A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários aplicou uma coima recorde ao BCP por prestação de informação falsa ao não contabilizar as perdas em ‘offshores’ no balanço e por estes veículos terem comprado acções próprias sem as contabilizarem como tal.
O “Diário Económico” avança na edição de hoje com o valor da coima aplicada pelo regulador, que já notificou o banco liderado por Carlos Santos Ferreira.
O BCP tem agora 20 dias para aceitar ou contestar a decisão. A CMVM terá proposto baixar o valor da coima para 2,5 milhões caso o banco pague já, refere o jornal.
O DN tinha já noticiado sábado que a coima aplicada no caso das ‘offshores’ ao BCP é a mais pesada de sempre decretada pelo supervisor do mercado de capitais.
O Ministério Público acusou na semana passada cinco ex-administradores do BCP pela utilização de veículos ‘offshores’ para estabilizar a cotação das acções do banco, tendo-lhes sido concedidos empréstimos avultados. Acusa-os ainda de falsificação da contabilidade do banco, com vista a ocultar perdas no valor de cerca de 600 milhões de euros.
Em Julho do ano passado, a CMVM tinha multado o banco em três milhões de euros num processo sobre a aquisição de acções do BCP com intervenção de sucursais do banco por pequenos investidores que não teriam perfil adequado ao investimento e com recurso a crédito concedido pela instituição.
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