A FOME ESTÁ A CRESCER TODOS DIAS EM PORTUGAL
Todos os dias aparecem novos pobres a pedir comida ao Banco Alimentar, neste País que se diz "Democrático e Socialista Moderno"...Esquerda moderna, ou direita antiga?
O Banco Alimentar Contra a Fome é uma coisa que existe, mas não deveria existir. Porque a existência de gente com fome, em pleno século XXI, num país europeu que arrota novos aeroportos e TêGêVês, não falande de auto-estradas; e que se permite conceder a um cidadão com várias e copiosas fontes de rendimento, perfeitamente válido e apto para o trabalho, uma reforma de 3.600 contos, por apenas 18 meses como gestor numa empresa do Estado, ou ordenados e futuras reformas de luxo ao governador do seu Banco Central, é algo que a moral recusa, a inteligência não entende e a decência condena.
E não deveria existir, principalmente, porque o Senhor Primeiro-Ministro, se diz socialista e de esquerda.
Mas a verdade é que vivemos num país onde 500 famílias detém a maior fatia da riqueza nacional e os bancos acumulam lucros a um ritmo nunca visto; e nos prejuízos destes, o Estado dá garantias de milhares de milhões, para continuar a engordar as suas fortunas incalculáveis...
Os pobres descem aos patamares da miséria e os remediados passam a novos pobres. A grande maioria da população, nos últimos 12 anos – mas com maior intensidade nos últimos 2 anos correspondentes ao Consulado de Sócrates. Todos os dias empobrece e percebe que o futuro vai ser cada vez pior. Na realidade, nada disto me parece compatível com democracia, socialismo e esquerda, leve ela as etiquetas que o «engenheiro» lhe quiser pôr. Já que falei no Banco Alimentar Contra a Fome (cuja simples existência é, por si só, a prova da falência das políticas e da ganãncia dos banqueiros, em curso nas chamadas democracias dominadas pelo capital financeiro), soube, há dias, que a crise é de tal ordem que «há médicos e professores a pedirem ajuda para dar de comer aos filhos».«O novos pobres», saídos de uma classe média sobre-endividada.
Deixem-me ler parte do texto:«Manuela, 33 anos, hesitou antes de escrever aquele “e-mail” para o Banco Alimentar Contra a Fome. E mesmo enquanto o redigia, não tinha ainda a certeza de, no fim, ter coragem de carregar no botão de enviar.Ela, bacharel em Relações Internacionais, quadro de um ministério, casada com um professor de educação física, ex-atleta olímpico. Mãe de uma bebé com cinco meses, tinha agora de pedir ajuda para alimentar a família. O marido que ficou sem emprego, um salário de 2000€ que desapareceu no mês em que festejaram a gravidez, a renda da casa que foi falhando vezes de mais, o cartão de crédito gasto até ao limite, o apartamento trocado por um quarto, e nem assim a comida chegava à mesa. "No dia em que enviei o e-mail faltavam três semanas para receber. e só tinha 80€", explica. "Havia para a bebé, mas nós íamos passar fome".O caso tem um mês. Ana Vara, assistente social do BACF, ligou a Manuela mal leu o pedido. E disse-lhe o que tanto tem repetido ultimamente: “Não tenha vergonha, não é a única”. “Nos últimos quatro meses, mais que duplicaram os pedidos directos ao banco alimentar. E há cada vez mais casos de classe média”, garante Isabel Jonet.
A directora do BACF chama-lhes "os novos pobres": empregados, instruídos, socialmente integrados, mas, ainda assim, vítimas da pobreza e até da fome. Nos últimos três meses, chegaram ao banco alimentar de Alcântara 250 casos, 30% dos quais se enquadram nesta nova categoria. E em todos há pontos transversais: mais mulheres, muitas mães, desemprego inesperado, rupturas familiares, e sempre sobre-endividamento.(...) As famílias tradicionalmente carenciadas aparecem no banco alimentar, pedem olhos nos olhos.
Os novos pobres gritam por ajuda, envergonhadamente, através do correio electrónico, enquanto a banca lhes sugam os últimos cêntimos, encaminhando depois para o Banco de Portugal "Falta de incumprimento dos créditos dessas famílias em que na maioria dos casos o culpado é o próprio banco!...
O Presidente da República disse nos meios de comunicação estar admirado, por ter todos os dias, muitos pedidos de ajuda de pessoas da classe média para colmatar a fome!...Como Luciana, médica, cujo desemprego súbito do marido fez ruir a estrutura económica do lar de nove filhos Sem ele saber, sem o magoar de vergonha, pediu apoio alimentar para um casa onde nunca tinha faltado nada»...
http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/7749382.stm
Todos os dias aparecem novos pobres a pedir comida ao Banco Alimentar, neste País que se diz "Democrático e Socialista Moderno"...Esquerda moderna, ou direita antiga?
