros aos bancos...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

EXISTEM EM PORTUGAL NOVOS MILHARES DE POBRES...


Todos os dias nascem novos pobres, que vão ao banco alimentar pedir ajuda, pois o que ganham é precisamente para pagar os créditos aos bancos!
Neste momento estão com vergonha e passam fome.(...)
Milhares de famílias pedem conselho à Deco porque estão afogadas em dívidas à banca (exemplo BCP) e burladas por publicidades enganosas, em que muitas delas, foram à margem da lei. São pessoas que ainda têm vontade e esperança de cumprir os seus compromissos. Mas há milhares que já não pagam o que devem e outras que já só vivem para a prestação da casa. Com o aumento sustentado dos juros ultimamente, uma crise muito séria, que irá continuar a galope, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. Daí que os manda-chuvas dos Millennium BCP, BES, CGD, etc, se permitiram andar muitos meses numa pedinchice ao Governo; dizendo que os problemas da solvência é devido à crise economica!.. Ninguém se rala porque, num país em que os bancos são donos e senhores de quase tudo, esse dinheirinho do "avalo do Estado", acabará por continuar a ir parar às mãos dos altos gestores. Indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais . Temos o exemplo da campanha do Prof. Dr. Cavaco Silva, em que Jardim Gonçalves, foi o principal patrocinador da campanha para Presidente da República! Aliás este Sr: Jardim Gonçalves, teria de ter sido arguído e estar a prestar contas à Justiça, como está a ser o ex-Secretário de Estado Oliveira e Costa do antigo Governo do Prof. Cavaco Silva...

BCE pode levar juros a zero para forçar maior queda da Euribor


As Euribor continuam a cair. Completaram sexta-feira a 31ª sessão consecutiva de quedas, naquele que é já o maior ciclo de sempre de descidas nas taxas interbancárias da Zona Euro. Mas, apesar das descidas, mantêm-se substancialmente elevadas, quando comparadas com a taxa directora do Banco Central Europeu (BCE). Uma situação que, de acordo com o Citigroup, pode obrigar a autoridade monetária a reduzir o preço do dinheiro até zero, já no próximo ano, para forçar a queda dos juros nos mercados."Apesar das quedas observadas recentemente, o actual diferencial [das Euribor face à taxa do BCE, de 3,25%] continua a ser extraordinariamente elevado [mais de 80 pontos base]", salienta o Citigroup, no estudo a que o Negócios teve acesso. Acrescenta que, "sem uma redução substancial desse diferencial, há o risco do BCE poder ter que cortar a taxa até aos zero (ou próximo de zero, como na Suíça)". O banco central helvético efectuou na semana passada um corte agressivo nos juros, reduzindo a taxa em 100 pontos base. Para combater aos efeitos da crise na economia os bancos centrais está a cortar os juros de forma acentuada, sendo o especialistas antecipam já a prática de juros zero em algumas das maiores economias, como no Estados Unidos e Reino Unido. Uma prática que, de acordo com o Citigroup, poderá ser seguida também pelo BCE.Na Zona Euro, a taxa directora também reduziu em 100 pontos base, no conjunto das duas intervenções que o BCE fez, no espaço de apenas um mês. A taxa de juro caiu para 3,25%, dos anteriores 4,25%, mas o BCE, através do seu presidente, Jean-Claude Trichet, deixou em aberto a possibilidade de voltar a reduzir o preço do dinheiro já na reunião de Dezembro, que se realiza na próxima semana. "Já dissemos que podemos cortar a taxa de juro", reiterou Trichet na sexta-feira. "Dissemos na última conferência de imprensa que não estava excluído continuar a reduzir a taxa de juro", acrescentou o presidente da autoridade monetária da Zona Euro. A média das estimativas dos economistas consultados pela Bloomberg aponta para uma redução de 75 pontos base, para 2,5%, já em Dezembro. "Depois de um provável corte de 75 ou 100 pontos base em Dezembro, esperamos mais cortes por parte do BCE no primeiro semestre de 2008", refere o Citigroup, que agora prevê que a taxa desça até 1%. "Agora prevemos que a taxa recue até 1%, em meados de 2009, uma revisão em baixa da nossa estimativa de 2%".Os cortes já efectuados e as perspectivas de novas reduções dos juros têm contribuído para a forte correcção das Euribor. Estas taxas interbancárias, ou seja, as taxas de juro cobradas pelos bancos nos empréstimos que concedem entre si, está já substancialmente abaixo dos recordes fixados no início de Outubro. Desde então, encetaram um ciclo de queda que se mantém e que, segundo as previsões, deverá persistir. As Euribor a três e seis meses estão agora nos 4,021% e 4,065%, respectivamente. A taxa a seis meses, a mais utilizada nos contratos de crédito à habitação, em Portugal, está já a ser negociada entre os bancos a 2,6%, para Maio. Ou seja, no espaço de apenas seis meses (face ao recorde atingido em Outubro, de 5,448%) a Euribor cairá para metade, ou até mais. Boas notícias para quem tem que pagar a prestação da casa ao banco. Os novos empréstimos contraídos este mês pagarão uma prestação que representa uma quebra de 50 euros. Já num crédito com revisão este mês, a descida da prestação supera os 30 euros face ao valor fixado em Maio.

sábado, 22 de novembro de 2008

BCP pode chegar aos 5 mil milhões nas garantias do Estado...



