quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Risco de Portugal é o que mais cai no mundo


A percepção de risco da parte dos investidores em relação a Portugal está hoje em forte queda, após anunciado o novo pacote de austeridade.

Os indicadores de risco da dívida de Portugal têm batido sucessivos máximos recorde, com os investidores receosos em relação às contas públicas de Portugal. Contudo, no dia de hoje, os principais indicadores de dívida pública de Portugal dão sinais de alívio.

É que o preço de fazer um seguro contra o eventual incumprimento de Portugal afunda 18,3 pontos para negociar nos 411,67 pontos, o que corresponde à descida mais expressiva em todo o mundo. Quer isto dizer que por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida pública portuguesa, os investidores têm de pagar um seguro anual de 411,67 mil euros.

No mesmo sentido, também o juro das Obrigações do Tesouro a 10 anos, que tem renovado máximos sucessivos, está hoje a descer para os 6,4%, depois de ter chegado aos 6,7% esta semana.
Por seu turno, o 'spread' ou prémio que os investidores estão a exigir para comprar OT portuguesas também a 10 anos em vez das 'bunds' alemãs com a mesma maturidade está a recuar 7 pontos para negociar nos 416,1 pontos.

É a reacção dos mercados de dívida ao novo pacote de austeridade anunciado ontem pelo Governo de Sócrates. Entre outras medidas, do lado da despesa, o Governo decidiu cortar os salários da Função Pública em 5%. Do lado da receita, Sócrates anunciou nomeadamente o aumento em dois pontos percentuais da taxa normal de IVA para 23%, uma medida sugerida pela OCDE esta semana.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

BCP e BES levam bolsa para zona de perdas


A praça portuguesa inverteu a tendência positiva da abertura, arrastada pelos títulos do BCP e BES.

O índice que reúne as principais cotadas nacionais, o PSI 20, recua hoje 0,45% para 7.373,35 pontos (ver gráfico), com 10 títulos em queda, depois de uma abertura em alta, enquanto a Europa segue positiva.

Lisboa cede à pressão da banca, depois de este fim-de-semana ter sido conhecido que, segundo o banco central da Alemanha, a banca deste país pode precisar de 50 mil milhões de euros de capital adicional para conseguir cumprir as novas regras para o sector.

O BES perde 0,73% e o BCP desvaloriza mais de 1%, o pior desempenho em Lisboa, num dia em que o Diário Económico noticia que o banco liderado por Carlos Santos Ferreira admite vender a participação na Eureko e a sua posição na parceria com a Fortis, caso seja necessário. Já o BPI segue estável nos 1,59 euros(...)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

BCP - O Corto Maltese da banca


Um dia, o BCP definiu a sua linha da vida em dez mil milhões de euros. Mas agora a linha é outra: 7%. Quem quer comprar um banco? E quem comprar-lhe créditos?

Longe vão os tempos do capital à disposição das loucuras. Quando Paulo Teixeira Pinto, há quatro anos, justificou a OPA (hostil) que lançou sobre o BPI, disse-o: se o BCP valer menos que dez mil milhões será um alvo em movimento. Nessa ânsia de crescer, o BCP tentara comprar um banco na Roménia e tentava agora o BPI. Falhou ambas as aquisições. Felizmente: se tivesse ganho qualquer delas, àqueles preços, o BCP estaria hoje falido.
Dez mil milhões de euros é hoje uma miragem para o BCP. E este é um dos bancos mais pressionados com as regras aprovadas ontem por banqueiros centrais e reguladores do sistema financeiro de todo o mundo, quando confirmaram um rácio mínimo de capital de 7%. Há tempo, muito tempo, para resolver os problemas. Mas não é por isso que deixam de sê-lo: problemas. Para o BCP e para todos os outros.
Não é uma ironia mas é o destino. Um destino que os próprios bancos traçaram e não apenas por loucuras estrangeiras da inovação financeira. Também em Portugal se cometeram erros imperdoáveis na gestão de créditos com base no mesmo falacioso argumento: se toda a gente está a fazê-lo, por que não o fariam eles?
E fizeram-no. Deram crédito demasiado barato. E comprometeram uma grande parte dos seus balanços em empréstimos para comprar casa por "spreads" abaixo de 1%, abaixo de 0,5%, abaixo de 0,2%!, aprisionando-se em contratos de 30 ou 40 anos. É por isso que agora aproveitam qualquer nesga para subir "spreads". É por isso que em novos contratos há bancos que estão a testar cláusulas de revisão unilateral.
Durante muito tempo, os bancos fizeram pressão para que as novas regras de capital, solvabilidade e liquidez, consagradas em "Basileia III", não avançassem, com o argumento de que iriam agravar o problema: se ninguém está a investir em banca, como conseguir aumentos de capital? Do lado da regulação, contudo, a noção era de que ou era agora ou nunca, sendo que a pressão política era de que fosse agora.
Esta é a altura em que a banca define a sua nova vida. Ontem mesmo, o maior banco da Alemanha anunciou um aumento de capital de (curiosamente) dez mil milhões de euros. Em Portugal, os bancos travam a concessão de novos créditos e nem sequer renovam todas as linhas concedidas a empresas, fazendo-o sempre por custos mais elevados. Assim será doravante: ser cliente bancário sairá mais caro. Estamos reféns dos empréstimos do Banco Central Europeu, que ainda aumentarão até um dos níveis mais elevados da Europa (já vai em um terço do PIB).
Corto Maltese, o herói de BD de Hugo Pratt, desenhou a sua própria linha da vida nas mãos, com uma navalha. Era o símbolo de que o destino pode ser traçado por nós mas que é preciso sangrar para consegui-lo. Se trocarmos o destino por um desatino, entregamos a nossa independência. Não foi a Alemanha que nos disse sim a vigiar o Orçamento, nós é que perdemos o poder de dizer não.
FMI escreve-se com as mesmas letras de FIM. Fim da linha para quem não tem coragem para governar. Não saberemos nós fazer nada além de aumentar impostos?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Portugal sob vigilância apertada das agências de "rating"


