segunda-feira, 6 de abril de 2009

O capitalismo e a ganância

O argumento é, mais ou menos, o seguinte. A crise económica é o resultado da ganância (principalmente da “gente de Wall Street”).
O capitalismo e o "neo-liberalismo" "permitem" e "estimulam" a ganância. Logo, conclusão lógica, a crise da ganância desacredita, definitivamente, o liberalismo e o capitalismo. Até alguns que se julgavam liberais começam a aceitar a tese anti-capitalista. Se me permitem, discordo. E discordo absolutamente. Quando as sociedades produzem riqueza, é relativamente fácil defender as ideias liberais. Nos momentos de crise, é mais difícil, mas é fundamental fazê-lo.
Voltando à ganância, vale a pena citar, demoradamente, Max Weber, na "Introdução" à "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo": "instinto do lucro, sede de ganho, de dinheiro, do maior ganho monetário possível, não têm absolutamente nada a ver com o capitalismo. Esta aspiração encontra-se e encontrou-se em criados, médicos, cocheiros, artistas, prostitutas, funcionários corruptos, soldados, salteadores, cruzados, jogadores, mendigos, em todos os tipos e condições de pessoas, desde que para isso houvesse ou haja possibilidades objectivas...Uma sede de ganho ilimitada de modo nenhum é idêntica a capitalismo, e ainda menos ao seu espírito. O capitalismo pode mesmo ser identificado... com um refrear racional deste impulso irracional".
Há três pontos que devem ser sublinhados. O primeiro é o mais evidente: a ganância sempre existiu, e sempre existirá, quer nas sociedades capitalistas, como noutros sistemas económicos. Ou seja, faz parte da natureza humana; não é responsabilidade do capitalismo. Pelo contrário, e aqui chegamos ao segundo ponto, se for devidamente entendido, aplicado e praticado, o capitalismo e a economia de mercado limitam e controlam a ganância.
Como demonstrou Max Weber no seu famoso estudo, e como confirmam amplamente análises mais recentes sobre a história do capitalismo moderno, a economia de mercado é irmã gémea do estado de direito. Sem bons códigos e sem tribunais competentes, o ‘mercado' torna-se uma caricatura e sofre de enormes vícios. Uma sociedade poderá produzir riqueza, os seus membros poderão enriquecer, mas a ganância não é controlada. Dito de outro modo, sem uma ordem jurídica forte e independente, não há uma verdadeira economia de mercado. A integração europeia constitui o melhor exemplo. As suas construções mais completas são o Mercado Único e o Direito Comunitário. Vivem como irmãos gémeos: nasceram e cresceram juntos.
Mas o capitalismo não depende apenas do estado de direito, também se apoia numa ética individual, ou o que Weber também chamou o "dever profissional". É este o "espírito do capitalismo", um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento das sociedades capitalistas. O estilo de vida do capitalismo é norteado por um conjunto de regras e normas e pela responsabilidade individual. É justamente o "espírito" do capitalismo que explica a origem e a expansão do sistema capitalista, e não a origem do capital (a grande crítica que Weber faz a Marx).
O terceiro ponto diz respeito ao que acontece quando o espírito do capitalismo começa a desaparecer e o estado de direito fica fraco. É nessas circunstâncias que a "febre do ganho", a cobiça e a ganância prevalecem. Voltando à crise, ela resulta de lacunas do estado de direito e do progressivo enfraquecimento da ética capitalista. Para a resolver, será necessário melhores regras e melhor fiscalização e reencontrar uma ética individual que se perdeu.
Para concluir, mais uma citação de Weber: "o domínio universal da absoluta falta de escrúpulos própria do egoísmo interesseiro voltado para o ganho constitui, precisamente, uma característica específica de todos os países onde o desenvolvimento capitalista...se manteve atrasado". Não é a economia de mercado, mas a sua ausência, que causa a ganância. E a ganância limita-se com mais e melhor capitalismo.

Sem comentários:

AO LONGO DA FAMIGERADA "CAMPANHA ACCIONISTA BCP" EM 2000/2001, QUE O BANCO LEVOU A CABO COM AS ACÇÕES PRÓPRIAS, FOI PROVADO HAVER INDÍCIOS DE VÁRIOS CRIMES... NO EXERCÍCIO DE 2000, O MONTANTE TOTAL DE PRÉMIOS A DISTRIBUIR PELOS FUNCIONÁRIOS FOI DE 22.603.817,40€, EM QUE OS ACCIONISTAS NÃO TIVERAM DIREITO A DIVIDENDOS!!!
AS ENTIDADES SUPERVISORAS E ÓRGÃOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGARAM AO PÚBLICO, MAS O BCP, MESMO COM A ACTUAL ADMINISTRAÇÃO, CUJO PRESIDENTE É O DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, CONTINUA A EXTORQUIR, "ROUBAR" E A SAQUEAR DINHEIROS DAS CONTAS DAS VÍTIMAS (CLIENTES) SILENCIADAS E INDEFESAS, DANDO SEGUIMENTO PARA O BANCO DE PORTUGAL COMO SENDO DÍVIDA DE INCUMPRIMENTO, SUJANDO O "BOM NOME" DO CLIENTE... ENQUANTO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS BANCÁRIOS CONTINUAM INTOCÁVEIS, SEM SER CHAMADOS À JUSTIÇA.

É A VERDADE DO QUE SE PASSOU E AINDA SE ESTÁ PASSAR NO MAIOR BANCO PRIVADO PORTUGUÊS! "MILHARES DE PESSOAS DESTRUÍDAS, EXTORQUIDAS E "ROUBADAS" DOS SEUS BENS PELO BCP (CAMPANHA ACCIONISTA MILLENNIUM BCP E OUTRAS SITUAÇÕES GRAVES)..."
- "TAMBÉM ALGUMAS NOTÍCIAS FINANCEIRAS ACTUALIZADAS"
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DURING THE INFAMOUS "CAMPAIGN SHAREHOLDERS BCP" In 2000/2001, the Bank has undertaken WITH OWN ACTIONS, HAS PROVEN Indications of HAVER SEVERAL CRIMES ... In 2000, THE TOTAL AMOUNT OF PREMIUMS FOR EMPLOYEES WAS A DISTRIBUTE OF € 22,603,817.40, in which shareholders were not entitled to dividends!!!
AND BODIES supervisors of media available to the public, but the BCP, EVEN WITH THE CURRENT ADMINISTRATION, WHICH IS THE PRESIDENT DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, continues to extort, "theft" Drawing MONEY AND VICTIMS OF THE ACCOUNTS (CLIENTS) Silent and Helpless, following FOR BANK OF PORTUGAL AS BEING DEBT OF FAILURE (CRC) of the client. While the primary banking responsibility untouchables CONTINUE WITHOUT BEING CALLED TO JUSTICE.

IS THE TRUTH of what happened and if IS MOVING IN A MORE PRIVATE BANK PORTUGUESE! "Thousands of people destroyed and EXTORQUIADAS THEIR PROPERTY BY BCP (BCP MILLENNIUM CAMPAIGN SHAREHOLDERS AND OTHER serious )..."
- "UPDATES FINANCIAL ALSO NEWS OF THE WORLD"