Depois do BCP enganar os accionistas e clientes, durante vários anos , por terem feito uma gestão danosa (foram obrigados a abandonar a administração) e nada lhes aconteceu! Problema mais grave e gigante do que no BPN! Milhares de milhões de prejuízos e milhares de pessoas destronadas!... Porquê???
E agora ainda conseguem enganar o Estado com estes CINCO MIL MILHÕES???!!! Eu quero felicitar todos estes homens sérios, em que portugal tem sido brindado todos estes anos... Parabéns aos Oliveiras e Costas, Vales e Azevedos, Jardins Gonçalves, Fátimas Felgueiras...etc,etc, peço desculpa mas a lista é tão longa que podia ficar aqui a escrever durante uma semana. A mim já nada me surpreende neste Portugal...
Existe muita liquidez, diz Santos Ferreira. Então pedir dinheiro para quê???? É corrente que o Governo está a dizer "PROPAGANDA" que as PMEs vão poder ir buscar dinheiro. Mas parece que vai acontecer; é a "Montanha parir um Rato", porque os Bancos vão cortar severamente nos financiamentos. Bem Senhores a nossa economia é quase 90% das Pequenas e Médias empresas. O País por estes "rumores" vai DESMORONAR-SE. Sócrates vai ser o COVEIRO e Teixeira dos Santos o apoiante de recorrer à garantia do Estado... Mas é porreiro ver que apesar do descalabro total e da perda de mais 4 vezes do seu valor desde que tomou posse como responsável pelos destinos do BCP, o Dr. Santos Ferreira continua tranquilo e confortável... Mas pelos vistos não quer que pensem que estão em dificuldades, pois os milhões caem do Céu com "abalo do Governo"...
... Porque só passado um mês, se soube e foi preciso ser a comunicação social a levantar o véu? Não me parece que a transparência seja exactamente isto... Sendo uma informação relevante para o mercado, havendo decisões tomadas (como o Sr. diz) e os "retail investors" ficam a vê-las passar, enquanto o BPI (que já sabia da história e até não vai usar a sua garantia este ano) safa o seu e ajudou a afundar um "bocadinho" mais este BCP que até sem gestão teria um comportamento melhor (aliás; afirmou que tudo o que se passou no BCP, é ABAIXO DE TUDO!...) E, para variar, a CMVM tranquila e confortável (e agora com a sonolência pegada pelo BdP) nada faz... Tudo vai bem, num mercado com entidades supervisoras e reguladoras que facilitam a vida a quem aposta da desgraça das empresas e assistem impávidas e serenas à destruição global até as cotações chegarem aos cêntimos! Brilhante!...


No dia 28/10/2008:
Numa conferência de imprensa o CEO do BCP assegurou que o banco tem "financiamento suficiente para todas as necessidades de 2009". Segundo o mesmo responsável do BCP as necessidades de financiamento totalizam 4,7 mil milhões de euros.
Dia 21/11/2008: o CEO do BCP afirma que o pedido para a garantia do Estado é um "valor ainda em aberto, mas nunca será inferior a 5 milhões" se o critério for o do crédito interno concedido.
Como se verifica uma coincidência entre os dois valores indicados, das duas uma... No momento em que este artigo foi divulgado, pouco se falava de crise!!!
Os problemas do banco continuam e neste momento são mais graves (cotação da acção a 0.68 cent, o Governo tudo faz para o cidadão esquecer o "hidiondo problema bancário Português", injectando milhares de milhões de euros do bolso dos contribuintes neste banco, uma situação muito pior que a do BPN...) e sem resolver o problema da desgraça dos lesados, em que prometeram resolver pela tal "Convenção de Mediação"(...)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Pedido de garantias do BCP "nunca será inferior a mil milhões"


O presidente do BCP confirmou que o banco já fez o pedido para a garantia do Estado, avançando que "o valor ainda está em aberto, mas nunca será inferior a mil milhões" de euros.
Porque razão necessita o BCP de um aval do governo de tantos milhões. A razão é simples; para receberem chorudas comissões os administradores dos Bancos fazem gestão de curto prazo, considerando o aumento patrimonial dos seus activos como parte do lucro. Como os valores quer do mercado de acções quer dos restantes activos caiu a pique agora têm resultados negativos. Acontece que a sua visão do capitalismo está distorcida por os negócios são feitos de lucros de de prejuízos. Os Banqueiros e os Accionistas têm que ser obrigados a participar nos prejuízos como participaram nos lucros.

Terrorismo do BCE:
Os argumentos do BCE para justificar as altas taxas de juro que tem vindo a praticar têm sido no minimo irresponsáveis e de terrorismo económico. Primeiro não perceberam que a inflação não se devia a fenómenos económicos ligados ao consumo mas sim à especulação do preço do petróleo. Agora estão à espera de destruir completamente as empresas para depois baixar as taxas de juros. A manter por mais algum tempo as taxas aos níveis que estão o tecido económico vai-se deteorar irreversívelmente. A taxa de juro na Europa já devia estar desde o inicio do ano de 2008 nos 2% e próxima de 1% nesta altura. Quanto aos preços no imobiliário ou o crédito desenfreado ao consumo a solução passa por uma sociedade fortemente regulada que impeça a irresponsabilidade das entidades de financiamento que numa atitude ganaciosa e de curto prazo se deixam conduzir por gestores com poucos escrúpulos. Quanto às crises, não concordo que elas são inevitáveis acho é que temos de agir correcta e conscientemente no tempo certo...

BCP volta a tocar em mínimos históricos... Milhares de famílias desesperadas...


