segunda-feira, 14 de julho de 2008

CMVM aplica multa recorde sobre o MILLENNIUM BCP, muito pesada...


CMVM aplica multa recorde sobre o BCP A CMVM considera que o BCP violou as regras da intermediação financeira na venda agressiva de acções próprias durante os aumentos de capital de 2000 e 2001. A instituição presidida por Carlos Tavares considerou a prática muito grave. A coima deverá ser a mais elevada de sempre.

A CMVM teve mão pesada no processo dos pequenos accionistas do BCP, devendo o banco ser alvo da maior coima alguma vez aplicada em Portugal. A decisão final sobre este processo foi tomada no final de quinta-feira e, no que toca à CMVM, o assunto está encerrado. O supervisor não revela os montantes em causa com esta condenação em processo de contra-ordenação muito grave mas, ao que o Diário Económico apurou, o BCP deverá ser penalizado com a maior coima já aplicada pela CMVM. Até aqui, a maior penalização, de 950 mil euros, data de Junho de 2006 e teve como alvo o Citigroup, no caso da actuação irregular no mercado da dívida pública, em 2004.
No que toca ao BCP, a multa deverá ser maior do que este valor, devido sobretudo ao cúmulo jurídico verificado. Quer isto dizer que, na análise feita, a CMVM terá entendido que o BCP violou vários preceitos legais, nomeadamente as regras do Código dos Valores Mobiliários referentes às práticas de intermediação financeira. A coima máxima aplicável a contra-ordenações muito graves é de 2,5 milhões de euros, mas o cúmulo jurídico pode atirar este valor para o dobro, 5 milhões de euros. De qualquer forma, não é provável que, neste caso, se atinja o máximo legalmente admissível.

O cúmulo jurídico verifica-se devido à violação de várias regras, como a informação completa a prestar aos clientes, a definição do seu perfil e a elucidação dos riscos que acarretava a compra de acções do BCP. Na origem do caso - que estrou agora em processo de mediação (ver caixa) - está a venda agressiva de acções do BCP a pequenos clientes do banco, sem informação quanto aos riscos e sem ter em atenção o nível de conhecimento financeiro dos clientes.

Vinte dias após a notificação, o valor da coima será divulgado publicamente, por se referir a uma contra-ordenação muito grave. Mesmo que, entretanto, o BCP recorra judicialmente da decisão, esta divulgalção não deixa de ser feita, apenas tem de trazer a menção de que existe uma impugnação judicial. Contactada pelo Diário Económico, fonte oficial do BCP não quis comentar o eventual recurso judicial da decisão. Ainda assim, é de esperar que este recurso seja mesmo interposto, quanto mais não seja para salvaguardar os direitos dos actuais accionistas. Ou seja, havendo possibilidade de não pagar, o BCP deverá explorar as vias que lhe estão à disposição. De qualquer forma, a coima não terá impacto sobre as contas do BCP. Isto porque o banco fez, nas contas de 2007, uma provisão de 41 milhões de euros para “contingências”, adoptando uma postura conservadora, contemplando os valores máximos que poderia ter de vir a pagar.

Minimizar ocorrências
Teixeira dos Santos falou do passado, mas centrou-se sobretudo no futuro da regulação. As entidades de supervisão devem, na opinião de Teixeira dos Santos (à esquerda na foto), “procurar formas de minimizar ocorrências desta natureza, reduzir ao máximo as oportunidades para que isso aconteça”. Para o ministro das Finanças, ouvido sexta-feira na comissão de inquérito enquanto ex-presidente da CMVM, a preocupação “é que os mercados continuem a a confiar no exercício da supervisão”. Há coisas que “não se podem esconder, mais cedo ou mais tarde são descobertas”.


CMVM já nomeou dois mediadores
O supervisor do mercado de capitais já nomeou os dois mediadores que irão tentar resolver o diferendo entre o BCP e os pequenos accionistas que se consideram lesados com a venda de acções do início da década. Um dos mediadores será António Gageiro, que é o director do Gabinete do Investidor e Mediação. Foi designado ainda outro responsável, externo à CMVM e com competências mais técnicas, cujo nome não é conhecido. O BCP não revelou quantos accionistas já pediram para se juntar ao processo de mediação.

Maiores coimas
Há dois anos, o Citigroup foi multado em 950 mil euros, depois de, em 2004, ter feito movimentos que perturbaram gravemente
a negociação de dívida, também no mercado português.

Também em 2006, a EDP recebeu uma coima de 550 mil euros, por violação do dever de segredo aquando da aquisição da Hidrocantábrico.

BCP Investimento e Inapa dividem o terceiro lugar deste “pódio”, com coimas de 300 mil euros, cada. O primeiro devido à negociação de obrigações e unidades de participação de fundos e a segunda por utilização irregular de métodos contabilísticos.

Comentários

Costa Ferreira (g.ferreira.flowers@sapo.pt)
Tivesse este caso acontecido nos Estados Unidos da América e os administradores do Banco julgados culpados neste processo já estariam a sofrer as devidas consequências desde há muito. Certamente que seriam condenados individualmente, não só em termos pessoais no que diz respeito a reembolsar o Banco pelos prejuizos a ele causados como tambem teriam sofrido o cancelamento das suas actuais pensões por decisão em Assembleia Geral dos actuais accionistas.

