sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A FOME ESTÁ A CRESCER TODOS DIAS EM PORTUGAL


Todos os dias aparecem novos pobres a pedir comida ao Banco Alimentar, neste País que se diz "Democrático e Socialista Moderno"...
Esquerda moderna, ou direita antiga?
O Banco Alimentar Contra a Fome é uma coisa que existe, mas não deveria existir. Porque a existência de gente com fome, em pleno século XXI, num país europeu que arrota novos aeroportos e TêGêVês, não falande de auto-estradas; e que se permite conceder a um cidadão com várias e copiosas fontes de rendimento, perfeitamente válido e apto para o trabalho, uma reforma de 3.600 contos, por apenas 18 meses como gestor numa empresa do Estado, ou ordenados e futuras reformas de luxo ao governador do seu Banco Central, é algo que a moral recusa, a inteligência não entende e a decência condena.
E não deveria existir, principalmente, porque o Senhor Primeiro-Ministro, se diz socialista e de esquerda.
Mas a verdade é que vivemos num país onde 500 famílias detém a maior fatia da riqueza nacional e os bancos acumulam lucros a um ritmo nunca visto; e nos prejuízos destes, o Estado dá garantias de milhares de milhões, para continuar a engordar as suas fortunas incalculáveis...
Os pobres descem aos patamares da miséria e os remediados passam a novos pobres. A grande maioria da população, nos últimos 12 anos – mas com maior intensidade nos últimos 2 anos correspondentes ao Consulado de Sócrates. Todos os dias empobrece e percebe que o futuro vai ser cada vez pior. Na realidade, nada disto me parece compatível com democracia, socialismo e esquerda, leve ela as etiquetas que o «engenheiro» lhe quiser pôr. Já que falei no Banco Alimentar Contra a Fome (cuja simples existência é, por si só, a prova da falência das políticas e da ganãncia dos banqueiros, em curso nas chamadas democracias dominadas pelo capital financeiro), soube, há dias, que a crise é de tal ordem que «há médicos e professores a pedirem ajuda para dar de comer aos filhos».
«O novos pobres»
A notícia saiu no insuspeito Expresso, num excelente trabalho de Raquel Moleiro e Isabel Vicente, e transcreve declarações de Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, que denuncia a existência dos chamados «novos pobres», saídos de uma classe média sobre-endividada. Deixem-me ler parte do texto:
«Manuela, 33 anos, hesitou antes de escrever aquele “e-mail” para o Banco Alimentar Contra a Fome. E mesmo enquanto o redigia, não tinha ainda a certeza de, no fim, ter coragem de carregar no botão de enviar.
Ela, bacharel em Relações Internacionais, quadro de um ministério, casada com um professor de educação física, ex-atleta olímpico. Mãe de uma bebé com cinco meses, tinha agora de pedir ajuda para alimentar a família. O marido que ficou sem emprego, um salário de 2000€ que desapareceu no mês em que festejaram a gravidez, a renda da casa que foi falhando vezes de mais, o cartão de crédito gasto até ao limite, o apartamento trocado por um quarto, e nem assim a comida chegava à mesa. "No dia em que enviei o e-mail faltavam três semanas para receber. e só tinha 80€", explica. "Havia para a bebé, mas nós íamos passar fome".
O caso tem um mês. Ana Vara, assistente social do BACF, ligou a Manuela mal leu o pedido. E disse-lhe o que tanto tem repetido ultimamente: “Não tenha vergonha, não é a única”. “Nos últimos quatro meses, mais que duplicaram os pedidos directos ao banco alimentar. E há cada vez mais casos de classe média”, garante Isabel Jonet. A directora do BACF chama-lhes "os novos pobres": empregados, instruídos, socialmente integrados, mas, ainda assim, vítimas da pobreza e até da fome. Nos últimos três meses, chegaram ao banco alimentar de Alcântara 250 casos, 30% dos quais se enquadram nesta nova categoria. E em todos há pontos transversais: mais mulheres, muitas mães, desemprego inesperado, rupturas familiares, e sempre sobre-endividamento.(...) As famílias tradicionalmente carenciadas aparecem no banco alimentar, pedem olhos nos olhos.
Os novos pobres gritam por ajuda, envergonhadamente, através do correio electrónico.
O Presidente da República disse nos meios de comunicação estar admirado, por ter todos os dias, muitos pedidos de ajuda de pessoas da classe média para colmatar a fome!...
Como Luciana, médica, cujo desemprego súbito do marido fez ruir a estrutura económica do lar de nove filhos Sem ele saber, sem o magoar de vergonha, pediu apoio alimentar para um casa onde nunca tinha faltado nada».
Por este breve excerto da reportagem do Expresso, podemos ver o que por aí vai.
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Europa anuncia ajudas aos Estados membros, de 200 mil milhões de euros.(...)