O Banco Alimentar Contra a Fome é uma coisa que existe, mas não deveria existir. Porque a existência de gente com fome, em pleno século XXI, num país europeu que arrota novos aeroportos e TêGêVês, não falande de auto-estradas; e que se permite conceder a um cidadão com várias e copiosas fontes de rendimento, perfeitamente válido e apto para o trabalho, uma reforma de 3.600 contos, por apenas 18 meses como gestor numa empresa do Estado, ou ordenados e futuras reformas de luxo ao governador do seu Banco Central, é algo que a moral recusa, a inteligência não entende e a decência condena.
E não deveria existir, principalmente, porque o Senhor Primeiro-Ministro, se diz socialista e de esquerda.
Mas a verdade é que vivemos num país onde 500 famílias detém a maior fatia da riqueza nacional e os bancos acumulam lucros a um ritmo nunca visto; e nos prejuízos destes, o Estado dá garantias de milhares de milhões, para continuar a engordar as suas fortunas incalculáveis...
Os pobres descem aos patamares da miséria e os remediados passam a novos pobres. A grande maioria da população, nos últimos 12 anos – mas com maior intensidade nos últimos 2 anos correspondentes ao Consulado de Sócrates. Todos os dias empobrece e percebe que o futuro vai ser cada vez pior. Na realidade, nada disto me parece compatível com democracia, socialismo e esquerda, leve ela as etiquetas que o «engenheiro» lhe quiser pôr. Já que falei no Banco Alimentar Contra a Fome (cuja simples existência é, por si só, a prova da falência das políticas e da ganãncia dos banqueiros, em curso nas chamadas democracias dominadas pelo capital financeiro), soube, há dias, que a crise é de tal ordem que «há médicos e professores a pedirem ajuda para dar de comer aos filhos».«O novos pobres», saídos de uma classe média sobre-endividada.
Deixem-me ler parte do texto:«Manuela, 33 anos, hesitou antes de escrever aquele “e-mail” para o Banco Alimentar Contra a Fome. E mesmo enquanto o redigia, não tinha ainda a certeza de, no fim, ter coragem de carregar no botão de enviar.Ela, bacharel em Relações Internacionais, quadro de um ministério, casada com um professor de educação física, ex-atleta olímpico. Mãe de uma bebé com cinco meses, tinha agora de pedir ajuda para alimentar a família. O marido que ficou sem emprego, um salário de 2000€ que desapareceu no mês em que festejaram a gravidez, a renda da casa que foi falhando vezes de mais, o cartão de crédito gasto até ao limite, o apartamento trocado por um quarto, e nem assim a comida chegava à mesa. "No dia em que enviei o e-mail faltavam três semanas para receber. e só tinha 80€", explica. "Havia para a bebé, mas nós íamos passar fome".O caso tem um mês. Ana Vara, assistente social do BACF, ligou a Manuela mal leu o pedido. E disse-lhe o que tanto tem repetido ultimamente: “Não tenha vergonha, não é a única”. “Nos últimos quatro meses, mais que duplicaram os pedidos directos ao banco alimentar. E há cada vez mais casos de classe média”, garante Isabel Jonet.
A directora do BACF chama-lhes "os novos pobres": empregados, instruídos, socialmente integrados, mas, ainda assim, vítimas da pobreza e até da fome. Nos últimos três meses, chegaram ao banco alimentar de Alcântara 250 casos, 30% dos quais se enquadram nesta nova categoria. E em todos há pontos transversais: mais mulheres, muitas mães, desemprego inesperado, rupturas familiares, e sempre sobre-endividamento.(...) As famílias tradicionalmente carenciadas aparecem no banco alimentar, pedem olhos nos olhos.
Os novos pobres gritam por ajuda, envergonhadamente, através do correio electrónico, enquanto a banca lhes sugam os últimos cêntimos, encaminhando depois para o Banco de Portugal "Falta de incumprimento dos créditos dessas famílias em que na maioria dos casos o culpado é o próprio banco!...
O Presidente da República disse nos meios de comunicação estar admirado, por ter todos os dias, muitos pedidos de ajuda de pessoas da classe média para colmatar a fome!...Como Luciana, médica, cujo desemprego súbito do marido fez ruir a estrutura económica do lar de nove filhos Sem ele saber, sem o magoar de vergonha, pediu apoio alimentar para um casa onde nunca tinha faltado nada»...
http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/7749382.stm
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