quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Balanço do ano - Cotadas do PSI-20 perdem 50 mil milhões em 2008


O principal índice nacional fechou este ano com uma perda superior a 51%, o que corresponde à maior descida de sempre e interrompe um ciclo de cinco anos de ganhos consecutivos. As empresas do PSI-20 terminaram 2008 a valer menos 50,7 mil milhões de euros do que no início do ano.
Apesar de Dezembro até ter sido um mês positivo, com o PSI-20 a ganhar 0,65%, 2008 ficará como o pior ano de sempre da bolsa nacional. Um sentimento que se vive um pouco por todo o mundo.
Em 12 meses o principal índice da bolsa nacional perdeu 51,29%, ou seja, em valor de mercado as 20 cotadas valem hoje menos 50,75 mil milhões de euros do que no início de 2008. No acumulado, as 20 empresas ficaram com uma capitalização bolsista de 49,4 mil milhões de euros.
O PSI-20 teve o 41º pior desempenho entre 89 das principais praças mundiais, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg.
2008 foi marcado por fortes quedas nas bolsas mundiais devido à crise financeira e à perspectiva de uma recessão global. E Portugal não escapou à tendência. Nos 12 meses do ano, o PSI-20 só conseguiu subir três meses.
Sector energético retira quase 19 mil milhões da bolsa nacional
O sector energético foi responsável por uma grande fatia das perdas na bolsa nacional. No acumulado, as quatro cotadas do PSI-20 que representam este sector valem hoje menos 18,8 mil milhões de euros.
Em valor de capitalização é a Galp Energia a maior lesada, com o seu valor a diminuir em mais de 9,2 mil milhões de euros só este ano. A empresa, além de ter estado exposta à crise que afectou os mercados financeiros, reflectiu também a evolução dos preços do petróleo, cuja queda ronda os 60% este ano.
A EDP perdeu 6,49 mil milhões de euros de capitalização bolsista e a EDP Renováveis encolheu 2,6 mil milhões de euros face ao valor a que as acções entraram em bolsa.
A REN, que em percentagem foi a cotada que menos caiu em 2008, desvalorizou em valor 419,19 milhões de euros.

Banca retira 15,7 mil milhões ao PSI-20
O sector bancário mundial foi dos mais afectados pela crise financeira que assolou os mercados este ano. Portugal não foi excepção e viu o valor de mercado dos três maiores bancos nacionais cotados diminuir em 15,7 mil milhões de euros face ao início do ano.

O BCP foi o que mais perdeu (8,5 mil milhões), seguido pelo BES (menos 4,15 mil milhões) e pelo BPI, cujo valor de mercado diminuiu em 3,05 mil milhões de euros.


Só quedas no PSI20 em 2008

REN -21,7%
Jerónimo Martins-26,5%
Semapa -27,0%
Portucel -30,5%
Portugal Telecom-32,0%
EDP Renováveis -37,5%
EDP -39,7%
Cimpor -42,0%
Brisa -46,8%
PSI-20 -51,3%
Mota-Engil -54,1%
BES -55,4%
Altri -56,2%
Zon Multimédia -60,0%
Galp Energia -61,0%
BPI -66,0%
BCP -69,0%
Sonaecom -69,6%
Teixeira Duarte -71,4%
Sonae SGPS -75,4%
Sonae Indústria -77,1%

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Defender Constâncio (BdP)


Defender Constâncio


Na troca de razões entre Teixeira dos Santos e Miguel Cadilhe ressalta a já lendária indolência do Banco de Portugal (BdP) que veio permitir a maioria dos efeitos perversos subsequentes – desde logo, originando a nacionalização do BPN.

Não sei se foi de propósito que se deixou o BCP, BPN E BPP fazer tudo o que era contra-indicado pelas regras da boa gestão, mas que, politicamente, deu jeito lá isso deu. A melhor razão justificativa da existência do BdP é ser a entidade fiscalizadora desse mercado – e foi aí que falhou redondamente.

Em 2008, Vítor Constâncio provou ser o maior factor de instabilidade do nosso sistema bancário.
Quase todos estão de acordo – só Manuela Ferreira Leite não pede a sua demissão.
Porque será?

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Comissão de trabalhadores pede acção contra administradores que lesaram o BCP


A Comissão de Trabalhadores do BCP quer que o conselho de administração executivo do banco liderado por Carlos Santos Ferreira, colabore com as autoridades e actue “contra aqueles que se venha a confirmar terem lesado o banco”.
Esta posição foi defendida num comunicado emitido por aquele órgão represente dos trabalhadores do banco, emitido esta semana e a que o Negócios teve acesso.
A Comissão de Trabalhadores do BCP, que sempre optou por uma postura reservada em relação a este assunto, quebrou agora o silêncio para se pronunciar em relação às notícias vindas a público sobre as notificações de acusação contra-ordenacionais movidas contra antigos administradores e o Banco.
Recorde-se que o Banco de Portugal decidiu acusar três antigos presidentes do Banco Comercial Português, quatro ex-administradores e dois directores da instituição ainda em funções na sequência das investigações realizadas às irregularidades cometidas por anteriores administrações.
Também o próprio BCP é acusado pelo supervisor.
Jorge Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal e Paulo Teixeira Pinto são os antigos líderes da instituição visados. Christopher de Beck, António Rodrigues, Alípio Dias e António Castro Henriques são os antigos gestores acusados.
Estão ainda na lista do Banco de Portugal (BdP) dois altos quadros do BCP que permanecem em funções: Luís Gomes, chefe de gabinete do presidente do conselho geral e de supervisão, e Filipe Abecassis, que desempenha funções no centro corporativo do banco.
A Comissão de Trabalhadores, ainda não se quer pronunciar em definitivo sobre este assunto, “em virtude de ainda não ter sido proferida decisão final do processo e por isso não ter transitado em julgado”.
Mas diz esperar do Conselho Administração Executivo “não só a cooperação com as autoridades, mas também a actuação do mesmo contra aqueles que se venha a confirmar terem lesado o Banco”, lê-se no comunicado.
“A Comissão de Trabalhadores manifesta total confiança na Instituição, destacando o profissionalismo dos seus trabalhadores.
Consequentemente, tudo fará para preservar e defender o bom nome do banco, os direitos dos trabalhadores e a estabilidade dos postos de trabalho, que de modo algum podem estar sujeitos às consequências decorrentes de presumíveis actos infraccionais a que aqueles foram completamente alheios, acrescentam os responsáveis dos trabalhadores.

Comentário:
Deve haver muitos aprendizes de feiticeiro no Banco!
Não se entende totalmente o que se passa no Millennium BCP, mas percebe-se bem a tentativa desta Administração em ocultar a anterior pelos seguintes sinais!
- Não desencadeou nenhuma medida judicial cautelar relativamente ao património dos antigos administradores (ao contrário por exemplo do que está a ser feito no BPN/SLN), como ainda o que é verdadeiramente escandaloso é que está a pagar a sua defesa jurídica.
- Pagou largos milhões de euros a Francisco Lacerda, António Rodrigues e Castro Henriques- jamais o deveria ter feito, devia aguardar o terminus das investigações para pagar fosse o que fosse , até porque relativamente a (pelo menos) dois deles afinal o credor será o BANCO...
- Por último e o que considero mais gritante relativamente a membros da Alta Direcção que são constituídos arguidos , não só não os suspende(como deveria fazer), se uma funcionário do Banco comete um ilícito bem menor e que não lesa o Banco em milhões de euros é imediatamente suspenso até ao terminus do processo disciplinar como é o Banco(melhor os accionistas ) que está a custear os larguíssimos milhares de euros que custa a sua defesa jurídica(...)

domingo, 28 de dezembro de 2008

Privilégios dos bancos em Portugal merecem «discussão»


O Bastonário da Ordem dos Advogados (OA) defendeu hoje que a questão do BCP, BPN e do BPP deve ser objecto de «discussão pública» sobre os «privilégios dos bancos na sociedade portuguesa» e que o poder político deve ser confrontado com a situação. Pelos vistos, nenhum banco pode ir à falência porque o Estado vem salvá- lo, disse António Marinho Pinto, em entrevista à Agência Lusa, observando que, por outro lado, é preciso «ver o que se passa no submundo das instituições financeiras em Portugal», como «são usadas, que fins é que servem».O bastonário, que completa um ano de mandato, criticou as «off-shores» e o «endeusamento do segredo bancário» que, em muitos casos, servem como «instrumentos para cometer crimes« e considerou que a situação em redor dos bancos deve levar o país a reflectir sobre o assunto e o poder político a prestar esclarecimentos.
«Estão-se a descobrir podres que eram inimagináveis há meia dúzia de meses. E não é por efeito da crise. É por efeito da lógica do próprio sistema. Parece que o sistema financeiro só funciona com um pé do lado de lá da legalidade»
Segundo Marinho Pinto, os «agentes do mundo financeiro constituem uma elite com interesses próprios, comuns, com cumplicidades muitas vezes óbvias» e isto também precisa de ser «averiguado e debatido».
Questionado se em Portugal há uma Justiça para os ricos e outra para os pobres, o bastonário contrapôs que basta visitar as cadeias para constatar que «97 por cento são pessoas pobres».
«Uma senhora que furtou um pó de arroz num supermercado foi detida e julgada. Furtar ou desviar centenas de milhões de euros de um banco ainda se vai ver se é crime», disse Marinho Pinto.


