terça-feira, 30 de junho de 2009

BCP... Quando terá um bocadinho de dignidade para seus clientes?


ESTE "GIGANTE MAFIOSO" CULPADO DA GRANDE CRISE QUE ATRAVESSAMOS:
Banco Corrupto Português (BCP) - Se não tem pais ricos, não volte ao BCP! Sugiro a todos os lesados na operação "Crédito - Acções BCP" que se unam para enfrentar este Banco, que roubou milhares de Portugueses. Confiando nele, milhares de clientes viram as suas casas e os seus ordenados penhorados por este autêntico bando de predadores com colarinho branco. Foi uma espécie de assalto à mão armada o acto por eles perpetrado. Cometeram, os clientes, um erro imperdoável: acreditaram numa publicidade enganosa, que escondia esquemas ilegais, assentes numa gestão danosa visando o enriquecimento acelerado, arruinando, sem escrúpulos, a vida a milhares de famílias. Sou dos que entendem ser justa para este tipo de criminosos a cadeira eléctrica, com descarga lenta para que sentissem na pele, o mesmo que milhares de pessoas sentem na alma. Com o beneplácito das autoridades competentes (leia-se incompetentes). Todos unidos, deveríamos fazer valer os nossos direitos deveríamos recuperar os bens que nos extorquiram infamemente. Vamos a eles!!! - O BCP não merece o respeito nem a confiança dos Portugueses. Não nos deixemos enganar mais! Atenção à compra de acções e outros produtos financeiros. Evitar cair no conto do vigário: eis a receita acautelatória que se impõe! Para que serve este produto, se não devo antes perguntar a quem serve esta habilidade? Taxista de turno e manipulador de informação a favor de quem? BANCO CENTRAL da REPUBLICA PORTUGUESA das BANANAS: BPN - BPP... Com tantos yes-mens a roubar, ignorando que põem em causa a sobrevivência de tantas e tantas famílias. Afinal, os gatunos detêm uma parcela de Poder; fora dele, a fome e a miséria que, aos poucos, alastrou pelo mundo inteiro. Portugal já foi atingido, atacou as regiões e rapidamente contagiou Matosinhos. Retratos do abandono, a visão de uma terra sem dono, onde não existe a quem obedecer. Pessoas lutando pela sobrevivência, a cada resto encontrado, a certeza de respirar mais algumas horas, o nascer de uma pequena esperança que sobrevive dias a fio, a alegria de mais um amanhecer, e a a incerteza de se chegar à noite. O desespero do homem ao se retratar no abandono, o medo que lhe faz perder o sono, onde a cada dia a dor aumenta, da fome sedenta, e que não pode saciar. A força de cada passo, o corpo com a estrutura de aço, a cada caminho, uma vitória, a cada lembrança uma história sem poder escrever. O grito das crianças, o olhar para o céu, o acreditar numa esperança, tendo como única força, a vontade de viver. Força de vencer e existir, força de acreditar e nunca desistir, força de manter o imaginário, tendo a vida como um cenário da dor e do sofrer. Das cinzas dessa existência, o não ter o que pôr na mesa, o abaixo da pobreza, traz a mentira no ar, o alimento para o passar de mais um dia, que com uma expressão no rosto de alegria, lutam por mais um prato de comida. Isto deixa apenas transparecer o verdadeiro abandono de um ser, que não quer morar em nenhum palácio; quer apenas que alguém lhe dê qualquer coisa para comer ou beber, para aliviar o cansaço. Um povo esquecido pelo próprio irmão, um povo que implora um pedaço de pão; um povo que nos ensina sem querer entender, a verdadeira dor de um sofrer; o sorrir no mar de lágrimas, carregando nos olhos a força do querer. Ingredientes que constituem, como se sabe, a base da existência humana!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pena máxima para Madoff: 150 anos de prisão



Ponto final no maior esquema Ponzi de sempre nos EUA. Bernard Madoff, 71 anos, foi condenado hoje a 150 anos de prisão. Ouviram-se aplausos no tribunal após a decisão.

Foi sobre um intenso aparato mediático e com uma multidão de vítimas à porta do tribunal de Nova Iorque que o mundo financeiro conheceu a sentença de Madoff. O antigo presidente do Nasdaq foi condenado a 150 anos de prisão, a pena máxima.
Antes de comunicar a sua decisão, o juiz Denny Chin ouviu algumas vítimas do esquema fraudulento que Madoff alimentou durante décadas. Um dos investidores lesados apontou o dedo ao financeiro norte-americano durante o seu depoimento: "Você deixou uma herança de vergonha à sua família".
Seguiram-se as declarações do advogado de defesa, Ira Sorkin. "Se Madoff voltar a ver a luz do dia, ele regressará aos anos 90, pobre e abandonado, e terá pago um preço terrível".
Ouve ainda tempo para um depoimento de Bernard Madoff. Perante o juiz e dezenas de clientes que burlou durante décadas, o financeiro assumiu ter cometido "um erro terrível".
"Como se pode desculpar enganar uma esposa durante 50 anos? Como se pode desculpar ter defraudado uma indústria que se ajudou a construir? Deixo um legado de vergonha", afirmou Bernard Madoff, que não tinha qualquer membro da sua família presente em Tribunal.
Numa carta enviada ao juiz, a defesa de Madoff pedia uma sentença que não excedesse os 20 anos de cadeia. No entanto, e num curto espaço de poucos meses, o tribunal sentenciou o financeiro à pena máxima: 150 anos de prisão.

O juiz recomendou que Madoff fique preso no nordeste dos Estados Unidos.
As perdas relacionadas com a fraude Madoff podem exceder os 50 mil milhões de dólares. Segundo um relatório dos reguladores, Portugal perdeu 100 milhões com o esquema do antigo presidente do Nasdaq.

OBS:
O BCP que veja este exemplo...

CASO-BCP: NÃO SE PODE FUGIR À VERDADE NEM À JUSTIÇA...


Afinal sempre é verdade, sobre os vários processos que estão em curso contra o banco.

Muitos milhares de pessoas lesadas por este banco, que estão sem seus haveres e sem muitos milhões de euros!
Foi bom a Procuradoria Geral da República, (depois de muitas pressões de milhares de lesados e de investidores de referência) dar andamento ao processo, assim como o Banco de Portugal e a CMVM. Porque quando eu comentava sobre os problemas do BCP, haviam comentadores, dizendo que eu deveria ser algum "maníaco" a dizer sempre o mesmo e que estaria a exagerar. Agora dão-me razão...
O BCP para além das trafulhices que são conhecidas também criou uma modalidade de escravatura. Ás vítimas burladas em 2000 e 2001 o BCP (Millennium bcp) roubou o património dessas vítimas, penhorou os ordenado, as reformas, condenou muitas famílias à fome, à doença, colocou o nome dessas vítimas na lista negra do Banco de Portugal como se de crédito ao consumo se tratasse ou crédito de tesouraria (já foi denunciado esta situação ao Sr. Vitor Constâncio), mas continua tudo na mesma. Todas as administrações que se seguiram continuaram com os mesmos crimes e a actual (CARLOS SANTOS FERREIRA e ARMANDO VARA) fez mais uma FRAUDE, para perpetuarem estes crimes, a que chamaram "CONVENÇÃO DE MEDIAÇÃO". JULGO SER ALTURA DO SR. PRESIDENTE DA REPUBLICA INTERVIR FIRMEMENTE, se ainda for a tempo de impedir o colapso deste banco que nos irá afectar negativamente a todos nós.

OBS:
No caso dos pequenos accionistas, a associação de pequenos accionistas do BCP (DEFCON) vai constituir-se assistente no processo contra os cinco administradores.
Abílio Abreu, Vice-Presidente da associação, explicou ao jornal "i", em 25 deste mês, que o advogado da associação vai solicitar nos próximos dias, o acompanhamento do processo, "numa tentativa de salvaguardar os interesses de cerca de 60 pequenos accionistas lesados".
Abílio Abreu lamentou o efeito sistémico que um processo desta envergadura possa desencadear, mas sublinha; "os advogados do BCP continuam a negar a responsabilidade do banco, na manipulação de acções próprias". Garantiu ainda que o actual presidente do Millennium BCP, Carlos Santos Ferreira, "demorou um ano para criar a Convenção de Mediação e não resolveu nada até ao momento".
A maioria dos associados perdeu cerca de 28 mil euros (5 mil acções), mas "há associados com perdas acima de um milhão de euros (...)

CMVM multa BCP em cinco milhões por prestação de informação falsa


A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários aplicou uma coima recorde ao BCP por prestação de informação falsa ao não contabilizar as perdas em ‘offshores’ no balanço e por estes veículos terem comprado acções próprias sem as contabilizarem como tal.

O “Diário Económico” avança na edição de hoje com o valor da coima aplicada pelo regulador, que já notificou o banco liderado por Carlos Santos Ferreira.

O BCP tem agora 20 dias para aceitar ou contestar a decisão. A CMVM terá proposto baixar o valor da coima para 2,5 milhões caso o banco pague já, refere o jornal.

O DN tinha já noticiado sábado que a coima aplicada no caso das ‘offshores’ ao BCP é a mais pesada de sempre decretada pelo supervisor do mercado de capitais.

O Ministério Público acusou na semana passada cinco ex-administradores do BCP pela utilização de veículos ‘offshores’ para estabilizar a cotação das acções do banco, tendo-lhes sido concedidos empréstimos avultados. Acusa-os ainda de falsificação da contabilidade do banco, com vista a ocultar perdas no valor de cerca de 600 milhões de euros.

Em Julho do ano passado, a CMVM tinha multado o banco em três milhões de euros num processo sobre a aquisição de acções do BCP com intervenção de sucursais do banco por pequenos investidores que não teriam perfil adequado ao investimento e com recurso a crédito concedido pela instituição.

domingo, 28 de junho de 2009

Jardim Gonçalves continua a voar em avião pago pelo BCP


O ex-presidente do BCP fez o seu contrato de reforma com o banco, que lhe garante deslocações em 'Falcon' e a protecção de 40 seguranças privados. Conselho de remunerações vai tentar mudar a regra.

