Santoro Holdings é o veículo utilizado para a aquisição.
Isabel dos Santos, filha do Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, tornou-se ontem detentora de uma posição de referência no Banco Português de Investimento.
(BPI), através da compra dos 9,69 por cento do capital que eram detidos pelo Banco Comercial Português. A investidora angolana passa a ser, assim, a terceira maior accionista do banco liderado por Fernando Ulrich.
A participação adquirida ao maior banco privado português põe fim à ligação accionista com o BPI iniciada ainda no tempo de gestão executiva de Jorge Jardim Gonçalves.
O investimento angolano rondou os 164 milhões de euros e foi concretizado através de uma sociedade de direito português, a Santoro Financial Holdings, que comprou ao BCP um pouco mais de 87 milhões de acções a 1,88 euros cada.
Com o negócio, que será reflectido nas contas de 2008 (no final de Setembro, as perdas do BCP com acções do BPI eram de 248,7 milhões de euros), o BCP recebe um prémio de 33 por cento sobre o valor da cotação de ontem do Português de Investimento. O maior accionista do Banco Comercial Português é a petrolífera angolana Sonangol, que possui 10 por cento do seu capital.
Participações cruzadas
Em carta divulgada ontem à noite no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresária angolana revela que controla a Santoro Holdings e que irá agora constituir uma nova empresa, controlada integralmente (de forma directa ou indirecta) pela sociedade, para receber as acções do BPI. E informa que vai submeter a transacção à aprovação do Banco de Portugal.
Isabel dos Santos, recorde-se, é igualmente accionista, por via da mesma Santoro Holdings, do Banco BIC Portugal, presidido por Mira Amaral, onde possui uma participação de 25 por cento da instituição.
A entrada da investidora no Banco Português de Investimento enquadra-se na parceria celebrada entre o Banco de Fomento de Angola e a Unitel, a operadora de telefones angolana, de que Isabel dos Santos é accionista através da Geni - a sociedade que domina cerca de 20 por cento do Banco Espírito Santo Angola. Já este mês, a Unitel adquiriu ao BPI 49 por cento do Banco de Fomento de Angola, tendo o negócio rondado os 370 milhões de euros e gerando uma mais-valia de 125 milhões de euros.
A divulgação da entrada de Isabel dos Santos no grupo presidido por Fernando Ulrich surge dias depois do principal accionista do BPI, a espanhola La Caixa, ter reafirmado publicamente que pretende chegar aos 33,33 por cento do capital, fasquia a partir da qual terá de ser lançada uma Oferta Pública de Aquisição. Nos últimos dias, a La Caixa tem estado a comprar acções e já possui 29,2 por cento do BPI.
Ao entrar em força no Banco Português de Investimento, equiparando a sua presença à detida pela seguradora alemã Allianz, com quase nove por cento do banco presidido por Ulrich, a empresária angolana introduz uma alteração significativa nos equilíbrios accionistas que sustentam a instituição portuguesa. Para além de investidores espanhóis, alemãs e angolanos, Fernando Ulrich conta ainda no seu capital com o grupo brasileiro Itaú/Unibanco (o maior grupo bancário do Hemisfério Sul), que controla a segunda participação, de quase 19 por cento.
Com esta operação, o Banco Comercial Português realizou um encaixe financeiro de 164 milhões de euros
Isabel dos Santos, filha do Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, tornou-se ontem detentora de uma posição de referência no Banco Português de Investimento.
(BPI), através da compra dos 9,69 por cento do capital que eram detidos pelo Banco Comercial Português. A investidora angolana passa a ser, assim, a terceira maior accionista do banco liderado por Fernando Ulrich.
A participação adquirida ao maior banco privado português põe fim à ligação accionista com o BPI iniciada ainda no tempo de gestão executiva de Jorge Jardim Gonçalves.
O investimento angolano rondou os 164 milhões de euros e foi concretizado através de uma sociedade de direito português, a Santoro Financial Holdings, que comprou ao BCP um pouco mais de 87 milhões de acções a 1,88 euros cada.
Com o negócio, que será reflectido nas contas de 2008 (no final de Setembro, as perdas do BCP com acções do BPI eram de 248,7 milhões de euros), o BCP recebe um prémio de 33 por cento sobre o valor da cotação de ontem do Português de Investimento. O maior accionista do Banco Comercial Português é a petrolífera angolana Sonangol, que possui 10 por cento do seu capital.
Participações cruzadas
Em carta divulgada ontem à noite no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresária angolana revela que controla a Santoro Holdings e que irá agora constituir uma nova empresa, controlada integralmente (de forma directa ou indirecta) pela sociedade, para receber as acções do BPI. E informa que vai submeter a transacção à aprovação do Banco de Portugal.