Comentário:

Percebe-se mesmo que O MILLENNIUM BCP é mesmo um banco CRIMINOSO:
Não se percebe de tudo o que se passa no Millennium Bcp, mas percebe-se bem a tentativa desta Administração em ocultar a anterior pelos seguintes sinais ;
- Não desencadeou nenhuma medida judicial cautelar relativamente ao património dos antigos Administradores (ao contrário por exemplo do que está a ser feito no BPN/SLN), como ainda o que é verdadeiramente escandaloso é que está a pagar a sua defesa jurídica ; - pagou largos milhões de euros a Francisco Lacerda, António Rodrigues e Castro Henriques- jamais o deveria ter feito, devia aguardar o terminus das investigações para pagar fosse o que fosse , até porque relativamente a (pelo menos) dois deles afinal o credor será o BANCO...
- Por último e o que considero mais gritante relativamente a membros da Alta Direcção que são constituídos arguidos , não só não os suspende(como deveria fazer), se uma funcionário do Banco BCP comete um ilícito bem menor e que não lesa o Banco em milhões de euros é imediatamente suspenso até ao terminus do processo disciplinar como é o Banco(melhor os accionistas ) que está a custear os larguíssimos milhares de euros que custa a sua defesa jurídica...

O PRECIPITAR DA CRISE, AVAL DO ESTÍMULO AO AUMENTO DA DÍVIDA EXTERNA


Os acontecimentos precipitam-se, dia a dia, hora a hora.
A crise capitalista mundializa-se atingindo os mais diversos países, desde a Islândia até ao Paquistão.
Nos EUA e na Europa as repercussões são mais do que muitas. Já se fala em estagnação.
Contudo, os jornais portugueses apresentam uma rósea visão mistificadora desta macro crise — não reconhecem sequer que se trata do início de uma depressão.
É a desinformação no seu mais alto grau, tanto pela acção de branqueamento como pela omissão.
Ainda mais importante do que a informação é a compreensão. Neste aspecto os media lusos são absolutamente lastimáveis, com os seus comentadores de serviço que debitam vulgaridades. Promovem assim a incompreensão das causas e consequências da crise.
Querem manter o povo sossegado para que o grande capital financeiro possa preparar o seu próprio salvamento.
O Governo Sócrates, por sua vez, continua a falar insensatamente em projectos megalómanos como o do novo aeroporto, TGV, terceira ponte rodoviária sobre o Tejo, etc, etc. Além de não reconhecer a realidade do Pico Petrolífero, agora tão pouco reconhece a realidade da crise (a que chama de simples recessão). É o autismo elevado ao mais alto grau.
Portugal perde assim um tempo precioso. Este período deveria ser aproveitado para tomar medidas destinadas a minimizar o impacto da depressão mundial que se avizinha, em concomitância com o fim do "plateau" petrolífero.
Enquanto a banca gerir e mandar no País, jamais o Governo poderá ter sossego na economia do cidadão comum!...

AVAL: ESTÍMULO AO AUMENTO DA DÍVIDA EXTERNA
http://www.indexmundi.com/map/?v=94&l=pt
A dívida externa bruta de Portugal era de 416 biliões de euros até "1 Janeiro de 2008... Com o aval de 20 mil milhões de euros, que o Estado agora concedeu aos banqueiros portugueses, pode-se dizer que a dívida externa do país irá aumentar no mesmo montante.
A banca portuguesa é a principal responsável pelo endividamento externo do país. Ela tem exercido um papel de intermediário: toma empréstimos no estrangeiro e concede-os a retalho no mercado interno português, a taxas mais elevadas. Com a garantia agora oferecida pelo Estado, os banqueiros locais serão estimulados a incrementar esta prática.
As condições do aval não estão claras. Será que esta medida extraordinária beneficiará alguma coisa os 1.310.000 mutuários do crédito à habitação? Ou as PMEs? Irá o governo fixar um spread máximo como contrapartida a este aval?
Exigirá o Governo que o Estado receba acções ordinárias dos bancos caso tenha de despender recursos financeiros em decorrência desta garantia?

sábado, 27 de dezembro de 2008

Investigação criminal não faz distinção entre "políticos e não políticos"


O Procurador-Geral da República (PGR), Fernando Pinto Monteiro, garantiu hoje que as investigações criminais em Portugal decorrem “independentemente da condição social, poder económico ou cargo ocupado” pelos suspeitos, sem qualquer distinção entre “políticos e não políticos”.
Fernando Pinto Monteiro frisou, em declarações à Lusa, que "se há alguma coisa que é prioritária para o actual Procurador-Geral da República é o fim do sentimento de impunidade."
"As investigações fazem-se independentemente da condição social, poder económico ou cargo ocupado. Não há distinção entre políticos ou não políticos, mas só entre ilícitos e não ilícitos. A lei é igual para todos", assegurou o procurador-geral.
Num ano marcado por escândalos e investigações relacionadas com a criminalidade económico-financeira, com destaque para o caso BPN e a Operação Furacão, Pinto Monteiro considera que o "combate à corrupção tem que ser constante e sem desânimos".
Na sua opinião, o Ministério Público (MP) tem progredido "na especialização do combate aos crimes económicos, que são os mais difíceis de investigar".
Na semana passada, perante a Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, onde foi ouvido pelos deputados sobre o caso BPN, Pinto Monteiro afirmou que o MP "não está preparado nem especializado para lidar com este crime", devido à sua complexidade.
Outra das prioridades estabelecidas pelo PGR este ano, foi o combate à criminalidade violenta, para a qual criou Unidades Especiais nos Departamentos de Investigação e Acção Penal (DIAP) para funcionarem em cooperação, em especial, com a GNR, PSP e PJ.
No final do mês de Agosto, o Gabinete Coordenador de Segurança divulgou que a criminalidade violenta, nomeadamente assaltos à mão armada a bancos, a carros e a postos de combustível, aumentou cerca de 10% nos primeiros seis meses do ano face ao mesmo período de 2007.
Em resposta às recorrentes queixas dos magistrados sobre a falta de meios e a desadequação de alguns, Pinto Monteiro foi peremptório: "Não adianta falar da falta de meios. Combate-se o crime com os meios de que se dispõe".
Quanto à aplicação do novo mapa judiciário, previsto para Abril de 2009, o Procurador-Geral da República remeteu os comentários para mais tarde, adiantando que "oportunamente se verá como resulta a aplicação na prática."

Comentários:
Carlos
A Prova de que não há distinções foram os processos Saco Azul de Felgueiras e Casa Pia !!. É preciso uma certa lata para vir dizer isto para os Jornais.

CA
Falar até fala bem o problema é passar à prática aquilo que diz e isso é o que ninguém vê,será medo? quem ocupa um lugar destes não tem que ter qualquer tipo de medo seja de quem for,mas inflizmente não é o que se vê!!

xxtokko
Intriga-me que o PGR sinta necessidade de fazer esta afirmação! É, certamente, devido a uma razão, que ele não disse qual era e devia dizê-lo ! Como em qualquer actividade, quando não dispomos de meios e recursos materiais para fazer algo, recorremos ao exterior, em "outsourcing". Se a PGR não tem meios para investigar o crime económico, deve recorrer a meios externos que os há, e pagar por isso ! Se não dispõe de verba, peça-a ! Caso contrário, depois desta afirmação de não ter meios, para investigar o crime económico, os criminosos sentiram-se encorajados pelo Senhor Procurador Geral da República a praticar ainda mais e maiores crimes ! E isso é o fim da Democracia ! Á atenção do Presidente da República, do Governo e da Assembléia da República Se nada fizerem, são todos cúmplices e devem ser condenados por isso !


Haverá algum português que acredite que os administradores do BCP, BPN, BPP e outros, venha a ser penalizado? As nossas leis são feitas por advogados, para "enrolar", recorrer uma vez, outra vez ... até que um juíz aplica uma pena suspensa. Qualquer português já interiorizou como funciona a justiça dos ricos. Os pobres, não. São condenados, presos!!!!

Tribuna
Fazia-se bem em castigar os gestores da "ganância"... Os gestores bancários assaltaram os seus próprios bancos, foi assim o resultado dos desfalques e da usura nunca quantificável nesta grande crise financeira.

