
Constâncio investiga branqueamento de capitais no BPN.
O Banco de Portugal (BdP) tem em curso seis processos relacionados com o Banco. Português de Negócios (BPN) com base em indícios de branqueamento de capitais, prestação de informações falsas e violação do dever de informação, falsificação de contabilidade e incumprimento de regras contabilísticas. Esta informação acaba de ser prestada pelo governador do banco central à comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, através de uma carta a que o Diário Económico teve acesso. Todos os processos foram instaurados em 2008 e em dois deles são arguidos ex-administradores da SLN SGPS, não tendo Vítor Constâncio revelado os nomes aos deputados.
“Estão em curso no Banco de Portugal seis processos de contra-ordenação nos quais é arguido o Banco Português de Negócios, isoladamente ou em conjunto com outras pessoas ou entidades ligadas ao grupo SLN”, lê-se na carta que chegou às mãos dos deputados da Assembleia da República na passada terça-feira. Quase um mês depois de a comissão ter solicitado ao Governador do Banco de Portugal informação sobre a existência de algum processo de averiguações ou contra-ordenação pendente ou em curso relativamente ao BPN ou aos seus responsáveis.
Os elementos solicitados pelo ofício, datado de 4 de Novembro, são agora revelados (ver caixa), tendo o regulador avançado que nos dois processos instaurados em Junho deste ano, sobre indícios de informações falsas e de falsificação de contabilidade “se encontram conjuntamente arguidos ex-administradores da SLN-SGPS”.
Estes seis processos de que o BdP dá conta juntam-se a outros quatro relacionados com o BPN que o procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, já adiantou estarem a correr no Ministério Público, dois dos quais integrados na Operação Furacão e que vêm de 2005. Dos outros dois, um teve origem na queixa de Vítor Constâncio ao PGR e o outro corre no Departamento Central de Investigação e Acção Penal, na sequência de queixa do antigo presidente do banco, Miguel Cadilhe que, no final de Outubro, denunciou ao Ministério Público vários crimes financeiros. Estes foram detectados nas auditorias externas a todo o grupo mandadas realizar em Junho pelo antigo ministro das Finanças.
Em 2007, quando o Banco de Portugal começou a ter dificuldades em identificar os beneficiários de veículos ‘off-shore’ que tinham recebido créditos do BPN, o banco central tentou obter informações junto de Oliveira Costa, mas sem êxito.
Em Junho deste ano, o supervisor obteve de Abdool Vakil, que sucedeu a Oliveira Costa na presidência do banco, um relato escrito das várias ilicitudes praticadas pelas equipas de gestão do BPN (receptação ilegal de depósitos, burla informática, insolvência dolosa, infidelidade comercial, favorecimento de credores e burla qualificada).
Comentário:
No BCP, foi foi aquilo que se viu e continua... Nota-se que existe contágio a outros bancos...
É como diz o Sr. Leandro Coutinho:
- Não interessa nada que "isto" seja objecto de parangonas nos jornais e abertura de telejornais, se for apenas para "inglês ver"... Espera-se que os envolvidos sejam sujeitos, não apenas a procedimento criminal que resulte em prisão, mas também em pagar coimas/multas/indemnizações que compensem os lesados e o Estado.. é que todos nós contribuintes andamos a pagar para resolver a historieta de faca e alguidar dos gangsters do BPN enquanto se ouve o Dias Loureiro dizer que vive "confortavelmente" (falta completar que é na Quinta da Marinha junto dos outros banqueiros e comandita associada) e acrescentar que o «doutor Oliveira e Costa» saberá o que fez e não fez, mas ele -DL- considera-o um homem de probidade, inteligentíssimo e trabalhador incansável.. Tantos atributos empenhados em "sacar" á bruta deram num rombo digno do Alves dos Reis... (que também era inteligentíssimo e trabalhador incansável)... O rombo anda a ser pago por todos nós através da incontornável CGD.. Não é ?
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