Margens cobradas pelos bancos dispararam, com aumentos, em alguns casos, acima de 30%. Novos clientes não beneficiam de taxas de juro historicamente baixas.
Quem for pedir um novo empréstimo à compra de casa dificilmente perceberá que estamos a viver um período de taxas de juro historicamente baixas, sem precedentes.
Os bancos fizeram "disparar" o valor da margem financeira que somam à taxa de juro, o conhecido spread, com agravamentos quase mensais, em alguns casos de mais de 30% e para valores acima dos três pontos percentuais. Resultado: se o cliente não passar na avaliação de risco do banco e só conseguir contratar os spreads máximos ficará a suportar, em alguns bancos, juros acima de 5%. Isto numa altura em que a média da Euribor a seis meses (a taxa de juro mais usada) está nos 1,7%...
Num movimento generalizado entre os cinco maiores bancos, os spreads do crédito à habitação voltaram a ser revistos em Abril, depois de subidas quase mensais nos últimos tempos. E desta vez concretizou-se o que se previa, com algumas instituições a colocarem as margens máximas acima dos três pontos (ver quadro).
E não se pense que são só os spreads para os clientes de maior risco - aqueles que os bancos não querem, de todo, na sua carteira - que aumentam. Também as margens mínimas foram actualizadas, sendo hoje o valor mais baixo os 0,65 pontos percentuais praticados pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), seguida pelos 0,7 pontos do Santander Totta e os 0,8 pontos do Banco BPI. No caso do Banco Espírito Santo (BES), o seu spread mínimo duplicou, passando de 0,55 pontos para 1,1 pontos.
Mas se para muitos portugueses que procuram um novo crédito à habitação estes spreads mínimos são difíceis de alcançar, os bancos argumentam que também as margens máximas são aplicadas a uma ínfima percentagem de clientes. No entanto, estão lá, como forma de convidar o potencial cliente a desistir do empréstimo...
O valor mais alto é aplicado pelo MILLENNIUM BCP, com um spread de 3,6 pontos. Segue-se-lhe o BES, com um máximo de 3,3 e a pública CGD, com 3,15 pontos.
VIC
19 Abr 2009, às 18:25 - Belgium
Os bancos são uma espécie de moléstia incurável, com moral atrofiada e desconjuntada pela ganancia do lucro. Querem recuperar a toda a força o que perderam e por isso escravizam ou tentam escravizar os que deles precisam. Não são fiaveis, nunca foram e agora muito menos. O governo e os politicos são os seus aliados do nosso desconforto, só os cifrões contam. É um País entregue à bicharada, (cont)
Frankar
19 Abr 2009, às 16:48 - Portugal - Lisboa
As medidas tomadas pelos bancos, já foram explicadas num programa televisivo. Segundo a explicação dada, os empréstimos efectuados pela banca internacional para o financiamento dos bancos são ainda considerados de elevado risco e portanto o dinheiro fica mais caro. Se assim for, é lógico os valores dos "spreads" praticados. Quer dizer, quando o lençol é curto, tapa num lado e destapa no outro.
Anonymous
19 Abr 2009, às 16:34 - Portugal - Porto
Francamente, a compra de habitação está em extinção. Sobra o mercado de arrendamento que, quando se aperceber, irá fazer subir as novas rendas para preços incomportáveis também. Iremos voltar aos bairros de barracas? É o futuro dos cada vez mais pobres, pois os ricos estão cada vez mais ricos, por estas e por outras.
tolo
19 Abr 2009, às 16:17 - Portugal
comento como empresario do ramo imobiliario e como um particular.O governo assume se como mero espectador e nao se impoe como fez o primeiro ministro Zapatero ao fazer um ultimato á banca espanhola.Enquanto empresa subiram me por 3 vezes o juros das contas correntes em 2009.Com o dinheiro a 6%,corte nas avaliaçoes e spreads aos clientes de 3,5%como é possivel sairmos da recessao?Mais desemprego...
marco.simoes
19 Abr 2009, às 15:13 - Portugal - Lisboa
Esqueceram-se de alguns bancos a operar em Portugal. A Caixa Galicia por exemplo está a praticar spreads de 0.30% para associados da DECO e 0.35% a 0.45% para os restantes clientes. O Deutsche-Bank também pratica spreads na ordem dos 0.45%. Temos que procurar bem e pelo que parece a crise afectou mais os gigantes, ou então são estes que se estam a aproveitar mais desta.
Guilherme Pereira
19 Abr 2009, às 10:58 - Portugal - Lisboa
A Banca não dá ponto sem nó. Antes, arranjou à escala planetária um gigantesco molho de bróculos. Mas está visto que a crise lhes vai passar ao lado. Será o primeiro grande teste para os G20 que proclamaram em abastracto medidas internacionais contra a desregulação dos mercados financeiros.
qob
19 Abr 2009, às 10:46 - Portugal - Lisboa
Pelo que se ouve e lê aqui e acolá, dá para perceber que há uma previsão da queda dos preços em Portugal, do imobiliário novo à volta dos 20 a 25% e do imobiliário usado entre os 20 e os 40%. Os bancos estão a proteger-se dessas eventuais quedas, pura e simplesmente
qob
19 Abr 2009, às 10:44 - Portugal - Lisboa
Os Bancos já só emprestam no máximo dos máximos 80% do valor de avaliação, valor de avaliação que por sua vez já é inferior ao valor pedido pelos vendedores em alguns por cento SINAL DE QUE O MERCADO IMOBILIÁRIO ESTÁ COM PREÇOS ESPECULATIVOS QUE VÃO CAIR
Quem for pedir um novo empréstimo à compra de casa dificilmente perceberá que estamos a viver um período de taxas de juro historicamente baixas, sem precedentes.
