A banca nacional não foi um caso isolado. Todo o sector europeu fechou em forte queda depois do presidente do Banco Central Europeu ter alertado que a estabilidade financeira na União Europeia poderá ser comprometida pela crise de dívida.
Numa opinião com base "pessoal eu diria que 'sim, [o sinal] está vermelho", afirmou Jean-Claude Trichet aos jornalistas, citado pela Bloomberg. As declarações foram proferidas ontem, depois de uma reunião com o Conselho Europeu de Risco Sistémico e são mais um factor de preocupação não só para a banca mas para a generalidade dos mercados bolsistas.
Ao mesmo tempo, os juros da dívida portuguesa renovaram máximos históricos nos prazos mais curtos "alimentados" pelo impasse que se vive entre a União Europeia/FMI e a Grécia, face à quinta tranche da ajuda internacional.
A banca tem sido um dos sectores mais penalizados por esta situação. No sector bancário nacional, hoje foi mais um dia de fortes quedas e de novos mínimos.
O BCP renovou o mínimo histórico nos 0,386 euros, tendo fechado a cair 3,70%. Esta queda representa menos 180 milhões de euros de capitalização bolsista.
O banco que mais perdeu foi o BES, que fechou a sessão a valer menos 131 milhões de euros face ao dia de ontem. O banco caiu um máximo de 6,97% e negociou no nível mais baixo desde Janeiro de 1996, 2,414 euros.
O BES fechou a sessão a perder 4,35% para os 2,482 euros.
O BPI encerrou o dia a perder 5% e a cotar nos 95 cêntimos por acção. Já o Banif perdeu 4,03% para os 0,619. Durante a sessão o banco tocou nos 60 cêntimos, o nível mais baixo desde Maio de 2003.
No total, a banca perdeu, só na sessão de hoje, 304,2 milhões de euros de capitalização bolsista. No último mês, ou seja desde 23 de Maio, o sector já perdeu 1,37 mil milhões de euros, uma média de 57,3 milhões de euros por dia.
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