O Banco Comercial Português lidera as perdas, entre os três maiores bancos da Euronext Lisbon. A capitalização bolsista do banco desceu 9,041 mil milhões de euros, este ano, com as acções a acumularem uma desvalorização de 73,3%, face à cotação de 31 de Dezembro (2,627 euros).
Na sessão de hoje, os títulos seguem a cair 0,57% para 0,701 euros depois de terem tocado no nível mais baixo de sempre, nos 0,685 euros.
Os principais motivos das desvalorizações são principalmente a forte descapitalização das famílias, não tendo dinheiro para consumirem... A maioria das famílias Portuguesas encontram-se neste momento super-endividadas com muitos créditos por pagar e o Governo parece não ter formas de resolver este astronómico problema... Se não consomem, as empresas não vendem, assim originam-se falências e desemprego...Praticamente todos os sectores têm sido penalizadas pelo abrandamento económico e financeiro, com os fabricantes a recorreram ao cortes de postos de trabalho como um meio para cortar custos e enfrentar a quebra das vendas a nível global.(...)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Acções americanas afundam para mínimos de 11 anos



As acções norte-americanas voltaram hoje a registar fortes quedas, com o índice S&P500 a ceder mais de 6% e a fechar no nível mais baixo desde Abril de 1997. As perdas intensificaram-se no final da sessão, devido aos receios de uma recessão prolongada, com a banca e o sector automóvel no centro das preocupações. O S&P 500 caiu 6,71% para 752,44 pontos, o valor de fecho mais baixo desde Abril de 1997, abaixo do mínimo atingido durante o “bear market” de 2002. Desde o início do ano este índice perde já 47%, o que representa o pior registo anual nos 80 anos de história deste índice. O Dow Jones cedeu 5,56% para 7.552,29 pontos e o Nasdaq caiu 5,07% para 1.316,12 pontos. Estas perdas reflectem os receios dos investidores de que a economia americana enfrenta uma forte e prolongada recessão, pois os dados hoje divulgados sinalizam isso mesmo. Os pedidos de subsidio de desemprego nos EUA aproximaram-se do valor mais elevado desde 1982, o índice de indicadores económicos avançados nos EUA, que apontam o caminho da economia para os três a seis meses seguintes, caiu mais que o esperado e o índice que mede a evolução do sector industrial na região de Filadélfia caiu ao ritmo mais forte em 18 anos. Apesar de terem chegado a um acordo para implementar um plano de ajudas ao sector automóvel, o Congresso norte-americano só deverá aprovar um programa em Dezembro, o que acentuou o pessimismo dos investidores, pois o colapso do sector irá afectar ainda mais a economia americana. O sector da banca foi o mais castigado, devido aos receios de mais falências no sector e amortizações de activos de maior dimensão do que as já realizadas. Depois de ontem ter afundado mais de 25%, o Citigroup caiu hoje mais 26%. O JPMorgan afundou 18% e o Goldman Sachs caiu para o valor mais baixo desde que está cotado em bolsa.A General Electric deslizou 11% e a produtora de alumínio Alcoa caiu mais de 15%...

O mercado accionista português está hoje em forte queda, repetindo a tendência dos últimos meses...



A bolsa nacional acentuou a tendência de queda com 19 dos 20 títulos a negociarem em terreno negativo. Entre as cotadas que mais penalizam a sessão estão as do sector energético e a Portugal Telecom . O PSI-20 cai 3,73% acompanhando a tendência das principais praças europeias. O principal índice nacional negoceia nos 6.038,31 pontos com apenas um título em alta e os restantes em queda. Na Europa, e um pouco por todo o mudo, as praças eram pressionadas por novos receios de que a recessão em que as economias estão a entrar prejudique os lucros das empresas. O mercado accionista português está hoje em forte queda sendo que 17 das cotadas perdem mais de 2%, num dia em que o PSI-20 regista já quatro títulos em mínimos de, pelo menos, 52 semanas. (...)
A contribuir para a forte queda do mercado português está a banca. O Banco Comercial Português (BCP) está a negociar nos 0,715 euros, ao cair 4,41%, depois de já ter tocado nos 0,712 euros, o valor mais baixo de sempre. Em mínimos está também o Banco Espírito Santo (BES) que segue a desvalorizar 4,21% para os 6,276 euros, depois de ter negociado no valor mais baixo desde 1997 ao cotar nos 6,25 euros. O BPI cai 3,14% para os 1,481 euros.
Entre os títulos que mais penalizam a sessão está também o sector energético com a Energias de Portugal (EDP) a desvalorizar 4,36% para os 2,588 euros e a Galp Energia cai mais de 5% para os 7,555 euros...
Obs...
Millennium Bcp nos mínimos de sempre...

UBS corta mais de mil milhões às estimativas de resultados do BCP...


UBS corta mais de mil milhões às estimativas de resultados do BCP, BES e BPIO UBS não deixa margem para dúvidas: "2009 vai ser um ano terrível para os lucros da banca". A perspectiva do banco de investimento suíço foi expressa, ontem, numa nota de "research" em que actualizou as perspectivas de resultados para o sector financeiro europeu e reviu em baixa as estimativas dos três maiores bancos cotados nacionais. A revisão eliminou mais de 1.000 milhões às estimativas de lucros do BCP, BES e BPI, para 2009 e 2010.
A confirmarem-se as previsões do UBS, os resultados líquidos das três instituições, este ano, deverão ficar-se pelos 971,5 milhões de euros, o que representa uma quebra de 36,3% face aos 1.525 milhões registados em 2007. As novas estimativas colocam o BES novamente à frente do BCP, nos lucros, com 425 milhões de euros, uma quebra de 30%, sendo o BPI aquele que registará a maior diminuição, em cerca de 52%.A diminuição dos lucros do banco liderado por Fernando Ulrich é menor do que o previsto anteriormente pelo UBS. O BPI foi mesmo o único, entre bancos nacionais, para quem as estimativas de resultados líquidos deste ano foram melhoradas, considerando o encaixe com a venda de 49% do Banco Fomento de Angola. No global, as previsões de lucros para 2008 foram revistas negativamente em 202 milhões de euros. Os resultados de 2009 foram “corrigidos” em 417 milhões. No total, e considerando ainda a redução de 549 milhões nas previsões de lucros do UBS para os resultados líquidos conjuntos do BCP, BES e BPI em 2010, o banco de investimento eliminou 1.168 milhões de euros às estimativas para os maiores bancos cotados de Portugal. O Banif também sofreu uma forte redução nas projecções de resultados, o que levou o UBS a cortar a avaliação das acções para 2,10 euros, de 3,40 euros. Preço-alvo do BES reduzido em 40%. Os “targets” do BCP e BPI mantiveram-se, isto porque já tinham sido ajustados após os resultados dos primeiros nove meses. Já o preço-alvo do BES desceu 40,7% para 7,30 euros e a recomendação cai de “comprar” para “neutral”. “Continuamos a recomendar vender BCP”, refere o UBS, na nota de investimento revelada ontem, salientando que as acções do banco liderado por Carlos Santos Ferreira, que já perdeu mais de 70% do valor em 2008, continua “a negociar a prémio face ao sector europeu
”.(...)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Trichet acredita esta é a pior crise financeira desde a Segunda Guerra Mundial


