sábado, 25 de abril de 2009

Quando fomos protagonistas da História


Esta gente que nos governa nada tem a ver com o 25 de Abril, nem, sequer, com o espírito da Revolução. Repare-se que o dr. Cavaco recusa colocar, na lapela, o modesto cravo que foi o símbolo de um sonho e o sinal de...

Esta gente que nos governa nada tem a ver com o 25 de Abril, nem, sequer, com o espírito da Revolução. Repare-se que o dr. Cavaco recusa colocar, na lapela, o modesto cravo que foi o símbolo de um sonho e o sinal de uma esperança - que esteve mesmo ali, à mão de semear. Mas o dr. Cavaco entende que o cravo é um sinistro emblema ideológico, admitindo que nada tem a ver com isso. Isso - é o 25 de Abril. Pessoalmente, não me choca a decisão do dr. Cavaco: foi um desses homens que jamais associou o seu nome às batalhas pela liberdade, limitando-se a aprender inglês, na serenidade bucólica de York. Porém, o cravo, como insígnia do "dia inicial, inteiro e limpo" [Sophia de Mello Breyner] não é de Esquerda nem de Direita. Alguém tem ensinado mal o dr. Cavaco.

Olhamos a galeria de gente que ascendeu ao poder (aos poderes, para ser mais exacto) e, ao fazermos uma triagem, registamos que poucos são aqueles que nos representaram, que nos defenderam, que prestigiaram o "dia inicial." Os mais puros e desinteressados foram afastados, removidos, ignorados e, até perseguidos com feroz verdete. Pouco há do 25 de Abril, cujos trinta e cinco anos amanhã comemoramos, com negra descrença e densa infelicidade. Aprendi que as revoluções devoram os próprios filhos. Mas não me conformo, embora reconheça que pertenço a essa legião de homens e mulheres que esperou, esperou, esperou, acaso acima da realidade e da História.

Quando ouço execrar Otelo Saraive de Carvalho e incensar Jaime Neves, torna-se evidente que uma casta de interessados demonstra, apenas, as ideias de uma classe extremamente medíocre, e repassada de ódio. Recordemos que foi num Governo do dr. Cavaco que se recusou a pensão de viuvez à mulher de Salgueiro Maia. E se cometeram outras indignidades.

As estruturas do poder foram levemente amolgadas. Os pides, cedo libertados, e os seus crimes abafados, auferem ou auferiram reformas importantes. Quanto aos magistrados que destruíram, nos Tribunais Plenários, a vida de milhares de antifascistas, envelheceram e morreram na tranquilidade do lar: nem um deles foi incomodado. Há semanas, o dr. Marinho Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados, afirmou, com a coragem que se lhe reconhece, mas que alguns dos seus pares detesta, a enormidade do escândalo de uma corporação que se defende e protege com unhas e dentes - infensa à ordem moral das coisas.

O 25 de Abril foi. Os desfiles que o celebram apenas revertem para uma memória que a classe possidente abomina, e que a maioria dos jovens ignoram. Torga, o grande Torga, a quem a pequenina Clara Ferreira Alves vitupera, apercebeu-se, logo em 1975, o que aí vinha. Escreveu, no XII volume do "Diário", a 20 de Junho daquele ano: "Estranha revolução esta, que desilude e humilha quem sempre ardentemente a desejou. A mais imunda vasa humana a vir à tona, as invejas mais sórdidas vingadas, o lugar imerecido e cobiçado tomado de assalto, a retórica balofa a fazer de inteligência. Mas teimo em crer que, apesar de tudo, valeu a pena assistir ao descalabro. Pelo menos não morro iludido, como os que partiram na véspera do terramoto.

Cuidavam que combatiam pelo futuro e, na verdade, assim acontecia, mas apenas na medida em que o sonhavam como se ele tivesse de ser coerente com a dignidade do seu passado de lutadores. O trágico é que um futuro sonhado não passa de uma ficção. O tempo é um lugar do inédito. O futuro autêntico é sempre misterioso e autónomo das premissas do que partiu. Quando chega, traz os seus valores, as suas leis, a sua gente, nem boa, nem má. Traz os títeres que lhe convêm. Ou pior: os títeres a quem a hora convém."

É um retrato terrível e apropriado ao tempo que estamos a viver. Um tempo de títeres. Diariamente, aparecem em todas as televisões, em todos os jornais, em todas as revistas. A maioria daqueles que passam estão, estiveram ou vão estar nos Governos. Logo que saem, entram em empresas, companhias, sociedades relacionadas com as pastas ministeriais onde exerceram funções. Abjuram das convicções e dos ideais de juventude; ou não abjuram: nunca os tiveram e andaram a enganar-nos. No YouTube, entre outras histórias exemplares, lá aparece o Durão Barroso, cabelos longos, muito maoísta e muito defensor dos operários e dos camponeses. As declarações que presta a um repórter alimentam-se de um carácter definitivo. O retrato do homem já ali está. A troca de lealdades será sempre a marca d'água da criatura. Mas ele é, apenas, um deles. Os títeres.