Jardim Gonçalves, reformado do Banco Comercial Português (BCP) desde final de 2007, continua a utilizar o avião alugado e pago pelo banco para uso pessoal. Segundo o DN apurou, o ex-presidente e fundador do maior banco privado português mantém um conjunto de regalias, entre as quais se destaca a possibilidade de viajar pelo mundo e contar com cerca de 40 seguranças privados, cujos custos são suportados pelo banco.
Segundo fontes contactadas, no último ano e meio de reforma, Jardim Gonçalves fez "várias viagens", a título pessoal. O ex-presidente alega este usufruto, baseando-se numa acta do conselho de remunerações e previdência, na qual está consagrado o direito à "segurança e protecção na saúde", o que implica a possibilidade de se deslocar a custas do banco.
Outras fontes, por seu lado, referem que Jardim Gonçalves está a usar dos direitos consagrados nos contratos que celebrou com o banco sobre a sua reforma, à data em que exercia funções na instituição.
O DN sabe que o actual conselho de remunerações e previdência, presidido por Joe Berardo, está a tentar encontrar uma forma de alterar estes direitos, legalmente atribuídos. Segundo as mesmas fontes, a questão passa por tentar provar que os acordos celebrados à data entre o banco e Jardim Gonçalves não têm validade.
O DN contactou a administração do BCP, que não faz comentários sobre a matéria.
O fundador do banco é o único ex-presidente do BCP a usar da regalia de voar em aviões pagos pela instituição. Nem Paulo Teixeira Pinto nem Filipe Pinhal, os outros dois ex-presidentes do BCP, usufruem de tal regalia.
O avião, um Falcon 2000, é alugado anualmente pelo banco à Heliavia, empresa de Hipólito Pires. O contrato compreende o pagamento de um determinado número de horas de voo por ano, utilizadas para deslocações da administração e quadros de topo do BCP, para diferentes locais, nomeadamente para os países onde a instituição possui subsidiárias, como Polónia, Grécia, Roménia, Turquia, Moçambique e Angola.
O uso do avião privado do BCP por parte de accionistas tinha já causado polémica, quando vieram a público notícias sobre a sua utilização por parte do ex-representante da Eureko, o holandês Gijsbert Swalef, quando se deslocava às reuniões dos órgãos sociais.
Aquando da saída do anterior conselho de administração do BCP, em finais de 2007, o banco teve de reflectir nas suas contas do mesmo ano, um total de 80 milhões de euros, destinados a rescisões e reformas dos anteriores ex-administradores.
Apesar de os valores individuais não terem sido divulgados, os únicos números vindos a público disseram respeito à Paulo Teixeira Pinto. Aos 46 anos de idade, este ex-presidente do BCP, no cargo ano e meio, recebeu uma indemnização de dez milhões de euros e uma reforma vitalícia de 500 mil euros anuais.

Millenniumbcp - Joe Berardo afirma que responsáveis por problemas do BCP continuam «a viver à grande e à francesa»


O terceiro maior accionista do Banco Comercial Português (BCP) e presidente do Conselho de Remunerações do banco, Joe Berardo, afirmou, em declarações à TSF, que os responsáveis pelos problemas na instituição continuam «a viver à grande e à francesa», enquanto os accionistas enfrentam dificuldades todos os dias.

Joe Berardo afirma que ainda há mais casos no BCP para resolver (Peq. accionistas)

Joe Berardo sublinha que estas regalias concedidas a antigos responsnáveis do BCP avião privativo, dezenas de seguranças privados, etc...) são ilegais

O terceiro maior accionista do BCP e presidente do Conselho de Remunerações do banco, Joe Berardo, afirmou, este domingo à TSF, que não se conforma enquanto uns enfrentam dificuldades, outros continuam «a viver à grande e à francesa».

Joe Berardo refere-se, deste modo, ao facto de Jardim Gonçalves, que abandonou a presidência do BCP há ano e meio, continuar a ter regalias de luxo.

O BCP paga ao antigo presidente um avião a jacto para viagens pessoais e 40 seguranças privados. Uma situação com a qual Joe Berardo quer acabar, revelando que esta é só uma das situações para resolver na instituição.

«Há muitas coisa más pendentes, mas espero que em breve sejam anunciados os nossos outros problemas. Não sei como é possível que ainda hoje se abuse do que está a acontecer no BCP. Os accionistas são prejudicados todos os dias, e esses meninos que fizeram o problema todo continuam a viver à grande e à francesa», sublinhou Joe Berardo.

O presidente do Conselho de Remunerações do BCP assume mesmo que estes benefícios são ilegais.

«O problema é que há coisas foram feitas de forma ilegal hoje e no passado», frisou.

Este domingo, o Diário Notícias avançou que o antigo presidente da instituição faz viagens num jacto pago pelo BCP e tem ainda direito a 40 seguranças privados.

Contactado pela TSF, a administração do BCP não quis fazer qualquer comentário a esta questão.

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OBS:
Jardim Gonçalves é considerado um dos maiores criminosos do mundo... Continua a ter avião privativo do BCP... Tem cerca de 40 seguranças privados, 24 horas por dia, pagos pelo BCP... Devido a este indivíduo, há milhares de famílias a passar fome... E é causador da crise finanaceira, que se passa em Portugal...

sábado, 27 de junho de 2009

Offshores do BCP foram criadas por ordens verbais dos ex-administradores


"JUSTIÇA"
Instruções verbais dadas pelos cinco ex-administradores do BCP para criação de empresas offshore, especificamente para transaccionar acções do banco, sustentam a acusação do Ministério Público. Ao analisarem o papel de 22 offshores usadas para manipular os valores das acções, e que obrigaram depois a um complexo circuito financeiro para dissimular perdas (ver pormenores), os procuradores titulares esbarram na falta de provas documentais que sustentem a intervenção de Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, Christopher de Beck, António Rodrigues e António Castro Henriques.
É o caso da constituição das cinco offshores do accionista do BCP, Goes Ferreira, que terá sido "efectuada por solicitação pessoal do arguido António Castro Henriques, por incumbência verbal do arguido Jardim Gonçalves". No decurso da investigação, os procuradores ouviram 50 testemunhas.
Os advogados dos arguidos vão pedir a instrução do processo na esperança de evitar o julgamento. Os advogados de defesa dos arguidos consideram que haverá grande dificuldade em fazer prova do papel concreto de cada um nas operações financeiras e argumentam que a acusação, por ser colectiva e vaga, é inconstitucional.
Na acusação, o Ministério Público sustenta que os cinco actuaram "em comunhão de esforços e de acordo com as respectivas competências funcionais e hierárquicas no BCP, na sequência de uma resolução conjunta".
Como em causa estão negócios nunca aprovados nos órgãos sociais do banco, um dos pontos fundamentais consiste em provar quem decidiu e participou em determinados actos. Para o Ministério Público, o ex-presidente do conselho de administração e do conselho geral e supervisão do banco, Jardim Gonçalves, e os outros quatro ex-administradores, pelos cargos desempenhados e pelos financiamentos ou créditos que aprovaram, foram responsáveis por "uma actividade de grande planificação", "gizada num contexto de estrita confidencialidade".
Os processos relativos a Alípio Dias, Filipe Abecassis e Miguel Magalhães Duarte - também investigados - foram arquivados, uma vez que "tiveram intervenção material nos factos" mas não se considera provado que tivessem conhecimento do plano ou "controlo do mérito da operação".
Os advogados dos cinco arguidos lamentam não ter sido notificados das medidas coacção propostas e lançam acusações de que o Ministério Público cedeu "à grande pressão da opinião pública".
Sem alimentar polémicas, o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa confirmou ao i que "a proposta de medidas de coacção não consta da acusação", mas de um despacho prévio.
As medidas, que incluem cauções no total de 7,5 milhões de euros e proibição de os arguidos se ausentarem para o estrangeiro sem autorização judicial, vão ser propostas ao juiz de instrução criminal - que "determinará a notificação dos arguidos para fazerem o contraditório, após o que decidirá".
Para fundamentar as medidas requeridas, o Ministério Público considera existir "fundado perigo de fuga", tendo em conta os seus "conhecimentos e interesses económicos fora do território nacional" e a "acentuada capacidade de mobilização". Fonte do MP salienta que, sendo "habitual", a notificação das medidas de coacção requeridas "não é obrigatória". Considera ainda infundado o argumento de inconstitucionalidade da acusação, por ser colectiva. Além de serem concretizadas acções concretas imputadas, "os detalhes são provados em sede de julgamento e não têm de constar da acusação", garante.

Resultados:
(A Procuradoria-Geral da República acaba de confirmar a acusação imputada a cinco dos ex-administradores do Banco Comercial Português (BCP). De acordo com a nota enviada à comunicação social, o despacho final do DIAP de Lisboa foi proferido ontem. O documento informa que estão em causa alegados crimes entre 1999 e 2008, entre eles a utilização de contas “off shore” detidas pelo BCP, de modo a determinar os valores de mercado e a cotação dos títulos do BCP no mercado de valores. )

OBS:
Jardim Gonçalves levou ao "abismo" milhares de pessoas...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Vantagens patrimoniais obtidas pelos antigos gestores do BCP poderão ser aprendidas


Despacho do DIAP sugere a
apreensão das vantagens obtidas
pelos antigos gestores do BCP

Os cinco arguidos no processo BCP podem ver apreendidas e declaradas perdidas as vantagens patrimoniais que obtiveram, caso o Ministério Público consiga provar em julgamento a prática dos crimes de manipulação de mercado, falsificação de documento e burla qualificada.
A sanção acessória é proposta no despacho final dos procuradores do Departamento de Investigação e Acção penal (DIAP) de Lisboa, tendo sido transposta para a legislação portuguesa uma directiva comunitária para assegurar a transparência do mercado de instrumentos financeiros.
Este diploma prevê que as vantagens patrimoniais geradas por facto ilícito típico, salientando que abrangem “as mais -valias efectivas obtidas e as despesas e os prejuízos evitados com a prática do facto, independentemente do destino final que o arguido lhes tenha dado e ainda que as tenha posteriormente perdido”. E prevê ainda que 60 por cento do valor declarado perdido será canalizado para o Estado e os restantes 40 por cento para o “sistema de indemnização dos investidores”.
Esta pretensão poderá motivar acesa controvérsia jurídica, devido à transposição da directiva comunitária ter ocorrido em 2007, quase no termo do período sob suspeita. Mais pacífico será, contudo, a moldura penal dos crimes que lhes são imputados, uma vez que, na semana passada foi publicado o novo regime sancionatório no sector financeiro em matéria criminal e contra-ordenacional.
Este diploma agrava em dois anos o limite máximo da manipulação de mercado, fixando-a em cinco anos, período igualmente previsto para o abuso de informação. Estas penas não poderão ser aplicáveis, uma vez que, à luz dos princípios legais, os arguidos beneficiam do regime mais favorável, neste caso o que está previsto num decreto-lei de 1998.

