A pobreza em Portugal atinge 18% da população, cerca de dois milhões de pessoas, mas esse número podia ultrapassar os quatro milhões sem as ajudas do Estado, afirma a associação CAIS.
"Se não fossem as chamadas transferências sociais, que são as ajudas do Estado, que vão desde o Rendimento Social de Inserção ao Complemento Solidário para Idosos, desde subsídios para grávidas a subsídios para as famílias, de alimentação ou invalidez, teríamos em Portugal 41% de pobres", afirmou director executivo da associação CAIS Henrique Pinto, citado pela ‘Lusa'.
Henrique Pinto adiantou que em Portugal existem actualmente dois milhões de pobres, cerca de 18% da população nacional.
O responsável da CAIS acredita que actualmente ainda há "falta de vontade política" para resolver o problema da pobreza e defende um papel mais activo dentro de cada ministério.
"Quando se fazem ou preparam orçamentos, cada ministério deve colocar dentro de um orçamento próprio estas bolsas de pobreza, que se podem verificar na economia, na educação, na habitação, na saúde, para além dos investimentos que devem fazer", sugeriu.
No entanto, admite, o maior entrave no combate à pobreza e à exclusão social está na indiferença que a maior parte da população tem para com estes problemas e que Henrique Pinto aponta como "um dos grandes factores causadores" de não se conseguir terminar com os ciclos de pobreza "nos quais estão envolvidas famílias há muitas
gerações".
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