Os bancos fizeram "disparar" o valor da margem financeira que somam à taxa de juro, o conhecido spread, com agravamentos quase mensais, em alguns casos de mais de 30% e para valores acima dos três pontos percentuais. Resultado: se o cliente não passar na avaliação de risco do banco e só conseguir contratar os spreads máximos ficará a suportar, em alguns bancos, juros acima de 5%. Isto numa altura em que a média da Euribor a seis meses (a taxa de juro mais usada) está nos 1,7%...
Num movimento generalizado entre os cinco maiores bancos, os spreads do crédito à habitação voltaram a ser revistos em Abril, depois de subidas quase mensais nos últimos tempos. E desta vez concretizou-se o que se previa, com algumas instituições a colocarem as margens máximas acima dos três pontos (ver quadro).
E não se pense que são só os spreads para os clientes de maior risco - aqueles que os bancos não querem, de todo, na sua carteira - que aumentam. Também as margens mínimas foram actualizadas, sendo hoje o valor mais baixo os 0,65 pontos percentuais praticados pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), seguida pelos 0,7 pontos do Santander Totta e os 0,8 pontos do Banco BPI. No caso do Banco Espírito Santo (BES), o seu spread mínimo duplicou, passando de 0,55 pontos para 1,1 pontos.
Mas se para muitos portugueses que procuram um novo crédito à habitação estes spreads mínimos são difíceis de alcançar, os bancos argumentam que também as margens máximas são aplicadas a uma ínfima percentagem de clientes. No entanto, estão lá, como forma de convidar o potencial cliente a desistir do empréstimo...
O valor mais alto é aplicado pelo MILLENNIUM BCP, com um spread de 3,6 pontos. Segue-se-lhe o BES, com um máximo de 3,3 e a pública CGD, com 3,15 pontos.
VIC
19 Abr 2009, às 18:25 - Belgium
Os bancos são uma espécie de moléstia incurável, com moral atrofiada e desconjuntada pela ganancia do lucro. Querem recuperar a toda a força o que perderam e por isso escravizam ou tentam escravizar os que deles precisam. Não são fiaveis, nunca foram e agora muito menos. O governo e os politicos são os seus aliados do nosso desconforto, só os cifrões contam. É um País entregue à bicharada, (cont)
Frankar
19 Abr 2009, às 16:48 - Portugal - Lisboa
As medidas tomadas pelos bancos, já foram explicadas num programa televisivo. Segundo a explicação dada, os empréstimos efectuados pela banca internacional para o financiamento dos bancos são ainda considerados de elevado risco e portanto o dinheiro fica mais caro. Se assim for, é lógico os valores dos "spreads" praticados. Quer dizer, quando o lençol é curto, tapa num lado e destapa no outro.
Anonymous
19 Abr 2009, às 16:34 - Portugal - Porto
Francamente, a compra de habitação está em extinção. Sobra o mercado de arrendamento que, quando se aperceber, irá fazer subir as novas rendas para preços incomportáveis também. Iremos voltar aos bairros de barracas? É o futuro dos cada vez mais pobres, pois os ricos estão cada vez mais ricos, por estas e por outras.
tolo
19 Abr 2009, às 16:17 - Portugal
comento como empresario do ramo imobiliario e como um particular.O governo assume se como mero espectador e nao se impoe como fez o primeiro ministro Zapatero ao fazer um ultimato á banca espanhola.Enquanto empresa subiram me por 3 vezes o juros das contas correntes em 2009.Com o dinheiro a 6%,corte nas avaliaçoes e spreads aos clientes de 3,5%como é possivel sairmos da recessao?Mais desemprego...
marco.simoes
19 Abr 2009, às 15:13 - Portugal - Lisboa
Esqueceram-se de alguns bancos a operar em Portugal. A Caixa Galicia por exemplo está a praticar spreads de 0.30% para associados da DECO e 0.35% a 0.45% para os restantes clientes. O Deutsche-Bank também pratica spreads na ordem dos 0.45%. Temos que procurar bem e pelo que parece a crise afectou mais os gigantes, ou então são estes que se estam a aproveitar mais desta.
Guilherme Pereira
19 Abr 2009, às 10:58 - Portugal - Lisboa
A Banca não dá ponto sem nó. Antes, arranjou à escala planetária um gigantesco molho de bróculos. Mas está visto que a crise lhes vai passar ao lado. Será o primeiro grande teste para os G20 que proclamaram em abastracto medidas internacionais contra a desregulação dos mercados financeiros.
qob
19 Abr 2009, às 10:46 - Portugal - Lisboa
Pelo que se ouve e lê aqui e acolá, dá para perceber que há uma previsão da queda dos preços em Portugal, do imobiliário novo à volta dos 20 a 25% e do imobiliário usado entre os 20 e os 40%. Os bancos estão a proteger-se dessas eventuais quedas, pura e simplesmente
qob
19 Abr 2009, às 10:44 - Portugal - Lisboa
Os Bancos já só emprestam no máximo dos máximos 80% do valor de avaliação, valor de avaliação que por sua vez já é inferior ao valor pedido pelos vendedores em alguns por cento SINAL DE QUE O MERCADO IMOBILIÁRIO ESTÁ COM PREÇOS ESPECULATIVOS QUE VÃO CAIR
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