A era do crédito fácil já começou... (USA) "Foreclosures Don’t Spare the House of God "


A era do crédito fácil já começou, tendo o seu portagem no mesmo o mais sagrado dos mutuários, instituições religiosas.
Muitas igrejas expandiu durante o boom imobiliário, como os bancos pequenos e grandes emprestaram dinheiro com base em pressupostos sobre o crescimento em suas doações.
Os credores foram, em certo sentido, apostas sobre a probabilidade de que um determinado pastor poderia atrair um grande público, ou, em alguns casos, sobre a popularidade de uma denominação sobre outra. Mas, quando essas foram as apostas erradas, ou demasiado optimistas, congregações viram-se até aos joelhos em dívida e em risco de perder as suas casas de culto.
Centenas de igrejas por todo o país têm recebido avisos de encerramento, nos últimos meses, e ainda mais estão por trás de pagamentos hipotecários. Uma desaceleração económica tende a aumentar a presença da Igreja, mas a quantidade cada churchgoer doa tende a diminuir. E membros mais recentes geralmente inferior a doar mais antigos. Igrejas remates pode gastar por cortar pessoal e atividades sociais, mas também para muitas freguesias, o maior gasto mensal é a hipoteca.
Historicamente, as igrejas estavam receosos de dívida, e muitos antigos da linha de Congregações possuídos têm os seus edifícios livre e esclarecido por décadas. Mas empréstimos contraídos pelas igrejas tornou-se mais comuns na década de 1990, chegando a US $ 28 bilhões nacionalmente em 2006, incluindo hipotecas, empréstimos construção da igreja e obrigações, de acordo com Lambert, Edwards & Associates, uma consultoria empresarial, em Grand Rapids, Mich Novas empresas e organizações sem fins lucrativos focada Igreja nasceu em comodato para cima, como fez o Real Estate Investment Trusts e outros molhos de igreja empréstimos, que foram vendidos a investidores.
A ascensão de nondenominational igrejas e um ressurgimento do movimento evangélico levou também a mais instituições religiosas que pretendem contrair empréstimos. Igrejas eram freqüentemente fundada em storefronts auditórios ou escola, mas como eles cresceram, eles construíram edifices extensa, incluindo os chamados mega-igrejas. Ao mesmo tempo, algumas igrejas perderam membros mais velhos como os jovens passou noutros países, e teve que pedir emprestado para sobreviver.
Alguns na igreja de empréstimos agressivos da indústria emprestadores dizer igreja empurraram hipotecas, também.
"Algumas das mentalidades que você viu tomando conta do mercado residencial provavelmente transferida para a igreja", declarou Dan micros, Executive Vice President da divisão da Igreja bancário Banco do Ocidente, uma subsidiária da BNP Paribas. "Lenders emprestado até demais, eles emprestada solenes em projeções de crescimento futuro, e eles só as igrejas acartar com demasiada dívida."
Pelo menos um quarto dos religiosos têm propriedades hipotecas, de acordo com uma análise de bens e hipoteca limalha em 115 municípios dos Estados Unidos completou para o The New York Times por First American CoreLogic, um provedor de dados na Califórnia. Mas esse número é muito superior ao que teria sido sem hipotecar o boom. O número de hipotecas emitidas para igrejas naqueles municípios em 2005 era de 50 por cento superior ao registado em 2002, a análise revelou.
Limalha de encerramento tenham caído à porta de 254 propriedades, ou 0,31 por cento das igrejas 82441 estudado. A percentagem é mais elevada quando igrejas sem hipotecas são excluídos. St. Andrew's Igreja Anglicana em Easton, Md., exemplifica as hipóteses optimistas que se alimentaram da igreja de empréstimo. St. Andrew's tinha apenas 35 membros em 2005, quando movidos de uma loja arrendada a um revival de estilo gótico capela construída em 1866. O edifício custaram US $ 795.000, mas a igreja emprestado $ 50.000 a partir de um emprestador e US $ 850.000 a partir do Banco de Talbot Easton, segundo W. David Morse, um Vice President do banco.
A igreja espera expandir sua congregação ia numa altura em que alguns Episcopalians estavam saindo para se juntar às suas igrejas anglicanas freguesias. Mas, no início deste ano, St. Andrew's não tivesse crescido muito e que tinha ficado para trás em sua hipoteca. Em Agosto, como juros montado para cima, ele devia Talbot Banco $ 884.657.
No leilão deste mês, Talbot tomou posse da igreja por US $ 700000, dando a congregação semanas para sair a não ser que o leilão é controvertida.
"Em retrospectiva, qualquer empréstimo que vai mal vai invariavelmente olhar 'ambicioso'", disse o Sr. Morse. "No momento em que o empréstimo foi feito, o conselho de administração da companhia evidentemente acreditava" na visão e as previsões de crescimento da igreja.
Menos de 30 pessoas assistiram ao serviço religioso no domingo antes do Natal, e mais mantidos em seus casacos, tremores no frio porque o calor ter sido virado para baixo para economizar dinheiro.
"Eu rezo suas orações para esta freguesia e que Deus vai continuar a sustentá-la", disse o Bispo Joel Johnson congregação.
Para ser sustentável, uma igreja não tem necessariamente um lar. Por exemplo, a Igreja da Verdade Viver em Des Moines foi encerrado no último verão e agora a congregação reúne-se em um local Boys & Girls Club. Em Houston, o St. Agnes foi encerrado na Igreja Batista em setembro, mas o banco que assumiu simplesmente alugou o prédio de volta para a igreja.
St. Andrew's Igreja Anglicana em Easton, Md., faltaram às suas hipotecas e devemos avançar.
Igreja hipotecas, um nicho de produtos longos, tornou-se mais mainstream na década passada. Bank of America e outros bancos expandiram suas práticas nacionais, e, nos últimos anos, as empresas começaram a especialidade financiamento agregação igreja hipotecas devem ser vendidos a investidores. Moody's Investors Service, por exemplo, classificou um punhado de securitizações hipotecárias igreja pouco antes da crise financeira.
Igrejas também estão incluídas em uma pequena fração dos certificados de recebíveis imobiliários comerciais, de acordo com Trepp, uma Nova York que acompanha a investigação das empresas comerciais do mercado hipotecário. Mas há poucos público limalha por igrejas, que não são obrigados a divulgar detalhes do seu vínculo oferendas para o público. Uma exceção é igreja Real Estate Investment Trusts, ou REIT, que são obrigadas a depositar divulgações com a Securities and Exchange Commission. Em um tal depósito, até à Igreja empréstimos e Trust Investimentos em Amarillo, Texas, nonperforming igreja empréstimos aumentaram 14 por cento no trimestre que terminou a 30 de Setembro, em comparação com o trimestre do ano anterior.
Que também fiduciária investimento imobiliário divulgado em seu depósito que em 2004 houve um aumento dos níveis de endividamento, que iria permitir às suas igrejas para assumir a 85 por cento do valor das suas propriedades, a partir de 67 por cento. N º regulamentos nacionais governar igreja níveis da dívida.
Veteranos da igreja de empréstimo previa a maior parte da igreja empréstimos não iria cair sobre o mesmo tipo de problemas como a habitação e escritórios mercados.
"Já está começando com um mutuário que considera ser uma obrigação moral para amortizar o seu empréstimo", disse Timothy Horner, uma parceira com a Warner Norcross & Judd, uma firma de advocacia em Grand Rapids, Mich, que trabalhou na igreja questões financeiras.
Esse parece ser o caso na Igreja Seabreeze em Huntington Beach, na Califórnia A igreja reduziu seus pagamentos mensais por comutação de interesse apenas de uma hipoteca com o seu credor, o cristão evangélico Credit Union. Pastor Unrau e sua equipe agora trabalhar fora de casa ou do escritório domingo escola, em vez de salas separadas escritórios. Toda semana, ele lugares da Igreja gastos e da quantidade de doações. Na semana passada, dando somaram US $ 14.066 e $ 29.693 foram gastos.
Pastor Unrau disse pessoas em igrejas, por vezes não são realistas o suficiente em seu pensamento. "" Bem, talvez Deus só vai fazer isso vá longe ", disse ele. "Mas, na verdade, temos uma responsabilidade para a situação."

Bailout de Long-Term Capital: um mau precedente? ( Bailout of Long-Term Capital: A Bad Precedent?)