O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, afirmou que estamos a viver a prior crise financeira desde a Segunda Guerra Mundial uma vez que esta está a “atingir o coração” das finanças dos países desenvolvidos.“Eu vi muitas crises difíceis. É a primeira vez que o coração das finanças dos países industrializados está em jogo, em muita turbulência e num episódio muito difícil”, referiu Trichet numa entrevista à Sky News, acrescentando que esta situação “é nova e é a primeira desde a Segunda Guerra Mundial.”Quando questionado sobre o cenário económico fora da Zona Euro, o presidente da autoridade monetária referiu que “todos juntos temos um sistema global que tem muitos defeitos.”Neste sentido defende que a actual crise pode ser resolvida através da cooperação global uma vez que “apenas com esforços conjuntos das autoridades” é possível solucionar os problemas que estamos a viver.Na semana passada foi conhecido que a economia da Zona Euro entrou em recessão, pela primeira vez desde a criação da moeda única em 1999.No entanto, o euro está a aguentar-se melhor que a libra, que já perdeu 15% contra a divisa única nos últimos seis meses, o que levou a que se voltasse a falar na hipótese do Reino Unido entrar para a Zona Euro.Quando questionado sobre o assunto, Trichet afirmou que “é um assunto para os britânicos, mas o Reino Unido será bem vindo a qualquer momento.”Trichet volta a falar em corte de juros.
Já hoje foi avançado que o responsável da autoridade monetária referiu que os membros do banco central voltarão a cortar a taxa de juro de referência caso seja necessário.“Nós temos de ser totalmente pragmáticos e ficar junto aos factos” afirmou Trichet quando questionado pelos jornalistas, depois de ter discursado da casa de Chatham em Londres, segundo a Bloomberg.“Nós dissemos na última conferência de imprensa que não estava excluído continuar a baixar a taxa de juro”, acrescentou o responsável da autoridade monetária da Zona Euro.(...)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A realidade da banca que leva às falhas da supervisão



As notórias falhas do regulador no caso do BPN demonstram apenas e só que a fraude e a sua detecção está como o doping e o seu controlo: o crime anda a uma velocidade supersónica, e a sua punição, a passo. No caso concreto do Banco de Portugal, os inúmeros exemplos com que o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, foi confrontado na Comissão Parlamentar pela oposição (neste caso apenas nos pequenos partidos, CDS/PP, Bloco e PCP) revelam ainda o pior retrato da administração pública nacional: lenta a reagir, presa a excessos de burocracias, incapaz de travar as "espertezas" e os "esquemas" dos burlões. As falhas de controlo do Banco de Portugal no BPN, que surgem na sequência do caso BCP, são graves. A ideia que transmitem é que o supervisor vê tudo passar-se debaixo dos seus olhos sem se aperceber e quando dá conta demora tanto tempo a agir que obriga a que sejam tomadas decisões radicais. Mas o que está em causa não é o profissionalismo dos técnicos, que estão entre os melhores, nem seguramente o número de funcionários (1700 pessoas, das quais só 30 estão afectos às 320 instituições bancárias nacionais). O problema é que o Banco de Portugal não se modernizou nem se adaptou depois de ter perdido o controlo das políticas monetárias para o Banco Central Europeu e investe em algo ultrapassado descurando a supervisão. O actual governador, cuja saída neste momento seria uma má solução, está obrigado a reformular com urgência os métodos de trabalho e as prioridades do Banco de Portugal.

Deterioração económica deixa Europa no vermelho pelo segundo dia consecutivo e o BCP continua a caír com mínimos de sempre...



Os mercados europeus voltam hoje a ser penalizados pelo agravamento da situação económica mundial. A maioria das bolsas do Velho Continente negoceia no vermelho, incluindo a praça portuguesa que perde mais de 1% devido às quedas da Portugal Telecom e do Banco Comercial Português, que já renovou um novo mínimo histórico ao negociar nos 73 cêntimos.
O principal índice da bolsa nacional cai para os 6.387,44 pontos, com 17 títulos a descer e três a subir. A maioria dos mercados do Velho Continente negoceiam em terreno negativo, e recuam mais de 1%, seguindo o que já aconteceu na Ásia e ontem nos Estados Unidos, devido ao agravamento da situação económica. Um dos sectores mais penalizados continuam a ser o bancário. O índice europeu que reúne alguns títulos do sector bancário está a cair perto de 4%, com o BNP Paribas e o HSBC a caírem mais de 3%. Na bolsa nacional, os títulos da banca estão todos a negociar no vermelho. O Banco Comercial Português (BCP) renovou, pela segunda sessão consecutiva, o nível mais baixo de sempre, ao negociar nos 73 cêntimos por acção. O banco perde 1,69% para os 0,732 euros. O Banco BPI voltou a negociar no nível mais baixo desde Abril de 1997: 1,53 euros, estando a perder 0,65%. Os títulos do BES recuam 1,21% para os 6,915 euros e, fora do PSI-20, o Banif segue inalterado nos 1,25 euros.Em forte queda segue ainda a Portugal Telecom, que recua 3% para os 5,82 euros. No sector das telecomunicações, a Zon cai 0,71% para os 3,797 euros e a Sonaecom recua 1,23% para os 1,04 euros. (...)

