Joaquim Almunia, comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos e Monetários, voltou hoje a defender que é preciso encontrar uma solução para retirar os chamados “activos tóxicos” (ou de baixo valor) dos balanços dos bancos, de modo restabelecer alguma normalidade nos circuitos de crédito, sem a qual os esforços governamentais de reanimação da economia tenderão a cair em saco roto.
Num artigo de opinião publicado no “Wall Street Journal”, no dia em que os ministros europeus das Finanças se preparam para um encontro de dois dias em Bruxelas, Almunia escreve que “para garantir que o crédito – a “seiva” da actividade económica – volta a circular pelas artérias da economia, um consenso amplo está a formar-se no sentido de considerar que temos de resolver o problema dos activos tóxicos, que estão a pesar sobre os balanços dos bancos e a travar o retorno da confiança”.
Segundo explica, as “medidas de alívio” poderão tomar três formas distintas: a criação de um veículo em cada instituição financeira para o qual sejam transferidos os activos tóxicos; a criação pelas entidades públicas de um “bad bank”, que concentre a aquisição dos activos tóxicos de todo o sector (como está a ser pensado nos Estados Unidos); ou, por último, através do lançamento de um seguro estatal para proteger os bancos de perdas futuras relacionadas com os activos que hoje se considere terem nenhum, ou quase nenhum, valor de mercado.
No artigo de opinião, Almunia sublinha, porém, que, mais do que a escolha do modelo a ser seguido pelos países europeus, “o que importa, acima de tudo, é que cheguemos a acordo sobre que activos serão elegíveis e como estes deverão ser avaliados, de modo a minimizar os custos potenciais para os contribuintes e evitar distorções na concorrência”.
OBS:
Há quem não goste dos meus comentários... Mas se fizerem um análise de há cerca de um ano e meio sobre os comentários (baseados na Comunicação Social) que faço do BCP, concluem que têm certas realidades... Este banco parece não admitir que também precisa urgentemente de solucionar a situação já antiga, (dentro do banco) para retirar os chamados “activos tóxicos” ou créditos incobráveis nas tais situações do chamado "crime de manipulação de mercado" Não vai ser através de futuras manipulações de mercado, como tem feito e a induzir os clientes em erro, que irá ter soluções para colmatar sua situação actual...
Também ainda não cumpriu as responsabilidades a que se propoz perante os accionistas, para assim o sistema financeiro ter paz e sossego em Portugal...
Continuam a lesar clientes e a manipular certas contas bancárias desses...
"É bem verdade que o país está em recessão", mas a crise não é para todos. Os privilégios dos senhores do dinheiro continuam intocáveis! Os lucros continuam, apesar da choramingueira que por aí anda. Só durante os nove 1ºs meses de 2008, os lucros dos 9 principais grupos económicos foram superiores a 4000 milhões de euros e, entre esses grupos, estão os 5 principais bancos que alcançaram mais de 1500 milhões de euros de lucros. Mas não são apenas os lucros, são os amplos benefícios fiscais e os apoios directos e indirectos de dinheiros públicos que representam milhares de milhões de euros de ajuda directa aos banqueiros que se livraram dos prejuízos das suas actividades especulativas. Banqueiros que dizem que os milhões disponibilizados pelo Estado ainda não chegam, como esta semana o afirmaram Ricardo Salgado e João Salgueiro. Querem o reforço das garantias públicas e querem dinheiro fresco. Está cada vez mais claro que o Governo não está a salvar os bancos, está a beneficiar os banqueiros e os grandes especuladores, enquanto deixa o conjunto das actividades económicas ainda mais endividadas...
2 comentários:
O BCP é que é o maior activo tóxico do País
Agora então desde que é governado pelo Sapo Cocas, está do melhor...
-------
Frintz
O maior activo toxico é O próprio Euro!
Ver:
http://cabalas.blogspot.com/2009/02/o-descalabro-do-euro.html
Enviar um comentário