OCDE: Organização apela à promoção do emprego
Portugal chegará ao próximo ano com 650 mil desempregados. Mais 126 mil do que as actuais 524 mil pessoas que segundo as estatísticas não têm emprego. A estimativa é da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) no seu relatório sobre perspectivas de emprego.
De acordo com as projecções da organização, Portugal fechará o próximo ano com uma taxa de desemprego de 11,7 por cento, um valor que contrasta com a taxa registada no final de Junho último (9,4 por cento).
As contínuas subidas no desemprego são ainda mais evidentes na comparação com os valores de 2007. Há dois anos, em Dezembro de 2007, existiam em Portugal 440 mil desempregados, o que representava uma taxa de 7,9 por cento.
Contas feitas, a confirmarem-se as previsões da OCDE, em Dezembro de 2010, o País terá visto a taxa de desemprego aumentar 47,9 por cento e o número de pessoas sem emprego subir 210 mil em três anos.
O nosso país não é o único a enfrentar um aumento de desemprego. A OCDE prevê que o conjunto dos seus trinta Estados-membros termine o próximo ano com um total de 57 milhões de desempregados – um recorde no período pós--Segunda Guerra Mundial.
Neste quadro, a OCDE defende que o emprego deve ser a prioridade dos governos e incentiva os Estados-membros a focar-se no apoio aos cidadãos que procuram trabalho. Apoiar os jovens que procuram colocação, aumentar a formação dos desempregados para que a sua contratação seja mais atractiva para as empresas, apoiar os esforços dos desempregados para obter novo emprego são as pistas de acção recomendadas pela organização no seu relatório.
Caso contrário, a instituição teme que haja um risco de que a subida do número de pessoas sem emprego possa resultar num nível permanente de desemprego elevado que leve vários anos a recuar.
0,3 % DO PIB GASTO EM POLÍTICAS ACTIVAS
Portugal gastou, em média, mais 0,3 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) em medidas e políticas activas de emprego especificamente direccionadas para o combate à crise, o que coloca o País no topo dos Estados--membros da OCDE que maior verba dedicaram a esta área, de acordo com o relatório da organização ontem divulgado.
O Governo português, recorde-se, lançou, em Dezembro, doze medidas de apoio ao emprego que terão o custo de 580 milhões de euros, 300 dos quais sairão do Orçamento do Estado de 2009.
Acima de Portugal, só a Polónia reservou maior verba para o combate ao aumento do desemprego em época de crise.
SAIBA MAIS
RISCO DE POBREZA
Oitenta por cento dos trabalhadores em idade activa vivem em risco de pobreza, segundo dados avançados pela OCDE.
18%
Espanha é actualmente o país da OCDE com a mais alta taxa de desemprego.
635 000
O economista Eugénio Rosa afirma que o número real de desempregados em Portugal ascende já aos 635 mil.
Portugal chegará ao próximo ano com 650 mil desempregados. Mais 126 mil do que as actuais 524 mil pessoas que segundo as estatísticas não têm emprego. A estimativa é da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) no seu relatório sobre perspectivas de emprego.
De acordo com as projecções da organização, Portugal fechará o próximo ano com uma taxa de desemprego de 11,7 por cento, um valor que contrasta com a taxa registada no final de Junho último (9,4 por cento).
As contínuas subidas no desemprego são ainda mais evidentes na comparação com os valores de 2007. Há dois anos, em Dezembro de 2007, existiam em Portugal 440 mil desempregados, o que representava uma taxa de 7,9 por cento.
Contas feitas, a confirmarem-se as previsões da OCDE, em Dezembro de 2010, o País terá visto a taxa de desemprego aumentar 47,9 por cento e o número de pessoas sem emprego subir 210 mil em três anos.
O nosso país não é o único a enfrentar um aumento de desemprego. A OCDE prevê que o conjunto dos seus trinta Estados-membros termine o próximo ano com um total de 57 milhões de desempregados – um recorde no período pós--Segunda Guerra Mundial.
Neste quadro, a OCDE defende que o emprego deve ser a prioridade dos governos e incentiva os Estados-membros a focar-se no apoio aos cidadãos que procuram trabalho. Apoiar os jovens que procuram colocação, aumentar a formação dos desempregados para que a sua contratação seja mais atractiva para as empresas, apoiar os esforços dos desempregados para obter novo emprego são as pistas de acção recomendadas pela organização no seu relatório.
Caso contrário, a instituição teme que haja um risco de que a subida do número de pessoas sem emprego possa resultar num nível permanente de desemprego elevado que leve vários anos a recuar.
0,3 % DO PIB GASTO EM POLÍTICAS ACTIVAS
Portugal gastou, em média, mais 0,3 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) em medidas e políticas activas de emprego especificamente direccionadas para o combate à crise, o que coloca o País no topo dos Estados--membros da OCDE que maior verba dedicaram a esta área, de acordo com o relatório da organização ontem divulgado.
O Governo português, recorde-se, lançou, em Dezembro, doze medidas de apoio ao emprego que terão o custo de 580 milhões de euros, 300 dos quais sairão do Orçamento do Estado de 2009.
Acima de Portugal, só a Polónia reservou maior verba para o combate ao aumento do desemprego em época de crise.
SAIBA MAIS
RISCO DE POBREZA
Oitenta por cento dos trabalhadores em idade activa vivem em risco de pobreza, segundo dados avançados pela OCDE.
18%
Espanha é actualmente o país da OCDE com a mais alta taxa de desemprego.
635 000
O economista Eugénio Rosa afirma que o número real de desempregados em Portugal ascende já aos 635 mil.
1 comentário:
muito preocupante ...
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