Ministério Público teme fuga de Jardim Gonçalves


O Ministério Público (MP) considera que há um concreto e fundado perigo de fuga dos cinco antigos administradores do BCP e pede que estes sejam impedidos de viajar para o estrangeiro sem uma prévia autorização judicial para o efeito.

De acordo com o despacho final, a que o Negócios teve acesso, os magistrados do MP alertam para o facto de Jardim Gonçalves, tal como Filipe Pinhal, Cristopher de Beck, António Rodrigues e Castro Henriques terem conseguido juntar somas bastante consideráveis entre 2001 e 2004. Não só pelos cargos que exerciam no banco, mas também pelos montantes que receberam a título de participação nos resultados.
O MP conclui que na sequência do empolamento de resultados, os cinco terão recebido 24 milhões de euros em excesso relativos a prémios, conseguidos graças à falsificação da contabilidade do banco, manobra destinada a ocultar perdas para o BCP num valor perto dos 600 milhões de euros.
A decisão final cabe agora ao Juiz de Instrução Criminal, que terá igualmente de decidir sobre a outra medida de coacção proposta pelo MP: uma caução de três milhões de euros para Jardim Gonçalves, de 1,5 milhões de euros para Filipe Pinhal, e de um milhão para cada um dos restantes.

Bancos estão vulneráveis a mais choques


As perdas registadas nos últimos meses, as perdas adicionais que aí vêm e a frágil situação em termos de financiamento que ainda caracteriza a maior parte do sistema financeiro internacional, fazem com que as instituições financeiras continuem vulneráveis a choques, os quais serão prováveis caso a recuperação económica não se se afirme nos próximos meses. A avaliação é de Mervyn King, o governador do Banco de Inglaterra, que assim deixa um aviso aos mais optimistas sobre o actual momento económico e financeiro.
“Dada a sua alavancagem e as posições de financiamento, os bancos do Reino Unido e os restantes internacionais vão permanecer sensíveis a choques por algum tempo”, afirmou ontem Mervyn King que apresentou o relatório de estabilidade financeira da instituição que dirige. “Se a recuperação económica parasse como resultado da baixa concessão de crédito pelos bancos, então as perdas em activos poderão aumentar, afectando ainda mais a confiança no sector”, acrescentou.
No relatório de estabilidade financeira o banco escreve que “os balanços dos bancos permanecem sensiveis a algum retrocesso nos mercados financeiros ou na actividade real”, acrescentado que “a recessão económica continua a ser percebida pelos participantes do mercado como o maior risco à estabilidade financeira”, escreve a Bloomberg.
As perdas nos banco britânicos já ascendem a 400 mil milhões de libras (467 mil milhões de euros), estima o Banco de Inglaterra que recusou fazer projecções sobre perdas adicionais. O BCE estima que na Zona Euro se registem perdas adicionais de cerca de 200 mil milhões de euros, reporta a mesma agência.
“Enquanto as pressões nos maiores bancos globais tenham estabilizados nos últimos meses, os seus balanços permanecem fracos”, lê-se no relatório onde os responsáveis do banco acrescentam: “o aumento de incumprimento entre as famílias e empresas, e a queda contínua dos preços imobiliários, aumentam a possibilidade de mais perdas em activos”.

A moral na banca tem de transitar em julgado


O Ministério Público formalizou a acusação a cinco ex-administradores do BCP. A história conta-se em meia dúzia de linhas e em três capítulos...
O Ministério Público formalizou a acusação a cinco ex-administradores do BCP. A história conta-se em meia dúzia de linhas e em três capítulos: i) os factos em causa foram alegadamente praticados entre 1999 e 2007 e passaram pela utilização de ‘offshores' para influenciar a cotação do banco; ii) essas, entretanto, perderam bastante dinheiro que não foi contabilizado nas contas do BCP; iii) o objectivo seria o de empolar os lucros para engordar os prémios dos gestores. Fim da história.
Naturalmente que até trânsito em julgado as pessoas em causa são inocentes. Mas para quem já ouviu contar outras histórias, como aquelas do BPN e do BPP, tem de concordar com Cavaco: a crise veio mostrar que os banqueiros violaram os princípios da transparência e da ética.
Mas não todos. Porque prevaricadores, esses há-os em todas as profissões. E por isso é que é importante o papel e a celeridade da Justiça para separar o trigo do joio. Porque a moral só transitará de vez para o sistema financeiro quando os culpados forem julgados e punidos e, de preferência, em processos que não se arrastem anos nos tribunais, arriscando a prescrição. É verdade que ainda estamos longe da eficácia dos americanos: Madoff confessou as suas aldrabices aos filhos a 10 de Dezembro; é detido pelo FBI a 17 de Dezembro; declara-se culpado a 12 de Março e para a semana vai conhecer a sentença que poderá ditar 150 anos de prisão. No caso BCP temos de concordar com Berardo: "Comparado com a América, o processo foi muito vagaroso, mas para a realidade portuguesa até foi rápido". Já é alguma coisa. O que não pode acontecer é que esta tentativa de moralizar a banca prescreva, para bem do nosso sistema financeiro, um dos mais sólidos a nível europeu.

Cinco administradores do BCP acusados - Gestores ganham 291 milhões em prémios


Cinco administradores do BCP acusados
Gestores ganham 291 milhões em prémiosOs administradores do BCP, entre os quais os cinco ex-gestores constituídos arguidos pelo Ministério Público, receberam em prémios, entre 1999 e 2006, um total de 291,9 milhões de euros. Deste valor, 24,3 milhões de euros “foram indevidamente processados nos anos de 2001 a 2004”, diz a Acusação. Pela gravidade dos crimes, propõe-se a aplicação de cauções de 7,5 milhões de euros. A Jardim Gonçalves cabe uma caução de três milhões de euros.
Fique a saber mais na edição desta sexta-feira do jornal 'Correio da Manhã'...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Joe Berardo exige devolução das reformas dos cinco ex-administradores do BCP


Joe Berardo, o terceiro maior accionista do BCP, exige que os cinco ex-administradores do banco acusados pelo Ministério Público devolvam as reformas, que, afirma, chegam às "centenas de milhões de euros".

"O que eu quero é que as reformas que [os cinco quadros de topo do BCP acusados] estão a receber, e que estão relacionadas com as aldrabices que andaram a fazer sejam devolvidas", afirmou hoje Joe Berardo em declarações à agência Lusa.
O Ministério Público acusou hoje Jorge Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal (ex-presidentes executivos), António Castro Henriques, Christopher de Beck e António Rodrigues por manipulação de mercado, falsificação de documentos e burla qualificada, em co-autoria.
"Todo o dinheiro tem que voltar para trás e são centenas de milhões de euros", reforçou Berardo, adiantando que vai agora consultar os seus advogados para decidir a melhor forma de conseguir o objectivo da recuperação das reformas.
"Importante é que os accionistas não continuem a pagar esta desgraça", sublinhou o empresário madeirense, que não se mostrou surpreendido com as perdas próximas de 600 milhões de euros do banco apuradas pelo Ministério Público, nem com o prejuízo de 24 milhões de euros resultante dos prémios recebidos pelos acusados, calculados em função de resultados "deliberadamente empolados".
Joe Berardo frisou que ficou "feliz" com o avanço do processo, recordando que quando se dirigiu à Procuradoria-Geral da República para fazer a denúncia sobre as irregularidades detectadas foi "com provas claras".
“Estou aqui para proteger o meu investimento e os 140 mil accionistas do banco", adiantou o presidente do Conselho de Remunerações e Previdência do BCP.
"Estava à espera que a decisão só saísse depois do Verão, mas felizmente veio mais rápido", comentou à Lusa Joe Berardo, acrescentando que "comparado com a América, o processo foi muito vagaroso, mas para a realidade portuguesa até foi rápido".

COMENTÁRIOS:
Sr. Presidente da Republica
Exmº. Sr. Presidente da Republica a actual Administração: Dr. Carlos Santos Ferreira e Armando Vara face ás reclamações dos lesados criou outra burla a que chamou "CONVENÇÃO DE MEDIAÇÃO" onde os lesados são torturados financeira e psicologicamente, isto sob a égide da CMVM (Dr. António Gageiro e Dr. Luis Catarino). Assim nunca existirá ética nem transparência no Millennium bcp. A respeito da "Convenção de Mediação" por favor mande o procurador investigar quanto o Millennium bcp pagou aos Advogados "GONÇALVES PEREIRA, CASTELO BRANCO & ASSOCIADOS" autores dos textos que acompanham as convocatórias para as Sessões de Mediação. Também devem ser investigadas as empresas a quem o Millennium bcp cedeu os créditos das acções bcp a saber: Intrum Justitia, Domus Venda, White Star pelo papel que têm tido em todo este processo "ESCÂNDALO"

O maior assalto à banca portuguesa...
Foi o maior roubo do sec XXl, É por isto que estamos em crise... O Deputado Francisco Louçã tem razão a 100%...

António Martins de Rio de Mouro
Já estão Presos?
Se fosse um pobre, por roubar uma fruta, já estaria preso e condenado a 20 anos de cadeia, mas neste país existem duas justiças uma para pobres e outra para ricos.

Bruno de Lisboa
Que país de ladroes
tenho nojo de toda esta canalhada.politicos e velhacos ladroes que usam e abusam da ignorancia do povo. roubam o Estado o Povo e ainda gozam com a miséria dos outros.

