O corte da taxa de referência do BCE não vai significar uma descida proporcional e imediata nas prestações dos empréstimos, uma vez que estas são revistas em cada três, seis meses ou um ano e com base na média das taxas de juro do mês anterior.
O Banco Central Europeu (BCE) desceu hoje a taxa de referência para 2,5%, mas no mercado interbancário, onde os bancos vão buscar dinheiro para depois emprestar, os recentes cortes de juro do banco central não estão a ser acompanhados ao mesmo ritmo e o mesmo se passa nos empréstimos dos bancos aos clientes. Além disso, as condições dos empréstimos, que resultam em geral na subida ou descida das prestações, só são revistas nos prazos previstos nos contratos, ou seja cada 3 meses, 6 meses ou um ano, conforme o contratado.
O Banco Central Europeu (BCE) desceu hoje a taxa de referência para 2,5%, mas no mercado interbancário, onde os bancos vão buscar dinheiro para depois emprestar, os recentes cortes de juro do banco central não estão a ser acompanhados ao mesmo ritmo e o mesmo se passa nos empréstimos dos bancos aos clientes. Além disso, as condições dos empréstimos, que resultam em geral na subida ou descida das prestações, só são revistas nos prazos previstos nos contratos, ou seja cada 3 meses, 6 meses ou um ano, conforme o contratado.
Ou seja, nos empréstimos cuja data de revisão coincida com o próximo mês de Janeiro, serão as taxas de juro verificadas ao longo de Dezembro que vão contar para o cálculo.
As taxas indicativas - Euribor - mais utilizadas para empréstimos situam-se ainda entre os 3,7%, nos 3 meses, 3,78% nos seis meses e mais de 3,8% nos 12 meses, ou um ano.
Em Outubro, por exemplo, a média das Euribor a 3 meses, 6 meses ou 12 meses - 5,019%, 5,219% e 5,384% respectivamente - e foi este o valor usado nos empréstimos revistos em Novembro.
Outra situação diz respeito aos novos empréstimos que sejam agora contraídos e onde o "spread" - margem de ganho para os bancos que estes acrescem aos indexante ou taxa Euribor que seja contratada - pode fazer subir significativamente a taxa de juro final a pagar.
"Já não há spread zero", admitem os bancos e nas informações que podem ser obtidas através dos seus sites verifica-se que em geral estão a aplicar spreads que vão dos 0,4 até quase 1,0%.
O spread "depende do relacionamento comercial" com o banco, como refere o BPI no seu site, mas "dado o contexto actual, os bancos de uma forma geral reposicionaram o seu produto Crédito Habitação, tendo havido um aumento nos spreads", reconhece o Santander Totta.
O Banco Espírito Santo (BES), por exemplo, apresenta várias opções de crédito a habitação em que os "spreads" vão de 0,4% até 0,85%, dependendo de prazos dos empréstimos, montantes e outras variáveis.
A definição do spread para as operações "leva em conta vários critérios", refere apenas a CGD, que se resguarda na relação com o cliente para não tecer mais comentários.(...)
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