A Europa afunda-se, mas Portugal consegue arrastar-se na zona entre marés. Eis o retrato da mediania que é a verdadeira consciência da Nação. O Primeiro-Ministro passeia pelo país um optimismo ora falso, ora infantil. Quando exibe computadores Magalhães como adereços de filme governamental e gosto duvidoso, Sócrates revela a sua incansável meninice. Quando em tom sério de governante responsável lembra o "Oásis Nacional no deserto económico da Europa", Sócrates está apenas a esconder a realidade com o manto luminoso da ficção política. Sócrates é hoje um primeiro-ministro acomodado que se limita a tentar controlar os inevitáveis efeitos da crise económica!
Existe no entanto uma interessante ironia. O ano de 2008 devia ser o apogeu da era Sócrates. Vencido o ‘deficit’, derrotados os interesses instalados, humilhada a oposição incompetente e retrógrada, o Governo preparava-se para anunciar a modernidade e uma vida europeia para o português europeu. Mas o buraco negro da crise internacional arrastou Portugal para a estagnação e engoliu o talento ímpar de um primeiro-ministro milagreiro. Sócrates ainda se julga o salvador da pátria, mas limita-se a reunir a pouca convicção para salvar o que sobra de um projecto falhado.(...)
Portugal perde-se num ambiente de conspiração e intriga. As conspirações do BCP, BPN, BPP servem de fixação para os problemas do sector financeiro que continua a proclamar a respectiva solidez. A intriga do BCP e depois de vários messes; o BPN servem para envolver a Presidência da República e para a tentativa de descredibilização da primeira das instituições. Portugal é uma comédia para quem pensa e uma tragédia para quem sente.
Grave; é haver milhares de famílias a passar fome, por motivo das mordomices da banca e com "Super avalo do Governo" em milhares de milhões de euros e as famílias continuar super endividadas e sem ajuda...
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