Os activos gregos que os bancos portugueses detêm, em proporção do seu capital, excedem os das outras entidades financeiras dos restantes países que compõem a Zona Euro, segundo um relatório da Moody’s Capital Markets Research Group.
Os bancos sedeados em Portugal detêm activos gregos num valor total de quase 23% do seu capital, referiu a Moody’s, citando os dados compilados pelo Banco de Pagamentos Internacionais e pela Moody’s Investors Service.
Na Irlanda e França, que são os segundo e terceiro países mais expostos aos activos gregos, essa proporção é inferior a 13%.
“A saga em torno do risco soberano na Europa está longe de ter terminado”, salientam os analistas Lisa Hintz e David Munves no relatório da Moody’s, citado pela Bloomberg.
“Existem muitos riscos de revisão em baixa dos ‘ratings’ de bancos europeus”, advertiram os mesmos analistas.
As autoridades europeias e o FMI anunciaram a 9 de Maio um fundo de estabilização financeira no valor de 750 mil milhões de euros para conter uma crise que ameaçava levar alguns países a entrarem em incumprimento da dívida, abalando o euro, relembra a Bloomberg.
Depois da Grécia, na quarta-feira foi a vez de Espanha anunciar novas medidas de austeridade. Ontem foi Portugal quem comunicou o endurecimento das medidas que visam conter o défice e que serão aplicadas durante um ano e meio, com início já em Julho.
Sem comentários:
Enviar um comentário