Os bancos voltaram a apertar os critérios de concessão de crédito aos particulares e às empresas no último trimestre de 2008
Admitem continuar a fazê-lo no primeiro trimestre do corrente ano.
Apertar critérios significa, neste caso, custos de financiamento mais elevados e agravamento de um conjunto de outros condições, como redução dos montantes emprestados, prazos mais curtos e reforço de garantias ou mesmo a sua não concessão.
As perspectivas dos bancos nacionais contrastam com o resultado do inquérito geral aos bancos, coordenado pelo Banco Central Europeu, que conta com a participação portuguesa e que apontam, no primeiro trimestre, para uma queda nas restrições de concessão de crédito.
Os cinco bancos nacionais, questionados sobre as perspectivas para o trimestre em curso, deram respostas pouco animadoras, já que continuam a apontar para um aumento de restritividade nos critérios de aprovação de empréstimos, ao mesmo tempo que esperam que a procura de empréstimos por parte de empresas se mantenha praticamente sem alterações e que, no caso de particulares, a procura continue a reduzir-se, sobretudo no segmento destinado à aquisição de habitação.
Relativamente ao último trimestre de 2008, os resultados do inquérito confirmam o que é uma evidência para muitas empresas e particulares: "verifica-se, em termos médios, um aumento de restritividade nos critérios de concessão de empréstimos ao sector privado não financeiro no decurso do último trimestre de 2008, comparativamente ao trimestre anterior. O aumento terá sido mais marcado no segmento do crédito a sociedades não financeiras".
À semelhança do que foi referido nos inquéritos anteriores, os principais factores que influenciaram o aperto de critérios "foram o aumento do custo de financiamento e restrições de balanço dos bancos", e "a deterioração dos riscos apercebidos pelas instituições inquiridas". Segundo as conclusões do inquérito, "o aumento da restritividade ter-se--á traduzido em spreads (margem cobrada pelos bancos) de taxas de juro mais elevadas e num aperto generalizado das condições contratuais - encurtamento da maturidade dos novos contratos e a redução dos montantes concedidos e do rácio entre o valor do empréstimo e da garantia".
Os bancos admitem que a procura de empréstimos ou linhas de crédito por parte das empresas não financeiras não se terá alterado de forma significativa durante o último trimestre de 2008. A reestruturação da dívida e, em menor grau , necessidades de financiamento de existências e de fundos de maneio terão continuado a ser os principais factores que contribuíram para um acréscimo da procura de crédito por parte das empresas.
Quanto à procura de empréstimos bancários por parte de particulares ter-se--á verificado uma redução no último trimestre do ano passado, tendo sido referida uma diminuição considerável no segmento destinado à aquisição de habitação . Na base desta diminuição está a deterioração da confiança dos consumidores, perspectivas mais pessimistas para o mercado de habitação e alguma redução nas despesas de consumo de bens duradouros.
OBS:
As dificuldades dos banqueiros em financiarem-se junto de outros bancos estão muito difíceis...
As dificuldades nas contas de resultados dos bancos, bem como os riscos na conjuntura económica levam ao aumento dos "spreads". Ao mesmo tempo, os bancos procedem a "um aperto generalizado" das restantes condições contratuais. Ou seja, pedem fiadores, avalistas e "aconselham" os clientes a contratar seguros de crédito. Tudo em nome da segurança do negócio bancário. Mas isto está a levar menos famílias a contratarem empréstimos.
A procura de empréstimos bancários por parte de particulares tem-se verificado uma redução drástica nos últimos meses, devido às ganâncias dos gerentes da banca em ignorar certos problemas absurdos que causaram a milhares de clientes e depois acabam por se multiplicar por não serem resolvidos na hora...
Alguns destes clientes neste momento estão desempregados em termos de longa duração e já estão em incumprimento nas prestações do crédito da habitação..
Os empréstimos em cobrança duvidosa aumentaram cerca de 30%, passando de €1300 milhões para cerca de €1800 milhões...
Não hajam dúvidas que quem manda mesmo no sistema financeiro de Portugal são os bancos...
Veja-se o exemplo que o MILLENNIUM BCP está a fazer no sistema bancário Português! Lógico será escusado dizer que o BdP também tem culpa...
Extorquia e tira saldos das contas das vítimas (clientes) silenciadas e indefesas, dando seguimento para o Banco de Portugal, como sendo dívida incobrável (CRC) e assim desta forma criminosa por parte do BCP, o cliente fica cadastrado no BdP com dívida de incumprimento para toda a sua vida, ou até pagar a dívida de incumprimento ao BdP...
E assim jamais poderá fazer qualquer movimento bancário em seu nome!
Os responsáveis continuam intocáveis e ainda gozam com as vítimas...
1 comentário:
Já é tempo para averiguar quem tramou o Banco se a antiga administração se toda esta gente que entrou depois. Afinal o Banco não esta melhor pelo contrario e quais foram os acordos entre esse senhor Berardo que ainda não percebi o que produz para o pais, o sr Fino e o Sr.Teixeira Duarte, assim como a CGD!? Já sabemos que O Dr. Santos Ferreira e Dr. Armando Vara tem os tachos garantidos! Porque afinal o Banco não esta melhor e os empregados começam a ter uma certa incerteza e com a agravante de clientes ainda terem empréstimos para compra de acções cada vez mais baixas, mas a taxa continua alta. Claro o mexilhão que se trame.
J. Ferreira
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