A Comissão de Trabalhadores do BCP quer que o conselho de administração executivo do banco liderado por Carlos Santos Ferreira, colabore com as autoridades e actue “contra aqueles que se venha a confirmar terem lesado o banco”.
Esta posição foi defendida num comunicado emitido por aquele órgão represente dos trabalhadores do banco, emitido esta semana e a que o Negócios teve acesso.A Comissão de Trabalhadores do BCP, que sempre optou por uma postura reservada em relação a este assunto, quebrou agora o silêncio para se pronunciar em relação às notícias vindas a público sobre as notificações de acusação contra-ordenacionais movidas contra antigos administradores e o Banco.
Recorde-se que o Banco de Portugal decidiu acusar três antigos presidentes do Banco Comercial Português, quatro ex-administradores e dois directores da instituição ainda em funções na sequência das investigações realizadas às irregularidades cometidas por anteriores administrações.
Também o próprio BCP é acusado pelo supervisor.
Jorge Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal e Paulo Teixeira Pinto são os antigos líderes da instituição visados. Christopher de Beck, António Rodrigues, Alípio Dias e António Castro Henriques são os antigos gestores acusados.
Estão ainda na lista do Banco de Portugal (BdP) dois altos quadros do BCP que permanecem em funções: Luís Gomes, chefe de gabinete do presidente do conselho geral e de supervisão, e Filipe Abecassis, que desempenha funções no centro corporativo do banco.
A Comissão de Trabalhadores, ainda não se quer pronunciar em definitivo sobre este assunto, “em virtude de ainda não ter sido proferida decisão final do processo e por isso não ter transitado em julgado”.
Mas diz esperar do Conselho Administração Executivo “não só a cooperação com as autoridades, mas também a actuação do mesmo contra aqueles que se venha a confirmar terem lesado o Banco”, lê-se no comunicado.
“A Comissão de Trabalhadores manifesta total confiança na Instituição, destacando o profissionalismo dos seus trabalhadores.
Consequentemente, tudo fará para preservar e defender o bom nome do banco, os direitos dos trabalhadores e a estabilidade dos postos de trabalho, que de modo algum podem estar sujeitos às consequências decorrentes de presumíveis actos infraccionais a que aqueles foram completamente alheios, acrescentam os responsáveis dos trabalhadores.
Comentário:
Deve haver muitos aprendizes de feiticeiro no Banco!
Não se entende totalmente o que se passa no Millennium BCP, mas percebe-se bem a tentativa desta Administração em ocultar a anterior pelos seguintes sinais!
- Não desencadeou nenhuma medida judicial cautelar relativamente ao património dos antigos administradores (ao contrário por exemplo do que está a ser feito no BPN/SLN), como ainda o que é verdadeiramente escandaloso é que está a pagar a sua defesa jurídica.
- Pagou largos milhões de euros a Francisco Lacerda, António Rodrigues e Castro Henriques- jamais o deveria ter feito, devia aguardar o terminus das investigações para pagar fosse o que fosse , até porque relativamente a (pelo menos) dois deles afinal o credor será o BANCO...
- Por último e o que considero mais gritante relativamente a membros da Alta Direcção que são constituídos arguidos , não só não os suspende(como deveria fazer), se uma funcionário do Banco comete um ilícito bem menor e que não lesa o Banco em milhões de euros é imediatamente suspenso até ao terminus do processo disciplinar como é o Banco(melhor os accionistas ) que está a custear os larguíssimos milhares de euros que custa a sua defesa jurídica(...)
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