Isabel dos Santos, recorde-se, é igualmente accionista, por via da mesma Santoro Holdings, do Banco BIC Portugal, presidido por Mira Amaral, onde possui uma participação de 25 por cento da instituição.
A entrada da investidora no Banco Português de Investimento enquadra-se na parceria celebrada entre o Banco de Fomento de Angola e a Unitel, a operadora de telefones angolana, de que Isabel dos Santos é accionista através da Geni - a sociedade que domina cerca de 20 por cento do Banco Espírito Santo Angola. Já este mês, a Unitel adquiriu ao BPI 49 por cento do Banco de Fomento de Angola, tendo o negócio rondado os 370 milhões de euros e gerando uma mais-valia de 125 milhões de euros.
A divulgação da entrada de Isabel dos Santos no grupo presidido por Fernando Ulrich surge dias depois do principal accionista do BPI, a espanhola La Caixa, ter reafirmado publicamente que pretende chegar aos 33,33 por cento do capital, fasquia a partir da qual terá de ser lançada uma Oferta Pública de Aquisição. Nos últimos dias, a La Caixa tem estado a comprar acções e já possui 29,2 por cento do BPI.
Ao entrar em força no Banco Português de Investimento, equiparando a sua presença à detida pela seguradora alemã Allianz, com quase nove por cento do banco presidido por Ulrich, a empresária angolana introduz uma alteração significativa nos equilíbrios accionistas que sustentam a instituição portuguesa. Para além de investidores espanhóis, alemãs e angolanos, Fernando Ulrich conta ainda no seu capital com o grupo brasileiro Itaú/Unibanco (o maior grupo bancário do Hemisfério Sul), que controla a segunda participação, de quase 19 por cento.
Com esta operação, o Banco Comercial Português realizou um encaixe financeiro de 164 milhões de euros
COMENTÁRIO:
Todos sabemos que Angola "é gerida por um bando criminosos"...
São as afirmações do músico e activista irlandês "Bob Geldof", em 06 de Maio de 2008 num colóquio em Lisboa...
Isto prova as boas relações da "Alta finança de Angola com os nossos Bancos (BCP/BPI)"!!!
O BCP, aquela impoluta instituição bancária das ocidentais praias socialistas a norte (embora cada vez mais a sul) de Marrocos, vendeu a posição de 9,69 por cento que detinha no capital do BPI à Santoro Financial Holdings, sociedade que pertence à empresária Isabel dos Santos, filha de José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola.
Tirando o facto de trinta e três anos depois, a maioria dos angolanos continuar a passar fome, continuar a ser gerada com fome, a nascer com fome e a morrer pouco depois... com fome, até aplaudo a compra.
3 comentários:
Há meses, 2 emigrantes brasileiros «entraram» no BES e o resultado foi o que se viu; Há meses, o BCP emprestou dinheiro ao filho do seu dirigente de topo, perdoando-lhe os juros correspondentes; Há anos, o BCP «entrou» nos bolsos de milhares de clientes para encobrir uma operação de compra de acções próprias; Há tempos, o BCP «entrou» em Angola e tornou-se «o banco do MPLA»; Há anos que a família de José Eduardo dos Santos (ZEDU) «entra» nos bolsos dos angolanos, libertando-os da maçada de terem de gerir as riquezas naturais da sua nação; Depois de ter «entrado» em Portugal já de inúmeras maneiras, a "nova-rica-sabe-se-bem-como-socialista-a-caminho-do comunismo" Isabel dos Santos, «entrou» no BPI através do amigo BCP...
Mário photo
Não era mau, em abono da verdade, dizer que o comentário aqui publicado e que diz:
O BCP, aquela impoluta instituição bancária das ocidentais praias socialistas a norte (embora cada vez mais a sul) de Marrocos, vendeu a posição de 9,69 por cento que detinha no capital do BPI à Santoro Financial Holdings, sociedade que pertence à empresária Isabel dos Santos, filha de José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola.
Tirando o facto de trinta e três anos depois, a maioria dos angolanos continuar a passar fome, continuar a ser gerada com fome, a nascer com fome e a morrer pouco depois... com fome, até aplaudo a compra.
Foi escrito por mim e publicado no Alto Hama.
Depois de alguns comentários sempre no mesmo sentido gostaria expressar o meu:
Em 2007, a Unitel registou um volume de receitas totais de 891 milhões de dólares e um lucro de, 503 milhões de dólares.
Diário Económico 15 Set 2008
Isto foi em 2007 apenas, o que significa que alguem fundador e com 25% de participação na referida empresa só 2007 encaixou mais de 125 milhões de USD.
Infelizmente em Portugal parece que ninguem gosta de empresas que deem lucros pricipalmente se forem dos outros e os outros forem uma ex colonia.
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