A crise financeira é resultado de muitas más decisões, mas uma delas não tem recebido atenção suficiente: o socorro de 1998 o Long-Term Capital Management hedge fundo. Se tivesse sido menos reguladores envolvidos com a protecção dos credores do fundo, os nossos problemas atuais poderiam não ser tão ruim.
Long-Term Capital foi aconselhado por financiar quants, quantitativos ou analistas, que fez uma série de insalubre, esotéricos apostas, incluindo investimentos em derivados de taxa de juro. Quando a Rússia da incapacidade de pagar as suas dívidas roiled mercados globais, o fundo, acartar com alta alavancagem e extrapatrimoniais obrigações, foi de quase colapso.
Porque Long-Term Capital grandes quantias em dívida aos bancos e outras instituições financeiras, Banco da Reserva Federal de Nova Iorque organizaram um consórcio de empresas para comprá-lo fora e cobrir as dívidas. Alan Greenspan, então presidente do Fed, afrouxaram a política monetária para reiniciar os mercados de capitais, que estavam começando a congelar-se. Long-Term Capital da accionistas foram exterminados, mas nenhum dos credores tiveram perdas.
Na época, ele pode ter parecido que os reguladores fez a coisa certa. O socorro não exigia dinheiro de forma frontal o governo e o mundo financeiro evitar uma crise ainda maior. Hoje porém, que a intervenção pontual por parte do governo já não parece tão sábio. Com o Long-Term Capital bailout como um precedente, os credores passaram a acreditar que os seus empréstimos a instituições financeiras não saudável seria feita pelo Fed bom -, enquanto o colapso das instituições, iria comprometer o sistema global de crédito. Reforçados por essa sensação de segurança, más empréstimos mushroomed.
Evidentemente, havia muitas razões para as avarias temerários de empréstimo e de gestão de risco que levaram à maior parte dos recentes choques sistémicos de crédito. E temos agora entrou no reino dos biliões de dólares salvamento, grande contágio entre as instituições financeiras, bancos e rápido deleveraging de uma crise económica que algumas pessoas estão começando a comparar com a Grande Depressão.
A Long-Term Capital episódio parece pequena, quando comparados com tudo isso. Mas foi importante justamente porque o fundo não era uma empresa maior. Na época do seu quase desaparecimento, ele nem sequer era um grande centro bancário dinheiro, mas sim um fundo hedge com cerca de 200 colaboradores. Esses fundos não tinham anteriormente sido colocado sob protecção regulamentar deste modo. Após o episódio, que sequer sabia que os mercados financeiros relativamente obscura instituições - através da intervenção do governo - poderia estar em condições de reembolsar empréstimos ruins.
Os principais credores do fundo incluído Bear Stearns, Merrill Lynch e Lehman Brothers, todos os quais passou a emprestar e de investir e de forma imprudente, de uma forma ou outra, pagar as consequências. 1998, mas deveria ter sido o momento de enviar um aviso de que a má credível empréstimos a instituições overleveraged significaria perdas, e que nem o Fed, nem o Tesouro faria essas perdas bom.
O que teria acontecido sem o Fed organiza-socorro do Long-Term Capital? Continua a ser uma questão em aberto. Um consórcio liderado pela inteiramente privado Warren E. Buffett poderia ter comprado o fundo, mas os mercados de capitais poderia ter ainda congelado devido à percepção de que o salvamento não eram garantidos.
Inacção e Fed poderia ter tido graves consequências económicas, sobretudo no que se tivesse caído um negócio através de Buffett. Nesse caso, um rápido financeiro deleveraging teria seguido, a economia e teria provavelmente mergulhada numa recessão. Isso soa ruim, mas poderia ter sido melhor ter experimentado uma versão mais leves de um abrandamento em 1998 mais severa do que a versão de 10 anos mais tarde.
Em 1998, não havia desmoronado habitação bolha, o orçamento do governo foi excedentária em vez de défice, banco alavancagem foi muito menor, mercados e produtos derivados foram menores e mais longe. A crise financeira relacionada com a Long-Term Capital, por mais dolorosa, provavelmente teria sido mais fácil de manusear do que a tempestade perfeita dos últimos meses.
O aspecto pontual do bailout criado um precedente para o que veio a ser chamado de "regulação pelo negócio" - agora o governo do modus operandi. Ao invés de divulgar as normas definitivas e as expectativas para o salvamento de antecedência, o Fed e do Tesouro confrontar cada crise específica anew. São tomadas as decisões quanto a saber se é possível uma fusão, se um consórcio pode ser organizado, que tipo de garantias de empréstimos podem ser oferecidos e de que tipo de concessões serão extraídas em troca. Até agora, toda a operação - ou a ausência, no caso do Lehman Brothers - tem sido diferente.
Apesar de existirem algumas vantagens para sair discrição nos reguladores "mãos, isso não tem funcionado muito bem fora. Tornou-se cada vez mais evidente que o mercado não sabe o que esperar e que muitas instituições financeiras estão sentados à margem, esperando para ver o que vai fazer a seguir reguladores. Incerteza regulamentar está a sufocar a capacidade dos mercados financeiros para engenheiro, pelo menos, uma recuperação parcial.
John Maynard Keynes famosamente proclamou que "a longo prazo estamos todos mortos." Do ponto de vantagem de 1998, hoje é, na verdade, a "longo prazo".
Não estamos muito morto, mas nós estamos seriamente doente. À medida que vamos olhar em frente, podemos ser tentados a voltar a adiar, escolhas difíceis. Mas talvez o próximo "longo prazo", também, não é mais do que 10 anos de distância. Se levarmos muito a sério o ditado keynesiana, e concentrar-se apenas no curto prazo, as nossas perspectivas serão efectivamente crispada.

Tyler Cowen é um professor de Economia na Universidade George Mason.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

2008, a crise sem fim à vista


Todos os dias bem cedo, o “Gorila” sai da sua casa e embrenha-se na selva de Manhattan. Este é o dia-a-dia de Dick Fuld, o ex-CEO da Lehman Brothers, que insiste em aparecer para trabalhar todos os dias no edifício que, durante anos, dominou. Agora, limita-se a cumprir o resto do seu contrato, que termina no final do ano.
Fuld parece negar a realidade, depois de, até ao último momento, ter acreditado que a Lehman Brothers era “too big to fail”, demasiado grande para falir. No dia antes da falência, Henry Paulson cortou-lhe a única saída que restava, a ajuda do Estado. Depois de patrocinar o salvamento da Bear Stearns, e perante muitas críticas, a Lehman surgiu como o pretexto perfeito para criar um exemplo. A 15 de Setembro, o banco pediu protecção contra os credores, depois de semanas de uma agonia que teve na bolsa o seu palco, com quedas de 90% do seu valor. Na mesma semana, Paulson teve em cima da mesa outro processo: a AIG, o maior grupo segurador do mundo. Aqui, a decisão foi outra: uma injecção inicial de 85 mil milhões de dólares, tornando os contribuintes norte-americanos donos de um império à beira da ruína. Na pátria do liberalismo, a doutrina política ficava para trás.
“No início foi o choque, porque nunca acreditámos que o problema fosse assim tão sério”, afirmou ao Diário Económico um antigo analista da Lehman, em Londres. “Quando vimos as ajudas milionárias à AIG e à indústria automóvel, o choque transformou-se em revolta, porque não entendemos por que razão ninguém ajudou a Lehman”, acrescenta este analista, que hoje em dia trabalha para uma empresa rival e pediu para não ser identificado.
O resto é história. A reacção imediata dos mercados foi o congelamento do crédito. A razão é simples: se até um colosso mundialmente conhecido pode desaparecer, não se pode confiar em ninguém. Ou seja, o dinheiro deixou de circular entre os bancos, ou então tal só acontecia a preços exorbitantes. Sem crédito a chegar às empresas e às famílias, a crise - que começou no ‘subprime’ em 2007 para degenerar em algo muito mais abrangente - chegou à economia real, levando muitos países à recessão técnica.
Depois dos EUA, também a Europa se viu forçada a reagir, ainda que a várias velocidades e num coro dissonante. Em Portugal, deu-se a primeira nacionalização em mais de 30 anos, colocou-se outro banco sob gestão controlada, e criaram-se garantias estatais para a emissão de dívida dos bancos, e a Islândia tornou-se conhecida por ter estado à beira da falência, também devido à exposição dos seus bancos.
Dos dois lados do Atlântico, os juros caíram vertiginosamente e a um ritmo nunca visto, procurando insuflar na economia a liquidez que os bancos continuavam a não dar.
Tudo isto num ano que fica para história, pura e simplesmente, como o pior de sempre para as bolsas (ver página seguinte), provocando a erosão nas carteiras dos bancos e nas poupanças das famílias, expostas através de acções, fundos de investimento e produtos sofisticados.
Há um ano, poucas eram as vozes que se atreviam a prever o que se passou. Hoje, tudo é diferente - o sistema financeiro e o mundo. A falência da Lehman - o “orgulho de Wall Street” - é disso o exemplo. Se alguma lição se pode já tirar é que o modelo de Dick “O Gorila” Fuld falhou. E com ele o da regulação em versão ‘soft’. O que virá a seguir está nas mãos de poucos. Sobretudo de Obama, o homem que foi eleito com base na palavra “Mudança”.

Como a Lehman forçou o mundo a mudar
1 - O modelo actual da banca declarou falência
Nos EUA, o modelo reinante foi a divisão entre bancos de retalho e de investimento, e com bons resultados. O problema é que os segundos, sem fontes estáveis de rendimento, dependem de novos negócios das empresas, da transacção de acções, de fusões e aquisições, muitas alavancadas em dívida. Com o medo a tomar conta dos mercados, tudo parou, e as fontes de receitas secaram. Devido à alavancagem - que não permitia outro cenário que não o sucesso dos negócios para pagar dívida - o colapso acabou com a existência autónoma de três dos cinco maiores bancos de Wall Street. O modelo futuro passará por instituições integradas ou uma maior cautela na tomada de risco.