Joana Mello, Lx
100% de acordo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
100% de acordo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.... Qdo é que pôe na ordem essa trupe de vigaristas do Jardim Gonçalves???????????

omar, lisboa
falta gente com tomates neste miserável pais
na falta de justiça a situaçao de miséria moral dos politicos, banqueiros e ladroes afins deste pais, a crise só se resolve com uma revolta popular

Assim vai a "Roubalheira" no Millennium BCP



BCP: um caso de segurança nacional

Este caso do BCP é bastante mais grave do que parece à primeira vista. E porquê? Porque o prejuízo revelado de 600 milhões de euros é apenas a ponta de um gigantesco iceberg. A partir de 1999 o mercado foi manipulado de duas formas :
1. Esta revelada pelo MP.
2. Através da Campanha Accionista. Se os contornos da primeira começam a ficar definidos,o da segunda estão longe de estar clarificada. Através da campanha accionista o BCP fez com que mais de 100 mil clientes ( dados da CMVM) comprassem acções com recurso a crédito do próprio banco. Considerando uma média (por baixo) de 25 mil euros por cliente, é fácil perceber a dimensão da pressão compradora posta no título nessa altura.
Problema:
Quantos "accionistas" abrangidos por esta campanha pagaram o crédito? Muito poucos. Alguns, com créditos pequenos foram executados, outros viram os créditos maquilhados em créditos à habitação ou consumo. Em que a maior parte tem a situação "pendente".
Clientes da campanha accionista com créditos de 100 mil,300 mil ou 500 mil euros estão no limbo. A alguns foi proposto recentemente a prorrogação do prazo por mais 5 anos com 0,000001% de juros! E porque é que o BCP não executa estes?
( j. sousa, lisboa, portugal em 25.06.2009)

Assim vai a roubalheira BCP:
Paulo Teixeira Pinto com três anos no BCP saiu com 10 milhões de euros e a rir !!! ainda sendo pouco a indemnização deram mais 35.000 X 15 meses por ano até morrer.Pobre homem.

PODEREMOS ESTAR A LIDAR COM UM TIPO DE MÁFIA À ITALIANA (IDÊNTICO À "COUSA NOSTRA"!)
Devem prendê-los já hoje... O BCP continua roubando os Portugueses... Só em 2007 e só o P.Teixeira Pinto levou 22 milhões. À saída a administração levou mais de 125 milhões... E as perdas não são só 600, isso é o que vocês dizem. O que se "apagou" é com certeza mais um tanto... Complicado, vai mexer em milhares de pessoas e empresas, aliás já mexeu!...

"Espero que a culpa não morra solteira no BCP"


Joe Berardo, accionista de referência do BCP, mostra-se contente pelo facto do Ministério Público ter acusado cinco antigos gestores do banco, incluindo Jardim Gonçalves, apurou o Económico.

"Já ando há tanto tempo a dar informações e provas disso, portanto espero que a culpa não morra solteira", afirmou o investidor madeirense ao Económico.
Para Joe Berardo "é bom que pelo menos tenham tomado a decisão de acusar as pessoas", se bem que "o problema aqui não é só o que fizeram no BCP mas o que causaram no sistema financeiro português".
O investidor notou ainda que os ex-administradores "continuam a ganhar reformas por resultados que não existiram".
O accionista do BCP reage desta forma à notícia de que cinco ex-gestores do BCP foram acusados de burla, falsificação de contabilidade e manipulação de mercado pelo Ministério Público, avança o "Público".
Os antigos presidentes do banco, Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal, estão entre os acusados.
Ontem, Joe Berardo voltou a acusar de "roubo" e "aldrabice" o BCP, banco no qual é o terceiro maior accionista e adiantou que pode provar a veracidadedas suas acusações.

Jardim Gonçalves acusado: Acusação ao BCP é baseada nos processos do Banco de Portugal e CMVM


A acusação do Ministério Público a parte da antiga administração do BCP é sustentada por informação transmitida pelo Banco de Portugal, no que diz respeito aos aspectos contabilísticos, e pela CMVM, relativamente à manipulação das acções do banco.
A queixa de Joe Berardo é a origem do processo de acusação a Jardim Gonçalves, Cristopher Beck, Filipe Pinhal, Castro Henriques e António Rodrigues. O processo só conseguiu ser construído graças às posteriores investigações e informações fornecidas pelo Banco de Portugal e Comissão de Mercados de Valores Mobiliários, apurou o Negócios.
A Procudoria Geral de República deverá ainda hoje emitir um comunicado sobre o processo.
Os cinco ex-administradores são acusados de manipulação de mercado, falsificação da contabilidade e burla qualificada. Jardim Gonçalves e Cristopher Beck são puníveis com pena de prisão até três anos, sendo que o crime de burla pode chegar aos oito anos de prisão.
A manipulação de mercado é matéria que está no âmbito das competências de supervisão do mercado de capitais e como tal da CMVM. A contabilidade é avaliada pelo Banco de Portugal.
Além dos processos crime, os administradores do BCP estão sujeitos a sanções por parte das autoridades de supervisão.
O Ministério Público acusa os cinco administradores de terem provocado um prejuízo da ordem dos 600 milhões de euros ao BCP e de terem recebido indevidamente 24 milhões de euros.
Em termos genéricos, o que está em causa é a acusação de compra de acções do BCP através de veículos e crédito do próprio banco – o que terá empolado a cotação accionista do banco – e a posterior não contabilização de perdas na contabilidade – o que empolou os lucros. Com base nesses resultados terão sido calculados os prémios atribuídos aos administradores.

Cinco ex-gestores do BCP acusados de causar prejuízo de 600 milhões ao banco



Jardim Gonçalves, Cristopher Beck, Filipe Pinhal, Castro Henriques e António Rodrigues são acusados pelo Ministério Público de crimes que terão provocado um prejuízo de 600 milhões de euros ao BCP e de terem recebido indevidamente 24 milhões de euros em prémios de desempenho, noticia o “Expresso”.

Segundo a edição electrónica do semanário, durante oito anos, entre 1999 e 2007, cinco membros do Conselho de Administração do BCP conseguiram esconder um esquema de manipulação de acções que, de acordo com a acusação do Ministério Público, provocou 600 milhões de euros de prejuízo ao banco.
Os cinco ex-administradores são acusados de manipulação de mercado, falsificação da contabilidade e burla qualificada. Jardim Gonçalves e Cristopher Beck são puníveis com pena de prisão até três anos, sendo que o crime de burla pode chegar aos oito anos de prisão.
Segundo o “Expresso”, esta é a primeira vez que responsáveis de um banco privado são acusados pelo Ministério Público, sendo que os cinco acusados já foram notificados.
Alípio Dias, Magalhães Duarte e Filipe Abecassis foram também arguidos no processo, mas o MP arquivou todas as suspeitas. Paulo Teixeira Pinto...

Comentários:
JPereira72
Viva Portugal! e viva a justiça divina... a portuguesa!!!!
É só gamar e delapidar e em vez de serem tratados como ladrões e irem para a cadeia continuam a ser tratados como grandes senhores e benfeitores da sociedade... triste sina a nossa!! parabéns pelos 24 milhões de produtividade, sem duvida merecidos e fruto de trabalho árduo... só para finalizar... diz a opus dei que "A sua missão consiste em difundir a mensagem de que o trabalho e as circunstâncias habituais são ocasião para um encontro com Deus, para o serviço aos outros e para melhorar a sociedade."... encaixa que nem uma luva! bravo!!! isto é que é gente boa, esforçada em tornar a sociedade melhor!

jorge.sequeira
E não são castigados?
Era escandaloso se fossem castigados. Não é crime roubar os pobres.

Autoridade
Há muitos anos que venho reclamando a desgrça causada por estes indivíduos a milhares de inocentes...
Em outro País, mesmo que fosse de 3º mundo já estariam presos... CMVM, já os tinha acusado de crimes... Banco de Portugal, também os acusou de crimes... Milhares de lesados reclamaram os seus valores defraudados por este banco,a muitas Instituições... Agora pergunto, como é possível, estes srs. andarem à solta a gozarem milhões de euros extorquidos a pessoas inocentes do crime???

kumbayalá
24 milhões de euros de compensação? Estão bebados?
Só em 2007 e só o P.Teixeira Pinto levou 22 milhões. À saida a administração levou mais de 125 milhões... E as perdas não são só 600, isso é o que vocês dizem. O que se "apagou" é concerteza mais um tanto... Se o ganhassem limpo, todos os interessados tinham ganho, e só os invejosos reclamavam, e sem razão. Assim, deixam o maior banco rebentado, familias e investidores, fora outras malfeitorias na economia, devemos protestar todos. As regras não são para tornear. São para cumprir por todos, como lá fora. E se estão mal, mudam-se. Ou isto é uma selva anarquica?

axzyw2009
Alípio Dias de fora??????? O Responsável pela Auditoria do BCP durante anos de fora???? Bastos Gomes de fora?????

pertinaz
Tudo bons rapazes...
...a prova é que há anos que deviam estar na cadeia e só agora estão a ser acusados. Não vai dar em nada...

jorge.sequeira
É vergonhoso os ricos apoderarem-se das economias dos pobres
Peço desculpa do erro.

manuelbelinha
Eureka
Quem rouba um tostão é um ladrão...quem rouba um milhão é um espertalhão...

Economista
Roubo Descarado
Não deve ser só Oliveira e Costa a estar na prisão. Estes cinco "anjinhos" devem fazer-lhe companhia com URGÊNCIA. Srs Engº Jardim Gonçalves e Dr Pinhal: já não lhe chegavam os seus CHORUDOS ordenados? E para aliviar essas consciências pesadas, lá estarão os advogados para eternizar o processo. Terão ainda coragem de aparecer em público? E às vossas próprias Famílias? Que a Justiça haja rapidamente é o que peço, porque o logro em que me fizeram cair, já não tem remédio.

Accionista Enganado, Lisboa
Até que enfim!
Começa a perceber-se o "exemplo" que era o BCP: Grande Banco e Grandes Banqueiros! E depois Joe Berardo não tem razão quando diz: "Andam a roubar no BCP!" E depois Medina Carreira não tem razão quando diz: "Agora quem não se aproveita é parvo!" E depois o Bastonário da Ordem dos Advogados quando abre a boca e vai dizendo que há por aí muita corrupção é um "desbocado", mas quem o acusa tem o escritório com visistas da Polícia Judiciária. Lindo, lindo o nosso "cantinho à beira-mar plantado": é só lixo com laivos de bem falantes e de colatrinha branco.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

"BCP continua a roubar ainda hoje em dia e posso provar"


O comendador Joe Berardo, terceiro maior accionista do BCP, teceu hoje críticas sobre o banco onde detém uma posição 6,2%, voltando à carga com as acusações de "roubo" e de "aldrabice", afirmando que tem provas desses actos.

