Portugal continua a sofrer com a incerteza em torno do molde e do ‘timing' da ajuda à Grécia.
O risco atribuído a Portugal pelos ‘credit default swaps' (CDS) é hoje o que mais sobe em todo o mundo. O preço desta espécie de seguro contra o incumprimento, para obrigações do Tesouro português a cinco anos, sobe mais de 20 pontos para 332 pontos base, um valor recorde.
Isto significa sobretudo duas coisas. Primeiro que por cada 10 milhões de euros investidos em dívida portuguesa, os investidores pagam agora 332 mil euros anuais para se protegerem da possibilidade de Portugal entrar em incumprimento. Em segundo lugar, o valor faz da dívida pública portuguesa uma das 10 mais arriscadas do mundo, à frente de países como o Líbano e o Cazaquistão.
O mesmo indicador, mas para a Grécia, chegou hoje aos 756 pontos base, estando cada vez mais próximo dos valores da Argentina e da Venezuela, os países mais arriscados do mundo.
"Se a Alemanha decidir rapidamente [sobre a ajuda à Grécia] é expectável que o risco de contágio diminua. No entanto, nesta fase, os mercados estão a cheirar sangue", sublinhava Charles Diebel, do Nomura, em declarações à Reuters.
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