2 - A regulação obrigada a responder aos falhanços

Christopher Cox, actual presidente da norte-americana SEC, admitiu recentemente que a instituição não agiu apesar de, durante uma década, ter recebido “denúncias credíveis e específicas”. Isto ilustra o falhanço do modelo actual, não apenas em causa de fraude - que também teve um exemplo em Portugal - mas também no controlo dos riscos. Os esforços para realizar um novo acordo ‘Bretton Woods’ não resultaram, por agora, em nada específico. No entanto, o caminho deverá ser o habitual nestas circunstâncias: mais regulação, mais exigências, mais controlo. Os ‘private equity’ e, sobretudo, os ‘hedge funds’, deverão ser os principais alvos das autoridades.

3 - Estado voltou a ser o “grande irmão” do sistema
De Portugal ao Reino Unido, passando por Bélgica, EUA e Islândia, as nacionalizações voltaram em força. Consideradas, até há bem pouco tempo, um anacronismo irrepetível, foram a forma encontrada pelos Estados de “salvar” bancos e outras instituições do colapso, devido ao risco de um efeito dominó sobre o sistema financeiro e sobre a economia real. Para além do “trunfo” da nacionalização, outras cartas têm sido jogadas: garantias especiais para emissão de dívida, disponibilidade para reforçar capitais e compra de “activos tóxicos” para limpar os balanços dos bancos mais expostos. Com o falhanço da auto-regulação, o Estado tem sido a verdadeira rede de segurança do sistema financeiro.

Quem avalia a supervisão do Banco de Portugal? Finanças e auditor divergem


O Ministério das Finanças e o auditor escolhido por si para o Banco de Portugal não se entendem quanto à abrangência das funções do Conselho de Auditoria do órgão de supervisão bancária nacional.

No entender de Fernando Teixeira dos Santos, o CA tem competências para controlar o desempenho do BdP em todas as áreas de actuação do banco - incluindo a de supervisão - e advertir Vítor Constâncio sobre qualquer tema que julgue oportuno.
Já o presidente do Conselho de Auditoria, Emílio Rui Vilar, entende que não lhe cabe pronunciar-se sobre questões como estratégia, oportunidade de decisões ou sobre as sanções decididas pelo BdP no âmbito da sua actividade de supervisão.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

" Banqueiros e Elite Política" são os culpados da crise







A saga culposa dos gestores bancários continua e o
Governo continua a fechar os olhos no "deixa andar"...
Os ex. administradores bancários, accionistas e outros, deveriam repor os lucros chorudos que obtiveram durante estes últimos anos!!! Assim voltaríamos a ter normalidade no sistema financeiro... Os bancos portugueses deram cerca de 10 milhões de euros de lucros por dia, durante estes últimos anos, agora que paguem os prejuízos...
Temos o exemplo do BCP...
Penso que não deveria ser o Governo a dar "avalos" de milhares de milhões de euros aos bancos... Temos que responsabilizar e punir os gananciosos e criminosos bancários, pelos prejuízos monstruosos e desgraças, que criaram a milhares de pessoas inocentes...BCP, BPN, BPP... Como afirmou Saldanha Sanches em 16 ou 17 deste mês... O que mais me entristece no meio de tudo isto é haver uns gajos que não fazem outra coisa senão andar a gamar, armados em sérios gestores, banqueiros e políticos. Estamos entregues a uma cambada que ainda por cima tem a lata de afirmar que se preocupa com o seu semelhante e para salvaguardar os seus interesses é capaz de fazer guerras, de humilhar povos e aqui entra o inevitável, ora em nome da democracia ora em nome da liberdade.
O dinheiro que eles gastam e roubam dava para acabar com a fome no mundo e o que restasse devia ser aplicado na ciência, na descoberta de meios de salvar pessoas que em pleno século XXI continuam a morrer por causa duma simples gripe ou pela mordidela de um mosquito.

A diferença que existe entre um regime totalitário e um regime democrata não é nenhum.
Os primeiros mandam porque tem um partido único, os segundos porque o povo votou neles e agora como partido único no poder, comportam-se exactamente da mesma maneira.
"À medida que o tempo passa, começo a perceber melhor porque é que existe terrorismo, não que o apoie obviamente, mas com tanto desequilíbrio no mundo que diferença faz…
A poucos dias do Natal é natural que os indígenas andem preocupados com a quadra, a noite familiar, os presentinhos, os cartões de crédito, as notícias da crise, os fechos de empresas, as quedas das Bolsas, os golpes financeiro, e façam as contas ao que aí vem em 2009, com muitos Cabos Bojadores cheios de perigos e tempestades em que muitos irão naufragar.
É verdade que os tempos presentes são do salve-se quem puder e o futuro é cada vez mais uma lotaria. Mas é verdade também que esta conjuntura violenta poderia ser aproveitada para se fazerem rupturas, procurar dizer umas tantas verdades, acabar com certos tabus e pôr o dedo em muitas das feridas que têm andado escondidas nestes anos de democracia. Mas não. A vidinha neste sítio manhoso, pobre, deprimido, hipócrita e cada vez mais mal frequentado continua pior do que nunca, com as mesmas misérias e os mesmos miseráveis.
A vidinha continua a ser dominada por gente medíocre que tem medo da sombra e passa a vida a varrer das agendas os temas que podem ser verdadeiramente perigosos para os seus interesses e privilégios, a maior parte das vezes ilegítimos.
As grandes discussões destes últimos dias centraram-se na eventualidade de uma Esquerda Marxista, Leninista, Estalinista e Trotskista entrar no arco governamental e no voto vergonhoso dos senhores deputados que aprovaram o Estatuto dos Açores.
As palavras de Pinto Monteiro, procurador-geral da República, no Parlamento, foram rapidamente esquecidas, com toda a gente a fingir que o responsável máximo do Ministério Público não disse nada de relevante, merecedor de um amplo debate e, mais do que isso, de um verdadeiro levantamento nacional contra o estado a que as coisas chegaram no sítio.
No seu estilo directo, Pinto Monteiro apenas afirmou que o governador do Banco de Portugal foi alertado em 2004 para uma grande fraude internacional envolvendo o BPN e o famoso Banco Insular de Cabo Verde e nada fez para colaborar com as autoridades na descoberta dos autores desse crime económico, aliás; já tinha sido também alertado para os crimes e fraudes do BCP desde 1999 até aos dias de hoje...
Aos senhores deputados que aprovam as leis, em que são os primeiros responsáveis pela Justiça, em que o Ministério Público não tem capacidade para combater a corrupção e os crimes de colarinho branco, provando-se que não é importante e nada tem de relevante.
As palavras de Pinto Monteiro foram levadas pelo vento, Constâncio continua no lugar e os corruptos podem dormir em paz.

Bom Natal para todos.»

O envolvimento dos administradores do BCP - Acusação do Banco de Portugal ao BCP


Foram concedidos às ‘offshores’ créditos no valor de 590 milhões de euros entre 1999 e 2004, ano em que as sociedades passaram para três accionistas.
Cinco administradores, incluindo Pedro Líbano Monteiro, que não está acusado neste processo, assinaram os créditos e as renovações às dezassete ‘offshores’ que fazem parte da acusação do Banco de Portugal: António Rodrigues, António Castro Henriques, Christopher de Beck e Filipe Pinhal, alguns tinham os pelouros da Direcção Internacional, outros eram os ‘alternantes’, uma vez que no crédito é sempre preciso uma segunda assinatura de um qualquer administrador. Alípio Dias não consta desta lista, porque só interveio mais tarde, nas ‘offshores’ de Goes Ferreira que acabou por extinguir em 2007. Há ainda assinaturas de vinte directores do Grupo BCP (incluindo da sucursal de Cayman) que propunham o crédito. Pedro Líbano Monteiro foi apenas testemunha deste processo, o que se pode explicar pelo facto de as suas assinaturas serem anteriores a 2003, e por isso o seu envolvimento ter prescrito.
Os administradores visados explicam que o facto de assinarem crédito não implicava que soubessem que as ‘offshores’ não tinham ‘beneficial owner’ (e que por isso eram do BCP) só os preocupava a relação crédito /garantias.
Em causa estão empréstimos concedidos para a compra de acções que só tinham as acções como garantia. O montante global de crédito autorizado às 17 sociedades Cayman foi de 525 milhões de euros, tendo em consideração as várias alterações ao limite de crédito que acabou por ser de 590 milhões. Estas operações provocaram elevadas perdas patrimoniais, em consequência da acentuada depreciação que as acções em carteira viriam a sofrer a partir de 2001. Até Dezembro de 2003 os créditos chegaram aos 489 milhões de euros, enquanto que as acções que cobriam esses empréstimos não ultrapassavam 100,5 milhões de euros. No fim desse ano “o BCP terá procurado ocultar, com recurso a pessoas singulares (Frederico Moreira Rato, Bernardino Gomes e Ilídio Monteiro) e colectivas por si instrumentalizadas as perdas”. Os prejuízos das ‘offshores’ acabaram por ser assumidos pela Edifício Atlântico em 2004.
Em 2005, Paulo Teixeira Pinto chega a presidente do BCP, e nesta altura são as ‘offshore’ do Goes Ferreira que acumulam perdas. As sociedades Sevendal, Hendry, Sherwell e Somerset, segundo o BdP, são do BCP e deveriam ter sido contabilizadas as perdas que estas tiveram desde 2001 até 2006, inclusive. Prejuízos de 79,8 milhões em 2001; de 25,3 milhões em 2003; lucros de 25,2 milhões em 2005; perdas de 3,12 milhões em 2006, altura em que foi proposta a sua extinção já com Alípio Dias no pelouro da Direcção Corporate Sul IV, que lhe estava atribuída desde Janeiro de 2006. A 30 de Novembro de 2006 o BCP formalizou a cessão dos créditos sobre a Hendry à Intrum Justitia Debt Finance e estes foram cessados em 28 de Dezembro. Em 28 de Fevereiro foram cedidos os créditos sobre a Somerset à Intrum Justitia e em 31 de Julho de 2007 o BCP cedeu os créditos sobre a Sherwell à Branimo (promoção imobiliária).

