O índice de confiança dos consumidores em Portugal voltou a cair em Dezembro para um novo mínimo histórico, tal como sucedeu com o indicador de clima económico.
Em Dezembro, o clima económico no nosso país manteve a mesma tendência negativa dos seis meses anteriores, registando um novo mínimo histórico da série iniciada em 1989, com base nos dados avançados hoje pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).À semelhança do que sucedeu nos dois meses anteriores, todos os indicadores de confiança sectoriais apresentaram em Dezembro um desempenho negativo, com destaque para a Indústria Transformadora.
A análise de Dezembro mostra que este indicador recuou 7%, depois de uma queda de 1,7% em Novembro.
Já o índice de confiança dos consumidores acentuou, no mês passado, a queda iniciada em Outubro, "reflectindo sobretudo as perspectivas de evolução do desemprego e da evolução económica do país", acrescenta o INE. A confiança passou de menos 45,3 para menos 48,2 pontos.
Já se sabia que as economias mais importantes do mundo iriam entrar em recessão em 2009. Os economistas também já tinham publicado dezenas de previsões, que davam como certo um aumento exponencial do desemprego e a redução do rendimento disponível.
Os mercados até já nem reagiram emocionalmente à falência da empresa de Bernard Madoff. Com o seu esquema poderá causar perdas "ligeiras". Qualquer coisa como 50 mil milhões de dólares!!
Mas hoje foi oficialmente anunciado que vamos (pelo menos a Europa) entrar em queda livre. O governo alemão prevê que em 2009 a maior economia da zona euro sofra uma queda de 3%. Não é um buraco. É uma cratera. Enorme. Gigantesca. Na verdade a maior recessão desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O governo alemão está a preparar o segundo pacote de relançamento económico. O que na prática quer dizer que o primeiro não servir nem para estancar a hemorragia económica.
Do outro lado do Atlântico, a Reserva Federal dos EUA utilizou a "bomba atómica". Acaba de reduzir a sua taxa de juro de referência para uma banda entre os 0% e os 0,25%.
Na prática, esta medida - emprestar dinheiro praticamente de "borla" -, quer dizer que já não tem mais armas. Financiamentos a taxa zero, comprar grossas fatias de dívida e rezar. Esperando que não entre em casa o monstro da deflação. É o tudo ou nada.
A terminar... e com alguma ironia, fica a nota do pedido feito hoje pelo presidente do instituto de estudos económicos DIW. Klaus Zimmermann dirigiu-se a todos os economistas e pediu-lhes que deixem de publicar constantemente novas projecções económicas...
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