
BCP: Crimes têm de ser punidos "doa a quem doer"
Devem ser investigadas as denúncias de "operações ilegais" e "eventuais ilícitos criminais" no Banco Comercial Português, defende o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, sublinhando que os crimes deverão ser punidos, "doa a quem doer".
"Foram enunciadas publicamente um conjunto de operações ilegais, operações que indiciam ilícitos de natureza criminal que estão sob investigação do Banco Portugal, da CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) e do próprio DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) ", sublinhou ontem Teixeira dos Santos, manifestando "apoio e confiança" às autoridades às quais compete as investigações.
O ministro considerou "extemporâneo e injustificável a todo o título" as críticas que possam pôr em causa a "independência das autoridades".
"É injustificável a todo o título que se procure fragilizar essas instituições atacando-as de forma injustificada. A quem serve questionar a independência das autoridades quando elas estão a desenvolver um processo de investigação?", questionou:
"Não faz sentido que, quando uma casa é assaltada, se corra atrás do polícia, faz sentido que corra atrás do ladrão", assinalou:
As denúncias sobre operações bancárias do BCP alegadamente violadoras da lei ou das regras do mercado de capitais sucedem-se há muitos anos, desconhecendo-se até hoje resultados de investigações desencadeadas pelo Banco de Portugal e pela CMVM.
Em meados de Dezembro Joe Berardo, um dos principais accionistas do BCP, comunicou ao Procurador-geral da República (PGR) situações que considera irregulares no BCP, envolvendo empresas offshore e pessoas individuais, denúncias também entregues ao Banco de Portugal e à CMVM.
Segunda, 7 de Janeiro de 2008
Sem comentários:
Enviar um comentário