A S&P veio a Portugal e seguiu ontem no Parlamento o debate orçamental.
A Fitch avisa para a dívida. O Governo garante que reduzirá o défice público
As agências de "rating" estão a fazer marcação cerrada ao Estado português. Ontem, a margem de manobra do Governo ficou ainda mais limitada: um dia depois de ter visto a República pagar juros recorde para emitir dívida, o secretário de Estado do Orçamento, Emanuel dos Santos, foi prestar esclarecimentos a um Parlamento onde, além dos deputados, compareceu também a Standard & Poor's, que veio até Portugal "tomar o pulso" ao estado da economia e das contas públicas.

Segundo vários deputados contactados, não há memória de uma visita de uma agência de notação de risco ao hemiciclo durante um debate orçamental.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Bancos portugueses entre os mais dependentes do BCE


Os bancos portugueses, gregos, espanhóis e irlandeses são as instituições financeiras mais dependentes do financiamento do Banco Central Europeu (BCE).

A conclusão faz parte de um estudo da consultora holandesa ING, citada pela agência de informação financeira Bloomberg.

Os bancos dos países periféricos do euro continuam a lutar para se financiarem mesmo após os testes de resistência feitos em Julho e que atestaram a saúde de 84 das 91 instituições financeiras europeias, afirma a consultora.

Segundo o economista sénior do ING Martin Van Vliet, que coordenou este estudo, a procura do financiamento do BCE pelos bancos irlandeses provavelmente aumentou em Agosto, dada "a percepção de risco recente" do sector financeiro do país, enquanto o apetite dos bancos espanhóis tem tendência a diminuir nos próximos meses.

Já a procura pelos bancos portugueses e gregos continuará estável e os bancos alemães e franceses estão a recorrer menos ao financiamento do BCE.

"Os bancos terão de enfrentar o teste real quando o Banco Central
Europeu começar a retirar os estímulos", afirmou Martin Van Vliet.

"O BCE adiou a continuação do desmantelamento das medidas não convencionais, mas a pergunta para um milhão de dólares é o que acontece no próximo ano", acrescentou.

A Comissão Executiva do BCE disse a 3 de Setembro, que há o perigo de alguns bancos se tornarem "viciados" no financiamento do Banco Central Europeu, um dia depois de o presidente da instituição, Jean-Claude Trichet, ter anunciado a manutenção das operações de empréstimos aos bancos "a taxa fixa e volume ilimitado" pelo menos até Janeiro de 2011.

As operações de crédito do banco central são consideradas cruciais para diversos bancos da zona euro que lutam contra a falta de liquidez e dificuldade de financiamento nos mercados internacionais.

domingo, 5 de setembro de 2010

Banca e Finanças vão ter quatro novos "polícias" à perna


O governo económico europeu vai dando os seus passos encapotado sob vários nomes. Agora avançam quatro novos reguladores

A "coisa" tem nome difuso. Em França, chama-se governo económico europeu, como queria Sarkozy. Em Inglaterra, é a "economic governance" - a governança, uma expressão difícil de traduzir em português; na Alemanha, chama-se qualquer coisa como "coordenação económica", uma vez que os alemães vivem tempos eurocépticos. Cada país chama--lhe o que quiser e é assim que "a coisa" - para a qual há consenso sobre os objectivos, mas não para o nome - vai fazendo o seu caminho na Europa. Ontem, avançou-se mais um passo rumo ao governo económico europeu - Portugal aceita a expressão.

A Comissão, o Parlamento Europeu e o Conselho fizeram um acordo de princípio para que a partir de Janeiro de 2011 seja instituída uma nova supervisão económica à escala europeia. O dispositivo está em negociação desde 2009, na sequência da crise financeira mundial. A criação de um conselho de risco sistémico, composto pelos bancos centrais, é uma das medidas em marcha. Caberá a este conselho alertar as autoridades europeias para os desequilíbrios macroeconómicos que ponham em perigo a estabilidade financeira da União. Prevenir fenómenos como as bolhas imobiliárias - uma das maiores razões da crise financeira em Espanha - é um dos objectivos do plano. Ontem, Michel Barnier, comissário responsável pelas questões financeiras, anunciou que a Europa está a fazer as "fundações" de uma "nova supervisão": uma torre de controlo e "ecrãs radares para evitar novos naufrágios".