O BCP continua a roubar ainda hoje em dia e posso provar", atirou Joe Berardo, no decorrer do 'Ideia Fórum', promovido pelo jornal 'i' e que decorreu hoje em Lisboa.
Mais tarde, na saída do encontro, o empresário madeirense que detém 6,2 por cento do BCP, de acordo com os dados compilados pela agência de informação financeira Bloomberg, afirmou que "há poucos dias, Gordon Brown [primeiro-ministro inglês] disse que o presidente executivo do Royal Bank of Scotland tinha uma reforma muito elevada, de 800 mil libras por ano. Aqui [no BCP], alguns administradores reformados ganham mais do que isso".
Joe Berardo não especificou quem são os visados nas suas declarações.
"São valores extremamente elevados. Não tenho problema de eles serem bem remunerados, mas sim com as aldrabices feitas, alterando os resultados para daí beneficiarem eles próprios", reforçou Joe Berardo.

OBS:
Já venho a denunciar há muito que o BCP em 2000/2001 cometeu a MAIOR BURLA DE TODOS OS TEMPOS, para tal COMPRARAM MILHÕES DE ACÇÕES BCP PARA CLIENTES SEM QUE ESTES TIVESSEM ASSINADO QUALQUER ORDEM DE COMPRA, FALSIFICARAM ASSINATURAS EM CONTRATOS DE CRÉDITO PARA AS TAIS ACÇÕES, ABRIRAM CONTAS EM NOME DE CLIENTES SEM QUE ESTES SOUBESSEM, NÃO EXECUTARAM AS ORDENS DE VENDA DADAS POR CLIENTES, HÁ CLIENTES QUE SE QUEIXAM DE SER AMEAÇADOS FISICAMENTE. ESTA ADMINISTRAÇÃO "CARLOS SANTOS FERREIRA + ARMANDO VARA INVENTARAM A "CONVEÇÃO DE MEDIAÇÃO" MAIS OUTRA BURLA PARA ENCOBRIR A DE 2000/2001. O Fundo de Pensões está um desastre porque os criminosos receberam milhões indevidamente e continuam a receber reformas astronómicas. É PRECISO QUE TODAS AS VITIMAS DENUNCIEM À CMVM, BdP MAS COM CÓPIA PARA O PGR E PR.

BCE empresta 442 mil milhões de euros a 1.121 bancos


O Banco Central Europeu (BCE) anunciou que vai conceder crédito a bancos, no valor de 442 mil milhões de euros, por 12 meses. Trata-se do mais elevado montante atribuído em leilão, numa altura em que a autoridade monetária intensifica os esforços para desbloquear os mercados do crédito nos 16 países da Zona Euro.

O BCE preencheu todas as licitações na sua primeira oferta de empréstimos a 12 meses aos bancos, à actual taxa de referência de 1%. Os 1.121 bancos que participaram vão receber o dinheiro amanhã, avança a Bloomberg.
“É ainda mais do que o nosso cenário mais optimista teria sugerido”, comentou à Bloomberg um estratega do Commerzbank, Christoph Rieger. “Há tanta liquidez que isso vai pressionar as taxas do mercado monetário em novos mínimos recorde”, prognosticou.

A Euribor a 12 meses caiu hoje para 1,57%, um novo mínimo histórico.

OBS:
OCDE urge BCE a cortar taxa de juro para zero
A Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento (OCDE) recomenda que o Banco Central Europeu (BCE) corte rapidamente a taxa de juro de referência. A autoridade monetária deve colocá-la em zero e mantê-la neste nível o tempo necessário para contribuir para a recuperação da economia.

terça-feira, 23 de junho de 2009

BCP é dos títulos menos preferidos do Merrill Lynch


As acções do banco liderado por Carlos Santos Ferreira continuam entre as menos favoritas do Merrill Lynch, devido às “incertezas” que este enfrenta no curto prazo.

“O banco [BCP] enfrenta fracas economias nos seus mercados principais (Portugal e a Polónia), um aumento das perdas (…) no seu fundo de pensões e pressão sobre as margens com o intensificar da concorrência e aumento das provisões”, diz o Merrill Lynch em nota de análise hoje divulgada.
A instituição financeira norte-americana nota também que a qualidade do crédito concedido pelo BCP se está a “deteriorar”.
“Sob estas condições difíceis, o ‘Core Tier I’ [capital próprio de base] do BCP de 5,5% poderá ser visto negativamente pelos investidores”, sublinham os analistas do banco.
O Merrill Lynch nota ainda que os títulos do BCP estão “a negociar a um prémio em relação ao sector”, sendo por isso esperado que tenham um desempenho inferior à média.

Às 10h47, o BCP perdia 1,2% para 0,74 euros na Euronext Lisbon, com 4,26 milhões de títulos negociados.

Banco BPI: Solidez financeira atenua impacto da crise...


O aumento de capital, efectuado no ano passado, e o encaixe obtido com a venda de 49,9% do Banco Fomento de Angola (BFA) deram um forte impulso os rácios de capital do BPI, garantindo-lhe uma solidez financeira que, associada à estável estrutura accionista e ao fim da exposição ao BCP, permitiram aos BPI "escapar" às "tormentas" do sector financeiro.

"O BPI é um dos bancos que se preparou para enfrentar a crise. Foi muito pragmático na gestão do seu balanço e das dificuldades que se avizinhavam" explicou ao Negócios um analista, que preferiu não ser identificado. Sublinhou que o banco apresenta, actualmente, uma posição de capital "muito satisfatória e um balanço mais sólido do que os seus pares", facto destacado por outros...
A favor do banco liderado por Fernando Ulrich tem estado, além da solidez financeira, a estabilidade da sua estrutura accionista. "O banco apresenta um núcleo de accionistas de referência que dão estabilidade ao conselho de administração", avançou um dos especialistas contactados. Esta estabilidade afasta divisões acentuadas entre os accionistas como sucedeu recentemente com o maior banco privado nacional, o BCP(...)

OBS:
Fernando Ulrich tinha muita razão, quando afirmou há pouco tempo, "O QUE SE TEM PASSADO NO BCP É ABAIXO DE TUDO"...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O Banco de Portugal não comunica


Vítor Constâncio continua a coleccionar "inimigos". Depois das fortes críticas que recebeu nos casos BCP, BPP e BPN, agora é a vez do Provedor da Justiça que, ainda antes de bater com a porta, deixou um relatório onde, com palavras pouco meigas, tece duras críticas ao papel do supervisor.

Nascimento Rodrigues afirma que a colaboração e cooperação com o Banco de Portugal tem ficado "muito aquém do desejado" e diz, por exemplo, que "a celeridade nas respostas, não sendo exemplar, é aceitável, mas o aprofundamento dos assuntos ou as respostas prestadas a questões colocadas de forma clara e directa são manifestamente insuficientes". Um ‘déjà vu'?
O provedor, pelo meio da enxurrada de reparos que faz a Vítor Constâncio - e que faz questão de contrapor à colaboração "bastante melhor" de outros supervisores como o ISP, a Anacom e a CMVM - toca num ponto fulcral: conclui que há "um problema de comunicação" com o Banco de Portugal.
Constâncio pode ter toda a razão do mundo, agarrando-se com unhas e dentes aos limites de competências de supervisão, mas o autismo do Banco de Portugal começa a ser demasiado ensurdecedor. Já são demasiados os que não conseguem comunicar com o Banco de Portugal. Primeiro, os deputados que acusam o Banco de Portugal de falta de colaboração na disponibilização de documentos e actas que poderiam ser úteis para a comissão de inquérito ao caso BPN. Segundo, a Procuradoria-Geral da República que diz que quer uma maior cooperação com o Banco de Portugal e este que, por seu lado, a acusa que não ter libertado informação suficiente que poderia levar à descoberta mais precoce do Banco Insular. Terceiro, e por último, Carlos Tavares, da CMVM, que lamentou que o supervisor não tenha envolvido a CMVM mais cedo no caso do BPP e também defendeu uma maior colaboração da entidade que preside com o Banco de Portugal. Nos últimos dias, fica ainda a sensação de que Constâncio não comunicou com Teixeira dos Santos antes de indiciar que a solução para o BPN poderia passar por um ‘bad bank', ideia que o ministro até diz não ser aconselhável.

São apenas alguns exemplos que deixam a ideia de falhas, não ao nível da supervisão, que essa já foi suficientemente escrutinada, mas ao nível da comunicação do Banco de Portugal...

Provedor de Justiça acusa Constâncio de falta de colaboração


A actuação do supervisor volta a ser alvo de duras críticas, desta feita por parte do Provedor cessante, Nascimento Rodrigues, que enviou ao Parlamento um relatório onde diz que o Banco de Portugal tem um problema de comunicação.

O Banco de Portugal (BdP) tem sido alvo de fortes críticas por parte dos mais variados quadrantes sócio-económicos do país. Depois do caso BCP, as censuras à actuação de Vítor Constâncio no processos do BPN e do BPP subiram de tom nos últimos cinco meses. Agora, o desempenho de Constâncio será mais uma vez submetido ao escrutínio dos deputados. É que a Assembleia da República já recebeu o relatório anual da Provedoria de Justiça.
No documento, referente a 2008, o provedor cessante, Nascimento Rodrigues, censura a postura do supervisor, chegando mesmo a salientar que a cooperação com a Provedoria de Justiça "ficou bastante aquém do desejado".
Em causa estão as reclamações recebidas na Provedoria, o tratamento aos pedidos de colaboração formulados por Nascimento Rodrigues ao Governador nos mais variados assuntos financeiros para efeitos de instrução de processos, e ainda o tratamento dado pelo supervisor às recomendações do Provedor cessante.

PROVEDORIA
Banca foi alvo de 86 processos em 2008
Números revelam crescimento de 72% face ao ano de 2007.
O número de processos abertos pela Provedoria da Justiça para análise de assuntos financeiros aumentou em 2008. Facto devido, exclusivamente, ao acréscimo do número de queixas recebidas contra a banca. O relatório anual da Provedoria, enviado recentemente para a Assembleia da República, revela que o número de reclamações sobre a actividade bancária ascendeu a 86.

sábado, 20 de junho de 2009

BCP FOI SEMPRE UM BANCO CRIMINOSO

Vejam este emplo do que se passou no BCP e ainda não se resolveu, estando milhares de pessoas lesadas por este motivo...

O ministro das Finanças escudou-se ontem nos deveres de sigilo para não responder a questões colocadas pelo PSD sobre operações concretizadas pelo BCP durante o período em que foi presidente da CMVM. Uma posição que levou Patinha Antão a admitir que a sua bancada pondera obrigar Teixeira dos Santos a esclarecimentos suplementares, retomando a ideia de que o PSD pode avançar com a constituição de uma Comissão de Inquérito Parlamentar.

