Vítor Constâncio continua a coleccionar "inimigos". Depois das fortes críticas que recebeu nos casos BCP, BPP e BPN, agora é a vez do Provedor da Justiça que, ainda antes de bater com a porta, deixou um relatório onde, com palavras pouco meigas, tece duras críticas ao papel do supervisor.
Nascimento Rodrigues afirma que a colaboração e cooperação com o Banco de Portugal tem ficado "muito aquém do desejado" e diz, por exemplo, que "a celeridade nas respostas, não sendo exemplar, é aceitável, mas o aprofundamento dos assuntos ou as respostas prestadas a questões colocadas de forma clara e directa são manifestamente insuficientes". Um ‘déjà vu'?
O provedor, pelo meio da enxurrada de reparos que faz a Vítor Constâncio - e que faz questão de contrapor à colaboração "bastante melhor" de outros supervisores como o ISP, a Anacom e a CMVM - toca num ponto fulcral: conclui que há "um problema de comunicação" com o Banco de Portugal.
Constâncio pode ter toda a razão do mundo, agarrando-se com unhas e dentes aos limites de competências de supervisão, mas o autismo do Banco de Portugal começa a ser demasiado ensurdecedor. Já são demasiados os que não conseguem comunicar com o Banco de Portugal. Primeiro, os deputados que acusam o Banco de Portugal de falta de colaboração na disponibilização de documentos e actas que poderiam ser úteis para a comissão de inquérito ao caso BPN. Segundo, a Procuradoria-Geral da República que diz que quer uma maior cooperação com o Banco de Portugal e este que, por seu lado, a acusa que não ter libertado informação suficiente que poderia levar à descoberta mais precoce do Banco Insular. Terceiro, e por último, Carlos Tavares, da CMVM, que lamentou que o supervisor não tenha envolvido a CMVM mais cedo no caso do BPP e também defendeu uma maior colaboração da entidade que preside com o Banco de Portugal. Nos últimos dias, fica ainda a sensação de que Constâncio não comunicou com Teixeira dos Santos antes de indiciar que a solução para o BPN poderia passar por um ‘bad bank', ideia que o ministro até diz não ser aconselhável.
São apenas alguns exemplos que deixam a ideia de falhas, não ao nível da supervisão, que essa já foi suficientemente escrutinada, mas ao nível da comunicação do Banco de Portugal...
Nascimento Rodrigues afirma que a colaboração e cooperação com o Banco de Portugal tem ficado "muito aquém do desejado" e diz, por exemplo, que "a celeridade nas respostas, não sendo exemplar, é aceitável, mas o aprofundamento dos assuntos ou as respostas prestadas a questões colocadas de forma clara e directa são manifestamente insuficientes". Um ‘déjà vu'?
O provedor, pelo meio da enxurrada de reparos que faz a Vítor Constâncio - e que faz questão de contrapor à colaboração "bastante melhor" de outros supervisores como o ISP, a Anacom e a CMVM - toca num ponto fulcral: conclui que há "um problema de comunicação" com o Banco de Portugal.
Constâncio pode ter toda a razão do mundo, agarrando-se com unhas e dentes aos limites de competências de supervisão, mas o autismo do Banco de Portugal começa a ser demasiado ensurdecedor. Já são demasiados os que não conseguem comunicar com o Banco de Portugal. Primeiro, os deputados que acusam o Banco de Portugal de falta de colaboração na disponibilização de documentos e actas que poderiam ser úteis para a comissão de inquérito ao caso BPN. Segundo, a Procuradoria-Geral da República que diz que quer uma maior cooperação com o Banco de Portugal e este que, por seu lado, a acusa que não ter libertado informação suficiente que poderia levar à descoberta mais precoce do Banco Insular. Terceiro, e por último, Carlos Tavares, da CMVM, que lamentou que o supervisor não tenha envolvido a CMVM mais cedo no caso do BPP e também defendeu uma maior colaboração da entidade que preside com o Banco de Portugal. Nos últimos dias, fica ainda a sensação de que Constâncio não comunicou com Teixeira dos Santos antes de indiciar que a solução para o BPN poderia passar por um ‘bad bank', ideia que o ministro até diz não ser aconselhável.
São apenas alguns exemplos que deixam a ideia de falhas, não ao nível da supervisão, que essa já foi suficientemente escrutinada, mas ao nível da comunicação do Banco de Portugal...
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