Watchdogs O plano europeu passa por ter quatro novos reguladores financeiros em funcionamento já em Janeiro do próximo ano. Assim, e além do já prometido Conselho Europeu de Risco Sistémico - que nos primeiros cinco anos de existência será gerido pelo Banco Central Europeu, de forma a não se atrasar ainda mais a sua criação -, três novos supervisores vão ser criados para policiar os sectores bancário, segurador e dos mercados. Os quatro novos organismos vão ter poderes para investigar produtos financeiros e actividades bancárias específicas, caso suspeitem que estes representam algum risco para os mercados. "A verdade é que não demos pela crise chegar", explicou Michel Barnier, "não tínhamos as ferramentas necessárias para detectar os riscos que se estavam a acumular e, quando a crise chegou, também não tínhamos ferramentas para actuar de forma efectiva".

É este o gap que a Europa vai agora tentar preencher com os quatro novos polícias do sector financeiro em geral - que terão poderes bem mais abrangentes do que o inicialmente previsto (ver ao lado). Decididas para já ficaram também as sedes de dois destes supervisores. Um será colocado em Londres - o regulador responsável pela supervisão bancária europeia - , e outro em Frankfurt - que olhará para a actividade seguradora na União Europeia.

PS:
Isto tem a haver por exemplo, com as "famigeradas que se passaram no BCP e outros bancos no Estrangeiro (...)
AO LONGO DA FAMIGERADA "CAMPANHA ACCIONISTA BCP" EM 2000/2001, QUE O BANCO LEVOU A CABO COM AS ACÇÕES PRÓPRIAS, FOI PROVADO HAVER INDÍCIOS DE VÁRIOS CRIMES... NO EXERCÍCIO DE 2000, O MONTANTE TOTAL DE PRÉMIOS A DISTRIBUIR PELOS FUNCIONÁRIOS FOI DE 22.603.817,40€, EM QUE OS ACCIONISTAS NÃO TIVERAM DIREITO A DIVIDENDOS!!!
AS ENTIDADES SUPERVISORAS E ÓRGÃOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGARAM AO PÚBLICO, MAS O BCP, MESMO COM A ACTUAL ADMINISTRAÇÃO, CUJO PRESIDENTE É O DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, CONTINUA A EXTORQUIR, "ROUBAR" E A SAQUEAR DINHEIROS DAS CONTAS DAS VÍTIMAS (CLIENTES) SILENCIADAS E INDEFESAS, DANDO SEGUIMENTO PARA O BANCO DE PORTUGAL COMO SENDO DÍVIDA DE INCUMPRIMENTO, SUJANDO O "BOM NOME" DO CLIENTE... ENQUANTO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS BANCÁRIOS CONTINUAM INTOCÁVEIS, SEM SER CHAMADOS À JUSTIÇA.

É A VERDADE DO QUE SE PASSOU E AINDA SE ESTÁ PASSAR NO MAIOR BANCO PRIVADO PORTUGUÊS! "MILHARES DE PESSOAS DESTRUÍDAS, EXTORQUIDAS E "ROUBADAS" DOS SEUS BENS PELO BCP (CAMPANHA ACCIONISTA MILLENNIUM BCP E OUTRAS SITUAÇÕES GRAVES)..."
- "TAMBÉM ALGUMAS NOTÍCIAS FINANCEIRAS ACTUALIZADAS"
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DURING THE INFAMOUS "CAMPAIGN SHAREHOLDERS BCP" In 2000/2001, the Bank has undertaken WITH OWN ACTIONS, HAS PROVEN Indications of HAVER SEVERAL CRIMES ... In 2000, THE TOTAL AMOUNT OF PREMIUMS FOR EMPLOYEES WAS A DISTRIBUTE OF € 22,603,817.40, in which shareholders were not entitled to dividends!!!
AND BODIES supervisors of media available to the public, but the BCP, EVEN WITH THE CURRENT ADMINISTRATION, WHICH IS THE PRESIDENT DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, continues to extort, "theft" Drawing MONEY AND VICTIMS OF THE ACCOUNTS (CLIENTS) Silent and Helpless, following FOR BANK OF PORTUGAL AS BEING DEBT OF FAILURE (CRC) of the client. While the primary banking responsibility untouchables CONTINUE WITHOUT BEING CALLED TO JUSTICE.

IS THE TRUTH of what happened and if IS MOVING IN A MORE PRIVATE BANK PORTUGUESE! "Thousands of people destroyed and EXTORQUIADAS THEIR PROPERTY BY BCP (BCP MILLENNIUM CAMPAIGN SHAREHOLDERS AND OTHER serious )..."
- "UPDATES FINANCIAL ALSO NEWS OF THE WORLD"