Obs...
Também estão em causa estão alegadas irregularidades relacionadas com o financiamento da aquisição de acções do próprio banco por “off-shores”.
Este processo, que se arrasta há mais de um ano, tem assim um primeiro passo positivo ao eliminar quatro nomes ao rol dos possíveis condenados do chamado caso BCP. Começa agora uma outra fase, com o período de contestação pelos nove notificados – sete ex-administradores e dois directores gerais do banco – e a posterior análise e dedução de acusação por parte do Banco de Portugal. Com os prazos legais em vigor, a fixação das sanções por parte da instituição vai ainda demorar algum tempo, podendo ser depois contestada judicialmente. Uma situação que, com as tácticas dilatórias dos advogados, através de pedidos de informação e arrolamento de inúmeras testemunhas, pode atirar uma decisão final para daqui a vários anos.
Esse tipo de situações viveu-se no passado em instituições mais pequenas, como a Caixa Económica Faialense ou a Caixa Económica Açoreana. A grande diferença é que essas instituições acabaram por desaparecer e o BCP é um dos mais importantes bancos portugueses e continua a andar, como já disse um dos seus responsáveis, nas bocas do mundo pelos maus motivos, o que, como refere um comunicado, de sábado, do banco, tem produzido “imputações susceptíveis de afectar o seu bom nome e reputação”.
Sabe-se que, entre os nove notificados pelo Banco de Portugal, existem graduações diferentes de responsabilidades que deverão redundar em diferentes tipos de penalizações. Também se sabe que o banco foi notificado, quer pelo Banco de Portugal, quer pela CMVM, e que a entidade reguladora do mercado de capitais deverá notificar, em breve, as pessoas envolvidas em alegadas irregularidades de mercado. Isto para já não falar dos processos que estão a ser instruídos pelo Ministério Público. Por isso, é bom que a justiça seja célere e os culpados condenados, para bem do banco, das estruturas judiciais e de regulação e do país.(Francisco Ferreira da Silva, DE)


Comentários
:
vg
Com os Códigos complexos e contraditórios que temos e uma boa equipa de advogados, tudo se resolverá. Aliás o "politicamente correcto" está cada vez mais a favor de banqueiros golpistas

Realista
Se eu entendi bem este artigo tem apenas uma finalidade: indicar os nomes dos administradores que não foram incriminados pelo BdP. Ora bolas! PS. Quero ver se este comentário passa.

Tribunus
Este senhor está cheio de fé numa justiça mais celere! com este ministro da justiça não vamos a lado nenhum e antes pelo contrario em 4 anos piorámos...........

Zé Cardoso
"Justiça mais célere", pelo menos em teoria assim parece, na prática dará quase de certeza em muito pouco. Benefício da dúvida até quando? "Caça grossa", poderosos, se for preciso compram a justiça com os muitos milhões que roubaram, e fica o assunto encerrado. É urgente criar "comissões de populares" para vigiarem estes casos!

fsantos (osanto@hotmail.com)
o que estes rapazes fizeram,não é para já estarem presos como o do bpn? sabemos que há varias leis neste pais para o mesmo crime mas assim tão à descarada parece-me mau.

Xabregas
A ver Vamos .... a casa pia deve ser o exemplo a que se refere .... são todos uns santinhos.

ENCARNAÇÃO
É MUITO IMPORTANTE ANALISAR E FAZER SENTIR O PROBLEMA ACTUAL... Por causa deste banco, há cerca de 100 mil famílias a passar grandes dificuldades... Mais de metade dessas 100 mil famílias portuguesas, neste momento passam fome e miséria, é mesmo por culpa do BCP. Aliás; continua a extorquir os bens a essas ""famílias endividadas pela manipulação dos créditos das acções BCP em 2000/2001"" burladas na venda fraudulenta de Acções Próprias BCP e que hoje estão com o seu nome cadastrado no BdP, não podendo fazer movimentações em termos de créditos ou reformas de empréstimos de habitação e outros!... Estas "dívidas de créditos manipulados, " estão contabilizadas no BdP... São as tais dívidas que jamais serão pagas, porque tem a haver com os tais famigerados créditos de milhões de acções próprias BCP em 2000/2001. Aliás; depois de provado estes crimes e outros, a "Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) já tinha condenado o BCP ao pagamento de uma coima de 3 milhões de euros por um total de 100 sanções. No entanto, o regulador deliberou a suspensão parcial da execução de 2,5 milhões de euros da coima aplicada se o banco indemnizar os clientes prejudicados nas campanhas accionistas de 2000 e 2001". Os responsáveis destas extorsões, devem ser severamente castigados. Investiguem os principais ex-administradores culpados e interlocutores dessas negociações, por exº: Dr. João Lourenço, Dr. Paulo Roriz, Dr. Rui Lopes, Dr. Spartlei, Dr. António Maria Lencastre, Drª Olga Cardoso, Dr. Jorge Silva e outros. Penso que ainda anda muito criminoso encoberto.(...)

ACR
Haverá algum português que acredite que um único destes administradores venha a ser penalizado? As nossas leis são feitas por advogados, para "enrolar", recorrrer uma vez, outra vez ... até que um juiz aplica uma pena suspensa. Qualquer português já interiorizou como funciona a justiça dos ricos. Os pobres, não.São condenados, presos!!!!

Viriato
Porque é que na América, o gatuno da fraude da piramide (ex-presidente do Nasdaq)foi logo preso e para sair teve de pagar uma caução de 10 Milhões? Porque é que aqui nunca se prende ninguém, pelo menos os ricos,e as cauções são sempre anedóticas?

Silvares - Mª Grande
Éramos clientes do BPSMayor desde 97.Quando recorremos ao crédito para habitação (construção) fomos encaminhados para o CPP. Tudo bem. Quando o BPSMayor passa para o Universo do MillenniumBCP, fomos obrigados a transferir igualmente o empréstimo. Em 2000/2001 fomos "convidados" a adquirir 1.500 acções por 17.500 euros, resultando dessa compra, mais-valias e melhores condições no crédito. Uma farsa e quando estavam a 3,54euros vendemo-las. Apresentámos agora a reclamação e foi-nos dito que não reuníamos as condições necessárias para sermos ressarcidos pela diferença. É vergonhoso apresentarem desculpas esfarrapadas quando "sacaram" cada um dos administradores e o seu chefe mor muitos milhões nestes últimos anos. Irei remeter o dossier à CMVM, ao Banco de Portugal, à PGR, mas se entretanto encontrar algum destes mafiosos na rua, terei todo o gosto em lhes assentar umas palmadas. Até o Alípio das sementes do Porto, bom rapaz, não consegue manter a coluna vertebral na posição normal. Este processo é em tudo idêntico ao do BPN. Clamamos por Justiça nem que seja a de Fafe. Cumprimentos aos vigarizados! Aos vigaristas que paguem o que roubaram.

Inocêncio
O que é grave é que depois dos desmandos destes vigaristas as pessoas acreditam que haverá uma justiça que julgará esta gente. Pobres ingénuos é mesmo só para crentes. Permitam-me este desabafo os crentes que vão a Fátima a pé faz bem ao colesterol enquanto estes vigaristas vão esbanjar o capital nas águas calientes das Caraìbas. E ainda se poderá ouvir-lhes dizer à boca pequena "são uns pobres de espirito" coitados!

LOPES
JUSTIÇA!!!!!! QUAL JUSTIÇA ISSO EXISTE ONDE?????????

ludgero santos
Compreendamos-nos. Procura de culpados, arrastamento do processo, contestação judicial, prazos legais com bom aproveitamento. Final do filme que já vai longo: desculpas para os culpados e puniçâo de inocentes.
Bem-vindo ao mundo dos advogado...

'Offshores' empolaram as contas do BCP em 520 milhões - Acusação do Banco de Portugal ao BCP 2008-12-22 00:05...


