Teixeira dos Santos diz que Intervenção do Estado no BPN evitou corrida de clientes, "o que teria sido muito delicado"
O ministro das Finanças disse, hoje, em Braga, que a intervenção do Estado no BPN "evitou uma situação de corrida aos bancos por parte dos clientes que teria sido muito delicada".
"Os nervos andavam à flor da pele e havia muito receio nas pessoas", afirmou Teixeira dos Santos, lembrando que o banco estava na eminência de uma ruptura, o que implicava "o risco sério de se gerar uma situação de pânico bancário com efeitos sistémicos muito devastadores".
O governante falava na Universidade do Minho, em Braga, no encerramento da conferência sobre "10 anos do Euro: o ajustamento nos mercados de capitais e trabalho", organizada pelo Núcleo de Investigação em Políticas Económicas.
Respondendo a uma pergunta de um docente da Universidade, o ministro acentuou que, "durante semanas, os níveis de liquidez do BPN - Banco Português de Negócios, baixaram muito, levando-o a não poder cumprir os seus compromissos, a não ser com injecções alheias de liquidez, o que não podia continuar".
"O governo nacionalizou o BPN, não por causa dos seus problemas internos e dos eventos que estão sob investigação judicial mas sim porque, em Outubro de 2008, após a falência do banco americano Lehman Brothers havia o risco de ruptura do sistema financeiro, em Portugal e a nível global", acentuou.
Acrescentou que, nesse período, "corriam rumores sobre a eventual falência de bancos, alguns lançados de forma criminosa e cobarde, que criaram a preocupação de uma corrida aos bancos por parte de cidadãos, alarmados com a situação, o que teria sido dramático".
Fernando Teixeira dos Santos fez, anteriormente, uma análise da experiência da economia portuguesa nos 10 anos do euro, dizendo que se não fosse a moeda única Portugal teria, agora, muito mais problemas para enfrentar a crise internacional.
Sublinhou que há países que não aderiram que sentem agora a necessidade de terem o "abrigo do euro" e que já pensam em aderir ao sistema monetário europeu.
O ministro elogiou o papel do Banco Central Europeu na actual crise, dizendo que soube adoptar uma postura de "flexibilidade e de elasticidade", que o tornou uma instituição ainda mais credível em termos internacionais.
Disse que, no seio do euro-grupo, os ministros das Finanças vivem, hoje, "uma situação de grande coordenação de medidas", o que o tornou num espaço de diálogo e concertação entre os diferentes responsáveis por aquela pasta. Considerou que, apesar desses avanços, há ainda "um vazio" a preencher, pois - defendeu - importa criar "um elemento federador, um mecanismo de estabilização orçamental entre os países do euro, para poder responder melhor a situações de crise como a actual".
OBS:
Não foi só este banco (BPN) mas também anteriormente o "Gigante Criminoso MILLENNIUM BCP.
Mas este foi fácil, bastou pôr de lá para fora a antiga equipa de Jardim Gonçalves e colocar a Administração da Caixa Geral de depósitos, mas com o aval do PSD, em que colocou na CGD uma nova equipa PSD...
Conclusão: Millennium BCP - PS.
Caixa Geral de Depósitos - PSD.
E assim o governo conseguiu que a crise bancária não contagiasse muito o nosso "povinho covardinho"...
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