Teixeira dos Santos acabou por assumir, no entanto, que as operações, suspeitas de serem ilícitas, praticadas pelo BCP foram urdidas de maneira a escapar à supervisão, e que os responsáveis do banco tinham a obrigação de saber e de denunciar as irregularidades.

"Foi uma operação bem urdida e definida para escapar à supervisão", disse Teixeira dos Santos, na Comissão de Orçamento e Finanças, referindo que as sociedades offshores foram utilizadas como um "biombo para esconder ilicitudes". E adiantou que "foi prestada informação falsa, por parte do BCP , não sendo possível aos supervisores averiguar se a informação era verdadeira".

O ministro adianta que o BCP propositadamente "mudou e disfarçou ao longo do tempo as operações através de offshores, lembrando que o actual presidente da CMVM, Carlos Tavares, já o confirmou no Parlamento. "Isto torna a situação grave, mas as responsabilidades são das entidades que as praticaram e das pessoas que estão por detrás delas."

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O MILLENNIUM BCP NA ACTUALIDADE!



Este banco continua com problemas sérios por resolver, principalmente com os pequenos accionistas lesados por este mesmo banco...
Continua sendo um banco muito perigoso e criminoso para a sociedade...

Por isso cada vez mais tem menos credibilidade no mercado e acaba por ser o "arrastão da nossa economia"...
Já desgraçou milhares de famílias portuguesas e continua desgraçando com o aval do Governo.
O BCP cometeu em 2000/2001 a maior burla jamais cometida em qualquer outra Instituição Bancária, com as próprias acções, com os supervisores a (não) verem, a partir daí as acções foram desvalorizando porque um banco que rouba os clientes e que os seus Aministradores não têm a celebridade de repor a legalidade é um banco condenado ao fracasso. Estes Srs. Carlos Santos Ferreira, Armando Vara & Cª, ainda não perceberam que encobrir os crimes, também é crime. Terá de haver credibilidade para o banco ter sucesso!!! Esta nova Administração criou a farsa chamada "Convenção de Mediação" para adormecer os lesados ao longo de 1 ano. Com todas estas vigarices que esperam para o futuro do BCP?

Vejam o que diz Miguel Sousa Tavares:
Opus Dei / Maçonaria (a história do BCP).

Em países onde o capitalismo, as leis da concorrência e a seriedade do negócio bancário são levados a sério, a inacreditável história do BCP já teria levado a prisões e a um escândalo público de todo o tamanho.
Em Portugal, como tudo vai acabar sem responsáveis e sem responsabilidades, convém recordar os principais momentos deste "case study", para que ao menos a falta de vergonha não passe impune.


1. Até ao 25 de Abril, o negócio bancário em Portugal obedecia a regras simples:
Cada grande família, intimamente ligada ao regime, tinha o seu banco.
Os bancos tinham um só dono ou uma só família como dono e sustentavam os demais negócios do respectivo grupo. Com o 25 de Abril e a nacionalização sumária de toda a banca, entrámos num período 'revolucionário' em que "a banca ao serviço do povo" se traduzia, aos olhos do povo, por uns camaradas mal vestidos e mal encarados que nos atendiam aos balcões como se nos estivessem a fazer um grande favor.
Jardim Gonçalves veio revolucionar isso, com a criação do BCP e, mais tarde, da Nova Rede, onde as pessoas passaram a ser tratadas como clientes e recebidas por profissionais do ofício. Mas, mais: ele conseguiu criar um banco através de um MBO informal que, na prática, assentava na ideia de valorizar a competência sobre o capital.
O BCP reuniu uma série de accionistas fundadores, mas quem de facto mandava eram os administradores - que não tinham capital, mas tinham "know-how".
Todos os fundadores aceitaram o contrato proposto pelo "engenheiro" - à excepção de Américo Amorim, que tratou de sair, com grandes lucros, assim que achou que os gestores não respeitavam o estatuto a que se achava com direito (e dinheiro).


2. Com essa imagem, aliás merecida, de profissionalismo e competência, o BCP foi crescendo, crescendo, até se tornar o maior banco privado português, apenas atrás do único banco público, a Caixa Geral de Depósitos.
E, de cada vez que crescia, era necessário um aumento de capital.
E, em cada aumento de capital, era necessário evitar que algum accionista individual ganhasse tanta dimensão que pudesse passar a interferir na gestão do banco.
Para tal, o BCP começou a fazer coisas pouco recomendáveis: aos pequenos depositantes, que lhe tinham confiado as suas poupanças para gestão, o BCP tratava de lhes comprar, obviamente sem os consultar, acções do próprio banco nos aumentos de capital, deixando-os depois desamparados nas perdas da bolsa;
Aos grandes depositantes e amigos dos gestores, abria-lhes créditos de milhões em "off-shores" para comprarem acções do banco, cobrindo-lhes, em caso de necessidade, os prejuízos do investimento.
Desta forma exemplar, o banco financiou o seu crescimento com o pêlo do próprio cão, aliás, com o dinheiro dos depositantes - e subtraiu ao Estado uma fortuna em lucros não declarados para impostos. Ano após ano, também o próprio BCP declarava lucros astronómicos, pelos quais pagava menos de impostos do que os porteiros do banco pagavam de IRS em percentagem. E, enquanto isso, aqueles que lhe tinham confiado as suas pequenas ou médias poupanças viam-nas sistematicamente estagnadas ou até diminuídas e, de seis em seis meses, recebiam uma carta-circular do engenheiro a explicar que os mercados estavam muito mal.


3. Depois, e seguindo a velha profecia marxista, o BCP quis crescer ainda mais e engolir o BPI. Não conseguiu, mas, no processo, o engenheiro trucidou o sucessor que ele próprio havia escolhido, mostrando que a tímida "renovação" anunciada não passava de uma farsa.
Descobriu-se ainda uma outra coisa extraordinária e que se diria impossível: que o BCP e o BPI tinham participações cruzadas, ao ponto de hoje o BPI deter 8% do capital do BCP e, como maior accionista individual, ter-se tornado determinante no processo de escolha da nova administração... do concorrente! Como se fosse a coisa mais natural do mundo, o presidente do BPI dá uma conferência de imprensa a explicar quem deve integrar a nova administração do banco que o quis opar e com o qual é suposto concorrer no mercado, todos os dias...


4. Instalada entretanto a guerra interna, entra em cena o notável comendador Berardo, ele é só o homem que mais riqueza acumula e menos produz no país (protegido pelo 1º Ministro (a Sócretina), que lhe deu um museu do Estado para armazenar a colecção de arte privada. Mas, verdade se diga, as brasas espalhadas por Berardo tiveram o mérito de revelar segredos ocultos e inconfessáveis daquela casa.
E assim ficámos a saber que o filho do engenheiro fora financiado em milhões para um negócio de vão de escada, e perdoado em milhões quando o negócio inevitavelmente foi por água abaixo.
E que havia também amigos do engenheiro e da administração, gente que se prestara ao esquema das "off-shores", que igualmente viam os seus créditos malparados serem perdoados e esquecidos por acto de favor pessoal.


5. E foi quando, lá do fundo do sono dos justos onde dormia tranquilo, acorda inesperadamente o governador do Banco de Portugal e resolve dizer que já bastava: aquela gente não podia continuar a dirigir o banco, sob pena de acontecer alguma coisa de mais grave - como, por exemplo, a própria falência, a prazo.


6. Reúnem-se, então, as seguintes personalidades de eleição: o comendador Berardo, o presidente de uma empresa pública com participação no BCP e ele próprio ex-ministro de um governo PSD e da confiança pessoal de Sócrates, mais, ao que consta, alguém em representação do doutor "honoris causa" Stanley Ho - a quem tantos socialistas tanto devem e vice-versa. E, entre todos, congeminam um
"take over" sobre a administração do BCP, com o "agréement" do dr. Fernando Ulrich, do BPI.
E olhando para o panorama perturbante a que se tinha chegado, a juntar ao súbito despertar do dr. Vítor Constâncio, acharam todos avisado entregar o BCP ao PS.
Para que não restassem dúvidas das suas boas intenções, até concordaram em que a vice-presidência fosse entregue ao sr. Armando Vara (que também usa 'dr.') - fabuloso expoente político e bancário que o país inteiro conhece e respeita.


7. E eis como um banco, que era tão independente, que fazia tremer os governos, desagua nos braços cândidos de um partido político - e logo o do Governo. E eis como um banco, que era tão cristão, tão "opus dei", tão boas famílias, acaba na esfera dessa curiosa seita do avental, a que chamam maçonaria.


8. E, revelada a trama em todo o seu esplendor, que faz o líder da oposição?
Pede em troca, para o seu partido, a Caixa Geral de Depósitos, o banco público.
Pede e vai receber, porque há 'matérias de regime' que mesmo um governo que tenha maioria absoluta no parlamento não se atreve a pôr em causa. Um governo inteligente, em Portugal, sabe que nunca pode abocanhar o bolo todo. Sob pena de os escândalos começarem a rolar na praça pública, não pode haver durante muito tempo um pequeno exército de desempregados da Grande Família do Bloco Central.

Se alguém me tivesse contado esta história, eu não teria acreditado.
Mas vemos, ouvimos e lemos. E foi tal e qual.

Miguel Sousa Tavares

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Merrill Lynch atribui potencial de queda de 12% ao BCP

O Bank of America/Merrill Lynch subiu o preço-alvo para as acções do Banco Comercial Português de 0,60 para 0,67 euros. Apesar da melhoria da avaliação, em 11,6%, o novo “target” representa um potencial de desvalorização das acções de 12% face à cotação actual em bolsa.

O Merrill Lynch, adquirido pelo Bank of America, aumentou a avaliação das acções do BCP para 0,67 euros, um valor que atribui um potencial de desvalorização aos títulos de 12% face à cotação das acções em bolsa (0,768 euros).
Na análise divulgada hoje, a casa de investimento actualiza as avaliações dos bancos europeus para o espaço temporal até final de 2010.
O analista Sergio Gamez, numa análise ao sector bancário europeu divulgada hoje, mantém a recomendação de “underperform” para o único banco português incluído no estudo.
A casa de investimento diz que o BCP “não é imune às condições de mercado que criam riscos de descida às estimativas” e aponta como principais factores que podem afectar a avaliação do banco “o abrandamento cíclico nos seus mercados domésticos principais ( Portugal e Polónia)”.