José Encarnação
Eu sempre disse que o BCP vivia em crimes económicos, principalmente no sistema manipulativo e de más informações ao mercado... BCPCRIME.BLOGSPOT.COM

BCM
Os pequenos accionistas que investiram todas as suas economias em acções do BCP vão poder ver o seu dinheiro de volta?? Quem tem direito ao processo de mediação do BCP? A CMVM vai obrigar o BCP a comprar as acções aos pequenos accionistas ao preço que vendeu? Alguem pode explicar isto melhor pff?! Estou deseperado!

p
quanto mais pagar melhor.

Sem papas na lingua
Multa record..? Mão pesada da cmvm..? Esta gente continua a insultar a inteligência das pessoas..., como se alguém acreditasse que foi feita justiça..., prevaricaram em muitos e muitos milhões, e são punidos com esta coima tão insignificante..., mas que gentinha tão miserável esta...

Pedro (pedrob@portugalmail.pt)
Como pode o mercado ser livre se as empresas são castigadas e os responsáveis pelas irregularidades não são minimamente incomodados e ainda vivem princepescamente à custa das que lesaram. Com accionistas que deixam que isto aconteça (não responsabilização de administradores e manutenção de benefícios), não há empresa (mesmo Banco) que passe mensagem de credibilidade digna. E assim lá se vai a a competitividade (externa).

jm
À nossa moda: a culpa morre solteira...Paga o Banco e consequentemente os accionistas e até os clientes. Os verdadeiros responsáveis ficam com os bolsos cheios a rir-se dos pacóvios...

José Martins (zemartim@hotmail.com)
Como diz o ditado muito aplicado em Portugal, O CRIME COMPENSA. E compensa porquê? Porque quem o pratica, não vai ser minimamente beliscado no seu património pessoal nem tão pouco na sua conduta individual, pelo que todos os administradores deste banco, estão-se nas tintas para mais 2 ou 5 milhões que o banco tenha a vir que pagar. Os accionistas acarretam bem com estas ninharias. Nestes casos, é que se vê como anda a justiça nesta quinta à beira mar plantada. No final desta telenovela, ainda vêm para a ribalta com seu ar de impolutos mas sabe-se lá quanto de peso vai naquelas cabeças. Peso mas de consciência, nada de màs interpretações. Se tivessem um pingo de vergonha, metiam o rabo entre as pernas, e quem ainda lá está só tinha um caminho: a rua. Os outros seriam espremidos até reporem o que agora o banco vai ter que pagar...

Sem comentários:

AO LONGO DA FAMIGERADA "CAMPANHA ACCIONISTA BCP" EM 2000/2001, QUE O BANCO LEVOU A CABO COM AS ACÇÕES PRÓPRIAS, FOI PROVADO HAVER INDÍCIOS DE VÁRIOS CRIMES... NO EXERCÍCIO DE 2000, O MONTANTE TOTAL DE PRÉMIOS A DISTRIBUIR PELOS FUNCIONÁRIOS FOI DE 22.603.817,40€, EM QUE OS ACCIONISTAS NÃO TIVERAM DIREITO A DIVIDENDOS!!!
AS ENTIDADES SUPERVISORAS E ÓRGÃOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGARAM AO PÚBLICO, MAS O BCP, MESMO COM A ACTUAL ADMINISTRAÇÃO, CUJO PRESIDENTE É O DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, CONTINUA A EXTORQUIR, "ROUBAR" E A SAQUEAR DINHEIROS DAS CONTAS DAS VÍTIMAS (CLIENTES) SILENCIADAS E INDEFESAS, DANDO SEGUIMENTO PARA O BANCO DE PORTUGAL COMO SENDO DÍVIDA DE INCUMPRIMENTO, SUJANDO O "BOM NOME" DO CLIENTE... ENQUANTO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS BANCÁRIOS CONTINUAM INTOCÁVEIS, SEM SER CHAMADOS À JUSTIÇA.

É A VERDADE DO QUE SE PASSOU E AINDA SE ESTÁ PASSAR NO MAIOR BANCO PRIVADO PORTUGUÊS! "MILHARES DE PESSOAS DESTRUÍDAS, EXTORQUIDAS E "ROUBADAS" DOS SEUS BENS PELO BCP (CAMPANHA ACCIONISTA MILLENNIUM BCP E OUTRAS SITUAÇÕES GRAVES)..."
- "TAMBÉM ALGUMAS NOTÍCIAS FINANCEIRAS ACTUALIZADAS"
_______________________________________________________________________________________________________

DURING THE INFAMOUS "CAMPAIGN SHAREHOLDERS BCP" In 2000/2001, the Bank has undertaken WITH OWN ACTIONS, HAS PROVEN Indications of HAVER SEVERAL CRIMES ... In 2000, THE TOTAL AMOUNT OF PREMIUMS FOR EMPLOYEES WAS A DISTRIBUTE OF € 22,603,817.40, in which shareholders were not entitled to dividends!!!
AND BODIES supervisors of media available to the public, but the BCP, EVEN WITH THE CURRENT ADMINISTRATION, WHICH IS THE PRESIDENT DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, continues to extort, "theft" Drawing MONEY AND VICTIMS OF THE ACCOUNTS (CLIENTS) Silent and Helpless, following FOR BANK OF PORTUGAL AS BEING DEBT OF FAILURE (CRC) of the client. While the primary banking responsibility untouchables CONTINUE WITHOUT BEING CALLED TO JUSTICE.

IS THE TRUTH of what happened and if IS MOVING IN A MORE PRIVATE BANK PORTUGUESE! "Thousands of people destroyed and EXTORQUIADAS THEIR PROPERTY BY BCP (BCP MILLENNIUM CAMPAIGN SHAREHOLDERS AND OTHER serious )..."
- "UPDATES FINANCIAL ALSO NEWS OF THE WORLD"