O preço de subscrever um seguro contra o possível incumprimento de Portugal atingiu hoje um novo máximo histórico, nos 196 pontos. Os CDS sobre Obrigações a cinco anos são os que mais sobem em todo o mundo.
Os investidores estão a dar novos sinais de receio em relação a Portugal, o que é visível tanto na evolução do 'spread' das obrigações portuguesas a 10 anos como na evolução dos 'credit default swaps' (CDS) sobre Obrigações do Tesouro a cinco anos.
Segundo dados da CMA DataVision, os CDS portugueses estão a negociar nos 196,2 pontos, o valor mais elevado de sempre, o que significa que por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida, os investidores têm de pagar um seguro anual de 196,2 mil euros.
Os CDS lusos são mesmo os que mais estão a subir em todo o mundo, isto porque, dizem os analistas, depois da Comissão Europeia ter hoje dado luz verde ao plano do Governo grego para descer o défice orçamental do país, os receios estão a voltar-se para os outros países que apresentam situações mais "delicadas".
Portugal parece ser um dos que se seguem, depois do Comissário Joaquin Almunia ter hoje afirmado que o país partilha com a Grécia alguns problemas como o défice elevado e a falta de competitividade, assim como a elevada necessidade de financiamento.
O comissário afirmou também que "a necessidade de corrigir os desequilíbrios orçamentais vai ter de ser reforçada para Portugal por causa do défice de 2009 e também de 2010, que ficaram ligeiramente acima do esperado".
Outro factor que está a condiconar a evolução dos indicadores de risco da dívida portuguesa é a emissão de bilhetes do tesouro nacionais realizada esta manhã.
Eram para ser colocados no mercado 500 milhões de euros de bilhetes do tesouro com maturidade de Janeiro de 2011, mas o IGCP optou por vender apenas 300 milhões, isto perante um juro 49 pontos percentuais acima da taxa oferecida na última emissão de Janeiro.
"Foi este o motivo. O mercado está agora muito ansioso em relação a Portugal, depois da Grécia, onde o problema também começou no sector da dívida de curto-prazo e depois se estendeu aos prazos mais longos", disse um operador citado pela 'Reuters'.
O 'spread' das obrigações do tesouro portuguesas a 10 anos, que é o prémio que os investidores exigem para comprar dívida portuguesa em vez das obrigações alemãs, que são a referência para o mercado, também está em alta, a negociar nos 144 pontos, o valor mais elevado desde Abril. Isto mesmo depois da Comissão Europeia ter manifestado hoje o seu apoio total aos planos do Governo grego para cortar o défice do país.
"A volatilidade é muito elevada devido à situação da Grécia. O IGCP normalmente coloca no mercado tudo o que planeia, ou mais, mas desta vez estava a ficar demasiado caro, por isso venderam menos", explicou o analista do BES, Rui Pereira, à Reuters.
Segundo operadores, o juro mais elevado proposto no leilão de hoje ascendeu a 2%, mas a única taxa aceite pelo IGCP foi de 1,379% que, ainda assim, é a mais alta desde Fevereiro do ano passado e 49 pontos percentuais acima do juro de 0,928% pago pelos bilhetes do tesouro vendidos a 20 de Janeiro.
Uma fonte de mercado em Londres afirmou que a venda de bilhetes do tesouro fez subir o 'spread' das obrigações do tesouro portuguesas a 10 anos, ou seja, o juro pago na emissão de dívida no curto prazo parece estar a afectar os prazos mais longos.
Segundo dados da CMA DataVision, os CDS portugueses estão a negociar nos 196,2 pontos, o valor mais elevado de sempre, o que significa que por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida, os investidores têm de pagar um seguro anual de 196,2 mil euros.
Os CDS lusos são mesmo os que mais estão a subir em todo o mundo, isto porque, dizem os analistas, depois da Comissão Europeia ter hoje dado luz verde ao plano do Governo grego para descer o défice orçamental do país, os receios estão a voltar-se para os outros países que apresentam situações mais "delicadas".
Portugal parece ser um dos que se seguem, depois do Comissário Joaquin Almunia ter hoje afirmado que o país partilha com a Grécia alguns problemas como o défice elevado e a falta de competitividade, assim como a elevada necessidade de financiamento.
O comissário afirmou também que "a necessidade de corrigir os desequilíbrios orçamentais vai ter de ser reforçada para Portugal por causa do défice de 2009 e também de 2010, que ficaram ligeiramente acima do esperado".
Outro factor que está a condiconar a evolução dos indicadores de risco da dívida portuguesa é a emissão de bilhetes do tesouro nacionais realizada esta manhã.
Eram para ser colocados no mercado 500 milhões de euros de bilhetes do tesouro com maturidade de Janeiro de 2011, mas o IGCP optou por vender apenas 300 milhões, isto perante um juro 49 pontos percentuais acima da taxa oferecida na última emissão de Janeiro.
"Foi este o motivo. O mercado está agora muito ansioso em relação a Portugal, depois da Grécia, onde o problema também começou no sector da dívida de curto-prazo e depois se estendeu aos prazos mais longos", disse um operador citado pela 'Reuters'.
O 'spread' das obrigações do tesouro portuguesas a 10 anos, que é o prémio que os investidores exigem para comprar dívida portuguesa em vez das obrigações alemãs, que são a referência para o mercado, também está em alta, a negociar nos 144 pontos, o valor mais elevado desde Abril. Isto mesmo depois da Comissão Europeia ter manifestado hoje o seu apoio total aos planos do Governo grego para cortar o défice do país.
"A volatilidade é muito elevada devido à situação da Grécia. O IGCP normalmente coloca no mercado tudo o que planeia, ou mais, mas desta vez estava a ficar demasiado caro, por isso venderam menos", explicou o analista do BES, Rui Pereira, à Reuters.
Segundo operadores, o juro mais elevado proposto no leilão de hoje ascendeu a 2%, mas a única taxa aceite pelo IGCP foi de 1,379% que, ainda assim, é a mais alta desde Fevereiro do ano passado e 49 pontos percentuais acima do juro de 0,928% pago pelos bilhetes do tesouro vendidos a 20 de Janeiro.
Uma fonte de mercado em Londres afirmou que a venda de bilhetes do tesouro fez subir o 'spread' das obrigações do tesouro portuguesas a 10 anos, ou seja, o juro pago na emissão de dívida no curto prazo parece estar a afectar os prazos mais longos.
Sem comentários:
Enviar um comentário