Um elemento do escritório de advogados PLMJ foi constituído arguido no processo que motivou as buscas em curso na sede daquela sociedade. A decisão do Ministério Público é considerada "intolerável" pelos responsáveis do escritório.
"A apreensão de correspondência num escritório de advogados só é possível com a prévia constituição de um advogado como arguido. Por essa razão, puramente instrumental, um advogado desta sociedade foi constituído arguido para assim viabilizar a eventual apreensão de correspondência", refere um comunicado da PLMJ.
No mesmo documento, o escritório de José Miguel Júdice considera "intolerável" a constituição do advogado como arguido, refere que a mesma assenta "numa interpretação abusiva da lei" e reitera a confiança no advogado, a quem "não foi imputado qualquer juízo de valor ou suspeição".
O Bastonário da Ordem dos Advogados subscreve o comunicado da PLMJ. Marinho Pinto reitera ser "intolerável que um advogado seja constituído arguido, para permitir buscas. Se cometeu algum crime deve ser investigado, caso contrário é inaceitável o que está acontecer".
Carlos Pinto de Abreu, presidente do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, que aprovou previamente o teor das declarações emitidas esta tarde pela PLMJ, disse ao Expresso que as mesmas foram autorizadas. E lembrou que, de acordo com o novo Código Processo Penal, a constituição de arguido pressupõe a existência de uma suspeita fundada da prática de um crime.
Fonte da Polícia Judiciária disse ao Expresso que "a ter sido constituido arguido um advogado do escritório da PLMJ terá sido por resistência à colaboração" no processo das buscas, e "não por força dos factos em investigação".
PGR confirma buscas
Há minutos, a Procuradoria Geral da República (PGR) confirmou que as buscas decorrem dos inquéritos criminais relativos à gestão da anterior administração do BPP.
"Neste mesmo contexto processual, foram já adoptadas, com urgência, as medidas consideradas, nesta fase, adequadas e proporcionais a garantir a integridade patrimonial e a prevenir potenciais dissipações de património pelos presumíveis autores dos ilícitos criminais em investigação", refere um comunicado da PGR.
Entretanto, fonte oficial do Banco Privado Português, contactado pelo Expresso, a propósito das buscas de hoje ao banco fundado por João Rendeiro, afirmou tratar-se apenas de pedidos de esclarecimentos adicionais.
"Na sequência das buscas anteriores, a Policia Judiciária esteve hoje na sede a pedir esclarecimentos adicionais", esclareceu. A PJ questionou quadros do banco e entrou na sede do BPP de manhã.
Comentários:
Não basta parecer sério...
dedalo11, 3 pontos (Bem Escrito)
Adivinhava-se que isto iria acontecer! Ainda existem muitos(as) senhores(as) neste País que se crêem intocáveis. De qualquer forma é bom sermos cuidadosos porque todos sabemos que um arguido não é, necessariamente, um culpado! Pode ser mais um fio da meada. Depois deste acto "heróico", vamos lá a ver se a investigação prossegue e é feita de tal forma que: 1. Se concretize em factos e provas concluentes; 2. Que não demore o mesmo tempo que as obras de Santa Engrácia ao ponto de prescrever; 3. Que não se fechem todos em "copas" e a gente comece a receber informações especulativas pelas televisões e jornais. É que isto de entrar pela casa dentro de alguém, forçando a porta, e depois dar em nada já se tornou um hábito e não tem piada nenhuma. mas hoje, faço um pacto comigo mesmo de confiar na investigação e na justiça portuguesas. E fico à espera.
PS - A fórmula encontrada para a obtenção dos documentos parece, à primeira vista, pouco ortodoxa, no entanto se a Lei a permite, e se ao fim e ao cabo houver caso, então que bem feito que foi! Se der bronca, pois será apenas mais uma...
Não sei.....
doctorcj, 1 ponto
Coincidência?? O Ministro Teixeira dos Santos foi "barrado" ontem por alguns clientes do BPP. Entre muitas coisas que disse prometeu para breve uma posição governativa. Curioso que o circo BPP já dura há algum tempo e hoje, após aquele "qui-pro-quo" vespertino, a PJ desatou a fazer buscas no...BPP e na Sociedade de Advogados ainda com os resquícios da "boca" do bastonário sobre "certas" sociedades de advogados a pairar por aí. Pode ser coincidência ou argumento para o CSI
Bater palmas
userEX164962, 1 ponto
Viva a nossa democracia, de um povo estúpido. Senão vejamos. Nas últimas semanas, o caso Freeport entrou em banho-maria. O caso BPN, que afecta e compromete políticos dos dois maiores partidos, foi silenciado. O BPP, surgiu em grande força e foi atacado pela Polícia Judiciária, que depende da classe política. Amanhã, povo sado-masoquista, vamos votar no centrão e ainda bater palmas.
