O Prémio Nobel da Economia de 2008, Paul Krugman, alertou hoje para o facto de que a economia mundial pode ficar em estado de semi-estagnação durante uma década.
“O mundo no seu todo está a parecer-se bastante com o Japão durante a sua ‘década perdida’”, disse hoje Krugman durante um fórum em Taipei, capital de Taiwan, citado pela Bloomberg.
“Estou muito optimista sobre o mundo em, diremos, 2030. São os próximos dez anos ou coisa assim que me preocupam”, acrescentou o Nobel da Economia.
O especialista adiantou que, embora uma repetição da Grande Depressão dos anos 30 seja agora menos provável, a economia global enfrenta um fraco consumo privado e um nível elevado de desemprego nos EUA e na Europa que não deverá descer.
Entre as semelhanças com os problemas do Japão, Krugman incluiu um sistema financeiro em dificuldades, a fraca procura e o “apoio orçamental útil, mas limitado” por parte dos governos.
Na verdade, disse o Nobel da Economia, a recessão global é “pior do que o Japão na sua ‘década perdida’, porque a quebra inicial foi mais profunda e, ao contrário dos nipónicos, o mundo não pode comerciar com o exterior a saída da crise”.
“Se todo o planeta fosse registar um forte excedente comercial [como fez o Japão durante a ‘década perdida’] teremos de encontrar outro mundo com o qual fazer trocas comerciais”, disse Krugman.
As previsões de Krugman são similares às do também Prémio Nobel da Economia Joseph Stiglitz, bem como do antigo presidente do Banco Mundial James Wofensohn.
1 comentário:
toda a gente prevê tudo, agora está na moda prognósticos só no fim....
Mas este nobel não soube prever a crise que está aí.
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