
As acções norte-americanas voltaram hoje a registar fortes quedas, com o índice S&P500 a ceder mais de 6% e a fechar no nível mais baixo desde Abril de 1997. As perdas intensificaram-se no final da sessão, devido aos receios de uma recessão prolongada, com a banca e o sector automóvel no centro das preocupações. O S&P 500 caiu 6,71% para 752,44 pontos, o valor de fecho mais baixo desde Abril de 1997, abaixo do mínimo atingido durante o “bear market” de 2002. Desde o início do ano este índice perde já 47%, o que representa o pior registo anual nos 80 anos de história deste índice. O Dow Jones cedeu 5,56% para 7.552,29 pontos e o Nasdaq caiu 5,07% para 1.316,12 pontos. Estas perdas reflectem os receios dos investidores de que a economia americana enfrenta uma forte e prolongada recessão, pois os dados hoje divulgados sinalizam isso mesmo. Os pedidos de subsidio de desemprego nos EUA aproximaram-se do valor mais elevado desde 1982, o índice de indicadores económicos avançados nos EUA, que apontam o caminho da economia para os três a seis meses seguintes, caiu mais que o esperado e o índice que mede a evolução do sector industrial na região de Filadélfia caiu ao ritmo mais forte em 18 anos. Apesar de terem chegado a um acordo para implementar um plano de ajudas ao sector automóvel, o Congresso norte-americano só deverá aprovar um programa em Dezembro, o que acentuou o pessimismo dos investidores, pois o colapso do sector irá afectar ainda mais a economia americana. O sector da banca foi o mais castigado, devido aos receios de mais falências no sector e amortizações de activos de maior dimensão do que as já realizadas. Depois de ontem ter afundado mais de 25%, o Citigroup caiu hoje mais 26%. O JPMorgan afundou 18% e o Goldman Sachs caiu para o valor mais baixo desde que está cotado em bolsa.A General Electric deslizou 11% e a produtora de alumínio Alcoa caiu mais de 15%...
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