"A apreensão de correspondência num escritório de advogados só é possível com a prévia constituição de um advogado como arguido. Por essa razão, puramente instrumental, um advogado desta sociedade foi constituído arguido para assim viabilizar a eventual apreensão de correspondência", refere um comunicado da PLMJ.
No mesmo documento, o escritório de José Miguel Júdice considera "intolerável" a constituição do advogado como arguido, refere que a mesma assenta "numa interpretação abusiva da lei" e reitera a confiança no advogado, a quem "não foi imputado qualquer juízo de valor ou suspeição".
O Bastonário da Ordem dos Advogados subscreve o comunicado da PLMJ. Marinho Pinto reitera ser "intolerável que um advogado seja constituído arguido, para permitir buscas. Se cometeu algum crime deve ser investigado, caso contrário é inaceitável o que está acontecer".
Carlos Pinto de Abreu, presidente do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, que aprovou previamente o teor das declarações emitidas esta tarde pela PLMJ, disse ao Expresso que as mesmas foram autorizadas. E lembrou que, de acordo com o novo Código Processo Penal, a constituição de arguido pressupõe a existência de uma suspeita fundada da prática de um crime.
Fonte da Polícia Judiciária disse ao Expresso que "a ter sido constituido arguido um advogado do escritório da PLMJ terá sido por resistência à colaboração" no processo das buscas, e "não por força dos factos em investigação".
PGR confirma buscas
Há minutos, a Procuradoria Geral da República (PGR) confirmou que as buscas decorrem dos inquéritos criminais relativos à gestão da anterior administração do BPP.
"Neste mesmo contexto processual, foram já adoptadas, com urgência, as medidas consideradas, nesta fase, adequadas e proporcionais a garantir a integridade patrimonial e a prevenir potenciais dissipações de património pelos presumíveis autores dos ilícitos criminais em investigação", refere um comunicado da PGR.
Entretanto, fonte oficial do Banco Privado Português, contactado pelo Expresso, a propósito das buscas de hoje ao banco fundado por João Rendeiro, afirmou tratar-se apenas de pedidos de esclarecimentos adicionais.
"Na sequência das buscas anteriores, a Policia Judiciária esteve hoje na sede a pedir esclarecimentos adicionais", esclareceu. A PJ questionou quadros do banco e entrou na sede do BPP de manhã.
Comentários:
Não basta parecer sério...
dedalo11, 3 pontos (Bem Escrito)
Adivinhava-se que isto iria acontecer! Ainda existem muitos(as) senhores(as) neste País que se crêem intocáveis. De qualquer forma é bom sermos cuidadosos porque todos sabemos que um arguido não é, necessariamente, um culpado! Pode ser mais um fio da meada. Depois deste acto "heróico", vamos lá a ver se a investigação prossegue e é feita de tal forma que: 1. Se concretize em factos e provas concluentes; 2. Que não demore o mesmo tempo que as obras de Santa Engrácia ao ponto de prescrever; 3. Que não se fechem todos em "copas" e a gente comece a receber informações especulativas pelas televisões e jornais. É que isto de entrar pela casa dentro de alguém, forçando a porta, e depois dar em nada já se tornou um hábito e não tem piada nenhuma. mas hoje, faço um pacto comigo mesmo de confiar na investigação e na justiça portuguesas. E fico à espera.
PS - A fórmula encontrada para a obtenção dos documentos parece, à primeira vista, pouco ortodoxa, no entanto se a Lei a permite, e se ao fim e ao cabo houver caso, então que bem feito que foi! Se der bronca, pois será apenas mais uma...
Não sei.....
doctorcj, 1 ponto
Coincidência?? O Ministro Teixeira dos Santos foi "barrado" ontem por alguns clientes do BPP. Entre muitas coisas que disse prometeu para breve uma posição governativa. Curioso que o circo BPP já dura há algum tempo e hoje, após aquele "qui-pro-quo" vespertino, a PJ desatou a fazer buscas no...BPP e na Sociedade de Advogados ainda com os resquícios da "boca" do bastonário sobre "certas" sociedades de advogados a pairar por aí. Pode ser coincidência ou argumento para o CSI
Bater palmas
userEX164962, 1 ponto
Viva a nossa democracia, de um povo estúpido. Senão vejamos. Nas últimas semanas, o caso Freeport entrou em banho-maria. O caso BPN, que afecta e compromete políticos dos dois maiores partidos, foi silenciado. O BPP, surgiu em grande força e foi atacado pela Polícia Judiciária, que depende da classe política. Amanhã, povo sado-masoquista, vamos votar no centrão e ainda bater palmas.
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