"Financial Times" classifica Teixeira dos Santos como pior ministro das Finanças da UE


O ministro português Fernando Teixeira dos Santos, é considerado pelo jornal britânico "Financial Times" (FT) como o "pior ministro das Finanças da União Europeia" (UE). O fraco desempenho da economia nacional e o baixo perfil europeu justificam a escolha.A classificação do FT, que tem em conta indicadores económicos e a opinião de um painel de economistas, atribuiu a pior “performance” política ao ministro português (19 pontos). É este o principal factor a justificar a má nota. Teixeira dos Santos está também entre os governantes europeus com pior desempenho a nível macroeconómico. Pior no “ranking” do FT estão apenas os ministros das Finanças do Reino Unido, Alistair Darling, e de Espanha, Pedro Solbes.A melhor classificação atribuída ao ministro português é na estabilidade (11 pontos), o que perfaz uma classificação média de 16,4 pontos. A mais alta entre todos os países da UE e, por conseguinte, a pior nota.O “ranking” deste ano do FT é liderado pelo ministro da Finanças da Finlândia, Jyrki Katainen, com uma classificação média de 3,8 pontos. A estibilidade do sistema financeiro e o equilíbrio orçamental são os pontos fortes do governante finlandês.

Mercados financeiros vão continuar sob pressão durante os próximo meses


O secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, afirmou que os mercados vão continuar sob pressão, enquanto persistirem os receios de colapso de empresas do sector financeiro. Paulson e os dois conselheiros económicos de Barack Obama, Lawrence Summers e Robert Rubin, concordaram que são necessárias mais acções para estimular a economia norte-americana. "Os mercados vão continuar sob pressão durante alguns meses, porque o preço das casas continua a cair e esta situação já afectou outros sectores”, afirmou Paulson, no Conselho de CEO, organizado pelo “Wall Street Journal”, onde estiveram presentes Lawrence Summers e Robert Rubin, antigos secretários do Tesouro durante a administração Clinton. Robert Rubin, actualmente conselheiro do Citigroup, afirmou que a crise de confiança vai permanecer “durante um tempo razoável”, enquanto Summers, professor na Universidade de Harvard, apelou a um estímulo orçamental “rápido, substancial e sustentável” que permita estimular a economia durante os próximos dois a três anos. Os três responsáveis concordaram que são necessárias mais acções para estimular a economia norte-americana, numa altura, em que esta está à beira da recessão. “Ainda há muito para fazer”, afirmou Paulson. Administração Bush suspendeu o plano PaulsonAntes deste debate, Paulson e Ben Bernanke estiveram reunidos com Nacy Pelosi e outros líderes democratas para debater a forma como vão ser usados os fundos do plano Paulson e a melhor maneira de ajudar o sector automóvel. “Temos algumas questões sobre as alterações significativas que foram feitas à implementação do plano”, disse Pelosi antes da reunião. Paulson reiterou a decisão de abandonar o plano inicial, que visava a compra de activos tóxicos dos bancos afectados pela crise. Dos 700 mil milhões de dólares aprovados, a Administração Bush já usou 250 mil milhões para injectar em instituições financeiras.Entretanto, a administração Bush suspendeu o plano Paulson, afirmando que não vai pedir ao Congresso norte-americano o dinheiro que ainda está disponível.Paulson e Bernanke vão estar hoje presentes no Comité de Serviços Financeiros do Senado, para falar sobre a implementação do Plano Paulson. A audiência está marcada para as 9h30 (hora local).

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A saga da descida da cotação do BCP, continua a descer e há-de continuar...



BCP renova mínimo histórico nos 0.76 cent.
A bolsa nacional não escapou ao sentimento negativo dos mercados mundiais, penalizados pelo agravamento da situação económica. Ainda assim, o PSI-20 foi o índice europeu que menos caiu, ao perder 1,44%, apesar do Banco Comercial Português ter caído mais de 3% e atingido um novo mínimo histórico e do BPI ter negociado no nível mais baixo desde Abril de 1997.
O principal índice da bolsa nacional caiu para os 6.478,38 pontos, com quatro títulos a subir e 16 a descer. A bolsa nacional acompanhou o sentimento negativos dos restantes mercados europeus, num dia em que as bolsas voltaram a ser penalizadas pela situação económica. Depois da Zona Euro ter confirmado que entrou em recessão no terceiro trimestre do ano, hoje foi a vez do Japão anunciar que está em recessão, a primeira desde 2001. Na Europa, a banca foi um dos sectores mais penalizados, ao cair mais de 5,82%, devido às quedas do Santander, que perdeu mais de 9%, do HBOS e do BNP Paribas, que recuaram mais de 10%. Na bolsa nacional as maiores quedas também ocorreram no sector bancário. O Banco Comercial Português (BCP) voltou a renovar o seu mínimo histórico ao cair um máximo de 5% para os 0,76 euros. As acções do banco liderado por Carlos Santo Ferreira encerraram a perder 3,75% para os 0,77 euros. O Banco BPI negociou no nível mais baixo desde Abril de 1997: 1,54 euros, e encerrou a desvalorizar 1,78% para os 1,543 euros. O Banco Espírito Santo (BES) não contrariou esta tendência e perdeu 3,05 % para os 7 euros.
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Comentário:
Grande BCP, novo mínimo histórico! Feito notável. Não tarda muito e estará também na CGD. Parabéns a Jardim Gamanço, perdão, Gonçalves, parabéns à CMVM e ao Banco de Portugal, que fecharam os olhos durante muitos anos, parabéns a todos os gestores que sairam com brutais indemnizações e estão a receber ainda melhores reformas... Pagas pelo banco! Parabéns. Os meus pésames aos accionistas que foram enganados pelo BCP, na denominada "campanha acionista 2000", a estes que estão com as vidas arruinadas os meus votos de um amanhã melhor, e que não vos falte o pão na mesa e que tenham um Natal, igual ao do ano passado...

domingo, 16 de novembro de 2008

Artigo sobre crimes do BCP, divulgado em Maio deste ano!