2 comentários:

Anónimo disse...

Falas aqui de inúmeras coisas...
Vê-se que estás muito atento aos problemas económicos do País...
Vamos por partes: A fome é um insulto ao género humano, que nos envergonha a todos. Existe, e cada vez mais e em maior número de pessoas. É um facto. Mas o Banco alimentar, independentemente de tudo o que sentimos em relação a ele, é uma ajuda. E a Isabel Jonet tem feito um bom trabalho. Não sei se ele é de esquerda ou de direita, mas o trabalho é meritório. Em relação , aos BCPs, Bpns, Bpps, aos Berardos, Bdp, etc, já é tudo tão cansativo que apetece desligar. Sei que devemos estar atentos e estamos, mas...
temos que persuasir nas divulgações dos malfeitores e criminosos deste país...
Cabe também a cada um de nós fazer um trabalho solidário e livre para o pão e o mel tenham o gosto da vida verdadeira.
Um beijo.

Anónimo disse...

Não acredito nesta dos novos pobres. Se uma família de licenciados chega ao cúmulo de pedir para comer, é porque em determinada altura teve mais olhos que barriga, e comprou uma casa de 300,000€ quando lhes bastava uma de 200.000€, ou porque aproveitou os tempos de vacas gordas para se endividar e comprar os jipes e os Mercedes.

Mas destes, destes eu não tenho pena nenhuma...

AO LONGO DA FAMIGERADA "CAMPANHA ACCIONISTA BCP" EM 2000/2001, QUE O BANCO LEVOU A CABO COM AS ACÇÕES PRÓPRIAS, FOI PROVADO HAVER INDÍCIOS DE VÁRIOS CRIMES... NO EXERCÍCIO DE 2000, O MONTANTE TOTAL DE PRÉMIOS A DISTRIBUIR PELOS FUNCIONÁRIOS FOI DE 22.603.817,40€, EM QUE OS ACCIONISTAS NÃO TIVERAM DIREITO A DIVIDENDOS!!!
AS ENTIDADES SUPERVISORAS E ÓRGÃOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGARAM AO PÚBLICO, MAS O BCP, MESMO COM A ACTUAL ADMINISTRAÇÃO, CUJO PRESIDENTE É O DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, CONTINUA A EXTORQUIR, "ROUBAR" E A SAQUEAR DINHEIROS DAS CONTAS DAS VÍTIMAS (CLIENTES) SILENCIADAS E INDEFESAS, DANDO SEGUIMENTO PARA O BANCO DE PORTUGAL COMO SENDO DÍVIDA DE INCUMPRIMENTO, SUJANDO O "BOM NOME" DO CLIENTE... ENQUANTO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS BANCÁRIOS CONTINUAM INTOCÁVEIS, SEM SER CHAMADOS À JUSTIÇA.

É A VERDADE DO QUE SE PASSOU E AINDA SE ESTÁ PASSAR NO MAIOR BANCO PRIVADO PORTUGUÊS! "MILHARES DE PESSOAS DESTRUÍDAS, EXTORQUIDAS E "ROUBADAS" DOS SEUS BENS PELO BCP (CAMPANHA ACCIONISTA MILLENNIUM BCP E OUTRAS SITUAÇÕES GRAVES)..."
- "TAMBÉM ALGUMAS NOTÍCIAS FINANCEIRAS ACTUALIZADAS"
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DURING THE INFAMOUS "CAMPAIGN SHAREHOLDERS BCP" In 2000/2001, the Bank has undertaken WITH OWN ACTIONS, HAS PROVEN Indications of HAVER SEVERAL CRIMES ... In 2000, THE TOTAL AMOUNT OF PREMIUMS FOR EMPLOYEES WAS A DISTRIBUTE OF € 22,603,817.40, in which shareholders were not entitled to dividends!!!
AND BODIES supervisors of media available to the public, but the BCP, EVEN WITH THE CURRENT ADMINISTRATION, WHICH IS THE PRESIDENT DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, continues to extort, "theft" Drawing MONEY AND VICTIMS OF THE ACCOUNTS (CLIENTS) Silent and Helpless, following FOR BANK OF PORTUGAL AS BEING DEBT OF FAILURE (CRC) of the client. While the primary banking responsibility untouchables CONTINUE WITHOUT BEING CALLED TO JUSTICE.

IS THE TRUTH of what happened and if IS MOVING IN A MORE PRIVATE BANK PORTUGUESE! "Thousands of people destroyed and EXTORQUIADAS THEIR PROPERTY BY BCP (BCP MILLENNIUM CAMPAIGN SHAREHOLDERS AND OTHER serious )..."
- "UPDATES FINANCIAL ALSO NEWS OF THE WORLD"