O direito à indignação já foi utilizado para muita coisa em Portugal. Desconfio que vai ser também usado para o que já se passou (e o que não se vai passar...) com o BPN. Vamos por partes. Passei alguns dias a rever as audições...
O direito à indignação já foi utilizado para muita coisa em Portugal. Desconfio que vai ser também usado para o que já se passou (e o que não se vai passar...) com o BPN. Vamos por partes. Passei alguns dias a rever as audições mais importantes deste caso: a memória humana é curta e aquilo que ontem nos indignou tende a esbater-se com o tempo. No final tirei a amarga conclusão de que nunca assistimos a tanta falta de vergonha: gente que não se lembra de nada (apesar de as operações terem passado sob o seu nariz); gente que "confundiu" BI (de Banco Insular) com Bilhete de Identidade; gente que não sabia para que servia o fundo que geria; luvas e comissões pagos a "comissários políticos"; off-shores que lavavam dinheiro...
E agora, perguntamos todos? O que se vai passar? As autoridades, que têm material suficiente para meter alguns "santinhos" atrás das grades, vão levar o caso até ao fim? E os tribunais vão bater forte e feio? Ou vamos prolongar esta telenovela para que a indigação colectiva se esbata, deixando os criminosos "get away with it"? Portugal é um país do qual podemos esperar tudo (basta olhar para o passado recente). Só que desta vez a culpa não pode morrer solteira. E não é apenas pelos 2 mil milhões de euros que nos vão sair do coiro. Ai não é, não!
P.S. - A SLN quer 400 milhões de euros pela nacionalização do BPN. Há gente que não se enxerga: não fiscalizaram a administração e ainda querem que o dinheiro dos impostos pague a sua irresponsabilidade?
O direito à indignação já foi utilizado para muita coisa em Portugal. Desconfio que vai ser também usado para o que já se passou (e o que não se vai passar...) com o BPN. Vamos por partes. Passei alguns dias a rever as audições mais importantes deste caso: a memória humana é curta e aquilo que ontem nos indignou tende a esbater-se com o tempo. No final tirei a amarga conclusão de que nunca assistimos a tanta falta de vergonha: gente que não se lembra de nada (apesar de as operações terem passado sob o seu nariz); gente que "confundiu" BI (de Banco Insular) com Bilhete de Identidade; gente que não sabia para que servia o fundo que geria; luvas e comissões pagos a "comissários políticos"; off-shores que lavavam dinheiro...
E agora, perguntamos todos? O que se vai passar? As autoridades, que têm material suficiente para meter alguns "santinhos" atrás das grades, vão levar o caso até ao fim? E os tribunais vão bater forte e feio? Ou vamos prolongar esta telenovela para que a indigação colectiva se esbata, deixando os criminosos "get away with it"? Portugal é um país do qual podemos esperar tudo (basta olhar para o passado recente). Só que desta vez a culpa não pode morrer solteira. E não é apenas pelos 2 mil milhões de euros que nos vão sair do coiro. Ai não é, não!
P.S. - A SLN quer 400 milhões de euros pela nacionalização do BPN. Há gente que não se enxerga: não fiscalizaram a administração e ainda querem que o dinheiro dos impostos pague a sua irresponsabilidade?
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