Euribor afundam há seis sessões


As taxas Euribor estão já a recuar há seis sessões consecutivas, com o mercado a apontar para a manutenção dos juros, depois de um membro do Conselho do BCE, Ewald Nowotny, ter dito que está contra uma subida precoce dos juros, na Zona Euro. Os olhos continuam postos na retoma do crescimento económico. A taxa a 3 meses caiu para 1,244%, enquanto a indexante a seis meses, a mais utilizada no crédito à habitação em Portugal, cedeu para 1,457%. Já a Euribor a 12 meses recuou para 1,629%.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A Banca cada vez mais endividada...

O Banco Central Europeu advertiu que os bancos dos 16 paises da zona euro deverão enfrentar esta ano perdas superiores a 283 mil milhões de dólares, pelo que a actual recessão os obriga a libertarem-se dos empréstimos duvidosas. Este aviso ajudou o dólar a ganhar terreno ao euro.

sábado, 13 de junho de 2009

Portugueses deixaram de acreditar na Justiça


Concorda quando se diz que a Justiça nunca esteve tão mal desde o 25 de Abril?

A Justiça não está bem, é um facto. Mas não está tão mal como dizem. É outro facto. Há um excesso de criticismo e as coisas estão mal aqui como estão na Espanha, na França ou na Itália. E estão mal na Justiça como estão na Economia, na Saúde ou nas Finanças. A sociedade evolui muito mais rapidamente do que as leis. Hoje fazem-se contratos de milhões por telefone, a criminalidade não tem fronteiras. Como diz um autor famoso: ou as leis aceleram ou há uma revolta dos factos contra os códigos.

Juízes e procuradores já aparecem nos últimos lugares nos inquéritos de popularidade. O que não acontecia há dois ou três anos.
Não há ninguém inocente no processo da Justiça. O legislador, os juízes, os magistrados, os solicitadores ou o cidadão. Todos contribuem para que a Justiça não funcione bem.

Dizer que a culpa é de toda a gente é o mesmo que dizer que não é de ninguém.
Toda a gente tem de se esforçar. A Justiça não está adequada aos tempos que correm. Os portugueses deixaram de acreditar na Justiça.

Investiga-se mal em Portugal?
Há crimes que se investigam bem, como os homicídios ou os roubos, mas há muito mais dificuldade com os crimes económicos, porque são difíceis de investigar e não há especialização ou formação dos magistrados para investigar esse tipo de crimes. Por isso é que criei as equipas especiais. No processo Furacão estão 25 peritos das finanças pedidos por nós. E na Câmara de Lisboa estamos a trabalhar com engenheiros e arquitectos. Quem tira um curso de Direito e vai três anos para o CEJ fica com uma sólida formação jurídica mas não está especializado em urbanismo ou crimes ambientais, por exemplo. É preciso criar especializações no Ministério Público.

Não se conseguem investigar casos como o Freeport ou o Furacão com os meios actuais?
Os crimes económicos têm sido investigados. Pela primeira vez, e tenho muito orgulho nisso, todos os bancos estão a ser investigados.

Há demasiado tempo.
Sim. Já disse que sou contra os mega-processos em que se mete tudo numa panela e a sopa nunca mais está pronta. O Furacão começou há muito tempo, mas já se conseguiu dividi-lo em dez processos. Não consegui acabar com os maxi-processos mas consegui minimizá-los. Vai ver que vão andar mais depressa.

Já disse que não há ninguém que esteja impune mas a verdade é que não há um ministro ou um alto quadro de uma empresa que seja condenado
No caso BPN está a decorrer uma investigação e estamos muito longe de poder dizer que vai ou não haver condenações. O BPP está no início, não posso garantir que vai sequer haver uma acusação. Depende da prova que se obtiver. Mal de nós se só investigarmos casos em que temos a certeza de que vão terminar em condenações. Quando eu digo que não há impunidade quero dizer que todos podem ser investigados.

Alguém acredita que Oliveira Costa é o único responsável do que se passou no BPN?
Nunca houve um banqueiro preso em Portugal! Não vamos é partir do princípio que todos têm de estar presos. Até agora, os elementos que se encontraram foram estes. Se houver novos elementos, serão presos outros. Nunca a minha voz se levantou para criar quaisquer obstáculos por se tratar de um ministro, de um banqueiro ou de um autarca.

Vão ser feitas mais prisões?
Não sei, só sei que as investigações ainda está em aberto.

As absolvições com que terminam tantos casos não provam que as investigações são mal feitas?
Não. Quer dizer que não se provou o que estava na acusação. É assim em todos os países democráticos. Nunca há a certeza absoluta de que uma acusação resulte em condenação. O arguido pode confessar o crime durante a investigação, por exemplo, negá-lo em tribunal e deixar de haver prova.

Isso é uma crítica à lei?
É.

Se as confissões fora do julgamento fossem mais valorizadas não seria um incentivo à tortura?
Um Estado democrático tem de assegurar que não há tortura.

O que fez para esclarecer o caso de tortura na PJ do Algarve?
Não discuto decisões judiciais e desconheço esse processo. A tortura é uma mancha, uma vergonha para qualquer Estado democrático. Nesse caso houve um tribunal que apreciou, julgou, está julgado. O Ministério Público já recorreu, que é o único poder que tem.

Acha que tem mão no Ministério Público?
Não desisto de mudar o Ministério Público, é preciso um novo estatuto para o MP mas não o vou apresentar com eleições à porta. O que vou propor ao novo governo, seja qual for, é que tem de ficar claro que o Procurador-Geral é o vértice da estrutura e que a hierarquia deve existir na prática em todos os escalões.

Já conseguiu melhorar o MP?
É possível que não. O MP está numa fase de profunda transformação. Temos leis novas, temos de ter um estatuto novo, temos de ter uma mentalidade nova. Sabe o que é que eu pretendo? Uma aproximação do MP ao cidadão.

Surpreendeu-o negativamente a qualidade dos magistrados do MP?
Não, quem está nos tribunais há 40 anos não se surpreende.

Mas a qualidade é má?
Não é má nem é boa. É a que temos. Os magistrados do MP podem ser mais eficientes, é o que eu pretendo. E a eficiência vem da especialização, da dedicação. Se já o consegui? Não, mas não desisto.

Os juízes são os grandes responsáveis pelo estado da Justiça em Portugal?
Nunca censurei uma decisão do tribunal. O que posso fazer é mandar recorrer quando tenho esse poder. Não interfiro na vida dos juízes. Isso é com o Conselho Superior da Magistratura.

As leis penais são boas ou são más?
Há leis boas e há leis que não são boas. Este código teve um problema que foi entrar em vigor sem ninguém estar à espera. Se quer um exemplo concreto, veja as prisões preventivas. Há que ter em conta que a lei torna hoje muito mais difícil a prisão preventiva, isso é uma opção do legislador, e que é censurável.

A responsabilidade dos magistrados deve ser diferente da dos outros profissionais?
Não deve haver impunidade para ninguém, isso é ponto assente. Agora as coisas não são branco ou preto. Se cada vez que um magistrado condena alguém e depois se vem a provar que o arguido estava inocente e ele for responsabilizado, nunca mais ninguém é condenado...

É o que acontece aos médicos: se operarem alguém e depois se provar que não deviam ter operado, são responsabilizados...
É muito diferente. O mundo do Direito é o mundo da probabilidade. Os juízes devem ser responsabilizados por uma actuação dolosa ou negligente, porque se for só por um erro judiciário, que acontecem todos os dias em todo o mundo, isso não há em parte nenhuma. A propósito da impunidade, posso dizer-lhe que já ouve mais punições de magistrados nestes dois anos e meio que eu estou aqui do que nos últimos vinte anos.

O seu cargo é solitário?
O cargo de Procurador-Geral é um cargo extraordinariamente solitário.

Já pensou alguma vez demitir-se?
Não, não estou nada arrependido. Hesitei muito para aceitar, a partir desse momento não estou nada arrependido. Há uma coisa que tenho a certeza: nunca disse nada que não fosse exacto. Duvidem de tudo menos de um beirão honesto. Sou um bom magistrado, tenho 43 anos de provas dadas, nada me pesa.

Comentários:
Justificar os males da Justiça por comparação com os da economia, saúde ou finanças e dizer que estamos melhor do que a Itália ou a Espanha, em que é que resolve a nossa vida? Mais: Os problemas da descredibilização da Justiça em Portugal não se prendem com casos "emblemáticos" como o Freeport, Operação Furacão ou Casa Pia, que pouco dizem ao público em geral, mas sim com o nosso dia-a-dia em que somos assaltados com violência de manhã e encontramos o assaltante a assobiar na esquina dali a horas, mesmo quando apanhado em flagrante! É aí, sobretudo, que residem os problemas de não acreditarmos na justiça em Portugal. E ninguém disse que não acreditamos nos agentes dessa justiça, mas sim nas leis que precisam ser alteradas, apesar de o nosso Código Penal ser bastante bom. Há penas que têm que ser agravadas, as questões que se prendem com as medidas de prevenção, têm que se sobrepor às da repressão e por aí adiante. As nossas queixas não são tanto de Juízes como são das leis brandas que ainda temos, enquanto que os criminosos são cada vez mais e os crimes agravam-se em violência. As leis têm que ser, por isso, adaptadas às necessidades dos nossos dias. E isso não acontece porque os deputados preferem falar das finanças dos partidos, por exemplo, entre outras boiadas que falam na AR...
(...)
Há milhares de famílias a passar mal e até mesmo fome devido à justiça não funcionar.
Hoje temos menos consumismo devido a este grande crime bancário! Temos um exemplo na banca (MILLENNIUM BCP): Vigarices,trapaças,aldrabices, coacção sobre clientes que, para obterem crédito, tiveram que comprar acções do banco, com obrigatoriedade de as manterem por 10 anos, que depois desvalorizaram para menos de metade,etc.,etc.... Isto tudo foram crimes que continuam na "gaveta"!...Como se uma pessoa que precisa de crédito para comprar ou construir casa tivesse que ter disponibilidade para comprar as acções que, por via da BOA E COMPETENTE GESTÃO, iriam dar o trambolhão que deram. Resultado: não só estão a perder muito dinheiro com as acções ficando ainda mais endividados, como os juros subiram como subiram e o endividamento aumentou para valores astronómicos e incomportáveis. O que aconteceria a um cidadão comum que numa qualquer pequena ou média empresa cometesse actos semelhantes na gestão da mesma? Seria condecorado, louvado indemnizado para sair, ou seria preso? Teria que repor do bolso ou a empresa teria que pagar aos prejudicados? Tribunais e fisco não desarmavam! O que está a acontecer aos gestores do BCP, sabemos nós , e o que não irá acontecer também sabemos. Este é mais um retrato do país governado pela ilustre geração que andou de punho fechado em 1968 e em 1974, só que se, por acaso, tiverem alguma foto que o comprove, essa foto estará muito bem escondida.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O que anda a Justiça a fazer?


