Seis países do G20 pedem à zona euro para agir contra a dívida; BCE admite que moeda única está em perigo
"Em 2008, muitos disseram que não havia qualquer possibilidade de antecipar a turbulência entretanto verificada. Hoje, os líderes políticos não tem desculpas desse tipo, disse Robert Zoellick, na abertura das assembleias anuais do Banco Mundial e do FMI, em Washington.
Zoellick acrescentou que os países ocidentais "não teriam desculpa" se os seus países caíssem em recessão e isso pesasse sobre a economia mundial.
O presidente do Banco Mundial (BM) receia que a crise económica nos Estados Unidos, Europa e Japão possam contaminar a economia global.
O líder do BM disse que algumas economias estão claramente abaixo do nível de crescimento anterior à crise devido aos drásticos ajustamentos financeiros no actual contexto de crise. Os países periféricos que continuam submersos pelas crises da dívida, citou a Grécia, Irlanda e Portugal, vivem recessões ou fraco crescimento económico. Zoellick recomendou que estas economias prossigam rapidamente os ajustamentos orçamentais em curso, que reduzirão, durante algum tempo, a sua capacidade produtiva.
"Continuo a pensar que uma nova recessão nas grandes economias do planeta é improvável. Mas a minha confiança nesta perspectiva é desgastada todos os dias pelo constante fluxo de más notícias económicas", sublinhou.
"Uma crise fabricada no mundo desenvolvido poderia tornar-se uma crise para os países em desenvolvimento. A Europa, o Japão e os Estados Unidos devem agir para atacar os seus graves problemas económicos antes que eles não se tornem mais graves para o resto do mundo", preveniu.
Ao ser interrogado sobre o que aconselhava a que fosse feito, Zoelick apelou para que se evitasse o proteccionismo. "Sejam países desenvolvidos ou não, a minha conclusão é : Não façam asneiras. Portanto, não deixem o mundo entrar numa espiral de proteccionismo", explicou.
Pediu ainda que, no que respeita à agricultura, quando os preços começam a subir, se evitem os embargos às exportações".
A preocupação com a crise financeira na zona euro foi também manifestada por seis países do G20 - Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México e Reino Unido - que apelaram à zona euro para reforçar os seus bancos, num comunicado conjunto divulgado pelo Reino Unido.
"Os governos e as instituições da zona euro devem agir rapidamente para enfrentar a crise do euro e todas as economias europeias devem resolver o problema da dívida para impedir um contágio à economia mundial", acrescentaram esses países.
"Os EUA, enquanto primeira economia mundial, também tem um papel fundamental a desempenhar para restaurar a confiança", sublinharam.
Finalmente, um estudo do Banco Central Europeu (BCE) confirmou ontem que a moeda única europeia está em perigo devido às despesas descontroladas dos Estados da zona euro e da crise da dívida que surgiu associada.
A instituição recomenda que, para melhorar a boa governação e evitar a repetição de uma crise, "todo o défice de mais de 3% do PIB deve ser unanimemente aprovado pelos governos da zona euro", uma espécie de "regra de ouro" comum a todos.
"Em 2008, muitos disseram que não havia qualquer possibilidade de antecipar a turbulência entretanto verificada. Hoje, os líderes políticos não tem desculpas desse tipo, disse Robert Zoellick, na abertura das assembleias anuais do Banco Mundial e do FMI, em Washington.
Zoellick acrescentou que os países ocidentais "não teriam desculpa" se os seus países caíssem em recessão e isso pesasse sobre a economia mundial.
O presidente do Banco Mundial (BM) receia que a crise económica nos Estados Unidos, Europa e Japão possam contaminar a economia global.
O líder do BM disse que algumas economias estão claramente abaixo do nível de crescimento anterior à crise devido aos drásticos ajustamentos financeiros no actual contexto de crise. Os países periféricos que continuam submersos pelas crises da dívida, citou a Grécia, Irlanda e Portugal, vivem recessões ou fraco crescimento económico. Zoellick recomendou que estas economias prossigam rapidamente os ajustamentos orçamentais em curso, que reduzirão, durante algum tempo, a sua capacidade produtiva.
"Continuo a pensar que uma nova recessão nas grandes economias do planeta é improvável. Mas a minha confiança nesta perspectiva é desgastada todos os dias pelo constante fluxo de más notícias económicas", sublinhou.
"Uma crise fabricada no mundo desenvolvido poderia tornar-se uma crise para os países em desenvolvimento. A Europa, o Japão e os Estados Unidos devem agir para atacar os seus graves problemas económicos antes que eles não se tornem mais graves para o resto do mundo", preveniu.
Ao ser interrogado sobre o que aconselhava a que fosse feito, Zoelick apelou para que se evitasse o proteccionismo. "Sejam países desenvolvidos ou não, a minha conclusão é : Não façam asneiras. Portanto, não deixem o mundo entrar numa espiral de proteccionismo", explicou.
Pediu ainda que, no que respeita à agricultura, quando os preços começam a subir, se evitem os embargos às exportações".
A preocupação com a crise financeira na zona euro foi também manifestada por seis países do G20 - Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México e Reino Unido - que apelaram à zona euro para reforçar os seus bancos, num comunicado conjunto divulgado pelo Reino Unido.
"Os governos e as instituições da zona euro devem agir rapidamente para enfrentar a crise do euro e todas as economias europeias devem resolver o problema da dívida para impedir um contágio à economia mundial", acrescentaram esses países.
"Os EUA, enquanto primeira economia mundial, também tem um papel fundamental a desempenhar para restaurar a confiança", sublinharam.
Finalmente, um estudo do Banco Central Europeu (BCE) confirmou ontem que a moeda única europeia está em perigo devido às despesas descontroladas dos Estados da zona euro e da crise da dívida que surgiu associada.
A instituição recomenda que, para melhorar a boa governação e evitar a repetição de uma crise, "todo o défice de mais de 3% do PIB deve ser unanimemente aprovado pelos governos da zona euro", uma espécie de "regra de ouro" comum a todos.
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