“O Banco de Portugal (BdP) concluiu que o BCP promoveu a criação de um grupo de sociedades em centros ‘offshore’, que manteve sob o seu exclusivo domínio e com a gestão efectiva delas, com o estrito objectivo de estas procederem à aquisição de valores mobiliários relativos ao BCP e a outras instituições do grupo” refere o documento da acusação do Banco de Portugal ao BCP e ex-administradores, a que o Diário Económico teve acesso. A instituição liderada por Vítor Constâncio conclui que o banco terá ocultado, deliberamente, ao BdP a existência de dezassete dessas sociedades (as quais só seriam conhecidas pela equipa de Vitor Constâncio no decurso das averiguações agora concluídas), e nunca tendo reflectido na sua contabilidade a relação de controlo que sempre manteve com aquelas entidades.
A história remonta a 1999, altura em que a partir da sucursal de Cayman do BCP viriam a ser constituídas, as dezassete sociedades, das quais cinco por iniciativa do antigo BPA, então incorporado em 2000 (Junho) no BCP. O capital destas dezassete sociedades era detido por quatro ‘holdings’ sediadas nas ilhas britânicas: Meadowcroft; Osterdal; Daman Group; e Geafield Holding.
As quatro ‘holdings’ que detinham as dezassete (e por isso é o prejuízo destas) registaram um resultado negativo acumulado de 413 milhões de euros, ao longo de quatro anos (até 2004). Em 1999 tiveram 62 mil euros de lucro; valor que subiu em 2000 para os 9,4 milhões de euros. Mas em 2001 o prejuízo ascendeu a 20,6 milhões, montante que subiu estrondosamente em 2002 (256,9 milhões de prejuízo). É um facto que o BCP não contabilizou as perdas, mas também não contabilizou os lucros das ‘offshores’ nas suas contas de 1999 e 2000.
O Banco de Portugal parte das provisões para fazer face às perdas das ‘offshores’ (primeiro das dezassete, depois das quatro de Goes Ferreira) para calcular o empolamento das contas. Assim em termos de resultados consolidados, em 2001 os lucros do BCP terão sido empolados em 58,9 milhões; em 2002 em 66 milhões e em 2003 em 193,3 milhões. Em 2004 (já com as ‘offshores’ fora do banco), os lucros foram de 513 milhões e o BdP considera que deveriam ter sido de 301,8 milhões. Ao longo de quatro anos o BCP deveria ter constituído provisões de 520 milhões. Nos dois primeiros anos de existência aqui analisados, as ‘offshores’ ainda apresentaram lucros, mas a partir de 2001 (por via da desvalorização dos títulos em bolsa, fruto do ‘crash’ bolsista após o ataque terrorista de 11 de Setembro) as dezassete não pararam de acumular prejuízos.
Depois há a parte da receita que veio dos créditos concedidos às ‘offshores’. Em termos de juros, foram cobrados entre 1999 a 2004 cerca de 63,99 milhões em juros dos descobertos, que foram debitados nas contas das sociedades pelo banco quando não deveriam ter sido, segundo o BdP. Já em comissões, e no mesmo período, o BCP recebeu 446 mil euros. Em cada ano, segundo o BdP, estas teriam que ser consideradas nulas, uma vez que o beneficiário do crédito seria o próprio banco. As contas de Constâncio estão entretanto a ser reanalisadas pelos visados da acusação e há alguns que questionam a veracidade desses números, por as “contas não estarem bem feitas, há itens somados duas vezes”, refere um dos ex-administradores do BCP.

Três accionistas chegam às ‘offshores’
As ‘offshores’ chegaram a ter cerca de 5% do BCP, quando em Novembro de 2002 se dá o contrato com o ABN de venda das acções e da emissão de ‘equity linked notes’, com base nessas acções. A partir do fim de 2003 até Abril de 2004 as ‘offshores’ passaram a ter três ‘beneficial owners’ (donos), Frederico Moreira Rato, Bernardino Gomes e Ilídio Monteiro. Ainda em 2004 são transferidas para a Edificio Atlântico de Miguel Paupério naquilo que o BdP chama de processo de “dissimulação das perdas num contexto não financeiro”.
Durante os anos 1999 a 2003 as dezassete sociedades viriam a ser beneficiárias de avultados financiamentos concedidos exclusivamente pela sucursal de Cayman, através de descobertos em contas de depósito bancário, destinado a financiar a única actividade prosseguida por aquelas sociedades: a negociação de títulos relacionados com o grupo BCP (BPA, BCP, ADR, BPSM, Banco Mello e Império). Os resultados, positivos ou negativos dos investimentos das ‘offshores’ estavam reflectidos nas respectivas contas de depósitos à ordem. Os empréstimos às sociedades serviram também para a realização do capital social das ‘offshores’, refere o documento.
Até Dezembro de 2003, altura em que os créditos chegaram aos 489 milhões de euros, as acções que cobriam esses empréstimos não ultrapassavam 100,5 milhões. Quando os três accionistas assumiram as ‘offshores’, o crédito às sociedades estava já em 590 milhões de euros e o valor dos títulos não chegava a 20% desse crédito.
Segundo o BdP os resultados do BCP deveriam ter sido corrigidos nos respectivos anos para reflectir a actividade destas sociedades. O que não aconteceu. Mas os juristas da defesa argumentam que só em 2005 é que entraram em vigor as normas que obrigavam à consolidação dos veículos sempre que o risco dos activos fosse predominantemente o banco.
(O Diário Económico teve acesso à acusação do Banco de Portugal no caso BCP)

domingo, 21 de dezembro de 2008

Uma questão de fé - diz Ministro das Finanças sobre questões de "aval de capitais"


A intervenção do Governo no caso do BPP, está principalmente na esfera religiosa. O Ministro das Finanças preferiu "pecar por excesso do que por defeito" na decisão de salvar o BPP, por acaso, é fiel depositária de muitos investimentos feitos pela Igreja Católica Portuguesa.
Nesta questão, Teixeira dos Santos está a fazer uma comunhão, acreditando que, com os 450 milhões de euros investidos por seis bancos, (BCP, BPI, BES... com extremas necessidades também) o BPP venha recuperar a sua Saúde à medida que os mercados financeiros estabilizem.
Mais que afectar a imagem de Portugal, a falência do BPP poderia afectar a imagem de personalidades Portuguesas, (com credibilidades falidas!...)

Comentário:
O crédito de Portugal depende o pão nosso de cada dia e foi provou-se que falhou politicamente o empréstimo da Caixa Geral de Depósitos, (com o aval do Estado) que é um banco de Estado.
Se não há crédito para o Estado, para quem haverá crédito? Para ninguém.
Milhares de pessoas com fome, milhares de empresas fecham ou ameaçam fechar, desemprego aumenta, com intenções de aumentar mais, salários a diminuir, a pobreza a aumentar, começa a parecer complicada a situação social, em que cada vez mais existem protestos de todo o tipo de sociedade em que se prevê protestos sociais com violência...
De futuro teremos uma sociedade com instituições políticas degradadas, com uma política obsoleta e uma classe de gestores irresponsáveis. É o colapso do regime, é algo novo que não conhecemos e que nos vai preocupar futuramente... Não há justiça ou vai sendo feita depois da validade, mas sem castigo, em tempos depois da morte...

Plano BPP é principalmente para salva fortunas...


A ajuda do Estado ao Banco Privado Português também irá servir para salvar as fortunas por efeito de contaminação positiva.
Os resultados só serão visíveis a médio prazo segundo, Ana Roque professora da Universidade Autónoma de Lisboa especializada em Direito Financeiro, diz que as intervenções das autoridades no BPP serão bem sucedidas para beneficiar a área de gestão de fortunas.
O Ministro das Finanças rejeita que assim seja: tudo o que tenha haver com gestão de carteiras, gestão de activos e gestão de fortunas está fora deste intervenção, disse em entrevista ao "Correio da Manhã..."
A salvação do Banco Privado Português será feitra com a intervenção de 450 milhões, avaliados pelo Estado, que tem uma cativação de activos de 672 milhões. A CGD vai participar com 120 milhões!
Neste ano de 2008, o que correu mal ao BPP foram os milhões de investimentos em acções especulativas sem retorno lucrativo.
Em 2007 foram distribuídos dividendos pelos accionistas no valor de 12,5 milhões, cerca de 50 % dos lucros consolidados. Terá o Banco de Portugal investigado o rateio de solvabilidade do BPP perante tanta generosidade distributiva? Nesse an0 de 2007, João Rendeiro, Presidente da Admistração ganhou cerca de 30 mil euros/mês de salário e os seus admistradores cerca de 15 mil/mês, fora os pacotes em acções. Neste e outros casos bancários (BCP,BPN) quem paga a crise, não são os ricos; mas sim os contribuintes com o "aval do Estado". Agora vai-se emitir obrigações no valor de 2 mil milhões de euros, que vai custar cerca de 52 milhões ao Estado em juros... Ao Estado?
Onde estão os milhões dos lucros de um passado recente? Onde estão agora os gestores e accionistas, que meteram ao bolso os milhões?
Há milhares de famílias portuguesas, que neste momento passam fome e miséria, pois é por culpa dos bancos que continuaram a engordar escandalosamente porque afinal; todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles.
Cada vez os ricos serão mais ricos e os pobres condenados a morrer á fome ou à situação de miséria.
Vejam as monstruosas fraudes monumentais no BCP, BPN, em que os lesados continuam extorquiados e roubados e Governo continua na política do deixa andar...
O Banco de Portugal é contestado e prova-se que não está a supervisionar devidamente o grande capital...O que se passa em Portugal? O alheamento dos portugueses em relação aos picos, mediáticos é confrangedor.
Um olhar mais atento para a realidade do dia-a-dia permite compreender que já não é só a credibilidade e a imagem dos agentes políticos, económicos, financeiros e até dos Média que estão em cima da mesa.
Assustador, verdadeiramente assustador, é a receita que fura os próprios fundamentos da Democracia, cujos principais ingredientes são: a ausência de debate livre, a apatia galopante, a incapacidade de indignação e a tolerância em relação a uma informação cada vez menos plural.

