Os bancos portugueses, gregos, espanhóis e irlandeses são as instituições financeiras mais dependentes do financiamento do Banco Central Europeu (BCE).
A conclusão faz parte de um estudo da consultora holandesa ING, citada pela agência de informação financeira Bloomberg.
Os bancos dos países periféricos do euro continuam a lutar para se financiarem mesmo após os testes de resistência feitos em Julho e que atestaram a saúde de 84 das 91 instituições financeiras europeias, afirma a consultora.
Segundo o economista sénior do ING Martin Van Vliet, que coordenou este estudo, a procura do financiamento do BCE pelos bancos irlandeses provavelmente aumentou em Agosto, dada "a percepção de risco recente" do sector financeiro do país, enquanto o apetite dos bancos espanhóis tem tendência a diminuir nos próximos meses.
Já a procura pelos bancos portugueses e gregos continuará estável e os bancos alemães e franceses estão a recorrer menos ao financiamento do BCE.
"Os bancos terão de enfrentar o teste real quando o Banco Central
Europeu começar a retirar os estímulos", afirmou Martin Van Vliet.
"O BCE adiou a continuação do desmantelamento das medidas não convencionais, mas a pergunta para um milhão de dólares é o que acontece no próximo ano", acrescentou.
A Comissão Executiva do BCE disse a 3 de Setembro, que há o perigo de alguns bancos se tornarem "viciados" no financiamento do Banco Central Europeu, um dia depois de o presidente da instituição, Jean-Claude Trichet, ter anunciado a manutenção das operações de empréstimos aos bancos "a taxa fixa e volume ilimitado" pelo menos até Janeiro de 2011.
As operações de crédito do banco central são consideradas cruciais para diversos bancos da zona euro que lutam contra a falta de liquidez e dificuldade de financiamento nos mercados internacionais.
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