Tanta ilegalidade Sr. 1º Ministro, o Sr. Governador do Banco de Portugal, Sr. Presidente da CMVM, Sr. Ministro das Finanças, (em que este disse; "doa a quem doer") perante tantas ilegalidades gravíssimas para as quais o BCP tenta sempre se desculpabilizar, com os pretextos mais absurdos, não acha que é altura de suspender ou excluir o título BCP da Bolsa? É que as ilegalidades cometidas em 2000/2001 aos pequenos accionistas com a venda de acções próprias (manipuladas) arruinou e continua a arruinar milhares de pessoas indefesas; perante este MONSTRO BCP, nas quais mereciam um apoio especial por parte das autoridades. Se o BCP conseguiu enganar os Supervisores, imaginem a facilidade com que burlou milhares de famílias. O BCP teve sempre 'boa imprensa' que nunca o confrontou com o facto de dos 20 aumentos de capital com excepção do último ao par (suprema humilhação) terem um prémio de emissão que vai a reservas (o que supera o nominal de 1 €). Houve emissões a a 3 a 4 e creio que a 6 €. O facto é que em 2003 o capital próprio de Banco era inferior ao dinheiro que os accionistas lá meteram. De resto a Bolsa de Nova Iorque obrigou-os a apresentar Balanços com prejuizo que de facto se verificaram. De facto o Eng.º é o campeão de destruição de valor em Portugal. Com aumentos de capital sucessivos qualquer empresa cresce. Boa Dr. Ulrich ! F. Catarino Alguém põe em causa estas verdades? Era preciso alguém com coragem para dizer estas verdades. Como cliente e accionista do BCP, só aguardo uma oportunidade para deixar de o ser. O BCP está rodeado de parasitas e vaidosos. Não gosta dos clientes nem dos accionistas, mas tenta "sacar-lhes" o máximo. Portugueses, abram os olhos e não se deixem comer por esta tropa de elite!...
Os Gestores saíram do banco BCP com os "bolsos bem recheados", com o avalo do Governo! Saíram com os bolsos cheios de dinheiro e reformas astronómicas… Dinheiro sujo e impregnado de sangue, suor e lágrimas de tantos Portugueses que hoje sofrem as consequências da codícia e da malvadez destes bandidos estafadores e exploradores que algum dia caírão nas teias da Justiça. Porque lesaram os Portugueses e também a Pátria de maneira organizada , com alevosia e premeditação, como verdadeiros delinquentes de colarinho branco. Algum dia, talvez não longínquo, terão de pagar… Mas não confiámos nos Juízes Portugueses… Quanto daríamos para ter um Garzon, alguém com os “tomates” bem postos que limpasse e dignificasse a nossa pútri da justiça.
"Jardim Gonçalves" versus "Dona Branca".

Comentário:
No momento em que este artigo foi divulgado, pouco se falava de crise!!!
Os problemas do banco continuam e neste momento são mais graves (cotação da acção a 0.80 cent, o Governo tudo faz para o cidadão esquecer o "hidiondo problema bancário Português", injectando milhares de milhões de euros do bolso dos contribuintes neste banco, uma situação muito pior que a do BPN...) e sem resolver o problema da desgraça dos lesados, em que prometeram resolver pela tal "Convenção de Mediação"(...)

sábado, 15 de novembro de 2008

BPI sai mesmo do capital do BCP...


Fernando Ulrich tinha prometido e cumpriu, pois continuarira a haver prejuízos e seria desgraça para o BPI continuar com participação no BCP...
Já tinha afirmado há meses, que o "Millennium Bcp era abaixo de tudo".
O Banco BPI deixou de ter participação no Banco Comercial Português. A única exposição do banco liderada por Fernando Ulrich ao capital do BCP está agora apenas através da carteira de "trading" e do fundo de pensões. A venda das acções do BCP, desde 30 de Setembro, vai representar uma menos-valia de 7,4 milhões de euros nas contas do BPI referentes ao quarto trimestre do ano. "Em resultado de vendas em bolsa realizadas pelo BPI e pelo BPI Vida as suas carteiras de activos disponíveis para venda deixaram de integrar qualquer acção do BCP", anunciou o BPI em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A partir de agora, a única exposição do BPI ao capital do BCP é através da carteira de trading, que detém 589.299 acções, representativas de 0,01% do capital social do BCP e do Fundo de Pensões, que detém 17.445.133 acções, representativas de 0,37% do capital social do BCP. Desde 30 de Setembro, o BPI vendeu 39.153.477 acções do BCP, que vão representar uma menos-valia líquida de impostos de 7,4 milhões de euros nas contas do quarto trimestre...