Caso BCP - Ministério Público reúne denúncias da CMVM e do BdP em dois inquéritos


Ministério Público reúne denúncias da CMVM e do BdP, em dois inquéritos.
O Ministério Público tem estado a reunir em dois inquéritos as denúncias e informações resultantes das investigações feitas pelos supervisores financeiros ao banco Comercial Português, revelou hoje fonte da Procuradoria-Geral da República.
"Todos os documentos remetidos pela CMVM e pelo Banco de Portugal, têm sido incorporados num dos dois processos conforme o caso", referiu a mesma fonte, em declarações à agência Lusa.
Só a Comissão do Mercado de Valores fez chegar ao Ministério Público quatro denúncias, uma já em Junho passado, por "fortes indícios" manipulação de mercado, e outras agora, no final das suas investigações, por novas suspeitas de crimes que ultrapassam a sua esfera de actuação.
Os dois supervisores do mercado financeiro já concluíram com acusações as suas investigações ao BCP e a antigos gestores e altos quadros do banco, e são obrigados por lei a encaminharem os indícios de crime que detectem ao longo dessas averiguações.
A PGR esclareceu que correm actualmente dois inquéritos ou processos distintos ao BCP.
"Corre inquérito no Departamento Central de Investigação e Acção Penal integrado na Operação Furacão, relativamente ao BCP" e outro "relativamente ao mesmo Banco no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa", especificou a mesma fonte em declarações à agência Lusa.
Refira-se que o investiga a criminalidade económico-financeira mais complexa, sendo dirigido pela procuradora geral-adjunta Cândida Almeida, enquanto o de Lisboa é dirigido por Maria José Morgado.
Os processos que correm relativamente ao BCP "continuam em segredo de justiça", disse à agência Lusa a mesma fonte, que não adiantou qual o ponto actual das investigações.
Um dos processos, recorde-se, nasceu da denúncia feita ao mesmo tempo, há cerca de um ano pelo accionista do BCP, junto da PGR, do Banco de Portugal e da CMVM.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Caso BCP - Jardim Gonçalves Investigado por prémios indevidos

O Ministério Público suspeita que as administrações do BCP terão recebido mais de 100 milhões de euros de prémios indevidos ao alegadamente manipularem as contas do banco.
Ao que o SOL apurou, o MP entende que, ao manterem as cotações das acções do banco em alta através da utilização de 17 sociedades offshore clandestinas (não declaradas ao mercado), os gestores sob suspeita conseguiram cumprir os objectivos anuais preconizados pelos accionistas para o Conselho de Administração.
Como consequência, os banqueiros receberam dos accionistas mais de 100 milhões de euros em prémios entre 2000 e 2007. O inquérito foi aberto no final de 2007 – na 9.ª Secção do DIAP de Lisboa, coordenada pela procuradora Teresa Almeida –, a partir de uma queixa do empresário Joe Berardo contra a administração de Jardim Gonçalves, pela alegada prática do crime de manipulação de mercado. Mas esta semana nasceram suspeitas da prática de um novo crime por informação documental fornecida pela Comissão dos Mercados de Valores Mobiliários: abuso de informação privilegiada. O inquérito ainda não tem arguidos constituídos, mas deverá ficar concluído até ao final do primeiro trimestre de 2009.

Comentário:
AI AI PORTUGAL, AI AI PORTUGAL, PQ ESTAS TÃO MAL
ESTES BANQUEIROS DEVIAM ESTAR ERA NA PRISÃO, SIM PRISÃO.
BANQUEIROS E POLITICOS, FORA COM ELES

Caso BPP - João Rendeiro Enfrenta queixa-crime por burla


O ex-presidente do Banco Privado Português vai ser alvo de uma queixa-crime por alegada burla qualificada, infidelidade e manipulação de mercado. A participação será entregue no DIAP por clientes do banco.

Paulo Guichard, administrador executivo, e Paulo Conceição Lopes, director coordenador com o pelouro de criação de produtos, serão também visados pela participação que será entregue no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa pelo advogado Luís Miguel Henrique (MHC & Associados) – representante de mais de 60 clientes do BPP.Ao que o SOL apurou, os clientes do BPP subscritores da participação ao Ministério Público auto-descrevem-se como cidadãos comuns que, após um aliciamento agressivo dos comerciais do BPP, decidiram transferir as suas economias de bancos como o BCP ou o BPN para a instituição então liderada por João Rendeiro. Muitos deles continuam com as suas contas congeladas, apesar das inúmeras tentativas de resgaste do capital investido efectuadas após as primeiras notícias da crise do BPP.

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/

AO LONGO DA FAMIGERADA "CAMPANHA ACCIONISTA BCP" EM 2000/2001, QUE O BANCO LEVOU A CABO COM AS ACÇÕES PRÓPRIAS, FOI PROVADO HAVER INDÍCIOS DE VÁRIOS CRIMES... NO EXERCÍCIO DE 2000, O MONTANTE TOTAL DE PRÉMIOS A DISTRIBUIR PELOS FUNCIONÁRIOS FOI DE 22.603.817,40€, EM QUE OS ACCIONISTAS NÃO TIVERAM DIREITO A DIVIDENDOS!!!
AS ENTIDADES SUPERVISORAS E ÓRGÃOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGARAM AO PÚBLICO, MAS O BCP, MESMO COM A ACTUAL ADMINISTRAÇÃO, CUJO PRESIDENTE É O DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, CONTINUA A EXTORQUIR, "ROUBAR" E A SAQUEAR DINHEIROS DAS CONTAS DAS VÍTIMAS (CLIENTES) SILENCIADAS E INDEFESAS, DANDO SEGUIMENTO PARA O BANCO DE PORTUGAL COMO SENDO DÍVIDA DE INCUMPRIMENTO, SUJANDO O "BOM NOME" DO CLIENTE... ENQUANTO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS BANCÁRIOS CONTINUAM INTOCÁVEIS, SEM SER CHAMADOS À JUSTIÇA.

É A VERDADE DO QUE SE PASSOU E AINDA SE ESTÁ PASSAR NO MAIOR BANCO PRIVADO PORTUGUÊS! "MILHARES DE PESSOAS DESTRUÍDAS, EXTORQUIDAS E "ROUBADAS" DOS SEUS BENS PELO BCP (CAMPANHA ACCIONISTA MILLENNIUM BCP E OUTRAS SITUAÇÕES GRAVES)..."
- "TAMBÉM ALGUMAS NOTÍCIAS FINANCEIRAS ACTUALIZADAS"
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DURING THE INFAMOUS "CAMPAIGN SHAREHOLDERS BCP" In 2000/2001, the Bank has undertaken WITH OWN ACTIONS, HAS PROVEN Indications of HAVER SEVERAL CRIMES ... In 2000, THE TOTAL AMOUNT OF PREMIUMS FOR EMPLOYEES WAS A DISTRIBUTE OF € 22,603,817.40, in which shareholders were not entitled to dividends!!!
AND BODIES supervisors of media available to the public, but the BCP, EVEN WITH THE CURRENT ADMINISTRATION, WHICH IS THE PRESIDENT DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, continues to extort, "theft" Drawing MONEY AND VICTIMS OF THE ACCOUNTS (CLIENTS) Silent and Helpless, following FOR BANK OF PORTUGAL AS BEING DEBT OF FAILURE (CRC) of the client. While the primary banking responsibility untouchables CONTINUE WITHOUT BEING CALLED TO JUSTICE.

IS THE TRUTH of what happened and if IS MOVING IN A MORE PRIVATE BANK PORTUGUESE! "Thousands of people destroyed and EXTORQUIADAS THEIR PROPERTY BY BCP (BCP MILLENNIUM CAMPAIGN SHAREHOLDERS AND OTHER serious )..."
- "UPDATES FINANCIAL ALSO NEWS OF THE WORLD"