Os quatro bancos que financiaram a compra de acções do BCP por parte de Joe Berardo, no âmbito da luta pelo controlo daquela instituição, renovaram os empréstimos, que se vencem este mês, mas obrigaram o empresário a dar novas garantias e colaterais.No total, Berardo admitiu ter investido cerca de mil milhões de euros no banco então liderado por Jorge Jardim Gonçalves. Parte muito significativa daquele montante foi financiado pela CGD e pelo próprio BCP. Com menor exposição estão o BES e o Santander Totta. As menos-valias potenciais rondam cerca de €785 milhões.Os empréstimos estavam garantidos pelas próprias acções, mas a enorme perda de valor que registaram nos mercados bolsistas (o valor máximo foi de 4,30 euros e estão agora nos 0,85 euros) levou os quatro bancos a exigir ao empresário ou o pagamento dos empréstimos ou então novas garantias para os renovarem.Berardo terá tentado corresponder a essas exigências, dando como garantia a colecção de arte moderna do Museu Berardo, que se encontra em exposição permanente no Centro Cultural de Belém. Os bancos, contudo, recusaram, porque no acordo que fez com o Estado para manter a exposição no CCB, Berardo dá aos poderes públicos a possibilidade de exercerem o direito de preferência de compra no final do contrato.Nos mercados financeiros correu a indicação de que o Santander teria decidido executar a dívida, mas fonte oficial do banco disse que não foi tomada qualquer decisão nesse sentido. No total da exposição do empresário ao sistema financeiro, a parte do banco espanhol representa apenas 5%.
Empréstimos eram assegurados pelas acções do BCP, que perderam um terço do valor.
Empréstimos eram assegurados pelas acções do BCP, que perderam um terço do valor.
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