“Só perco quando vender e só ganho quando vender.” É esta a resposta que Joe Berardo à pergunta sobre a derrocada dos seus investimento na bolsa.A crise financeira mundial não escolhe vítimas e nestes momentos quem mais investiu é quem mais perde, se vender. De acordo com os cálculos feitos pelo “Diário Económico”, desde o início do ano, Berardo já acumula uma menos-valia potencial de mais de 697,9 milhões de euros só com a queda das acções que detém do Millenniumbcp, Zon e Sonae SGPS. Estes cálculos não têm em consideração o preço médio a que estas acções foram compradas.Só no Millenniumbcp, onde o empresário controla 6,18% do capital, o potencial de perda atinge cerca de 534,6 milhões – entre 1 de Janeiro e o fecho de ontem as acções do maior banco privado português desvalorizaram 70,1%. Na Zon, a soma das posições da Fundação José Berardo e Metalgest (5,63% no total), acresce mais 96 milhões ao potencial de menos-valias da carteira de títulos do empresário, uma vez que os títulos da dona da TV Cabo caíram 59,5% em onze meses. Valores a que se somam os 67 milhões pelas perdas dos 2,49% que controla na Sonae SGPS – a desvalorização do grupo de Belmiro de Azevedo atingiu os 75,5% até ontem.
O montante de perdas potenciais não deve ficar por aqui se tivermos em conta os investimentos de Berardo em participações não qualificadas que o empresário não é obrigado a revelar ao mercado. O próprio Berardo reforça essa ideia: “eu não sou público. Não sou obrigado a dar essas informações.”
O montante de perdas potenciais não deve ficar por aqui se tivermos em conta os investimentos de Berardo em participações não qualificadas que o empresário não é obrigado a revelar ao mercado. O próprio Berardo reforça essa ideia: “eu não sou público. Não sou obrigado a dar essas informações.”
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