O BCP tornou-se um arrastão.
A sua desvalorização em Bolsa (0,649 euros) tornou dezenas de empresas e investidores reféns de bancos que lhes fiaram crédito para investir no Millennium. Joe Berardo, Manuel Fino, Teixeira Duarte, Filipe de Bottom, João Pereira Coutinho, João Rendeiro e outros notáveis investidores ficaram hipotecados. A maioria já reestruturou as suas dívidas, ganhando fôlego com carências do pagamento das dívidas.
Mas isso é um socorro, não é uma solução.
O próprio BCP mantém-se num dilema. Provavelmente, precisará de aumentar capital mas tem muitos dos seus accionistas descapitalizados. O dinheiro hoje disponível no mercado para aumentos de capital pede em regra descontos na casa dos 30%, o que passaria por vender acções talvez abaixo dos 50 cêntimos (!), menos de metade do aumento do ano passado.
É, também, uma forma de pôr os accionistas passados a pagar parte da destruição de valor no banco. Mas seria uma diluição da sua participação.
É por isso que se especula sobre a necessidade de um novo accionista, que tome todo o aumento de capital que o BCP possa querer ou precisar. O BBVA? A Caixa? Ou o Estado: recorrer à reserva de até quatro mil milhões de euros disponibilizados pelo Governo para aumentos de capital.
O BCP, na verdade, poderia já estar nas mãos da Caixa. Bastaria que a CGD executasse as acções daqueles a quem deu crédito e que até os suspensórios já puseram no prego. Isso, no entanto, significaria reconhecer o malparado, prejudicando ainda mais os rácios da Caixa. Caixa que já teve de dar o que não queria para aguentar o BPN à tona.
A tragédia no BCP foi que, ao seu desmando accionista, sucedeu a crise financeira que afundou ainda mais o seu valor bolsista. As suas acções passaram a ser como um vírus na carteira dos seus accionistas e o caso da Teixeira Duarte é um exemplo do que está em causa: a propriedade das grandes companhias portuguesas tal como a conhecemos.
As empresas e os bancos precisam de capital, que escasseia. Isso vai significar mudanças nas estruturas de poder. Não duvide: a lista anual das 1000 maiores empresas em Portugal vai mudar muito. A lista das 10 maiores também...
Comentário:
Percebe-se mesmo que O MILLENNIUM BCP é mesmo um banco CRIMINOSO:
Não se percebe de tudo o que se passa no Millennium Bcp, mas percebe-se bem a tentativa desta Administração em ocultar a anterior pelos seguintes sinais ;
- Não desencadeou nenhuma medida judicial cautelar relativamente ao património dos antigos Administradores (ao contrário por exemplo do que está a ser feito no BPN/SLN), como ainda o que é verdadeiramente escandaloso é que está a pagar a sua defesa jurídica ; - pagou largos milhões de euros a Francisco Lacerda, António Rodrigues e Castro Henriques- jamais o deveria ter feito, devia aguardar o terminus das investigações para pagar fosse o que fosse , até porque relativamente a (pelo menos) dois deles afinal o credor será o BANCO...
- Por último e o que considero mais gritante relativamente a membros da Alta Direcção que são constituídos arguidos , não só não os suspende(como deveria fazer), se uma funcionário do Banco BCP comete um ilícito bem menor e que não lesa o Banco em milhões de euros é imediatamente suspenso até ao terminus do processo disciplinar como é o Banco(melhor os accionistas ) que está a custear os larguíssimos milhares de euros que custa a sua defesa jurídica...
Veja-se o exemplo que o BCP está a fazer no sistema bancário Português! Lógico será escusado dizer que o BdP também tem culpa...
Extorquia e tira saldos das contas das vítimas (clientes) silenciadas e indefesas, dando seguimento para o Banco de Portugal, como sendo dívida incobrável (CRC) por parte do cliente.
Assim desta forma criminosa por parte do BCP, o cliente fica cadastrado no BdP para toda a sua vida ou até pagar a dívida de incumprimento ao BdP...
E assim jamais poderá fazer qualquer movimento bancário em seu nome! Os responsáveis continuam intocáveis e ainda gozam com as vítimas...
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