
O Congresso não poupou críticas aos oito banqueiros que prestaram declarações no comité financeiro da Câmara dos Representantes. Bónus e dúvidas em relação ao destino do dinheiro público foram os temas em cima da mesa no comité de ontem, em Washington...
"Não acredito como não vos processaram", disse o congressista Michael Capuano.
Bank of America, JPMorgan, Morgan Stanley e Citigroup, são alguns dos bancos que receberam ajudas do Governo norte-americano.
As instituições financeiras têm sido alvo de duras críticas nas últimas semanas, acusações que se intensificaram devido aos receios de que tenham usado o dinheiro público para outros fins que não a concessão de empréstimos, numa altura em que os norte-americanos enfrentam grandes dificuldades para manter as suas casas e não perderem os empregos.
Extravagâncias dos bancos
O Wells Fargo, por exemplo, tinha planeada uma viagem de negócios para Las Vegas para alguns dos seus colaboradores, até que a notícia veio a público e o banco foi acusado de desperdiçar o dinheiro dos contribuintes. Resultado? A viagem foi cancelada.
O Citigroup, por sua vez, tencionava comprar um novo avião para o grupo antes da Casa Branca o ter dissuadido.
Os CEO's garantiram que estão a conceder empréstimos, apesar da restrição dos critérios. "Estamos a emprestar mais dinheiro, o que não seria possível sem o programa de ajuda do Governo", disse o presidente executivo do Bank of America, Ken Lewis.
Mas o Congresso não pareceu ficar convencido.
De acordo com a CNN, os responsáveis até trautearam histórias de empresários locais que não conseguiam obter empréstimos por nenhuma via.
Fugir às restrições do Governo
"Comecem a emprestar o dinheiro que vos demos. Ponham-no na rua!" sublinhou o republicano Michael Capuano.
Face às críticas, os banqueiros do JPMorgan, Morgan Stanley e Goldman Sachs, entre outros, disseram que querem devolver o dinheiro ao Governo o mais depressa possível. E, mais do que isso, o CEO do BB&T disse numa conferência com investidores que quer ser o primeiro a sair do programa de ajuda do Governo para escapar às restrições que lhe estão subjacentes.
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