O Banco de Portugal deve concluir em breve o segundo processo de contra-ordenação ao Banco Comercial Português (BCP), cumprindo assim o compromisso de anunciar as condenações até ao final do ano, entre elas, “punições severas a vários ex-administradores” do banco, conforme avança hoje o ‘Diário de Notícias’.
De acordo com o jornal diário, os recentes casos que envolvem o Banco Português de Negócios (BPN) e o Banco Privado Português (BPP) fizeram com que algumas fontes do sector Financeiro tenham avançado que o Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, deveria atrasar a conclusão do processo de contra-ordenação ao BCP, para “não confundir o mercado.
Contudo, o DN avança que, de acordo com uma fonte oficial do Banco de Portugal, a conclusão do processo “está para muito breve”. A mesma fonte recusou-se, no entanto, adiantar mais detalhes. Outras fontes, citadas pelo jornal diário, informaram que a autoridade de supervisão se prepara para punir severamente vários ex-administradores do BCP, nomeadamente através de coimas e inibições do exercício de cargos no sector Financeiro. Recorde-se que Vítor Constâncio tinha prometido apresentar as conclusões do caso BCP até ao final do ano, um processo iniciado em Dezembro de 2007, desencadeado por um conjunto de denúncias relacionadas com 17 entidades pertencentes ao banco liderado por Carlos Santos Ferreira e a accionistas seus, cuja natureza e actividade foram ocultadas ao Banco de Portugal em inspecções anteriores, e que não tinham nada a ver com outras 'offshores' investigadas em 2003.
O DN adianta que as conclusões desta contra-ordenação não devem ser, para já, difundidas publicamente pela autoridade de supervisão, que as comunicará ao BCP e aos visados, que terão depois um período de 30 dias para exercer o contraditório, podendo apresentar recursos para instâncias judiciais.
Note-se ainda que na altura da audição da comissão parlamentar de inquérito à supervisão bancária e ao caso BCP, o Governador do Banco de Portugal, afirmou que “nem nós, nem a CMVM, nem os auditores tínhamos a possibilidade de saber que [as offshores] existiam.
Comentário:
O país empobrece com a nossa estupidez...
O rol de prejudicados é muito grande, entre eles públicos (CGD, "EDP", ...), e privados. O BPP iria à falência, o Joe Berardo idem - deve 600 mn à CGD, pequenos accionistas, Fundos de pensões, de acções... A divida publica, e o OE agradecem o encargo extra, devido aos bónus extraordinários dos gestores, e às suas operações XPTO ("poison pills"). E o(s) regulador(es), estava(m) onde? Agora a terra já está queimada, para que serviu? Após tantos lucros declarados (falsos), e tantos aumentos de capital realizados (o ultimo, recente, de €1.3 bn, o anterior há 4 anos), ainda precisa de mais € 5 bn do Estado? Blindagens absurdas, poderes absolutos, sem controlos, e sem leis, redes, redes, e só bastidores, maquiavélicos, acordos de esquerda e direita, faz de conta, e mais faz de conta, reserva total de informação, e declarações fraudulentas, só tinha que dar em disparate. Isto era uma empresa cotada, não era a chafarica do ti Pedro ou do ti Jorge. Nada disto é legal (seguramente), não é moral, nem é católico (acho eu). A ver se este país atina, à volta da Lei, da transparência, e da responsabilidade, de uma vez por todas. Isto já nos cansa, e muito, a todos.
1 comentário:
há crise????De que estao à espera as entidades oficiais para, para junto desses rapazinhos, os multar e sacarem-lhes parte da reforma principesca que assinaram qauando deixaram a Instituiçao. Só assim se faria justica, pois existem muitos trabalhadores, como eu, que vieram para a reforma, com 750,00€, e esses...bastos gomes,pinhais e outros, foi só sacar.Só acredito no País, se esse bando, pagar o que fez, a clientes e empregados.
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