quinta-feira, 11 de junho de 2009

O caso BPN e o Banco de Portugal


O Banco de Portugal é uma das mais prestigiadas instituições portuguesas. O seu governador é um economista conceituado e um dos elementos mais considerados no Banco Central Europeu. O que fazemos em Portugal? Alguns partidos têm feito de tudo para destruir a instituição e a pessoa.

O Banco de Portugal, enquanto supervisor prudencial da banca, é comparável, com sucesso, aos seus pares. Nenhum deles ouviu o "tic tac" da bomba-relógio colocada na banca? Pois não. E dificilmente poderiam ouvir e ver, limitados pelo quadro legal que se foi desenhando para o sistema financeiro desde finais dos anos 80.
Ao longo destes anos foram-se reduzindo as exigências de capital, com a permissão de multiplicar por factores, cada vez mais elevados, depósitos e capital em crédito e aplicações em títulos. Os legisladores foram viabilizando a transformação de (quase) tudo em títulos, inebriados por supostos génios financeiros que prometiam acabar com o risco. Ante da implosão da crise, assistíamos à tendência - que foi, em parte, concretizada - de retirar ainda mais poderes aos já tão delapidados supervisores.
Em Portugal, a tendência foi exactamente a mesma. Desde finais dos anos 80 que as falhas do mercado foram esquecidas no sector financeiro. Todos elogiámos a desregulamentação da actividade bancária, quer nos aspectos mais simples, como nos horários de trabalho, como nos mais complexos, como o da liberdade de oferecerem todo o tipo de produtos, mesmo que muitos, com formação para isso, não conseguissem sequer perceber quais eram os activos que suportavam a criação de valor de generosas ofertas de aplicações. Todos andavam felizes enquanto viam as suas poupanças a subirem.

A promoção que, directa ou indirectamente, os diversos governos fizeram para a compra de acções de empresas com crédito é outro dos acontecimentos dos tempos, do que hoje se pode considerar, de libertinagem financeira. Quantos não foram convidados no seu banco a endividarem-se para comprar acções? E hoje escandalizamo-nos com as práticas de que está a ser acusado o BCP.

E houve ainda a liberdade individual de escolher. Um argumento que se deve prezar desde que não sirva para abusar dos ignorantes. Portugal nunca foi uma economia de mercado. De um dia para o outro, os portugueses descobriram que, afinal, eram eles os culpados por estarem a pagar mais pelos empréstimos ou por verem as suas poupanças a desaparecerem. Nunca nenhum governo se preocupou em massificar informação financeira para que as escolhas, o exercício da liberdade individual, fossem feitas com conhecimento.
Hoje estamos endividados e muitos portugueses perderam parte das suas poupanças. Não é desculpa, é verdade, mas muitos, pelo País fora, enfrentam esses problemas porque confiaram no "senhor do banco". Não sabendo que o "senhor do banco" tinha objectivos para cumprir, para garantir parte do seu rendimento.
Os deputados têm a obrigação de reflectir seriamente sobre o que se passou e procurar corrigir o quadro legal. Actuar para destruir o Banco de Portugal e demitir o governador é baixa política. É com estas actuações que a classe política se desacredita, lança os cidadãos para a abstenção e ameaça a democracia. Que não existe sem instituições como o Banco de Portugal.

Comentários:
# A MILLENNIUM BCP AINDA CONTINUA A SER O ARRASTÃO DA NOSSA ECONOMIA...
# FORÇA CONSTÂNCIO/SÓCRATES
# Ao Zap
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AO LONGO DA FAMIGERADA "CAMPANHA ACCIONISTA BCP" EM 2000/2001, QUE O BANCO LEVOU A CABO COM AS ACÇÕES PRÓPRIAS, FOI PROVADO HAVER INDÍCIOS DE VÁRIOS CRIMES... NO EXERCÍCIO DE 2000, O MONTANTE TOTAL DE PRÉMIOS A DISTRIBUIR PELOS FUNCIONÁRIOS FOI DE 22.603.817,40€, EM QUE OS ACCIONISTAS NÃO TIVERAM DIREITO A DIVIDENDOS!!!
AS ENTIDADES SUPERVISORAS E ÓRGÃOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGARAM AO PÚBLICO, MAS O BCP, MESMO COM A ACTUAL ADMINISTRAÇÃO, CUJO PRESIDENTE É O DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, CONTINUA A EXTORQUIR, "ROUBAR" E A SAQUEAR DINHEIROS DAS CONTAS DAS VÍTIMAS (CLIENTES) SILENCIADAS E INDEFESAS, DANDO SEGUIMENTO PARA O BANCO DE PORTUGAL COMO SENDO DÍVIDA DE INCUMPRIMENTO, SUJANDO O "BOM NOME" DO CLIENTE... ENQUANTO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS BANCÁRIOS CONTINUAM INTOCÁVEIS, SEM SER CHAMADOS À JUSTIÇA.

É A VERDADE DO QUE SE PASSOU E AINDA SE ESTÁ PASSAR NO MAIOR BANCO PRIVADO PORTUGUÊS! "MILHARES DE PESSOAS DESTRUÍDAS, EXTORQUIDAS E "ROUBADAS" DOS SEUS BENS PELO BCP (CAMPANHA ACCIONISTA MILLENNIUM BCP E OUTRAS SITUAÇÕES GRAVES)..."
- "TAMBÉM ALGUMAS NOTÍCIAS FINANCEIRAS ACTUALIZADAS"
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DURING THE INFAMOUS "CAMPAIGN SHAREHOLDERS BCP" In 2000/2001, the Bank has undertaken WITH OWN ACTIONS, HAS PROVEN Indications of HAVER SEVERAL CRIMES ... In 2000, THE TOTAL AMOUNT OF PREMIUMS FOR EMPLOYEES WAS A DISTRIBUTE OF € 22,603,817.40, in which shareholders were not entitled to dividends!!!
AND BODIES supervisors of media available to the public, but the BCP, EVEN WITH THE CURRENT ADMINISTRATION, WHICH IS THE PRESIDENT DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, continues to extort, "theft" Drawing MONEY AND VICTIMS OF THE ACCOUNTS (CLIENTS) Silent and Helpless, following FOR BANK OF PORTUGAL AS BEING DEBT OF FAILURE (CRC) of the client. While the primary banking responsibility untouchables CONTINUE WITHOUT BEING CALLED TO JUSTICE.

IS THE TRUTH of what happened and if IS MOVING IN A MORE PRIVATE BANK PORTUGUESE! "Thousands of people destroyed and EXTORQUIADAS THEIR PROPERTY BY BCP (BCP MILLENNIUM CAMPAIGN SHAREHOLDERS AND OTHER serious )..."
- "UPDATES FINANCIAL ALSO NEWS OF THE WORLD"