Os quatro grandes bancos portugueses (de base nacional) - Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português, Banco Espírito Santo e Banco BPI - vão ter que reconhecer 1,75 mil milhões de euros em perdas apuradas pelos seus fundos de pensões em 2008.
Aquele montante terá que ser progressivamente abatido aos fundos próprios de base das instituições financeiras até 2012, uma vez que a crise levou o Banco de Portugal (BdP) a autorizar o reconhecimento dos prejuízos ao longo dos próximos quatro anos.
No total, os quatro bancos em análise tinham, no final do ano passado, 2,6 mil milhões de euros de perdas (desvios actuariais negativos) acima do limite de 10% ("corredor") do valor do fundo ou das suas responsabilidades autorizado pela entidade de supervisão. No entanto, uma parte daquele valor (860 milhões de euros) já se verificava em 2007, tendo sido abatida ao capital das instituições nesse mesmo exercício. Por reconhecer estão 1,75 mil milhões.
A maior parte deste montante terá que ser reconhecido pelo BCP, a instituição em que o acréscimo de "prejuízos" acima do corredor totalizou 800 milhões de euros. Assim, o banco liderado por Carlos Santos Ferreira vai ter que deduzir 200 milhões aos seus fundos próprios ao longo dos próximos quatro anos.
A este valor serão somados os eventuais desvios actuariais negativos que venham a ser apurados ao longo dos próximos exercícios. Mas caso o desempenho do fundo de pensões seja positivo, esses "ganhos" serão subtraídos aos 200 milhões referentes a 2008 que terão que ser reconhecidos anualmente até 2012.
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