O risco da dívida pública portuguesa não pára de aumentar e, no espaço de um ano, disparou mais de 250%. Este é um dos temas em discussão na reunião dos ministros das Finanças da UE.
Na base desta percepção de risco dos investidores, em relação à dívida soberana, está uma expectativa mais cautelosa sobre a solidez financeira do Estado português e o recente corte no 'rating' da Standard & Poor's.
De acordo com os dados da Bloomberg, a cotação actual dos ‘credit default swaps' (CDS) da dívida portuguesa a cinco anos está nos 123 pontos, valor que representa uma subida de 254% face aos 34,6 pontos registados há um ano.
Já o risco de dívida a dez anos regista uma progressão igualmente significativa. A cotação dos CDS, instrumentos financeiros utilizados pelos investidores para medir a capacidade de o Estado cumprir as suas obrigações de dívida, está nos 123 pontos contra os homólogos 41,75 pontos.
A expectativa mais cautelosa sobre a solidez financeira do Estado português está a fazer subir o prémio de risco das Obrigações do Tesouro a 10 anos. No mês passado, a Standard & Poor's reviu em baixa a notação de dívida da República portuguesa, de ‘AA-‘ para ‘A+', por considerar que as reformais estruturais lançadas pelo Governo revelaram-se insuficientes.
Quanto maior for a percepção de risco dos investidores em relação à dívida soberana, maior é a taxa de juro (‘yield') exigida para comprar as obrigações, o que significa que os países têm que pagar mais pela dívida que emitem.
Comentários:
pp, | 09/02/09 12:52
Grande governação... Parecia que se podia gastar o que não se tem até ao infinito. Como j'a não se podia chupar o sector privado mais, toca a ir à divida, mas parece que nem esta é uma alternativa viavel. Será que vamos ter reformas estruturais que o país precisa há 10 anos?. Vamos finalmente acabar com os previlegios dos Funcionários publicos? Ou iremos todos pelo cano?
TEMPLÁRIO, | 09/02/09 14:17
Previlégios dos funcionários públicos??? ... Deves estar mesmo a leste do que se passa!!! A isto chama-se falar de "cassete"!!! A culpa é sempre dos funcionários públicos!!! Os sucessivos governantes, que são os verdadeiros previlegiados e culpados por este "estado das coisas", andam de cabeça erguida e de consciência tranquila!! Ah pois, já me esquecia, a culpa é dos funcionários públicos ...
JORGE DIAS, faro | 09/02/09 15:45
Meus senhores
É chegada a hora de mudança, como fizeram os americanos sem medo de mudar
Estes senhores do PS e PSD estão se a encher á uma quantidade de anos ora uns ora outros está tudo combinado é 2 para mim 2 para ti (mandatos) resultado estamos falidos, e com o que ainda resta andam a ajudar-se uns aos outros.
Por isso vos digo com muita convicção que está na hora de uma mudança, já nestas eleições vamos votar BE (bloco de esquerda) um partido em crescendo com ideias bem definidas com pessoas credíveis (MUDANÇA).
Pereira, Braga | 09/02/09 16:26
Este País tem Portugueses de primeira e segunda. Como escreve pp. o funcionalismo pública tem vencimentos, reformas, assistência médica e muitas outras benesses de um país muito rico, que não somos. É um país injusto. Mesmo no funcionalismo, há diferenças enormes. Não pode continuar assim.
bancário, Porto | 09/02/09 16:28
"É bem verdade que o país está em recessão", mas a crise não é para todos. Os privilégios dos senhores do dinheiro continuam intocáveis! Os lucros continuam, apesar da choramingueira que por aí anda. Só durante os nove 1ºs meses de 2008, os lucros dos 9 principais grupos económicos foram superiores a 4000 milhões de euros e, entre esses grupos, estão os 5 principais bancos que alcançaram mais de 1500 milhões de euros de lucros. Mas não são apenas os lucros, são os amplos benefícios fiscais e os apoios directos e indirectos de dinheiros públicos que representam milhares de milhões de euros de ajuda directa aos banqueiros que se livraram dos prejuízos das suas actividades especulativas.
Estes gananciosos da banca (BCP...) que extorquiaram o PAÍS, é que haviam de pagar a crise que se está a sentir... E não se vê o fim...
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