Comentário:
"BPI: O preço da credibilidade"
Como investidor do BPI só posso dizer: "Ainda bem". Para a imagem de idoneidade que o BPI sempre transmitiu aos seus clientes. É um banco fundado por gente séria e como tal estão a emendar o tremendo erro da aposta na compra do BCP. É um negócio em que perde agora. Mas independentemente de eventuais estratégias de médio prazo de entrada no BCP, livraram-se, em parte, do "lixo tóxico". Como investidor renovo a minha confiança no BPI porque a seriedade não tem preço, mesmo em acções.
O BCP teve coragem de desgraçar; não só accionistas, como também os seus próprios ex-funcionários...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

BCP NOS MÍNIMOS HISTÓRICO DE SEMPRE


Hoje o BCP bateu mínimos de sempre, nos 0,80€ por acção... Parece que as acções irão baixar muito mais... O BCP é teimoso, por não querer resolver certos problemas graves que se prontificaram a resolver já há meses...Estão muitas famílias desgraçadas e a passar fome, por este motivo... Os mercados continuam em forte queda e irão continuar... Milhares de famílias deixaram de pagar seus compromissos à banca.... Não há poder de compra... Milhares de empresas a falir... Etc...
As previsões das grandes casas de investimento sobre a recomendação das acções do Millennium Bcp é de 'vender' Todos sabemos que enquanto o BCP não resolver urgentemente os problemas dos lesados do "Caso BCP 2000/2001" jamais haverá sossego financeiro em Portugal...
Como resistirá uma democracia a este vendaval de desemprego que nos devasta? Os alicerces nos quais assenta o equilíbrio social, estão a ser seriamente sacudidos. Segundo o "Diário de Notícias", há poucos dias disse que pelo menos 23 mil famílias portuguesas deixaram de pagar os empréstimos contraídos para compra de casa, por absoluta indisponibilidade. A maioria dessas famílias recolheu-se à residência paterna ou abandonou a cidade pela aldeia, onde a vida é menos dispendiosa. Para memória dos factos, circula, na net, uma lista impressionante dos vencimentos de "gestores", (ex. Jardim Gonçalves, Paulo Teixeira Pinto, Filipe Pinhal, Christopher de Beck, Alípio Dias, António Rodrigues, Bastos Gomes, etc) mordomias e prémios. Os números são "obscenos", para citar a indignada qualificação do dr. Bagão Félix, quando foi tornada pública a "reforma" de um desses...
O Banco de Portugal actua de forma de "deixar andar o barco", a CMVM promete coimas aos bancos e o Governo continua a induzir o "Zé Povinho"!!!
Quando o Governo é apanhado em casos complicados, como o do BCP, BPN, age perante a opinião pública de forma idêntica à que tem sido adoptada pelos banqueiros que têm algo a esconder nas suas relações com o Banco de Portugal. Evita esclarecer, embrulha-se em justificações inconsequentes e, entre omissões e meias verdades, espera que os cidadãos se fiem na simples palavra dos seus membros e sigam tranquilamente a sua vida.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

BCP NOS MÍNIMOS HISTÓRICO


O BCP ultrapassou as minhas expectativas, desde o princípio deste ano! As minhas análises eram de 0,90€ neste momento, hoje já bateu mínimos de sempre, nos 0,81€ por acção... Parece que as acções irão baixar muito mais... O BCP é teimoso, por não querer resolver certos problemas graves que se prontificaram a resolver já há meses...Estão muitas famílias desgraçadas e a passar fome, por este motivo... Os mercados continuam em forte queda e irão continuar... Milhares de famílias deixaram de pagar seus compromissos à banca.... Não há poder de compra... Milhares de empresas a falir... Etc...
As previsões das grandes casas de investimento sobre a recomendação das acções do Millennium Bcp é de 'vender' Todos sabemos que enquanto o BCP não resolver urgentemente os problemas dos lesados do "Caso BCP 2000/2001" jamais haverá sossego financeiro em Portugal...
Como resistirá uma democracia a este vendaval de desemprego que nos devasta? Os alicerces nos quais assenta o equilíbrio social, estão a ser seriamente sacudidos. Segundo o "Diário de Notícias", há poucos dias disse que pelo menos 23 mil famílias portuguesas deixaram de pagar os empréstimos contraídos para compra de casa, por absoluta indisponibilidade. A maioria dessas famílias recolheu-se à residência paterna ou abandonou a cidade pela aldeia, onde a vida é menos dispendiosa.
Para memória dos factos, circula, na net, uma lista impressionante dos vencimentos de "gestores", (ex. Jardim Gonçalves, Paulo Teixeira Pinto, Filipe Pinhal, Christopher de Beck, Alípio Dias, António Rodrigues, Bastos Gomes, etc) mordomias e prémios. Os números são "obscenos", para citar a indignada qualificação do dr. Bagão Félix, quando foi tornada pública a "reforma" de um desses...
O Banco de Portugal actua de forma de "deixar andar o barco", a CMVM promete coimas aos bancos e o Governo continua a induzir o "Zé Povinho"!!!
Quando o Governo é apanhado em casos complicados, como o do BCP, BPN, age perante a opinião pública de forma idêntica à que tem sido adoptada pelos banqueiros que têm algo a esconder nas suas relações com o Banco de Portugal. Evita esclarecer, embrulha-se em justificações inconsequentes e, entre omissões e meias verdades, espera que os cidadãos se fiem na simples palavra dos seus membros e sigam tranquilamente a sua vida.
Enfim...

"Haverá sempre fraudes e corrupções" no sistema



Vítor Constâncio afirmou hoje que no sistema que vigora em Portugal, que é idêntico ao de outros países europeus, “haverá sempre fraudes e corrupções e isso não é por haver falhas de supervisão”.“Compreendo que exista perplexidade, dúvidas, mas se fosse verdade que há uma falha de supervisão, então temos muitas falhas de supervisão em muitos países europeus”, como em França onde no Société General foram detectados problemas de uma dimensão maior. “Num sistema de livre iniciativa, há fraudes, há corrupção em todos os países e em todos os sectores” e “é impossível que o regulador consiga detectar as fraudes quando estão a ser cometidas”, afirmou Vítor Constâncio na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.“A não ser que queiram um supervisor polícia, mas não é esse sistema que temos”, acrescentou.“Haverá sempre fraudes e corrupções e isso não é por haver falhas de supervisão”, salientou.Vítor Constâncio depois de ter sido questionado por todos os partidos como é que não conseguiram verificar a existência do Banco Insular afirmou “não se via em nenhum registo, em nenhum documento”."Não há garantias de nenhum sistema", "a não ser que tenhamos tantos polícias como bancários", acrescentou.

