O Banco Central Europeu (BCE) anunciou um novo corte de juros para a Zona Euro de 25 pontos para 1%. O mercado já estava a antecipar este corte, e os economistas acreditam que será o último. Mais do que a descida de juros, o mercado aguarda as declarações de Jean-Claude Trichet para saber se o BCE vai implementar outras medidas além das alterações de juros.
Ninguém acredita, contudo, que apesar das duras críticas de que têm sido alvo, acusadas de um conservadorismo que torna ainda mais dolorosa e longa a actual recessão, as autoridades de Frankfurt tomem medidas muito ousadas, como a impressão de dinheiro ou a aquisição directa de títulos de dívida pública e privada que já foram implementadas nos EUA, Reino Unido e Japão.
Quanto muito, afirmam os economistas contactados pelo Negócios, Trichet avançará com o aumento da maturidade dos empréstimos cedidos à banca do actual limite de seis meses para um ano.
"Esta será a medida que terá mais efeito junto dos bancos e de mais fácil execução por parte das autoridades", defende Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI. Além disso, o BCE poderá também usar o trunfo do poder psicológico do discurso para gerir as expectativas dos agentes económicos, ao garantir que manterá as taxas de juro "num patamar baixo por um período alargado", explica Pedro Matos Branco, economista do BES.
Segundo o especialista, um compromisso desta natureza teria um peso elevado, já que, por princípio, o BCE nunca se compromete com uma decisão de política monetária. Pelo menos, "nunca se comprometeu antes", sustenta.
Dificilmente Trichet irá hoje muito mais longe, apesar das divergências de posições dentro do próprio conselho de governadores, havendo uma "facção" que defende que o BCE deveria seguir a estratégia preconizada pela Fed, Banco de Inglaterra e Banco do Japão de implementação de um programa de "credit easing" (impressão de dinheiro), para a compra de títulos de dívida pública e privada.
"Se se confirmarem os sinais de desaceleração da queda da actividade económica, não me parece que o BCE tome medidas que lhe custam tanto implementar", remata Pedro Matos Branco (...)
Ninguém acredita, contudo, que apesar das duras críticas de que têm sido alvo, acusadas de um conservadorismo que torna ainda mais dolorosa e longa a actual recessão, as autoridades de Frankfurt tomem medidas muito ousadas, como a impressão de dinheiro ou a aquisição directa de títulos de dívida pública e privada que já foram implementadas nos EUA, Reino Unido e Japão.
Quanto muito, afirmam os economistas contactados pelo Negócios, Trichet avançará com o aumento da maturidade dos empréstimos cedidos à banca do actual limite de seis meses para um ano.
"Esta será a medida que terá mais efeito junto dos bancos e de mais fácil execução por parte das autoridades", defende Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI. Além disso, o BCE poderá também usar o trunfo do poder psicológico do discurso para gerir as expectativas dos agentes económicos, ao garantir que manterá as taxas de juro "num patamar baixo por um período alargado", explica Pedro Matos Branco, economista do BES.
Segundo o especialista, um compromisso desta natureza teria um peso elevado, já que, por princípio, o BCE nunca se compromete com uma decisão de política monetária. Pelo menos, "nunca se comprometeu antes", sustenta.
Dificilmente Trichet irá hoje muito mais longe, apesar das divergências de posições dentro do próprio conselho de governadores, havendo uma "facção" que defende que o BCE deveria seguir a estratégia preconizada pela Fed, Banco de Inglaterra e Banco do Japão de implementação de um programa de "credit easing" (impressão de dinheiro), para a compra de títulos de dívida pública e privada.
"Se se confirmarem os sinais de desaceleração da queda da actividade económica, não me parece que o BCE tome medidas que lhe custam tanto implementar", remata Pedro Matos Branco (...)
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