Portugal corre o risco de nunca assistir ao julgamento dos protagonistas dos crimes financeiros que as autoridades dizem existir sem que se vejam os culpados acusados. É muito difícil compreender as razões pelas quais a Justiça não actuou no caso BPP. A dramática distância em relação aos Estados Unidos não pode ser explicada apenas pela diferença do quadro legal.

"Mais do que tudo, os portugueses precisam de exemplo". António Barreto no discurso do 10 de Junho que deveria ser lido por todos nós. Um exemplo que tarda em muitos domínios, com especial relevo na Justiça, onde a acção tem especial importância na garantia da aplicação da lei.
O BPP é suspeito, nas palavras do ministro das Finanças, de "operações fictícias em prejuízo dos clientes e falsificação contabilística".
Que exemplo nos está a dar a Justiça quando João Rendeiro, o líder desse banco suspeito, tem o atrevimento de afirmar ao jornal "i" que o Governo alimentou "falsas esperanças" aos clientes do BPP e que não sabe "o que se andou a fazer durante estes seis meses".
O que não se sabe de facto é o que tem andado a fazer o Ministério Público nestes últimos seis meses. No BPP como no BPN. É incompreensível que Oliveira e Costa do BPN esteja preso preventivamente há seis meses. E como é possível compreender que se tenham congelado "preventivamente", dizem os comunicados, os bens de João Rendeiro e outros gestores do BPP passados quase sete meses após a intervenção no banco?
É muito difícil discordar da solução que o ministro das Finanças escolheu para os clientes dos produtos de retorno absoluto. Na actual conjuntura, salvar o BPP era premiar o infractor - o que só se fez no auge da crise e para bancos que eram "demasiado grandes para falir", o que justifica a intervenção no BPN. A queda do BPN, é preciso recuar à época, desencadearia uma corrida aos depósitos do sistema bancário com efeitos mais catastróficos que a salvação do banco. E este é um facto, por muito que neste momento existam também suspeitas de que a decisão de nacionalizar foi também alimentada por razões de luta partidária, do PS contra o PSD. Uma suspeita alimentada por Vital Moreira quando ligou o PSD ao que designou como "roubalheira no BPN".
O BPP é dez vezes mais pequeno que o BPN, não tinha praticamente depósitos, não envolvia qualquer risco de corrida aos depósitos nos outros bancos e teve problemas numa altura em que o mercado financeiro já se estava a acalmar.
Um Governo, seja ele qual for, não pode assumir a responsabilidade de pagar perdas em aplicações financeiras. Se o fizesse no caso BPP abria uma caixa de Pandora. Muitos outros investidores em fundos poderiam considerar que também tinham legitimidade de pedir o mesmo. Há mais casos de clientes, que não apenas do BPP, que consideram hoje que não foram devidamente informados do tipo de aplicação que estavam a fazer.
No BPP estamos perante um caso de polícia, e não face a um problema de liquidez que justificou as intervenções públicas nos bancos privados.
A decisão do Governo foi corajosa e racional. Deu um bom exemplo: os bancos também podem falir se os accionistas não os quiserem salvar. O Estado tem a obrigação de dar um outro e ainda mais importante exemplo: quem comete crimes é acusado e condenado. Os casos BPP e BPN estão há demasiado tempo nas mãos da Justiça sem que nada aconteça.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O caso BPN e o Banco de Portugal


O Banco de Portugal é uma das mais prestigiadas instituições portuguesas. O seu governador é um economista conceituado e um dos elementos mais considerados no Banco Central Europeu. O que fazemos em Portugal? Alguns partidos têm feito de tudo para destruir a instituição e a pessoa.

O Banco de Portugal, enquanto supervisor prudencial da banca, é comparável, com sucesso, aos seus pares. Nenhum deles ouviu o "tic tac" da bomba-relógio colocada na banca? Pois não. E dificilmente poderiam ouvir e ver, limitados pelo quadro legal que se foi desenhando para o sistema financeiro desde finais dos anos 80.
Ao longo destes anos foram-se reduzindo as exigências de capital, com a permissão de multiplicar por factores, cada vez mais elevados, depósitos e capital em crédito e aplicações em títulos. Os legisladores foram viabilizando a transformação de (quase) tudo em títulos, inebriados por supostos génios financeiros que prometiam acabar com o risco. Ante da implosão da crise, assistíamos à tendência - que foi, em parte, concretizada - de retirar ainda mais poderes aos já tão delapidados supervisores.
Em Portugal, a tendência foi exactamente a mesma. Desde finais dos anos 80 que as falhas do mercado foram esquecidas no sector financeiro. Todos elogiámos a desregulamentação da actividade bancária, quer nos aspectos mais simples, como nos horários de trabalho, como nos mais complexos, como o da liberdade de oferecerem todo o tipo de produtos, mesmo que muitos, com formação para isso, não conseguissem sequer perceber quais eram os activos que suportavam a criação de valor de generosas ofertas de aplicações. Todos andavam felizes enquanto viam as suas poupanças a subirem.

A promoção que, directa ou indirectamente, os diversos governos fizeram para a compra de acções de empresas com crédito é outro dos acontecimentos dos tempos, do que hoje se pode considerar, de libertinagem financeira. Quantos não foram convidados no seu banco a endividarem-se para comprar acções? E hoje escandalizamo-nos com as práticas de que está a ser acusado o BCP.

E houve ainda a liberdade individual de escolher. Um argumento que se deve prezar desde que não sirva para abusar dos ignorantes. Portugal nunca foi uma economia de mercado. De um dia para o outro, os portugueses descobriram que, afinal, eram eles os culpados por estarem a pagar mais pelos empréstimos ou por verem as suas poupanças a desaparecerem. Nunca nenhum governo se preocupou em massificar informação financeira para que as escolhas, o exercício da liberdade individual, fossem feitas com conhecimento.
Hoje estamos endividados e muitos portugueses perderam parte das suas poupanças. Não é desculpa, é verdade, mas muitos, pelo País fora, enfrentam esses problemas porque confiaram no "senhor do banco". Não sabendo que o "senhor do banco" tinha objectivos para cumprir, para garantir parte do seu rendimento.
Os deputados têm a obrigação de reflectir seriamente sobre o que se passou e procurar corrigir o quadro legal. Actuar para destruir o Banco de Portugal e demitir o governador é baixa política. É com estas actuações que a classe política se desacredita, lança os cidadãos para a abstenção e ameaça a democracia. Que não existe sem instituições como o Banco de Portugal.

Comentários:
# A MILLENNIUM BCP AINDA CONTINUA A SER O ARRASTÃO DA NOSSA ECONOMIA...
# FORÇA CONSTÂNCIO/SÓCRATES
# Ao Zap
Total de comentários: 37
AO LONGO DA FAMIGERADA "CAMPANHA ACCIONISTA BCP" EM 2000/2001, QUE O BANCO LEVOU A CABO COM AS ACÇÕES PRÓPRIAS, FOI PROVADO HAVER INDÍCIOS DE VÁRIOS CRIMES... NO EXERCÍCIO DE 2000, O MONTANTE TOTAL DE PRÉMIOS A DISTRIBUIR PELOS FUNCIONÁRIOS FOI DE 22.603.817,40€, EM QUE OS ACCIONISTAS NÃO TIVERAM DIREITO A DIVIDENDOS!!!
AS ENTIDADES SUPERVISORAS E ÓRGÃOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGARAM AO PÚBLICO, MAS O BCP, MESMO COM A ACTUAL ADMINISTRAÇÃO, CUJO PRESIDENTE É O DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, CONTINUA A EXTORQUIR, "ROUBAR" E A SAQUEAR DINHEIROS DAS CONTAS DAS VÍTIMAS (CLIENTES) SILENCIADAS E INDEFESAS, DANDO SEGUIMENTO PARA O BANCO DE PORTUGAL COMO SENDO DÍVIDA DE INCUMPRIMENTO, SUJANDO O "BOM NOME" DO CLIENTE... ENQUANTO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS BANCÁRIOS CONTINUAM INTOCÁVEIS, SEM SER CHAMADOS À JUSTIÇA.

É A VERDADE DO QUE SE PASSOU E AINDA SE ESTÁ PASSAR NO MAIOR BANCO PRIVADO PORTUGUÊS! "MILHARES DE PESSOAS DESTRUÍDAS, EXTORQUIDAS E "ROUBADAS" DOS SEUS BENS PELO BCP (CAMPANHA ACCIONISTA MILLENNIUM BCP E OUTRAS SITUAÇÕES GRAVES)..."
- "TAMBÉM ALGUMAS NOTÍCIAS FINANCEIRAS ACTUALIZADAS"
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DURING THE INFAMOUS "CAMPAIGN SHAREHOLDERS BCP" In 2000/2001, the Bank has undertaken WITH OWN ACTIONS, HAS PROVEN Indications of HAVER SEVERAL CRIMES ... In 2000, THE TOTAL AMOUNT OF PREMIUMS FOR EMPLOYEES WAS A DISTRIBUTE OF € 22,603,817.40, in which shareholders were not entitled to dividends!!!
AND BODIES supervisors of media available to the public, but the BCP, EVEN WITH THE CURRENT ADMINISTRATION, WHICH IS THE PRESIDENT DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, continues to extort, "theft" Drawing MONEY AND VICTIMS OF THE ACCOUNTS (CLIENTS) Silent and Helpless, following FOR BANK OF PORTUGAL AS BEING DEBT OF FAILURE (CRC) of the client. While the primary banking responsibility untouchables CONTINUE WITHOUT BEING CALLED TO JUSTICE.

IS THE TRUTH of what happened and if IS MOVING IN A MORE PRIVATE BANK PORTUGUESE! "Thousands of people destroyed and EXTORQUIADAS THEIR PROPERTY BY BCP (BCP MILLENNIUM CAMPAIGN SHAREHOLDERS AND OTHER serious )..."
- "UPDATES FINANCIAL ALSO NEWS OF THE WORLD"