Comentário:
É como diz Camilo Lourenço, hoje no "Bom dia Portugal da RTP1", em que os bancos mandam no Banco de Portugal e este Supervisor é apenas mais um "espectador!"

terça-feira, 11 de novembro de 2008

GRANDE ESCÂNDALO NA BANCA


Ontem no "Prós e Contras da RTP", de analistas económicos a accionistas da Soc. Lusa de Negócios passando pelos políticos ouviu-se falar em Fraude, Corrupção, Gestão danosa, abuso de confiança, associação criminosa, burla, promiscuidade com a politica... Tudo termos utilizados com a maior naturalidade para classificar a vida das empresas ligadas ao grupo do BPN, a sociedade lusa de negócios. Incrivelmente, não há ninguém preso, não há uma única empresa fechada e o dia à dia nestas empresas continua exactamente na mesma com : Fraude, Corrupção, Gestão danosa, abuso de confiança, associação criminosa, burla, promiscuidade com a politica...
Não será difícil perceber que os negócios do BPN (aliás; já com o problema "CASO BCP" é praticamente igual, apenas com uma gigante envergadura criminosa) não terão aproveitado a todos os accionistas na mesma paridade, senão, provavelmente teríamos maiores "impuridades"...Tanto durou, durou, até que rebentou...Zangaram-se as comadres e souberam-se verdades, pelos vistos, ainda não totalmente!...Estranho, estranho, com a conivente passividade de tanta gente que diz que regula e controla (BdP,empresas de auditoria, ROC...). Administrações sem livros de actas?!... Por acaso, não havia assembleias gerais para aprovarem as contas?... Com (des)conhecimento dos accionistas?!... Para quê mais comentar, só dá mesmo é para rir!...
É interessante e as grandes dúvidas que se levantam acerca dos graves? Problemas do BPN estão aí... Esta situação foi estratégica e muito bem pensada. Outros interesses ocultos se movem. Um dia teremos respostas para todas as dúvidas que neste momento andam no ar. Investiguem!
Independentemente de quaisquer explicações, está à vista de todos que o Banco de Portugal falhou redondamente, e repetidamente, sendo que se revelou uma instituição totalmente politizada, e logo ao serviço deste governo. Está visto que este homem não presta, e não tem nível nem independência para prestar serviços a este nível. Tenha vergonha nessa cara, e despeça-se já, pois o senhor é um peso muito pesado, e que não paga as suas próprias despesas.
AO LONGO DA FAMIGERADA "CAMPANHA ACCIONISTA BCP" EM 2000/2001, QUE O BANCO LEVOU A CABO COM AS ACÇÕES PRÓPRIAS, FOI PROVADO HAVER INDÍCIOS DE VÁRIOS CRIMES... NO EXERCÍCIO DE 2000, O MONTANTE TOTAL DE PRÉMIOS A DISTRIBUIR PELOS FUNCIONÁRIOS FOI DE 22.603.817,40€, EM QUE OS ACCIONISTAS NÃO TIVERAM DIREITO A DIVIDENDOS!!!
AS ENTIDADES SUPERVISORAS E ÓRGÃOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGARAM AO PÚBLICO, MAS O BCP, MESMO COM A ACTUAL ADMINISTRAÇÃO, CUJO PRESIDENTE É O DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, CONTINUA A EXTORQUIR, "ROUBAR" E A SAQUEAR DINHEIROS DAS CONTAS DAS VÍTIMAS (CLIENTES) SILENCIADAS E INDEFESAS, DANDO SEGUIMENTO PARA O BANCO DE PORTUGAL COMO SENDO DÍVIDA DE INCUMPRIMENTO, SUJANDO O "BOM NOME" DO CLIENTE... ENQUANTO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS BANCÁRIOS CONTINUAM INTOCÁVEIS, SEM SER CHAMADOS À JUSTIÇA.

É A VERDADE DO QUE SE PASSOU E AINDA SE ESTÁ PASSAR NO MAIOR BANCO PRIVADO PORTUGUÊS! "MILHARES DE PESSOAS DESTRUÍDAS, EXTORQUIDAS E "ROUBADAS" DOS SEUS BENS PELO BCP (CAMPANHA ACCIONISTA MILLENNIUM BCP E OUTRAS SITUAÇÕES GRAVES)..."
- "TAMBÉM ALGUMAS NOTÍCIAS FINANCEIRAS ACTUALIZADAS"
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DURING THE INFAMOUS "CAMPAIGN SHAREHOLDERS BCP" In 2000/2001, the Bank has undertaken WITH OWN ACTIONS, HAS PROVEN Indications of HAVER SEVERAL CRIMES ... In 2000, THE TOTAL AMOUNT OF PREMIUMS FOR EMPLOYEES WAS A DISTRIBUTE OF € 22,603,817.40, in which shareholders were not entitled to dividends!!!
AND BODIES supervisors of media available to the public, but the BCP, EVEN WITH THE CURRENT ADMINISTRATION, WHICH IS THE PRESIDENT DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, continues to extort, "theft" Drawing MONEY AND VICTIMS OF THE ACCOUNTS (CLIENTS) Silent and Helpless, following FOR BANK OF PORTUGAL AS BEING DEBT OF FAILURE (CRC) of the client. While the primary banking responsibility untouchables CONTINUE WITHOUT BEING CALLED TO JUSTICE.

IS THE TRUTH of what happened and if IS MOVING IN A MORE PRIVATE BANK PORTUGUESE! "Thousands of people destroyed and EXTORQUIADAS THEIR PROPERTY BY BCP (BCP MILLENNIUM CAMPAIGN SHAREHOLDERS AND OTHER serious )..."
- "UPDATES FINANCIAL ALSO NEWS OF THE WORLD"