Crise financeira. Governos negoceiam soluções de recurso para a banca...
Durante todo o dia de ontem as autoridades alemãs trabalharam numa solução financeira capaz de evitar a falência do Hypo Real Estate (HRE), o quarto maior banco do país. Desde o início, sabia-se que teria de haver um qualquer plano de resgate antes da abertura dos mercados na segunda-feira, que evitasse uma corrida dos aforradores aos depósitos e um efeito de contágio a todo o sistema bancário. E este chegou por volta das 22 horas portuguesas: o governo e os principais bancos alemães abriram uma linha de crédito de 50 mil milhões de euros (a maioria suportada pelo Estado) para salvar aquela instituição.
Ontem, quando estava em Paris, a chanceler germânica foi surpreendida com a notícia de que o acordo estabelecido entre o Governo Federal alemão, o Bundesbank (banco central), o BCE e um consórcio de bancos comerciais se tinha desmoronado quando estes declararam não estar em condições de angariar os 8,5 mil milhões de euros acordados.
Recorde-se que o HRE começou a registar grandes perdas devido às actividades altamente especulativas em projectos imobiliários públicos da sua filial irlandesa, Depfa Bank Plc unit. O aperto no mercado do crédito impediu-a de aceder aos fundos necessários a curto prazo, precipitando a crise da casa-mãe. Hoje, de acordo com o jornal Die Welt, o HRE precisa de 20 mil milhões de euros a curto prazo, 50 mil milhões até ao fim do ano e, provavelmente, 100 mil milhões até ao fim de 2009.
As comparações da actual crise financeira com a Grande Depressão de 1929 arrepia os alemães. O ministro do Interior Wolfgang Schäuble foi ontem claro ao lembrar como a ruína financeira da República de Weimar guindou Adolf Hitler ao poder em 1933.
Também o governo belga passou o dia de ontem em reuniões sucessivas procurando solidificar a situação dos bancos Fortis e Dexia, também eles ameaçados. O segundo estará mais vulnerável a uma eventual falência do HRE segundo o jornal Le Soir. A televisão flamenga VRT, dizia ontem que a origem dos problemas deste banco estavam nos compromissos contraídos junto do HRE alemão, estimados entre 200 e 350 mil milhões de euros. A administração do banco desmentiu estes valores.
Entretanto, na Holanda, o ramo nacional do Fortis foi nacionalizado pelo governo pelo preço de 16,8 mil milhões de euros. O primeiro-ministro belga, por seu turno, informou estar a negociar uma solução com grupos privados, no sentido de apresentar um sinal claro de solução para o Fortis antes da abertura dos mercados na segunda feira.
Durante todo o dia de ontem as autoridades alemãs trabalharam numa solução financeira capaz de evitar a falência do Hypo Real Estate (HRE), o quarto maior banco do país. Desde o início, sabia-se que teria de haver um qualquer plano de resgate antes da abertura dos mercados na segunda-feira, que evitasse uma corrida dos aforradores aos depósitos e um efeito de contágio a todo o sistema bancário. E este chegou por volta das 22 horas portuguesas: o governo e os principais bancos alemães abriram uma linha de crédito de 50 mil milhões de euros (a maioria suportada pelo Estado) para salvar aquela instituição.
Ontem, quando estava em Paris, a chanceler germânica foi surpreendida com a notícia de que o acordo estabelecido entre o Governo Federal alemão, o Bundesbank (banco central), o BCE e um consórcio de bancos comerciais se tinha desmoronado quando estes declararam não estar em condições de angariar os 8,5 mil milhões de euros acordados.
Recorde-se que o HRE começou a registar grandes perdas devido às actividades altamente especulativas em projectos imobiliários públicos da sua filial irlandesa, Depfa Bank Plc unit. O aperto no mercado do crédito impediu-a de aceder aos fundos necessários a curto prazo, precipitando a crise da casa-mãe. Hoje, de acordo com o jornal Die Welt, o HRE precisa de 20 mil milhões de euros a curto prazo, 50 mil milhões até ao fim do ano e, provavelmente, 100 mil milhões até ao fim de 2009.
As comparações da actual crise financeira com a Grande Depressão de 1929 arrepia os alemães. O ministro do Interior Wolfgang Schäuble foi ontem claro ao lembrar como a ruína financeira da República de Weimar guindou Adolf Hitler ao poder em 1933.
Também o governo belga passou o dia de ontem em reuniões sucessivas procurando solidificar a situação dos bancos Fortis e Dexia, também eles ameaçados. O segundo estará mais vulnerável a uma eventual falência do HRE segundo o jornal Le Soir. A televisão flamenga VRT, dizia ontem que a origem dos problemas deste banco estavam nos compromissos contraídos junto do HRE alemão, estimados entre 200 e 350 mil milhões de euros. A administração do banco desmentiu estes valores.
Entretanto, na Holanda, o ramo nacional do Fortis foi nacionalizado pelo governo pelo preço de 16,8 mil milhões de euros. O primeiro-ministro belga, por seu turno, informou estar a negociar uma solução com grupos privados, no sentido de apresentar um sinal claro de solução para o Fortis antes da abertura dos mercados na segunda feira.
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