Amanhã vai comemorar-se uma data que poderia ter sido e não foi. "Acusam-me de mágoa e desalento", cantou Carlos de Oliveira, outro maior. A infelicidade dele, no final da vida, preconizava a infelicidade dos que sonharam em voz alta. Já nestas páginas o disse: fui um dos que embalou a utopia da cidade nova. E éramos muitos, podem crer. O turbilhão daqueles anos foi a expressão de uma épica que iria devorar-se a si mesma. Nunca soubemos conduzir revoluções, atraídos pela festa, pela absurda ideia de que a juventude não se perde nem se escoa. Fomos envelhecendo, sem compreender muito bem a velocidade insana do tempo. E aqui chegámos trinta e cinco anos depois, desiludidos e fatigados, porém com a certeza de que tínhamos sido protagonistas e não espectadores da História...

Sem comentários:

AO LONGO DA FAMIGERADA "CAMPANHA ACCIONISTA BCP" EM 2000/2001, QUE O BANCO LEVOU A CABO COM AS ACÇÕES PRÓPRIAS, FOI PROVADO HAVER INDÍCIOS DE VÁRIOS CRIMES... NO EXERCÍCIO DE 2000, O MONTANTE TOTAL DE PRÉMIOS A DISTRIBUIR PELOS FUNCIONÁRIOS FOI DE 22.603.817,40€, EM QUE OS ACCIONISTAS NÃO TIVERAM DIREITO A DIVIDENDOS!!!
AS ENTIDADES SUPERVISORAS E ÓRGÃOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGARAM AO PÚBLICO, MAS O BCP, MESMO COM A ACTUAL ADMINISTRAÇÃO, CUJO PRESIDENTE É O DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, CONTINUA A EXTORQUIR, "ROUBAR" E A SAQUEAR DINHEIROS DAS CONTAS DAS VÍTIMAS (CLIENTES) SILENCIADAS E INDEFESAS, DANDO SEGUIMENTO PARA O BANCO DE PORTUGAL COMO SENDO DÍVIDA DE INCUMPRIMENTO, SUJANDO O "BOM NOME" DO CLIENTE... ENQUANTO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS BANCÁRIOS CONTINUAM INTOCÁVEIS, SEM SER CHAMADOS À JUSTIÇA.

É A VERDADE DO QUE SE PASSOU E AINDA SE ESTÁ PASSAR NO MAIOR BANCO PRIVADO PORTUGUÊS! "MILHARES DE PESSOAS DESTRUÍDAS, EXTORQUIDAS E "ROUBADAS" DOS SEUS BENS PELO BCP (CAMPANHA ACCIONISTA MILLENNIUM BCP E OUTRAS SITUAÇÕES GRAVES)..."
- "TAMBÉM ALGUMAS NOTÍCIAS FINANCEIRAS ACTUALIZADAS"
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DURING THE INFAMOUS "CAMPAIGN SHAREHOLDERS BCP" In 2000/2001, the Bank has undertaken WITH OWN ACTIONS, HAS PROVEN Indications of HAVER SEVERAL CRIMES ... In 2000, THE TOTAL AMOUNT OF PREMIUMS FOR EMPLOYEES WAS A DISTRIBUTE OF € 22,603,817.40, in which shareholders were not entitled to dividends!!!
AND BODIES supervisors of media available to the public, but the BCP, EVEN WITH THE CURRENT ADMINISTRATION, WHICH IS THE PRESIDENT DR. CARLOS SANTOS FERREIRA, continues to extort, "theft" Drawing MONEY AND VICTIMS OF THE ACCOUNTS (CLIENTS) Silent and Helpless, following FOR BANK OF PORTUGAL AS BEING DEBT OF FAILURE (CRC) of the client. While the primary banking responsibility untouchables CONTINUE WITHOUT BEING CALLED TO JUSTICE.

IS THE TRUTH of what happened and if IS MOVING IN A MORE PRIVATE BANK PORTUGUESE! "Thousands of people destroyed and EXTORQUIADAS THEIR PROPERTY BY BCP (BCP MILLENNIUM CAMPAIGN SHAREHOLDERS AND OTHER serious )..."
- "UPDATES FINANCIAL ALSO NEWS OF THE WORLD"